Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
quarta-feira, 30 de dezembro de 2020
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
ENPP1: A proteína-tesoura
O Caos Genético: tudo o que se sabe e conhece das células cancerígenas que, de uma forma absolutamente anárquica e quase louca em evasão desmedida, se espalham por todo o corpo criando algo a que os cientistas dão o nome de «Instabilidade Cromossómica».
Evitando assim as defesas imunológicas, as células cancerígenas/cancerosas acabam por metastizar disseminando-se. Tal como em prisão de alta segurança, existem mecanismos de defesa e alerta que desencadeiam desde logo um feroz e acintoso Ataque Imunológico contra a célula infectada pelo vírus.
Todavia esta premissa biológica de defesa imunitária, reparou-se que as células cancerígenas conseguiam escapar dessas ditas defesas imunológicas, inclusive tendo a capacidade de rastejar e, migrar, facilitando progressivamente a metástase.
Ou seja, mesmo nas mais altas instâncias securitárias, se metaforicamente o compararmos às mais altas regras de segurança de um qualquer edifício prisional terreno ou ilha inóspita da qual só se sai morto, estas células infectadas são mais resistentes e espertas que qualquer emanente fuga ou evasão descrita em termos literários pelo versado «Conde Monte Cristo» (do romance de Alexandre Dumas) ou mesmo do persistente e deveras sofrido personagem «Papillon» (do escritor Henri Charrière) do mundo citológico.
E, para isso, contam com a ajuda da mais proficiente e executante criminosa molecular chamada de proteína-tesoura (ENPP1) que, tal como membro de um clã ou gangue prevaricador e usurpador de direitos, corta e impede que o sinal de alerta (cGAMP) alcance as células do sistema imunológico. Tal como um simples interruptor, talvez apenas baste desligá-lo, dizem os cientistas. Oxalá que assim seja.
Em conformidade com esta recente descoberta, os investigadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (em Nova Iorque, nos EUA) aprendendo também de como a «Instabilidade Cromossómica» permite assim que as células cancerígenas evitem de forma ardilosa essas defesas imunológicas metastizando-se e disseminando-se implacavelmente, exortam agora ao mundo de que esta recente descoberta poderá abrir a partir daqui «Novos e Potenciais Caminhos Para o Tratamento do Cancro/Câncer».
(Este estudo foi publicado na revista científica «Cancer Discovery» em 28 de Dezembro de 2020 com o título «Metástase e evasão imune da hidrólise extracelular de cGAMP»)
A tudo isto se chama de «Instabilidade Cromossómica» - associada que está à agressividade do Cancro/Câncer, na mais recente descoberta dos cientistas do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSKCC), New York, USA.
A Investigação/Explicação
De acordo com o material fornecido pelo MSKCC ao Science Daily do dia 28 de Dezembro de 2020 sob o título «A descoberta sobre como as células cancerosas escapam das defesas imunológicas inspira uma nova abordagem de tratamento» há cada vez mais a certeza de se estar indefectivelmente perante uma nova abordagem nos futuros tratamentos do Cancro.
Infere-se então que os investigadores envolvidos neste estudo não só chegaram à descoberta de que a Instabilidade Cromossómica está associada à agressividade do cancro, como a percepção havida de, quanto mais instáveis os cromossomas forem, maior é a probabilidade de que pedaços de ADN desses cromossomas acabem onde não pertencem: Fora do Núcleo Central da célula e, flutuando no Citoplasma.
Segundo a explicação científica, as células interpretam esses desonestos fragmentos de ADN/DNA como a mais pura evidência dos Invasores Virais, que disparam os seus alarmes internos e levam assim à inflamação.
As Células Imunológicas viajam até ao local do tumor e produzem substâncias químicas defensivas; algo que faz os cientistas questionarem o porquê dessa reacção imunológica - permanecendo ainda um mistério, segundo eles - desencadeada que esta é pelas células cancerígenas, não significando contudo na sua queda ou refreio.
Samuel F. Bakhoum - médico-cientista da MSK e membro do Programa de Oncologia Humana e Patogénese - afirma: "O elefante na sala é que não entendemos realmente de como as células cancerígenas foram capazes de sobreviver e prosperar neste ambiente inflamatório."
De acordo com este novo estudo do laboratório do Dr. Bakhoum - publicado na Cancer Discovery de 28 de Dezembro de 2020 - a razão tem a ver, em parte, com uma molécula localizada do lado de fora das Células Cancerígenas que destrói inexoravelmente os sinais de alerta antes mesmo de chegarem ao Sistema Imunológico Celular Vizinho.
Neutralizando os alertas, esta molécula torna-se assim imprescindível na actuação de evasão e proliferação das células infectadas, tal como um bastião-mor na desactivação desses alertas; tal como um sistema de vigilância e alerta que possuímos nas nossas casas que, por meio deste intruso, se vê anulado. A comparação pode ser um tanto rebuscada, mas se tivermos em conta os malefícios que faz, talvez não seja assim tão disparatada...
Daí que os investigadores da MSKCC afirmem peremptoriamente de que «Estas Descobertas, ajudam de facto a explicar por que razão alguns tumores não respondem de todo à Imunoterapia - e, igualmente importante frisar - sugerem formas de sensibilizá-los à Imunoterapia».
Dentro da célula, esse sinal de alerta activa então uma Resposta Imunológica chamada STING - que aborda o problema de imediato de um potencial invasor viral. Temos assim um dos mais eficazes sistemas de alerta biológicos ou, extravasando um pouco a analogia, um dos mais atentos e eficientes guardas prisionais citológicos.
Há que referir que, além disso, muito do cGAMP também viaja para fora da célula - onde serve como um sinal de alerta para as células imunes vizinhas. Ele activa deste modo a sua via-STING e, desencadeia de forma absolutamente fiel, um acérrimo Ataque Imunológico contra a célula infectada pelo vírus. De facto, um soldado impressionante!
Trabalhos anteriores do Laboratório do Dr. Samuel Bakhoum mostraram que a sinalização do sistema de alerta designado por cGAS-STING dentro das células cancerígenas faz com que elas adoptem então as características das Células Imunológicas - em particular, a capacidade de rastejar e migrar - o que facilita deveras a capacidade da metástase.
Tudo isto veio fornecer uma substancial parte de resposta à questão de como as Células Cancerígenas Sobrevivem à Inflamação e auxiliam no Processo da Metástase.
Esta Nova Investigação vem desta forma revelar ao mundo da Medicina Celular e Molecular de como as células cancerígenas lidam com os sinais de alerta que o cGAS-STING activo liberta (ou libera) no meio ambiente. Uma proteína semelhante a uma tesoura fragmenta os sinais, fornecendo assim uma segunda maneira de, as células, impedirem uma ameaça de Destruição do Sistema Imunológico.
Exemplos de coloração de Cancro da Mama Humano triplo negativo (esquerda) e positiva (direita) para expressão de ENPP1. Exemplos de coloração de cancro da mama humano triplo negativo (esquerda) e positiva (direita) para ENPP1.
Segundo a explicação científica «A Proteína semelhante a uma Tesoura que reveste as células cancerígenas é chamada de ENPP1. Quando o cGAMP encontra o seu caminho para fora da célula (ou tenta fazer o seu percurso fora desta), a proteína ENPP1 corta-o e impede assim que o sinal alcance as células do Sistema Imunológico. Ao mesmo tempo, esse corte liberta uma molécula supressora do sistema imunológico chamada «Adenosina», que também suprime a inflamação».
Através de uma imensidão de experiências efectuadas - utilizando-se para esse fim pequenos roedores ou camundongos em ensaios modelares do cancro da mama, do pulmão mas também do colo-rectal (do cólon e do recto) - soube-se que a tal proteína semelhante a uma tesoura (ENPP1) actuava como uma espécie de interruptor de controle para Supressão Imunológica e de Metástase.
Segundo revelaram ao mundo o Dr. Samuel F. Bakhoum e os seus colegas, activá-lo (a esse interruptor), fazia suprimir as respostas imunológicas, aumentando a metástase; desligá-lo, permitia prontas respostas imunológicas, reduzindo além disso a metástase.
Os Cientistas também analisaram esta proteína ENPP1 em amostras de cancros humanos. A expressão de ENPP1 correlacionou-se então com o Aumento da Metástase e uma maior Resistência à Imunoterapia.
Desenvolver drogas/medicamentos para inibir a ENPP1 em células cancerígenas é a prioridade; do Dr. Bakhoum e dos seus colegas e parceiros neste estudo, nesta tão fantástica descoberta que trará certamente muitos outros felizes desenvolvimentos sobre as doenças oncológicas humanas. O Futuro é já hoje, dizem alguns. E estão certos, pois os caminhos são agora as vias rápidas do conhecimento e da sensação de se estar mais perto do que nos irá fazer (e ser!) mais saudáveis.
A Nova Abordagem
Do ponto de vista do tratamento, talvez a descoberta mais notável deste estudo seja mesmo a acção futura de se fazer desligar a proteína-tesoura ENPP1, fazendo deste modo aumentar a sensibilidade dos vários tipos diferentes de Cancro/Câncer, em relação para com os Medicamentos de Imunoterapia chamados «Inibidores de Checkpoint».
Os Investigadores de MSK/MSKCC mostraram ao mundo assim que essa abordagem foi de facto eficaz em modelos-cancro sobre os pequenos roedores. Várias empresas farmacêuticas e laboratoriais - onde se inclui uma que o Dr. Bakhoum e os seus colegas fundaram - estão já a desenvolver drogas ou medicamentos para inibir a ENPP1 em células cancerígenas.
O Dr. Samuel Bakhoum reitera ainda que é uma sorte que a ENPP1 esteja localizada na superfície das células cancerosas, uma vez que isso a torna um alvo mais fácil para drogas destinadas a bloqueá-la.
Há a acrescentar que tal também se torna relativamente específico. Uma vez que a maioria dos outros tecidos num indivíduo saudável não estão inflamados ou infectados, observa-se que, os medicamentos direccionados exactamente à proteína ENPP1, vão afectar principalmente o cancro ou alvo cancerígeno.
Por fim, a segmentação de ENPP1 reduz o cancro de duas formas distintas, explica o Dr. Bakhoum: "Você está a aumentar simultaneamente os níveis de cGAMP fora das células cancerosas, o que activa o STING nas células imunológicas vizinhas, enquanto também evita a produção da Adenosina Imunossupressora."
O ritmo da pesquisa tem sido incrivelmente rápido, completa ainda o reputado cientista de MSK cancer center. "Uma das coisas de que ficaria muito orgulhoso, seria a de que esta pesquisa acabasse por ajudar os pacientes em breve, já que só iniciámos este trabalho por meados de 2018."
