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quinta-feira, 4 de julho de 2019

No Estertor da Morte!

Resultado de imagem para Eta Carinae, Hubble, NASa, ESA
(Imagem: ESA/Hubble/NASA em divulgação a 17 de Maio de 1991) - Eta Carinae: A maior estrela da Via Láctea (na constelação da Quilha ou Carina), mas igualmente a variável e eruptiva estrela que expelindo uma enorme quantidade de gás no meio interestelar circundante, se projecta numa espécie de maravilhosa «pirotecnia estelar» - resultante de inesperadas e convulsas explosões - estando inevitavelmente condenada à destruição.

"Talvez não haja outro objecto sideral que una tantos pontos de interesse como este."
                                                             (John Herschel, 1847)

Tal como presidiário condenado à morte sem comutação de pena ou, a mais solitária criatura que sabe ir ter um desfecho fatal, esta estrela vive assim pungente e, voluvelmente, sobre um «Estertor de Morte» que de forma pouco pacífica se faz esperar em seu destino final - como Supernova - nos próximos milhões de anos...

No meio de muitas dúvidas e outras tantas incertezas, os cientistas não acordam se esta estrela binária - Eta Carinae - mas tida como Supernova, se terá ou não já finado. Pode ser cedo de facto para se fazer já o seu sepultamento; no entanto, há quem afirme que Eta Carinae possa ser actualmente uma Supernova, pelo que nunca o chegaremos a saber devido à luz por ela emitida demorar 7500 anos a chegar à Terra...

Situada nessa mesma distância - a 7500 anos-luz da Terra - Eta Carinae está localizada na constelação Carina na Via Láctea, sendo uma estrela do tipo: Wolf-Rayet. Esta a designação científica do corpo celeste. Desde o século passado (XX) que é observável como estrela variável eruptiva que expele grandes quantidades de gás para o espaço interestelar.

Redigia-se então em Maio de 1991, que o HST (Hubble Space Telescope) resolvia aglomerados individuais tão pequenos quanto apenas 10 vezes o tamanho do nosso Sistema Solar.

(Na imagem acima referida, a observação feita pelo Telescópio Espacial Hubble teve o auxílio do Wide Field e Planetary Camera ou HF/PC)

Presumiu-se então de que a nebulosa fosse provavelmente revestida por uma camada de material fino e bem definido (por ser acidentada em escalas tão pequenas e possuir igualmente uma borda tão bem definida), pelo que de seguida concluíram que a Pressão de Radiação e o Vento Estelar de Eta Carinae terão consequentemente fragmentado a casca.

Intuiu-se também e na base do conhecimento astrofísico, de que existiria neste corpo celeste uma composição de pequenos nós e filamentos que, focalizariam as localizações de outras frentes de choque dentro da nebulosa, segundo a informação registada por J. Hester/ Caltech e NASA/ESA.

                                                   Uma Estrela Condenada à Morte!

Cientificamente, tudo o que sabemos é que quando uma estrela de mais de 1,4 massas solares (o limite de Chandrasekhar) deixa a sequência principal, expande-se até formar uma Gigante Vermelha. Acaba então por explodir como uma violenta Supernova, expelindo as suas camadas exteriores de matéria para o Espaço. Tudo isto numa libertação tamanha de energia que explode e acaba por se desfazer em pedaços.

Na essência estelar ou tal como no próprio ciclo de vida na Terra, existe um início e um fim. Quando uma estrela chega ao fim da sua vida, os processos de fusão têm lugar nas camadas do seu núcleo, possivelmente em simultâneo.

A Fusão do Hidrogénio produz Hélio, onde por sua vez a fusão do Hélio dá origem ao Carbono e ao Oxigénio; a fusão do Carbono produz Néon e Magnésio, sendo que a fusão do Oxigénio cria Silício e Enxofre.

Por fim, dá-se a fusão do Silício e do Enxofre que vai dar origem ao Ferro, sabendo-se em todo este processo de que, a Fusão do Ferro, requer sempre o fornecimento de energia adicional, de modo que esse elemento (Ferro) se acumula num núcleo inerte.