O Dr. Samuel Bakhoum espera assim que haja também brevemente um ensaio clínico de Fase 1 dos Inibidores ENPP1 dentro de um ano aproximadamente.
(Em Registo da publicação Cancer Discovery, 2020 «Metástase e evasão imune da hidrólise extracelular de cGAMP» em que os seus autores são: Jun Li; Mercedes A. Duran; Ninjit Dhanota; Walid K. Chatila; Sarah E. Bettigole, John Kwon; Roshan K. Sriram; Matthew Philip Humphries; Manuel Salto-Tellez; Jacquelin A. James; Matthew G. Hanna; Johannes C. Melms; Sreeram Vallabhaneni; Kevin Litchfield; Leva Usaite; Dhruva Biswas; Rohan Bareja; Hao Wei Li; Maria Laura Martin; Princesca Dorsaint; Julie-Ann Cavallo; Peng Li; Chantal Pauli; Lee Gottesdiener; Benjamin J. DiPardo; Travis Jmann;Taha Merghoub; Hannah Y. Wen; Jorge S. Reis-Filho; Nadeem Riaz; Shin-San Michael Su; Anusha Kalbasi; Neil Vasan; Simon N. Powell; Jedd D. Wolchock; Olivier Elemento; Charles Swanton; Alexander N. Shoushtari; Eileen E. Parkes; benjamin Izar e Samuel F. Bakhoum.
A todos eles a minha reverencial homenagem pelo empenho e fortalecido esforço (e reforço!) que fazem em nome da Ciência e da saúde e do bem-estar humanos.
Em relação à nossa proteína-tesoura (ENPP1) que haja efectivamente um grande sucesso sobre as várias e sequenciais experiências daqui derivadas em desenvolvimento e aprimoramento dos inibidores da mesma (ou nesse desligar de interruptor), pelo que todos ansiamos em medicamentação apropriada e exacta que trave os pútridos invasores tumorais que nos invadem.
Que haja paz em vez de caos. O genético. Que haja cura onde hoje só há mal. Que haja êxito sobre o que até aqui se não discernia e repercutia em igual corte de uma não-disseminação metastática.
Que haja bom senso e glória aos que assim trabalham, afincadamente, para que todos possamos não só enxergar a luz de novos dias mas, a bênção de outros tantos sem dor, sofrimento ou arrastamento de oncológicos padecimentos sem cura e sem fim à vista. Que haja saúde! Brindemos a isso!!!
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
domingo, 27 de dezembro de 2020
quarta-feira, 23 de dezembro de 2020
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
domingo, 20 de dezembro de 2020
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
Aranhas no Espaço
Da Terra para o Cosmos: a evasão perfeita dos aracnídeos que, seguindo a luz, nos determinam os ainda enigmáticos caminhos do Universo, à sua pequena escala é certo, mas que nos dá a compreensão também perfeita da imperfeição dos espaços. E dos sonhos; na Terra e fora dela...
Repulsivas para uns mas essenciais à vida no equilíbrio instado no ecossistema da Terra, as aranhas são agora a «prima donna» dos cientistas que as estudam e identificam na forma mais admirável de uma cruzada cósmica como pioneiras e guias espaciais através da luz.
Conhecidas como «Arachnautas» num termo significativamente terno, há que aprender com elas e ser, também como elas, as trabalhadoras incansáveis mesmo que num meio hostil ou de gravidade zero. A luz que as influencia determina provavelmente e, igualitariamente, tudo o que nos conduz - na Terra ou fora dela. Somos todos seres do Universo por entre a energia da luz ou o escuro da matéria. E as aranhas sabem disso!
Há que acrescentar então que, quem for mais susceptível ou sensível a estes temas e a estas abordagens - ou sofrer compulsivamente de Aracnofobia - por favor não leia este texto nem o seu contexto, o que lamentamos, pela prestigiada e não menos admirável investigação realizada por cientistas da Universidade de Basileia, na Suíça, que assim o advoga. «Aranhas no Espaço» é só o começo...
(The Science of Nature, 2020: Aranhas no Espaço - comportamento relacionado à teia orbital em gravidade zero», da autoria de: Samuel Zschokke; Paula E. Cushing e Stephanie Counttyman)
ARANHAS NO ESPAÇO
As Aranhas no Espaço segundo nos reportam actualmente os cientistas, poderão ser agora e no futuro próximo, as grandes precursoras do que um dia sonhámos desempenhar e conhecer através destes magníficos artrópodes que, levados ao máximo da sua resistência e sobrevivência, nos deu a surpreendente percepção do fundamental papel da luz na orientação espacial.
Pessoalmente não sou fã de se terem, no passado, utilizado diversos animais como experiência cimeira do que o Espaço nos escondia, sendo que ainda hoje nos intimida um pouco emocionalmente, tanto os primeiros como os últimos momentos desses animais em face ao desconhecido e, provavelmente, da aterradora experiência que viveram na solidão e na incompreensão do que os humanos lhes fizeram.
Contudo, reconhece-se a necessidade ou mais exactamente a exigente e de certa forma despudorada factualidade (de práticas correntes que hoje seriam completamente absurdas e destituídas de direitos adquiridos sobre os animais) na prossecução da exploração espacial da época, para tal se praticar.
Ser-se-á muito ingénuo ou mesmo um profundo idiota se não se considerar que todas essas experiências são continuadamente produzidas e reproduzidas não só a nível espacial mas também a nível terrestre nos milhares de laboratórios espalhados pelo globo. E por mais que os ditos «amigos dos animais» se insurjam, esta realidade é e continuará a ser uma directriz que o ser humano jamais abdicará; feliz ou infelizmente.
Todavia esta referência, há que prodigalizar de que foi através destes animais que muito se soube não só sobre o que se passava na Terra (em termos biológicos) mas também no Espaço. Desta vez a chamada nomeação de congratulação é dada às mais famosas aranhas do momento, evasoras que foram do seu espaço no Espaço. Um prodígio! E esse prodígio forneceu-nos novas revelações: Há que seguir a luz!!!
Nem sempre, afirmam os cientistas; contudo, a objectividade confirmada no crucial papel da luz fez surpreender tudo e todos ao registar-se esta ser fundamental na orientação dos aracnídeos no Espaço. As aranhas estão assim no foco de todas as coisas. Aprenderemos algo com elas?... Possivelmente sim; só temos de seguir a luz...
Dos Fracassos ao Sucesso
O que originalmente começou com uma experiência de RP um tanto mal-sucedida (ou de pequeno vislumbre científico), para os então alunos e iniciais investigadores do Ensino Médio (em Portugal define-se como Ensino Secundário), produziu mais tarde a fantástica e surpreendente descoberta/percepção de que a luz possuía ou desempenhava de facto um papel de grande relevo na orientação dos Aracnídeos (Arachnida) - uma subclasse do filo dos artrópodes.
Foi então descoberto que - Sem Gravidade - os aracnídeos faziam da luz a chave para essa orientação. Todavia, há que não esquecer os fracassos anteriores, o que em parte desmotivou a que novas experiências se realizassem.
Não foi o caso da NASA. A experiência recentemente pensada e executada pela NASA - agência espacial norte-americana - é, e será eventualmente para a posteridade, uma grande lição sobre os frustrantes fracassos havidos, pelo que acidentes de percurso às vezes tidos, acabam por levar a inesperadas e felizes descobertas nessas pesquisas.
Segundo os cientistas a questão era relativamente simples: na Terra, as aranhas constroem as suas teias de modo assimétrico e, com o centro deslocado em direcção à borda superior. Quando as aranhas estão em repouso, elas sentam-se com a cabeça para baixo devido a terem a possibilidade de se moverem mais rapidamente nessa posição - na direcção da gravidade - em direcção às presas recém-capturadas.
Mas o que os Aracnídeos fazem de facto em Gravidade-Zero?... Eis a grande questão. A qual a NASA tentou responder. Em 2008, a NASA pretendendo inspirar ou criar maior interesse nos estudantes do Ensino Médio (ou Secundário) nos Estados Unidos, estimulou a que se realizassem e incentivassem iguais experiências.
Embora se constatasse algum interesse e a pergunta fosse genericamente simples, o planeamento e a execução dessa experiência - a realizar no Espaço - não seria de modo algum de cariz fácil. Ou seja, mostrar-se-ia extremamente desafiante. É claro que isso levou a que também surgissem muitos outros contratempos...
De acordo com o que foi publicado na Science Daily de 9 de Dezembro de 2020 confirmado em divulgação pelos investigadores da Universidade de Basileia (The University of Basel, in Switzerland) na Suíça, dois espécimes de duas diferentes espécies de aranhas voaram para a Estação Espacial Internacional/EEI ou mais exactamente ISS - International Space Station - como «Arachnautas» (que maravilhoso termo este!)
Estas famosas «Arachnautas» são constituídas assim pelo líder máximo (Metepeira labyrinthea) e um outro de seu científico nome (Larinioides patagiatus) - este último aracnídeo, tido e mantido como reserva caso o primeiro não sobrevivesse na experiência. Era o que os cientistas tinham previsto. Mas enganaram-se.
O mirabolante feito deveu-se à que estava de reserva; ou seja, aquela a quem foi tirado o primeiro lugar do pódium e que achou por bem protagonizar um dos mais carismáticos capítulos da pesquisa aeroespacial. Agora, a medalha de prata reverteu na de ouro - e bem merecida que foi, pois revelou aos cientistas que uma aranha se não confina; na Terra ou fora dela...
A Fuga da Aranha-reserva
Aqui vai a minha homenagem à dita Larinioides patagiatus, a mais recente e afamada aranha que se não deixou confinar, isolar ou partilhar com a primeira a quem os cientistas votavam todas as atenções, todos os salamaleques da investigação científica. Tal como elemento do «Prison Break», este magnífico aracnídeo surpreendeu tudo e todos. Mais uma vez.
Conseguindo então escapar da sua câmara de armazenamento e habitat espacial de forma subreptícia e algo caprichosa de quem não teme ou dá por encerrado os espaços fechados (ainda que isso possa ter levado a que os cientistas se interroguem se poderá ter havido ou não a incúria e mesmo incompetência sobre a clausura eficaz ou hermeticidade desses espaços), este perspicaz aracnídeo, de forma impressionante, diga-se, fez-se deslocar até à câmara principal.
Segundo a explicação dos cientistas «A câmara não pode nunca ser aberta por razões de alta segurança», pelo que a aranha-vedeta (perdão, a que estava em segundo plano e de reserva), não pode nem poderá nunca ser recapturada. Será este o fim da nossa aventurosa aranha...? Sinceramente não acredito.
Ainda de acordo com os cientistas, ambas as aranhas teceram as teias de uma forma um tanto confusa, ficando uma na frente da outra. Terá sido por protecção, por eventual escudo, ou simplesmente a concepção atípica devido à influência da gravidade-zero?... Talvez que nem os cientistas no-lo saibam responder.
E as surpresas não ficaram por aqui: Nesta experiência inédita e muito curiosa, os cientistas observaram então que, não obstante a impressionante fuga da aranha de reserva, as moscas incluídas nesta investigação que serviriam como alimento às aranhas, reproduziram -se de forma mais célere do que o esperado; ou seja, mais rapidamente. Novamente a questão: Que terá determinado e accionado tal reprodução acelerada?!...
Neste estranho processo reprodutivo, observou-se que as larvas das moscas rastejavam para fora do recipiente de reprodução - no chão da caixa para a câmara experimental - e, passadas cerca de duas semanas, que tinham coberto grandes partes ou zonas da janela frontal.
Após um mês passado, registou-se que não havia possibilidade de se visualizar mais qualquer das aranhas da pesquisa devido a estas se encontrarem por detrás de todo esse emaranhado de larvas das moscas. Mais uma vez, a camuflagem perfeita...
Esta falha não passando despercebida aos intervenientes da investigação porventura também terá gerado alguma desilusão e certa frustração. E incómodo. Foi o caso de Paula E. Cushing - do Museu de Ciência e da Natureza de Denver, nos EUA - que participou do planeamento do ensaio/experiência com as aranhas. Estaria tudo perdido?... É o que vamos saber.
Segundo regista este texto primorosamente redigido na Science Daily, «Quando a oportunidade de uma experiência semelhante se colocou de novo em 2011 a bordo da ISS, a investigadora envolveu o Dr. Samuel Zschokke, da Universidade de Basileia, para preparar e analisar a nova tentativa».
Desta vez a experiência começou com o envolvimento de quatro aranhas da mesma espécie (Trichonephila clavipes): duas voaram para a ISS em habitats separados (chama-se a isto a verdadeira exploração dos espaços...), duas permaneceram no planeta Terra em habitats separados, tendo sido mantidas e observadas em condições idênticas às das suas companheiras que paralelamente viajavam no Espaço - exceptuando um pormenor muito importante: estas foram expostas à Gravidade terrestre.
Estas arachnautas malucas - ou muito mais lúcidas e inteligentes do que a comunidade científica esperava - mostraram-se dignas do seu papel. Como verdadeiras operárias obreiras teceram novas teias e, pasme-se, eram de facto muito mais simétricas e perfeitas (em gravidade-zero) do que as construídas pelas suas irmãs na Terra. E o factor luz muito determinante como veremos a seguir.
Os Contratempos e as Surpresas
O plano era simples, conciso e objectivo. Inicialmente usar-se-iam quatro fêmeas, mas outro contratempo ocorreu: As Aranhas tiveram que ser escolhidas ou seleccionadas para a dita experiência como espécies juvenis, sendo de extrema dificuldade o poder-se determinar com toda a fidelidade o sexo/género dos animais ou espécies juvenis.
No decorrer deste ensaio experimental duas das aranhas revelaram-se então como machos - os quais diferem acentuadamente em estrutura corporal e tamanho das fêmeas desta espécie quando totalmente adultas. Mas, finalmente, houve um golpe de sorte: um dos machos encontrava-se a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) e o outro na Terra. Bafejados pela sorte dos deuses, os cientistas ficaram então mais animados.
Tal como uma empreitada de grande responsabilidade, os aracnídeos teceram as suas teias, desmontaram-nas, e criaram outras novas. Foram utilizadas três câmaras que, em cada um dos casos, tiravam fotos a cada cinco minutos numa projecção fotográfica impressionante.
Os Investigadores Samuel Zschokke, Paula E. Cushing e Stephanie Countryman - da BioServe Space Technologies da Universidade do Colorado, nos EUA - que supervisionaram o projecto e o lançamento dos habitats certificados de voo espacial (que continham as aranhas e as larvas da mosca-da-fruta, assim como o sistema de câmaras da ISS), analisaram a simetria de cerca de 100 teias de aranha, ou seja, a focalizada orientação da aranha na teia, utilizando para esse efeito cerca de 14.500 imagens.
Descobriu-se então que as teias construídas em Gravidade-Zero eram, de facto, muito mais simétricas do que as tecidas na Terra. Observou-se com alguma surpresa que no meio da teia - o seu centro - estava efectivamente mais próximo do meio, pelo que as aranhas nem sempre mantinham a cabeça para baixo. No entanto, os investigadores também realçaram o facto de que fazia diferença se as aranhas construíam as suas teias à luz da lamparina ou no escuro.
O que se anotou foi surpreendente: Teias construídas pelas aranhas sob a luz de lâmpadas na ISS eram similarmente assimétricas tal como no caso das teias terrestres.
(Fundamental a Luz! Poderia ter sido assim que o descreveria qualquer dos cientistas envolvidos nesta experiência. Pessoalmente prefiro a luz às trevas; penso que as aranhas também...)
"Não teríamos imaginado que a luz desempenharia um papel na orientação das aranhas no Espaço", afirmou o investigador Samuel Zschokke que analisou o ensaio com aranhas, publicando depois os resultados do mesmo em parceria com os seus colegas na revista científica «Science of Nature».
Zschokke ainda acrescentou de forma resoluta: "Tivemos a sorte de, as lâmpadas, estarem fixas no topo da câmara e não em vários lados. Caso contrário, não teríamos sido capazes de descobrir o efeito da luz na simetria das teias em Gravidade-zero."
A Análise das Fotos Captadas também veio mostrar que as aranhas descansavam em orientações arbitrárias nas suas teias aquando as luzes eram apagadas, orientando-as para longe - ou seja, para baixo - quando as luzes estavam acesas.
É perceptível assim a influência que a luz exerce na demanda construtiva das aranhas e suas teias; parece então que elas usam a luz como um auxílio de orientação adicional quando a gravidade está ausente.
Uma vez que as aranhas também constroem as suas teias na escuridão ou mesmo na total ausência de luz podendo inclusive capturar as suas presas sem qualquer vislumbre de luz, existe hoje a certeza do papel fundamental que esta exerce - inversamente ao que anteriormente se supunha no processar da orientação.
"Parece surpreendente que as aranhas tenham um sistema de Backup (cópia de segurança, apoio ou suporte) para orientação como este, já que nunca foram expostas a um ambiente sem gravidade no decorrer da sua evolução", alude Samuel Zschokke. E refere de modo explicativo:
" Por outro lado, o senso de posição de uma aranha pode mesmo ficar confuso enquanto ela está a construir a sua teia. O órgão responsável por esse sentido regista a posição relativa da parte anterior do corpo em relação às costas. Durante a construção da teia, as duas partes do corpo estão em movimento constante, de modo que um auxílio de orientação adicional - baseado na direcção da luz - é particularmente útil!"
Muitas vezes a adaptabilidade ou mesmo receptividade com que se gerem os espaços e a luz neles fazem com que as espécies se moldem de facto ao que pode ou não ser hostil - ou mesmo muito pouco cómodo - com o que então conheciam. É assim nos animais, nas plantas e até nos seres humanos, se acaso tivermos de lidar no futuro com uma evasão em massa, um êxodo vivido à escala global e fora da nossa orbita planetária. Sobreviver é necessário! E em todas as situações!
Aranhas no Espaço até nos pode fazer sorrir pelo inusitado de estarmos a querer povoar (quiçá provocar...) com semelhante espécie um outro espaço, um outro planeta; além de ratos e outras espécies que nos não são à priori tão afectuosas como um gato, um cão ou um pássaro - e de como, todas elas, reagem e se manifestam perante a gravidade zero..
Tudo faz parte da biodiversidade terrestre, pelo que até as espécies ofídicas (cobras/serpentes) foram presenteadas na lendária e sempre mítica Arca de Noé... em termos óbvios de um ADN de continuação em reprodução, repovoamento e colonização. E tudo isso projectado ou clonado agora e de futuro, num processo de desenvolvimento evolutivo sempre consonante com as condições gravitacionais, atmosféricas, climáticas, geofísicas e outras desses outros espaços ainda por explorar.
Tal como a inquieta e deslumbrantemente aventureira Larinioides patagiatus, a aranha insubmissa a exíguos e invioláveis espaços, também nós seres humanos temos de ir em busca do que nos faz ser felizes, do que nos faz ser livres, do que nos faz ser Humanidade.
E mesmo que observemos que existem espaços que não podem ser ultrapassados, visitados e muito menos conquistados, ter sempre a certeza e a inteligência devidas - que não esperteza saloia de manipular factos ou abrilhantar outros dados - sobre a superioridade hierárquica cósmica que nos rege e comanda, limitando-nos os ímpetos de uma maior expansão e exploração espaciais.
Temos de ser humildes, de ser melhor ouvintes que falantes, menos irascíveis e mais colaborantes; temos no fundo de ser presentes quando a necessidade se fizer implantar, neste ou noutro qualquer planeta para onde a Humanidade possa também fazer expandir o que aprendeu, mesmo que se esteja a dar ainda os primeiros passos, ou a ser aquela fase pré-natal de um cosmos sábio e ancestral que sempre espera por nós, condescendentemente.
Temos de nos preparar. Para tudo. Para que haja vida lá fora e para que sustentável seja a que possuímos cá dentro, na Terra. Temos vontade de descobrir outros horizontes, o que é legítimo e levar connosco todas as fontes de sabedoria, as que conhecemos, por outras que raramente entendemos aquando nos dizem que «Não Estarmos Preparados». Mas estamos!!!
Só temos mesmo é de saber dosear a ansiedade da exploração e dessa expansão, e conhecer todos os riscos, todas as implicações e derivações que delas venham em tsunami estelar de todas as coisas; e aquietar aquando for caso disso ou acabaremos todos como a aranha de reserva que se viu de novo e eternamente confinada num cofre-forte de nada.
Não protelaremos vontades com ou sem gravidade zero, no entanto não nos devemos precipitar acaso ela nos seja mais uma mortalha que uma mais-valia humana de nos perpetuarmos... não aquiescendo todavia verdades que o não são.
Pela luz e nunca pela escuridão será o mote, ou em breve as nossas vidas assimétricas e talvez sem sentido, se percam no limbo das coisas más e inúteis, fátuas e dissolúveis, fechadas para sempre em máxima segurança como aquela que apenas queria libertar-se espreitando outros horizontes.
Aranhas no Espaço...? Não, apenas a nossa imaginação de sermos como elas, tecendo outras vidas sobre outros espaços e outras terras que alguém, porventura, nos deixará um dia pisar... em realização de outros sonhos, outras aventuras e outras almas; iguais ou diferentes de nós...