Relativamente à estrela binária Eta Carinae, sabe-se hoje que ela comporta uma massa substancialmente elevada, super-massiva; ou seja, cerca de 100 vezes a massa do nosso Sol. Trata-se assim do objecto de maior luminosidade que é possível estudar com alguma proximidade.

Considerando a sua distância de 2300 parsecs (cada parsec são cerca de 206 mil vezes a distância da Terra ao Sol), no que a sua luminosidade quase impossível,  é hoje em dia cerca de 5 milhões de vezes a luminosidade do nosso Sol. Um portento, admite-se!

Daí que haja a exacta noção hoje do que faz viver mas também colapsar uma estrela no mundo cósmico. Compreender o Universo é talvez a mais complexa e astronómica obra do ser humano em total discernimento e, descodificação de uma geometria cósmica, à qual sabendo-se da sua existência, também se tem a consciência de se não ter ainda todas as ferramentas para a saber abrir e entender.

No entanto, pressupondo-se que haja uma fresta ou uma forma de lá chegar - e neste caso através do fabuloso Telescópio Espacial Hubble que captou uma recente e magnífica foto de Eta Carinae - é suposto estar-se mais perto (ou mais próximo) de todo o processo envolvente do Colapso e Explosão das Estrelas.

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(Imagem: NASA/ESA/Hubble) - Imagem do Telescópio Espacial Hubble mostrando a nebulosa em torno do sistema Eta Carinae. Em Julho de 2014 veio a público de que uma equipa internacional de prestigiosos astrofísicos produziu uma Mapa em 3D (três dimensões) da nebulosa em torno da estrela agonizante.

(Tudo isso foi publicitado na revista científica «Monthly Notices of The Royal Astronomical  Society», tendo por base as observações realizadas com o VLT - Telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile)

Uma «estranha» Nebulosa...
Conhecida como Nebulosa do Homúnculo ou «Homunculus» (em projecção de uma foto tirada em 1945 por Enrique Gaviola), a nuvem de matéria projectada de gás e poeira que consiste em cerca de 15 vezes a massa do nosso Sol - e 3 triliões de extensão - foi gerada por uma enorme erupção da estrela em 1838; e que em 1844 fez dela um dos «Objectos Mais Brilhantes do Céu» nos vinte anos que se seguiram. Provavelmente foi um espectáculo único para os observadores de então.

A Eta Carinae define-se deste modo como um sistema binário - um sistema com duas estrelas. Ou seja, como duas estrelas em órbita uma da outra, com um centro comum - sendo que a erupção registada partiu da maior delas.

De salientar que esta Cataclísmica Estrela Ultra-Massiva, que no seu máximo de brilho terá sido efectivamente a «Segunda Estrela Mais Brilhante do Céu» (com uma magnitude visual de -1), regista-se a par da estrela Sirius - esta última a estrela mais brilhante do Céu depois do Sol, sendo visível de Portugal, na constelação do Cão Maior e, ao longo de todo o Inverno.

Anota-se também de que, além da conhecida forma bipolar, o mapa que foi realizado acabou por mostrar aos especialistas, uma série de protuberâncias, depressões, buracos e também um certo desvio da simetria com o eixo do sistema da Nebulosa - marcas que se dão a conhecer como uma espécie de assinatura ou «impressão digital» da sua formação.

Com este Mapa Tridimensional os cientistas verificaram então que os dois Lóbulos da Nebulosa não eram idênticos e nem tão-pouco estavam alinhados ou em perfeita simetria.

O que observaram em maior rigor foi que ambos (os lóbulos) possuíam um buraco nos seus pólos alinhados ao Eixo Orbital do Sistema, localizado na cintura do Homúnculo. Todavia, houve a percepção de que a depressão do lóbulo que se observa mais próximo da Terra era simétrica à depressão encontrada no lóbulo oposto.

Outro pormenor descoberto através do exemplar Mapa 3D realizado, foi o da existência de várias protuberâncias saindo da «cintura» do homúnculo em cada lóbulo como se fossem uma imagem reflectida por espelho.

Por conclusão: Com o lançamento do HST (Telescópio Espacial Hubble), tornou-se possível aos Astrónomos e Cientistas em geral estudarem com mais detalhe a estrutura estelar e a Nebulosa do Homúnculo.