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
Respostas do Hospedeiro
(Ilustração de vírus SARS-CoV-2 infectando células pulmonares humanas). Este vírus, que muitos apelidam de um dos mais corrosivos e abusivos invasores das nossas pulmonares células, sequestrando-as impiedosamente, talvez tenha os dias contados.
E se isto não for uma promessa, será pelo menos uma empenhada intenção dos muitos cientistas que trabalham arduamente para que, finalmente, haja a misericordiosa luz ao fundo do túnel que nos dita haver esperança: o de derrubar o novo coronavírus. E por isso queremos respostas. Mesmo que algumas delas nos submetam a tantas outras perguntas ainda não totalmente esclarecidas ou sentidas como tal.
Todavia as muitas interrogações, dúvidas, e quiçá tantas outras dissimulações que vamos fazendo em redor desta temática, a informação avoluma-se e dá-nos a cada dia mais a certeza de não termos a estouvada «Síndrome de Estocolmo» em relação a si, ao maldito vírus, pelo que contrariamente se procuram os muitos caminhos e vias de se fugir deste.
(Ou melhor dizendo, de o refrear e erradicar de vez). Assim sendo, há que sublevar os feitos, os estudos e as várias descobertas dos mais reputados cientistas do nosso mundo que acrescentam algo mais nesse sentido. Para que tudo isto faça sentido: o da vida, o de sobrevivermos e melhor compreendermos este e outros vírus e seus hospedeiros que nos querem seus reféns. Até à morte.
Determinar, Identificar e Reciclar: são assim as três poderosas projecções científicas agora em ressalva nos domínios da biotecnologia que actualmente se dispõem e, sob grande sucesso há que o afirmar sem fingimento ou encobrimento, no fornecimento de novas e preciosas informações sobre a patologia da doença por COVID-19.
Investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston (Boston University School of Medicine/BUSM), nos EUA, divulgaram recentemente - na publicação à Science Daily de 2 de Dezembro de 2020 - que haviam identificado proteínas do hospedeiro e vias em células pulmonares cujos níveis mudam com a infecção pelo SARS-CoV-2; ou seja, como este inacreditável vírus sequestra e de forma absolutamente rápida causa irreparáveis danos às células pulmonares humanas. No entanto, nem todas as notícias são más.
Uma outra anunciação feita foi a de que se identificaram medicamentos já há muito clinicamente aprovados e licenciados pelas mais credíveis instituições do medicamento com a finalidade da protecção da saúde pública - garantindo assim a eficácia e a segurança dessas drogas ou medicamentos para os humanos e animais (a nível veterinário, mas também sobre outras valências no fabrico e uso de produtos biológicos) - e que, actualmente e segundo a estimativa dos investigadores da BUSM, podem ser reutilizados para o tratamento de pacientes com COVID-19.
(Ex: FDA - US Food and Drug Administration, a agência federal do Departamento de Saúde e de Serviços Humanos dos Estados Unidos; EMA (The European Medicines Agency, EU) - agência europeia de medicamentos que tem como missão garantir a avaliação científica, a supervisão e o controle da segurança dos medicamentos para uso humano e animal na União Europeia).
(Em Portugal, a Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. - faz essa avaliação técnico-científica, assim como a autorização de introdução no mercado dos medicamentos registados; genéricos ou não).
Voltando à descoberta: Numa colaboração de vários grupos envolvendo os Laboratórios Nacionais de Doenças Infecciosas Emergentes (NEIDL), o Centro de Medicina Regenerativa (CReM), e o Centro de Biologia de Sistemas de Rede (CNSB), os cientistas relataram o primeiro mapa das respostas moleculares do pulmão humano nas células invadidas pela infecção do SARS-CoV-2.
A Explicação dada refere que «Ao combinar células alveolares humanas - projectadas por Bioengenharia com a mais avançada tecnologia de Espectrometria de massa sofisticada e por conseguinte altamente precisa - os investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston (BUSM), nos Estados Unidos, identificaram proteínas do hospedeiro e, vias nas células pulmonares, cujos níveis se verificaram alterados após a infecção por SARS-CoV-2».
Os dados agora recolhidos darão certamente uma inestimável ou valorosa informação não só sobre o patógeno da doença como, acima de tudo, informarão sobre «Novos Alvos Terapêuticos» para bloquear ou fazer o cerco eficaz ao COVID-19.
Estes incansáveis investigadores descobriram que, um Tipo Crucial de Modificação da proteína chamada «Fosforilação», se torna aberrante nessas células pulmonares infectadas.
A Fosforilação de Proteínas desempenha um papel muito importante na regulação da função proteica dentro das células de um organismo, de acordo com a explicação dos cientistas. E a isto, acresce-se dizer, tanto a abundância como a fosforilação de proteínas são processos típica e altamente controlados no caso de células normais/saudáveis.
No entanto, os investigadores referem ter descoberto também que o temível SARS-CoV-2 confunde as células do pulmão, causando inevitavelmente Mudanças Anormais nas quantidades de proteínas; assim como, na frequência de fosforilação de proteínas dentro dessas células.
De acordo ainda com os especialistas, «Essas Mudanças Anormais» ajudam indefectivelmente o vírus a multiplicar-se e, eventual e infelizmente, a destruir as células. A destruição de células infectadas pode contudo resultar numa «Lesão Pulmonar Generalizada».
Segundo aferem os investigadores «Assim que o SARS-CoV-2 entra nas células do pulmão, verifica-se que este, de forma muito rápida, começa a explorar os recursos essenciais da célula como ocioso vilão ou indomável invasor que é - desses mesmos recursos tão necessários e vitais para o crescimento e a função normal da célula».
O autor co-responsável deste estudo ou desta agora admirável descoberta - Andrew Emili - PhD, professor de Bioquímica da BUSM, nos EUA, reitera de forma pragmática:
"O Vírus usa esses recursos para se fazer proliferar enquanto evita o ataque do sistema imunológico do corpo. Dessa forma, novos vírus se formam, pelo que posteriormente saem da célula pulmonar exaurida e, brutalmente danificada, deixando-as para se auto-destruir. Esses novos vírus infectam outras células, onde o mesmo ciclo se repete."
Descoberta/Identificação/Reutilização
Esta fantástica descoberta realizada pelos investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston e associados/colaboradores suscita-nos de facto grande interesse. Em particular, quando se trata não só da identificação do problema como do processo a seguir que, neste caso, será o da reutilização. Mas já lá vamos. Por ora, há que resumir o que esta descoberta veio explanar.
Assim sendo, há que reportar o que os investigadores inicialmente se propuseram, tendo começado por examinar as Células Alveolares do Pulmão de uma a 24 horas após se registar a infecção por SARS-CoV-2 para assim melhor se entender quais as efectivas mudanças que porventura ocorrem nas células pulmonares imediatamente (em uma, três e seis horas após a infecção por SARS-CoV-2), e quais as mudanças que ocorrem depois (nas 24 horas após a infecção).
Estas alterações foram então comparadas às células não infectadas. Todas as proteínas de Células Alveolares Infectadas e Não Infectadas, correspondentes aos diferentes pontos de tempo, foram extraídas e marcadas com etiquetas de código de barras exclusivas chamadas «Etiqueta de Massa em Tandem».
Estas marcas - que podem ser detectadas com precisão apenas e através de um espectrómetro de massa - permitem a quantificação robusta da abundância de proteínas e da fosforilação nas células.
"Os nossos resultados mostraram que, em comparação com as células pulmonares normais/não infectadas, as células pulmonares infectadas com SARS-CoV-2 mostraram mudanças drásticas na abundância de milhares de proteínas e eventos de fosforilação." (A afirmação de Darrell Kotton, MD, professor de Patologia e Medicina Laboratorial em BUSM e director do CReM - Centro de Medicina Regenerativa)
Elke Mühlberger, virologista, especializada em Biologia Molecular - PhD, professora associada de Microbiologia e investigadora principal do NEIDL (National Emerging Infectious Diseases) - Laboratórios Nacionais de Doenças Infecciosas Emergentes - corrobora de forma enfática:
"Além disso, os nossos dados também mostraram que o vírus SARS-CoV-2 induz um número significativo dessas mudanças logo numa hora (na primeira hora) após a infecção, e estabelece as bases para um sequestro completo das células pulmonares hospedeiras."
Também Andrew Wilson - MD, professor associado de Medicina da BUSM e investigador do CReM - tem uma palavra a dizer a respeito do tema:
Existem importantes características biológicas específicas das células pulmonares que não são reproduzidas por outros tipos de células comummente usados para se estudar a infecção viral. Estudar o vírus no contexto do tipo de célula que é mais danificado nos pacientes, provavelmente trará percepções que não seríamos capazes de ver noutros sistemas-modelo."
Os Investigadores da BUSM e associados analisaram também os seus dados para identificar assim as prospectivas oportunidades que se poderão de futuro reportar no tratamento da doença por COVID-19. O que descobriram foi surpreendente: o poder da reutilização!
Descobriram então que, pelo menos 18 medicamentos pré-existentes e, clinicamente aprovados (desenvolvidos originalmente para outras condições/doenças médicas), podem ser potencialmente reutilizados para a eventual administração dos mesmos na terapia a efectuar sobre pacientes com COVID-19.
Segundo os cientistas, estas drogas, estes medicamentos já implementados no mercado, têm demonstrado e revelado de forma algo admirável, uma excepcional promessa de bloqueio à proliferação do SARS-CoV-2 nas células pulmonares humanas, o que vem dar esperança claro está, a muitas outras derivas ou mesmo questões que até aqui se colocavam sobre a impotência de tal.
Os Investigadores desta Descoberta acreditam assim que esta nova informação é de facto inestimável, abrindo desta forma o frondoso caminho para uma estratégica terapêutica mais recente - potencialmente promissora e mais relevante a nível económico - economizando-se tempo também para se combater o COVID-19, o que se reconhece francamente positivo!
Esta descoberta foi tornada pública em online pela revista científica «Molecular Cell», 2020, tendo por título «Respostas do Hospedeiro Citopatogénico accionáveis de células alveolares humanas do tipo 2 ao SARS-CoV-2».
Este estudo teve como somativa ou formativa colaboração muitos outros autores além os aqui já mencionados. Estes prestigiados investigadores são: Raghuveera Kumar Goel, PhD; Adam Hume, PhD; Jessie Huang, PhD; Kristy Abo, BA; Rhiannon Werder, PhD; Ellen Suder, BS, e muitos outros de uma extensa e igualmente meritória lista de nomes que colaboraram nesta descoberta.
Parabéns então a todos eles pelo que nunca é de mais ovacionar quem tanto luta e batalha para construir uma manhã mais seguro - e mais correspondente - com o que nos define, a nós humanos: a segurança e saúde públicas em nome de uma civilização que se quer atenta, em constante evolução e sustentação nos avanços da biomedicina e não só.
Todos temos de contribuír para esta causa, para esta prerrogativa, este benefício sem moratória. Sem adiamentos ou constrangimentos de sermos alcançados ou superados por outros. Mesmo nos fracassos temos glória; o de nunca desistirmos, o de nunca prevaricarmos sobre algo que também sobre nós se poderá fazer pungir. E eclodir. Letalmente.
Temos de ser unidos e juntar esforços, mesmo que os graus de eficácia não sejam os esperados ou que os resultados não sejam os desejados, pois que só na tentativa e na perseverança se poderá almejar a tal esperança averbada.
Respostas temos algumas mas perguntas temos ainda mais, pois nem todas são prontamente dadas à semelhança deste estudo, desta tão fabulosa descoberta.
No entanto, a persistente teimosia de quem se não deixa acomodar a este e a outros vírus também, num processo imparável de novos estudos e novas descobertas, pelo que haverá certamente ainda mais respostas por dar, mais explicações por colmatar, sendo nisso que todos trabalhamos. E continuamos a acreditar - independentemente de qual for o hospedeiro...
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
sábado, 5 de dezembro de 2020
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
domingo, 29 de novembro de 2020
sábado, 28 de novembro de 2020
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
In Memoriam de AKA
Imagem (de autor anónimo) de Alien AKA de Zeta Reticuli star system: um dos mais carismáticos e famosos extraterrestres/alienígenas cinza (grey) que, hipotética ou alegadamente, se identificou nos termos terrenos como uma entidade biológica extraterrestre que terá sobrevido e permanecido no planeta Terra por limitado tempo.
"O que procura a verdade e a exige com impaciência deve perguntá-la àquele que sabe. Qualquer impostor o enganará." (Robert Charroux, da sua obra «O livro do passado misterioso»)
Em Memória de A.K.A.
!947/49 foram anos frutuosos. No Laboratório de Los Alamos, nos Estados Unidos, os cientistas não tiveram mãos a medir; ou seja, sossego.
Podemos até imaginar, pelo que muitos de nós não éramos ainda nascidos nem sequer concebidos. O que hoje sabemos devemos aos que ainda resistem em contar-nos o que lhes foi deixado em testemunho e certa confissão, sentindo que estão agora, finalmente, livres de qualquer inconfidência ou condenação de lesar a pátria, a nação. Hoje, um bem maior se levanta: O da salvação da Humanidade!
Dois anos antes tinha havido o grande impacto em Roswell, nos EUA, no despenhar de uma nave com três tripulantes de origem desconhecida (para nós, não para eles, os chefes militares e engenheiros aeronáuticos altamente especializados e de patente superior) numa azáfama de enorme e lacrada confidencialidade - entre o que era revelação e o que era maldição - de se poder estar a lidar com muitos segredos, muitos mistérios que, caso se abrisse a boca, seria a última vez...
Em detalhes muito pormenorizados da recolha de testemunhos e confidências há muito vinculadas de toda a sua fidedilidade e autenticidade, altas figuras militares deixaram registado para a posteridade de que, por vias de um intenso e fluido «download telepático» entre as entidades biológicas extraterrestres e as entidades oficiais do momento, ficaria gravado para memória futura, muitos avisos e até exigências à Humanidade caso desejassem sobreviver; como civilização e como seres planetários do cosmos.
26 de Dezembro de 1980: o incidente na floresta de Rendlesham - em Suffolk, na Inglaterra (entre as bases da Força Aérea Americana de Woodbridge e Bentwaters) - em que dois oficiais do exército afirmam ter avistado um objecto desconhecido não-identificado (Óvni/Ufo) com uma mensagem codificada. Mensagem esta que entabulava vários dígitos de zeros e uns (0/1 em código binário) numa determinação matemática encriptada.
Este inédito encontro e sua missiva foi desde logo abafada. A Primeira-ministra de então - a senhora Margaret Thatcher - terá dito de forma taxativa: "Não contem ao povo!"
Este «Roswell britânico» revelar-se-ia anos depois não um mistério mas um sério aviso às populações; muito maior - ou sumariamente mais exposto do que os anteriores - ou todos aqueles deixados ao longo dos tempos nas plantações e sementeiras (crop circles) em belíssimos desenhos geométricos (agroglifos) mas de difícil ou complexa desencriptação para os humanos.
Saber-se-ia mais tarde tratar-se de três poderosas alíneas de alta mensagem alienígena sobre «A contínua protecção da Humanidade; «A exposição da tecnologia desconhecida (ou o maior conhecimento desta) aos humanos e, «O imperativo avanço dos cidadãos da Terra para que o planeta sobreviva».
Evidentemente que estas prerrogativas dão azo a muita especulação, mas também algum sentido, pelo que temos de ser sérios e condensar toda esta informação no contexto de uma determinada transformação pela qual o nosso planeta possa estar a ser alvo ou, mesmo a Humanidade, em readaptação e certa volatilidade em relação às novas exigências ou mudanças existentes.
Há que referir ainda de que estes avisos vinham também digitalizados ou melhor dizendo encriptados de forma extraordinária, relatando de que deveríamos (humanos) ter MUITO CUIDADO com as civilizações que se encontram nas constelações de Oríon e de Zeta Reticuli (estrela binária na constelação de Reticulum) que, como sabemos, se localizam a cerca de 1.350 e 39,17 anos-luz de distância da Terra respectivamente. Para quem tem más intenções, certamente é perto demais...
21 de Agosto de 2001: A mensagem de Arecibo - bem perto do rádio telescópio de Chilbolton, em Hampshire, no Reino Unido - na formação de um grande número de pequenos pixels que, por observação via aéra, se reportou formarem uma figura reconhecível; uma imagem representava um rosto humano e outra, a quase idêntica transmissão de rádio que o SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence) enviou a partir do do radiotelescópio de Arecibo, em 1974.
A Mensagem de Arecibo que nos foi devolvida evidenciava: O Silício é o elemento químico dominante (no caso terrestre, é o Carbono); na dupla hélice a configuração do nosso ADN/DNA é formada por duas cadeias de plonucleotídeos (fita) - neles, existe uma fita extra; eles possuem aproximadamente 4 pés de altura (1,20 m); a sua população tem cerca de 21,3 biliões de seres e habitam o terceiro, quarto e quinto planetas (diferentemente de nós humanos, que ainda só agora estamos em planificação com Marte...).
E por fim, a constatação de que o telescópio deles eventualmente se reitera ou reflecte de maior complexidade em comparação com o nosso. Ou seja, estamos a muitos anos-luz dos seus conhecimentos, da sua tecnologia e quiçá da sua inteligível aderência e aferência em relação a nós.
21 de Agosto de 2002: Foi observado no terreno - em Sparsholt, Hampshire, na Inglaterra - a figura de um extraterrestre (grey) com um disco acoplado que transmitia certamente uma outra mensagem que não deveríamos desprezar. E assim foi feito. A mensagem que estava inserida no disco foi descodificada, utilizando-se para isso o código binário de 8 bits - no padrão conhecido como ASCII (American Standard Code for Information Interchange).
O resultado foi surpreendente não deixando ninguém indiferente: a) CUIDADO com os portadores de presentes/dons falsos e as suas promessas não cumpridas. b) MUITA DOR mas ainda há/existe tempo. ACREDITE. c) Existe o BEM Lá Fora. d) NÓS nos opomos à decepção ou aos enganos. Esta mensagem é depois encerrada com um sinal sonoro muito semelhante ao produzido por uma máquina de escrever antiga ou um sino na referência do código binário (0x07).
Em relação ainda ao rosto nomeado na mensagem de Arecibo em 2001, muitos alegam ser visível e, perceptível à mente humana, a semelhança entre esta imagem do rosto humano com a do rosto captado em Marte. Não será de somenos importância o aqui referirmos que o planeta vermelho poderá ter sido, eventualmente, sujeito ou submetido às mesmas agruras cósmicas que muitos outros em absoluta destruição.
Existe também a alegação de que Marte não foi contemplado com nenhum mega-meteorito mas sim, uma guerra atómica/nuclear de proporções inimagináveis - sugerindo-se possivelmente ter-se tratado de um ataque de outras civilizações estelares através de uma bomba de hidrogénio - que tudo ceifou no nosso planeta vizinho.
Será isto um outro aviso para nós, humanos, em insinuação do que no futuro nos poderá suceder...? Será bom que aceitemos os conselhos, os avisos, ou não teremos sequer tempo para o acatar...
Linda Moulton Howe no seu semanal «Earthfiles» (25 de Novembro de 2020) corrobora desta tese, enunciando uma obra literária sobre Marte ("Death on Mars"/Morte em Marte) que vai nesse sentido. O seu autor - o físico nuclear John Brandenburg`s - faz alusão ao já mencionado de uma feroz e derradeira guerra entre alienígenas, onde se terá utilizado uma potente bomba de hidrogénio destruíndo assim todo o planeta vermelho.
Neste seu vídeo, a querida e sempre fervorosa nesta causa, Linda Moulton Howe, refere ter havido uma outra mensagem em 29 de Junho de 2015 em que a testemunha sugere ter recebido uma espécie de aviso em sonhos, determinando que o «Conselho dos Cinco» («The Council of Five», as 5 civilizações alienígenas que nos protegem) em breve poderia intervir na Terra devido à ocorrência de um evento de graves consequências.
As Sociedades Secretas Extraterrestres: assim o definiu então por meados dos anos setenta do século XX, o autor literário Robert Charroux, que admitiu esta possibilidade ainda que com alguma reserva pelo que dizia ser «Uma hipótese difícil de rebater, mas impossível de provar.» Será mesmo?...
Talvez por esta mesma razão tivéssemos sido alertados e, incentivados, para uma nova e pertinente realidade: A de nos irmos habituando à existência de outras formas de vida, outras essências e ciências geológicas e planetárias de uma imensa e farta cosmogonia que sempre nos rodeou e que, parece, por vezes nos esquecemos.
E talvez também por esta mesma razão ainda hoje se faça uma certa opacidade e bloqueio total a uma das «Mais Misteriosas Mensagens» captadas na Lua pela então Apollo XV que somente dizia:
"Mara rabbi allardi dini endavour» que foi e, ainda hoje é, alvo de muitas e contrárias interpretações que tanto filólogos como leigos na matéria ainda não souberam decifrar, ou então, tal como aconteceu com os diversos e codificados textos medievais de Michel de Nostradamus, deu para todas e quaisquer deambulações de cariz interpretativo individual...
Vídeos de Óvnis/Ufos: esta imagem, inédita, foi recentemente autorizada e contemplada através de um curto mas explícito vídeo - em captação feita por pilotos-militares dos Estados Unidos - onde se retrata com toda a fidelização possível um objecto voador desconhecido. Pela primeira vez (em Abril de 2020), o Pentágono concedeu que se não bloqueasse ou retirasse do meio digital (Internet) este vídeo.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos retirando finalmente o sigilo ou, as preciosas ferramentas da grande arca sagrada em que sempre se manteve até aqui, veio a público admitir que era chegado o tempo de se exibir aquilo que então considerou «fenómenos aéreos inexplicados».
E tudo pelo simples facto de que, o objectivo da medida, seria unicamente «desfazer-se qualquer dúvida do público» sobre a origem dessas imagens; imagens estas que já tinham sido retiradas dos circuitos internautas (Net) em duas ocasiões: em 2007 e dez anos depois, em 2017. Tal como o terceiro Segredo de Fátima, também este veio à luz do conhecimento...
Parabéns então ao Pentágono. Saudamos com felicidade esta abertura, esta consideração global de podermos todos, ou parte de nós, fazer a nossa própria idealização ou afectação do que agora se expôs sem censura e sem retábulos compartimentais do que se deve ou não saber; ou ver...
Com excepção deste 2020, em que todos pudémos visualizar o que há muito desejávamos que sucedesse (pelo que muitos afirmaram ter-se tratado de uma mera operação de ilusão ou de distracção para causar um certo entorpecimento com o que a pandemia por Covid-19 nos estava já a siderar...), houve de facto a abertura que não ruptura em antecedentes que convém lembrar.
Recuemos até 2011: Este ano tornou-se épico: no Youtube foi colocado um vídeo que, supostamente, foi visitado e revisitado até à exaustão em minúcia cirúrgica de investida científica para se saber da veracidade do mesmo, levando a que muitas autoridades se tivessem calado e outras refreado o que há muito vinham omitindo ou sonegando também sobre este e outros vídeos que testemunhavam a ocorrência de viajantes e suas naves espaciais sobre os nossos céus. Estranhamente não foi retirado.
A intensa actividade ultra-secreta não tinha mãos a medir. Muitos foram os fenómenos observados e outros guardados em confins mais sagrados que o secreto esconderijo do Santo Graal.
De 1942 a 1969 os programas espaciais de interferência e insurgência no planeta Terra por naves desconhecidas começaram a ser vistas de forma mais solícita e por vezes não tão secreta assim, havendo sempre testemunhas oculares do que então já se não podia resguardar ou manter confinado às mais altas instâncias militares; não só pelas entidades oficiais dos Governos norte-americano, russo ou chinês, mas por todo o mundo.
Roswell deu muito que falar (8 de Julho de 1947) mas o quase idêntico incidente dois anos depois, em 1949, não. No Novo México as coisas estavam quentes, muito quentes, e nem sequer se poderia de novo apelar às boas consciências (ou a ausência delas) para se falar ou replicar o tema do balão meteorológico, até porque, dessa outra vez, poucos testemunhos se elevaram para constatar ou contestar-se tal.
Mais tarde surgiriam outros factos e por certo outras similares evidências que determinariam o fim do grande secretismo ou de «Ficheiros Secretos» de programas e projectos espaciais das grandes nações desenvolvidas que, finalmente, pareciam ter havido a compreensão exacta do maquinismo tecnológico superior dessas entidades - através de naves que se despenharam - intencional ou acidentalmente - nos nossos solos.
Recolheram-se os destroços e... o que havia por entre estes, numa osmose de elementos não conhecidos, caracteres intraduzíveis e, não raras vezes, um cumular de massa orgânica desmembrada de corpos de origem desconhecida; e tudo isso, no respaldar de verdades que sempre se quiseram e mantiveram omissas perante o grande público.
Entre o que é ou não verdade, aqui fica a minha mais sincera homenagem a título póstumo sobre aquela que se concerne e subleva ao mais alto nível - na eternizada referência em irrefutável evidência - de vida lá fora. NÃO ESTAMOS SÓS! Nunca o estivemos e, para os mais afoitos e azougados nestas matérias, há que o exclamar com toda a certeza de que nunca o estivemos, sendo que muitos andam por aí e nem todos nos querem bem...
Sejamos claros: estamos abertos a conversações, a conselhos e avisos mas jamais a condenações, pois que todos sabemos que há sempre o Bem e o Mal de mãos dadas em verso e reverso de um maniqueísmo por vezes incompreendido ou mal utilizado; entre nós terrestres e entre outros...
Sabemos que existem os amistosos, os que verdadeiramente se preocupam connosco, com a Humanidade; por outros que certamente nos não acharão piada alguma, tendo-nos asco, não nos suportando e tendo para isso agendas pouco claras, pouco consideráveis para com a nossa espécie. Esses, são os chamados hostis. E depois existem os outros ainda, os neutros, aqueles que não tomam partido e tanto nos poderão auxiliar como abandonar à nossa sorte.
A enfática e mui simpática escritora, jornalista e tantas outras coisas mais que aqui não haveria espaço para o reproduzir, de seu nome, Linda Moulton Howe, proclama até à exaustão de que existem efectivamente três espécies alienígenas que se confrontam e debatem entre si pela civilização humana na Terra. São eles os «Altos-louros» (também chamados de nórdicos), os «Grey» (os pequenos seres/clones cinzentos), e os mais temidos, os «Reptilianos».
Todos possuem agendas próprias de evolução e selecção. O que se intui, é que foram e continuam a ser cometidos abusos desde há muito. Experiências genéticas são praticadas sem o nosso aval e permissão para que algo que nos é superior seja devidamente orquestrado e, implementado sobre nós, e sobre todas as outras espécies reinantes na Terra. As abduções e as mutilações (especialmente em animais) uma constante. E tudo a bem do processo evolutivo no planeta...
Inegável todas essas acções em nós e sobre nós impostas, pelo que temos sido - de certa forma abusivamente - manipulados geneticamente ao longo dos séculos e milénios.
Há exactamente 270 milhões de anos que assim tem sido, desde que civilizações extraterrestres ditas avançadas e superiores encontraram este planeta e fizeram dele o seu mais maravilhoso laboratório de múltiplas espécies. (De registar as várias ocorrências em que se detectam por vezes espécies não-conhecidas ou tão diferenciadas das que conhecemos no planeta que chegam a ser apelidadas de monstros ou anómalas criaturas de origem desconhecida que aparecem do nada sem justificação aparente por parte dos especialistas).
E tudo entrou assim em generalíssima transmutação genómica de hibridação constante - efectuada por alta engenharia genética ou biotecnológica - desde o primordial hominídeo-primata até ao Homem Moderno; ou seja, do Homo erectus até ao Homo sapiens sapiens, em passo a passo e descoberta em descoberta de uma inteligência e agilidades maiores que só agora entendemos. No entanto, os avisos, as mensagens persistem.
O Conselho dos Cinco - na tal conferência galáctica e cosmológica dos grandes poderes - revelam-nos amiudadas vezes de que estará para breve uma sua maior interacção de influência ou mesmo urgência que nos fará seguir outros caminhos; e que possivelmente não teremos outra saída que não seja segui-los. Até porque, algo se irá passar, induzem.
A Reversão/leve inversão dos pólos magnéticos registada tem sido uma preocupação não só para quem estuda estes fenómenos geofísicos mas também em termos da Astronomia e Astrofísica; além de tantos outros entendidos que sobre este planeta Terra se debruçam tentando encontrar respostas para as muitas alterações (climáticas e não só...) que o nosso planeta atravessa.
Estamos em transformação, disso já poucos duvidam; daí que uma readaptação ou hibridização sejam as correntes que nos perseguem e, precedem numa pré-existência que não sentimos ou percepcionamos mas que está lá, para que sobrevivamos a mais um ou outro cataclismo planetário ou humanitário - noutro não menos terrífico cenário que muitos revezam já poder tratar-se da denominada sexta extinção.
De Futuro - e de acordo com o que os especialistas proferem de uma forte probabilidade - poderemos vir a observar intensas e nocivas CME`s (coronal mass ejection`s) ou em português EMC`s (ejeções de massa coronal) do Sol - ou erupções solares de igual radiação destrutível - e explosões de supernovas, impactos de meteoritos, ou mesmo oscilações cósmicas que nos poderão colocar em risco; a nós e ao planeta Terra.
Além de eventuais guerras atómicas (menos prováveis mas ainda assim de considerar se a tal Confederação Galáctica se desunir e se fizer reactivar um seu desejo menor de nos extinguir não só dessa configuração mas também do planeta azul que faz parte da Via Láctea).
E tudo isso em tomadas céleres e perigosas, há que o admitir, vindas exclusivamente do exterior - pois que a nível interno tal nos não será possível, uma vez que «eles» se dizem atentos aos nossos mísseis e silos que os abarcam, neutralizando-os, caso o ser humano seja acometido de outra maior loucura antropológica e tente começar uma guerra mundial.
Somos avisados para não o fazer e só temos de o respeitar. Daí que se tenha de aprender com os erros do Passado para jamais os repetir e reproduzir no Futuro.
Há que relembrar então algo que se terá passado entre 1949 a 1952 (devido à morte deste três anos depois, a 18 de Junho, e em solo norte-americano) de um ser extraterrestre que nos nossos terrestres domínios estava - e que poderá ter sido ou não o Alien AKA da imagem inicial do texto - ou outro seu conterrâneo estelar que entretanto foi interrogado e apenas disse ao seu interlocutor terreno a mando dos serviços secretos:
"We made you. We put you here, but you have to live it." (Em tradução: "Nós te fizémos (ou nós te criámos). Nós te colocámos aqui; e você tem que viver com isso. Ou seja, este ser extraordinariamente diferente e inteligente, disse tudo numa só frase de forma bem explícita.
A interacção e conexão entre o Homem e o ser alienígena não terá sido fácil; tanto na Antiguidade como nos nossos dias. Confrontarmo-nos com esta realidade também não. Está muito em jogo, talvez todas as nossas crenças e sentenças do que conhecemos de nós da criação à morte. Do que vivemos e somos em sociedade e em espiritualidade; com religião ou sem ela, nos muitos mitos e sentidos que por vezes não se coadunam com outras realidades. Como a reencarnação.
Numa última abordagem ou inquirição e, em face ao tema da reencarnação, este ser foi completamente taxativo ao afirmar: "A reencarnação - a reciclagem das almas - é a maquinaria (ou engenharia) deste Universo!" - Poderemos nós duvidar disso...? Certamente que não.
Podemos não ser seres prescientes mas desejar poder estar perto dessa informação, dessa sabedoria e dessa reflexão, sobre as nossas origens, as nossas bases genéticas e toda a evolução que ao longo dos tempos fomos enaltecendo.
E, indubitavelmente também, tentando acolher a sapiência de outros que, diferenciados de nós, se legitimam por todos os outros pontos planetários de galáxias e sistemas binários surpreendentemente fabulosos em efectivação de vida.
Por ora, apenas pretendo fazer jus à memória de AKA, que não conhecendo se amistoso se hostil por parte da sua civilização perante nós, humanos, eu tenha a caridade possível para reconhecer que ninguém tem (ou deve ter) o direito de morrer onde não nasceu. E ser prisioneiro até na imortalidade.
In Memoriam por AKA e, por todos aqueles, que outrora não identificámos, não compreendemos e não aceitámos... simplesmente porque não os reconhecemos como nossos iguais; inferiores ou superiores a nós...
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
terça-feira, 24 de novembro de 2020
Somos Todos Astronautas!
Passado, Presente e Futuro de Marte: as três envolventes directrizes que nos farão entender melhor a razão pela qual continuamos a apostar numa terraformação planetária que outrora já foi vida e, hoje, nos tenta mostrar que talvez possa ressuscitar. E voltar a ser como era; com ou sem habitantes...
"Somos todos astronautas numa pequena nave chamada Terra." (Richard Buckminster Fuller)
Um dia saberemos onde, como e quando deixar a nossa pegada ecológica em Marte. Um dia, seremos todos astronautas, colonizadores ou somente espectadores deste grande triunfo que é ou será invadirmos outros espaços, outros planetas e, quiçá, outras almas que nos queiram ou não por lá...
Marte: ontem e hoje em destino futuro
Há 4 biliões de anos, o planeta Marte exultava de vida em características geológicas idênticas ou muito semelhantes às da Terra. Muitos são os cientistas que o afirmam com toda a certeza, por outros que admitem haver a necessidade de mais dados, mais recolha de informação para que tal se possa em absoluto confirmar.
Hipoteticamente, Marte seria um planeta extremamente activo com todas as condições possíveis e imaginárias - do ponto de vista geológico - para suportar a presença de água líquida na superfície. Até aqui os cientistas estão de acordo.
Mas, e se Marte foi exactamente igual ao nosso planeta Terra e, por vias de um cataclismo planetário derivado de ameaças exteriores múltiplas, a sua vida parou, morreu?...
Será que no futuro a Terra poderá viver esse mesmo terror do passado em Marte?... Não o sabemos, sentindo apenas que este nosso vizinho terá vivido um verdadeiro inferno em implosiva transformação na mais completa e absurda esterilidade e, inviabilidade, de qualquer forma de vida em si.
É verdade que em termos mundanos (e mais ociosos talvez) de querermos saber mais sobre este planeta vermelho, ocorram as sempre questionáveis teorias dos marcianos serem os nossos ascendentes em árvore genealógica planetária, ramificada agora, nos seres que habitam e vivificam na Terra.
E que outros seres - iguais ou diferentes - planificam e calcorreiam ainda os solos e as planícies desertas de Marte. Do presente nada se sabe efectivamente. Só a especulação.
Infere-se de que persista em Marte essa mesma ancestral civilização - mais velha e mais sábia em termos tecnológicos - do que na Terra. Que hajam inclusive colonatos. De terrestres e marcianos. Que hajam cidades subterrâneas e uma outra realidade em sociedade de certa forma estranha e não totalmente entendida por nós, humanos, em hermético secretismo com objectivos pouco claros. Tudo é possível e o contrário disso. Não sabemos.
O que sabemos é que há aproximadamente 4 biliões de anos Marte era um planeta potencial de vida; microbiana e não só...
De acordo com os investigadores da Cornell Uiniversity e outros associados, existiram no Antigo Passado de Marte intensas inundações de magnitude inimaginável há cerca de 4 mil milhões de anos. A prospecção feita no terreno marciano (no equador de Marte) pelo generoso Curiosity Rover, da NASA, veio dar luz às esperanças dos cientistas que sempre acreditaram poder ter havido «Vida em Marte».
Hoje concretiza-se de que, esta descoberta, sugere a possibilidade disso mesmo: Houve vida em Marte! A partir de agora todas as portas estão abertas a que se sonhe com uma possível reestruturação ou reformulação planetárias sobre Marte; sobretudo tendo em conta que 72 países do planeta Terra possuem inefáveis agências espaciais - 14 delas com uma poderosa capacidade de lançamento - tentando criar assim potenciais naves espaciais com ambiente auto-sustentável para futuras missões.
Sistemas de suporte de vida estão finalmente a ser construídos e, desenvolvidos, de forma a poderem ser mais eficazes na possibilidade de se fazerem Viagens Espaciais (de ida e volta a Marte) com tripulação humana, assim como a restante sustentabilidade necessária não só para essa viagem dos nossos futuros astronautas, como a sua habitalidade e permanência no planeta vizinho.
Ficção científica?... Não. Apenas a realidade que agora se aclama e proclama em toda a máxima e feliz assumpção de termos acreditado que era possível e seríamos também nós capazes de tais proezas...
Marte tal como nós...Terra
Muito se tem falado sobre a vida e não-vida em Marte; do seu passado até ao seu presente. Muitos cientistas afirmam-no agora com toda a clareza possível de que neste planeta árido e inóspito já houve vida. O robô Curiosity facilitou em muito essa criteriosa informação à sua equipe científica, dando as respostas há muito esperadas ou desejadas: a cratera Gale já teve lagos e riachos no passado antigo.
Esses corpos de água de longo fluxo e corrente, são os mais exímios indicadores de que esta cratera maciana - assim como o Monte Sharp dentro desta - tinham a capacidade de sustentar Vida Microbiana, de acordo com a definição dos investigadores.
A Geologia de campo que se estabeleceu no equador de Marte - executada brilhantemente pelo robô Curiosity, da NASA - mostrou aos cientistas de que existiu um mega-fluente furioso - provavelmente desencadeado pelo calor de um impacto meteorítico, que libertou o gelo armazenado na superfície marciana - criando assim ondulações gigantescas que são estruturas geológicas reveladoras desse facto e por certo familiares ao conhecimento dos cientistas na Terra.
Daí que estes investigadores admitam ter havido «Inundações de magnitude inimaginável», uma vez que varreram a cratera Gale, no equador de Marte, há cerca de 4 biliões de anos.
A pesquisa que tem como título «Depósitos de enchentes gigantes na cratera Gale e suas implicações para o clima nos inícios de Marte» - e foi publicada em 5 de Novembro de 2020 pela revista «Scientific Reports» - determina (ou sugere) a possibilidade de ter existido vida lá.
Esta descoberta contou com o projecto conjunto dos cientistas da Jackson State University (JSU), em Jackson, no Mississippi; da Cornell University, Nova Iorque; do Jet Propulsion Laboratory (JPL) na Califórnia; e da University of Hawaii (UH), EUA.
Todavia essa faculdade ou essa sugestão dada pelo factor geológico em Marte, anunciando-se na actualidade que este planeta vermelho provavelmente terá sido habitável (e numa considerável extrapolação insinuar-se mesmo que seria habitado por seres nativos em corrente e factual civilização) há muito ainda por explicar.
A ser verdade, para onde terão fugido se acaso lhes foi permitido tal?... Que vestígios terão deixado e que outros terão levado consigo para outros planetas? Que reminiscências deles terão ficado no planeta vermelho ou que outras estes terão consigo transportado para que uma outra civilização nascesse e dela não morressem todas as boas ou más vivências, todas as boas ou más consciências...???
Por todas estas e muitas outras questões levantadas é que os cientistas terrestres tentam ainda chegar a uma conclusão final que seja aceite por todos - pelo que o robô Perseverance (munido do helicóptero Ingenuity) ajudará com toda a certeza na recolha de mais valorosos dados nesse sentido, aquando a sua chegada em Fevereiro de 2021.
Por ora, o co-autor deste já citado estudo de seu nome Alberto G. Fairén - astrobiólogo visitante da Faculdade de Artes e Ciências - arremessa: "Nós identificámos mega-flores pela primeira vez usando dados sedimentológicos detalhados, observados então pelo Curiosity rover. Os depósitos deixados por essas mega-flores não foram identificados anteriormente com os dados do orbitador."
Como verificado na Terra, as características geológicas - incluíndo o trabalho da água e do vento - foram congeladas no tempo em Marte por cerca de 4 biliões de anos. Esses recursos transmitem assim processos que moldaram a superfície de ambos os planetas no passado longínquo.
De acordo com o autor principal do estudo - Ezat Heydari - professor de Física na Jackson State University: "Este caso inclui a ocorrência de feições em forma de onda gigante em camadas sedimentares da cratera Gale - muitas vezes chamadas de «megaripples» - ou anti-dunas, que têm cerca de 30 pés de altura e, espaçadas, cerca de 140 pés uma da outra.
O professor Heydari anuncia: "As Anti-dunas são geralmente indicativas de mega-flores fluindo no fundo da cratera Gale de Marte há cerca de 4 mil milhões de anos, sendo estas idênticas ou mesmo muito semelhantes às características formadas pelo degelo ou, o derreter do gelo na Terra, há cerca de 2 milhões de anos."
A causa mais provável da inundação de Marte terá sido o derreter desse gelo com o calor gerado por um Grande Impacto, que terá libertado por conseguinte dióxido de carbono (CO2) e Metano dos reservatórios congelados do planeta. O vapor de água e a libertação de gases combinaram-se então para produzir um curto período de condições quentes e húmidas no planeta vermelho.
A Condensação gerada formou dessa forma densas nuvens de vapor de água que por sua vez criaram chuvas torrenciais - possivelmente por todo o planeta, martirizando-o.
Essa enorme corrente de água terá entrado assim na cratera Gale então combinada com a água que desceu frondosamente do Monte Sharp (na cratera Gale) para produzir as tais gigantescas inundações já referidas que, por sua vez também, depositaram as cristas de cascalho na Unidade de Planícies Hummocky e as formações de bandas de crista e vale na Unidade Estriada.
A Equipe Científica do Rover Curiosity, da NASA/JPL, estabeleceu já perante o mundo, o nosso mundo, de que a cratera Gale já possuiu em si vastos e persistentes lagos e riachos no Passado Antigo de Marte. Novamente a certeza complementa-se com a explicação dada pelos investigadores:
«Esses corpos de água de vida longa são por assim dizer os mais factuais indícios ou evidências de que a cratera, assim como o Monte Sharp inserida nela, possam ter havido a capacidade de sustentar vida microbiana».
O Astrobiólogo Alberto G. Fairén conclui: "No início, Marte era um planeta extremamente activo do ponto de vista geológico. O planeta tinha as condições necessárias para suportar a presença de água líquida na superfície - e na Terra, onde há água há vida!"
E questiona ainda de modo provocador após a indubitável afirmação: "Então, no início, Marte era um planeta habitável. Era habitado?.. .Essa é uma pergunta que o próximo rover (robô) Perseverance ajudará a responder!"
Em Registo: toda a colaboração conjunta onde se incluem o professor Ezat Heydari e o astrobiólogo Alberto G. Fairén, conta também com Jeffrey F. Schroeder, Fred J. Calef, Jason Van Beek e Timothy J. Parker, do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA; e Scott K. Rowland da Universidade do Havai (UH), no Pacífico central pertencente aos Estados Unidos.
Os dados e todo o financiamento foram fornecidos pela NASA; Malin Space Science Systems; Jet Propulsion Laboratory e ainda pelo European Rsearch Council.
Em breve o saberemos, se não desistirmos de procurar soluções, aditamentos e afinamentos, entre outras resoluções, estabelecendo desde logo um consenso global entre nações sobre o que verdadeiramente queremos ou não queremos para Marte...
Marte: a nova Terra???
Supostamente que não.O nosso planeta, por muito que tivesse sido igual a Marte ou vice-versa, possui a idiossincrasia plena de se distinguir hoje com uma biodiversidade incrível que levou certamente muitos milhares de anos a se implementar - e a crescer e evoluir - consoante ditaram os tempos. Fazê-lo em Marte é talvez a mais difícil e desafiante tarefa que o Homem pode ter nas próximas décadas.
Há quem afirme mesmo que passámos da caneta ao computador e, em passo de gigante, da Terra para a Lua, e ultimamente para o espaço fechado da EEI/ISS (estação espacial internacional ou International Space Station) a cerca de 400 quilómetros dos nossos terrestres horizontes.
Neste espaço, os designados astronautas unidos de várias nações cooperantes vão fazendo experiências e elaborando estudos sobre o comportamento das espécies orgânicas conhecidas em ambiente de micro-gravidade (desde o cultivo de tecidos e fungos até à compreensão do comportamento do fogo em microgravidade).
Este laboratório orbital faz também a comparação dos mesmos com os já registados na Terra para que se saiba de facto quais as similaridades ou desigualdades existentes.
Na Área da Saúde os exemplos também são dignos de grande referência, tendo-se constatado os efeitos da perda de massa óssea em ambiente de microgravidade e após longos períodos vividos no Espaço.
(De registo: o ensaio experimental denominado «OsteoOmics» que vai investigar, exclusivamente, quais são os mecanismos moleculares que provocam essa perda óssea afectando assim a fisiologia humana no Espaço. Irão ser examinadas também a reacção dos Osteoblastos - células humanas que participam do processo de formação dos ossos - e dos Osteoclastos, os grandes responsáveis pela regeneração ou absorção dos tecidos ósseos pelo organismo).
Nestas Investigações Biológicas há a reportar de forma enfática o «Mobile SpaceLab» - instalação para a cultura de tecidos e células - que vai oferecer assim aos cientistas a plataforma perfeita para a pesquisa de sofisticadas experiências biológicas em microgravidade, nas quais está incluída a anteriormente mencionada OsteoOmics.
Na Terra ou no «Céu» é elementar a compreensão sobre estes efeitos, para que de futuro, em ambos os casos, se possa diminuir as causas registadas; como por exemplo no caso dos pacientes com perda óssea (na Terra) ou nos astronautas em futuras missões espaciais, na benevolência e eficácia de novos tratamentos que relativizem esses efeitos ou causas.
Combater Vírus com Fagos (Bacteriófagos ou Fagos são distinguidos como vírus que invadem e destroem bactérias): Descobertos em 1915, os fagos/bacteriófagos têm sido usados para combater doenças infecciosas, principalmente na Europa Oriental.
Com tipos crescentes de Super-bactérias - desenvolvendo de forma anómala cada vez mais a resistência a antibióticos - deduz-se naturalmente que a «Terapia Fágica» seja ou tenha sido entendida como uma alternativa aos antibióticos tradicionais.
Outra conhecida propriedade exercida pelos Fagos é a sua potencialidade de eliminar bactérias nocivas sem causar danos em larga escala à «População Bacteriana» ou mesmo a acção benéfica do microbioma do corpo. O «Phage Evolution» - outra relevante experiência - tem o poder de examinar os efeitos da microgravidade e, exposição à radiação, nas interacções entre um fago e um hospedeiro bacteriano.
Entender melhor essa relação pode efectivamente de futuro resultar em novos desenvolvimentos por demais significativos ou muito importantes para a tecnologia e biotecnologia de fagos, auxiliando assim a que se proteja de forma mais eficaz e segura a saúde e bem-estar dos astronautas nas suas futuras missões - e, um dia, no desenvolvimento de medicamentos mais eficientes na prescrição e terapêutica apresentada aos pacientes da Terra.
A Investigação Saffire-IV (Spacecraft Fire experiment-IV) sobre as experiências de incêndio em naves espaciais, tem a intenção de analisar o desenvolvimento e, o crescimento de chamas, em diferentes materiais e condições na microgravidade.
Desta forma absolutamente fiel, o Saffire-IV irá contribuir de futuro para intensificar os esforços de segurança contra incêndios em ambientes semelhantes na Terra, desde submarinos até locais de densa mineração. Ou seja, tem a capacidade fabulosa de fazer expandir o «Conhecimento Humano sobre o Funcionamento do Fogo» - algo que ainda nos está vedado ou talvez limitado desde que o descobrimos em tempos ancestrais...
À parte estas investidas na ISS de exaustivas e mui incisivas investigações que legitimam de imediato a nossa coragem e coerência de querermos saber mais e, com isso, estarmos alerta perante os futuros desafios que na Terra ou em Marte se nos colocam (ou nos muitos outros pontos planetários que possamos tecnologicamente abranger nas próximas décadas ou séculos), acresce-se dizer que existe ainda muito para além do que já foi elencado.
Para o efeito, existe assim desde 1989 um esforço colectivo internacional, de seu nome «ESA Melissa», cujo objectivo é realizar com que as futuras viagens espaciais feitas por humanos (quiçá dentro em breve por seres humanos comuns que não só astronautas) e de longo prazo, possam ser - em viagens de ida e volta a Marte - uma realidade.
Formado por membros ou constituintes de cerca de 60 institutos académicos diferentes, este projecto propõe-se a ajudar os astronautas nas suas primeiras viagens espaciais a regenerar recursos, pelo que inicialmente apenas a estes se poderá permitir tal missão. Este projecto tem a designação de «Alternatina Micro-Ecológica de Suporte de Vida».
"O nosso objectivo é contruir a máquina de reciclagem definitiva." A afirmação de Rob Suters, o co-fundador do programa ESA Melissa que também exemplifica que «Estrategicamente, faz muito mais sentido desenvolver-se um sistema de suporte de vida fechado em vez de se construírem foguetões maiores trazendo-se tudo, mas esgotando-se o stock depois». Acrescenta ainda:
"Uma missão espacial a Marte leva cerca de três anos a ser concluída. Com uma tripulação de seis astronautas, cerca de trinta toneladas de suprimentos são necessários para a viagem de ida e volta. Isso inclui quantidades mínimas de água, nutrientes e oxigénio."
A Fundação Melissa pesquisa assim várias áreas diferenciadas entre si. Elas incluem desde logo a Gestão de Resíduos, a Reciclagem e a Modelagem Computacional Eficaz - no contexto geral, os domínios sectoriais que cobrem os muitos problemas evocados e mencionados sobre a escassez de recursos, a produção de alimentos, a água e o ar puro.
Criar ou recriar um ecossistema no qual os seres humanos possam sobreviver beneficiando ou privilegiando as futuras viagens espaciais é o pretendido, seja para Marte seja na Terra, onde por vezes se debatem iguais problemas de recursos hídricos na escassez de água ou mesmo no ar respirável que por vezes não é de todo o mais puro, pelo que esta tecnologia daqui resultante poderá beneficiar tudo e todos. Aplausos então para o projecto e para a Fundação Melissa.
"O conhecimento e as descobertas são de relevância directa para a Terra porque, essencialmente, os desafios que temos no Espaço são idênticos aos que temos na Terra. Consequentemente, o mesmo acontece com as soluções que são projectadas para o Espaço, muitas vezes com modificações, incluíndo o aumento de escala como é óbvio."
Os sistemas que reciclam águas residuais foram originalmente desenvolvidos pelos astronautas da Estação Espacial Internacional (EEI/ISS). De registar que estes sistemas estão agora em prática na criação de água potável em certas aldeias de Marrocos, em África, onde, como se sabe, a falta de água é uma constante.
Sistemas de Suporte de Vida Auto-Sustentáveis são agora a prioridade; dentro ou fora da Terra, pois novos são os tempos de mudança e transformação.
Impressionante mesmo, é termos a consciência exacta de toda a tecnologia desenvolvida para que, de futuro, o possamos fazer não só em termos ambientais de acrescidos benefícios inclusivos na Terra, mas, também fora dela, em Marte, ou onde nos próximos tempos outra tanta e diversificada/avançada tecnologia nos levar. Suters é peremptório:
"Todos nós somos viajantes espaciais à medida que o planeta se move através do Universo, e o nosso planeta é de facto a nossa nave espacial, excepto que obviamente a não construímos, mas ainda assim temos que cuidar dela. Precisamos de começar a tratar o nosso planeta da mesma forma que um astronauta trataria o seu precioso habitat espacial."
Penso que todos estamos de acordo. Primeiro a Terra e depois Marte. Primeiro os nossos deveres como cidadãos do mundo e de um planeta que não é nosso mas no qual todos nós habitamos, e só depois aquele tão desejado planeta vermelho como o primeiro e grande plano de viagem espacial após a «tomada» da Lua. Se «eles» nos deixarem; se «eles» nos não coarctarem as intenções, os votos e as lideranças de virmos a ser os novos conquistadores de um planeta que já tanto sofreu.
Somos todos astronautas. Pois somos. Mesmo sem o sabermos. Somos viajantes do Espaço há muito, mesmo que o não recordemos ou sintamos na totalidade em sapiência e emergência de um dia para lá termos de voltar em expansão cosmológica ou sequer em reintrodução de uma nova lógica que nos faz ser físicos e materiais mas também cognitivos e espirituais.
Sim, acredito piamente que um dia seremos todos astronautas, do que já fomos e vivemos e do que porventura realizaremos em novos espaços e novos tempos. Um dia lá chegaremos... e nesse dia talvez celebremos a boa-ventura que, afinal, sempre soubémos ter coexistido dentro de nós... «como a criança que existe em nós»... mas mais em forma de astronauta...