Verificou-se então de que esta era constituída por dois lóbulos quase esféricos - diametralmente opostos relativamente a uma estrela central - e constituídos pelo material projectado durante a Grande Erupção.

(Os lóbulos que têm cerca de 0,1 parsecs de diâmetro - cerca de 20.600 vezes a distância da Terra ao Sol) serão ocos, apresentando uma frente um pouco achatada, que faz com que desta forma não sejam rigorosamente esféricos. A massa que se estima para os lóbulos é de cerca de duas massas solares)

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Animação de três quadros possíveis realizados pelo Hubble em  1995, 2001 e 2008 (Imagem: Hubble/NASA/ESA - Processamento e Copyright: First Light/J.L. Dauvergne/P. Henarejos) Este, o processo natural em volta do sistema estelar de Eta Carinae ou, como muitos reconhecem, o ainda enigmático sistema estelar que criou de forma ainda mais estranha uma incomum nebulosa em expansão a que se deu o nome de Nebulosa do Homúnculo.

Fenómenos que se explicam...
Em termos astrofísicos, a explicação para muitos destes processos cosmológicos traduz-se na consistência de que estrelas com mais de 7 massas solares entrem efectivamente em colapso para iniciar a fusão de carbono. O núcleo inerte de carbono é tão maciço que entra em colapso suficiente para se iniciar esse processo.

Estas Estrelas de elevada massa percorrem as suas fases finais de evolução a uma velocidade surpreendente, se comparada com as suas fases iniciais - algumas das quais duraram dezenas de milhares de anos e outras muitos milhões de anos.

É sabido de que a Fusão do Carbono se completa normalmente ao fim de um milhar de anos - a mais longa em relação às outras fusões que geralmente demoram menos (no caso da fusão do néon como oxigénio somente um ano ou a combustão do silício, que produz o núcleo de ferro, se resume em apenas um dia ou dois).

O Ferro, acumulado em massa degenerada electronicamente no centro da estrela, assim como a acumulação da massa gerada (pelo que a pressão dos electrões não é infinita), o núcleo começa a ficar impressionantemente instável.

De seguida, sabendo-se de que a Pressão dos Electrões deixa de conseguir resistir à Atracção da Gravidade - quando a massa contida no núcleo chega a ligeiramente menos que uma vez e meia a massa do Sol, no chamado limite de Chandrasekhar (em honra do astrofísico indo-americano Subrahmanyan Chandrasekhar) - o núcleo sofre invariavelmente outro colapso.

Em relação ao sistema estelar de Eta Carinae, depois desta ejectar mais massa do que o nosso Sol (e isto, 20 anos mais tarde dos 170 atrás em que foi a estrela mais brilhante do céu nocturno), a revelação, após a suposta explosão, dar-se-ia na criação da Nebulosa do Homúnculo.

O Centro da Nebulosa do Homúnculo é iluminado pela luz de uma estrela fabulosamente luminosa, enquanto nas regiões circundantes ou em em redor se situam os lóbulos em expansão de gás atados com filamentos de poeira escura.

Verifica-se então que vários jactos bi-seccionam os lóbulos que emanam das estrelas centrais, além dos detritos em expansão que incluem fluxos em formato de vibrissas (pêlos compridos e sensíveis que alguns mamíferos possuem nas narinas e que comummente chamamos de bigodes) e arcos de choque causados por colisões com material previamente existente.

Daí que se presuma que, a estrela Eta Carinae viva actualmente um grande dilema explosivo, ou seja, sob uma enorme pressão que passa por sucessivas mas inesperadas explosões, sendo que a sua grande massa e volatilidade fazem dela uma condenada à morte -  uma futura candidata a explodir numa estrondosa Supernova daqui a alguns milhões de anos.

Esperar pela morte pacificamente é talvez o que Eta Carinae jamais fará, pelo que no Cosmos se evidencia de toda a sua pujante aferição estelar sob uma «pirotecnia» de luz e energia que explode a cada momento; até que a morte se pronuncie e ela colapse de vez...

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Imagem em 3D de Eta Carinae IRAS 10431-5925 (Créditos: ESA/Hubble/NASA). Esta imagem foi publicada pela NASA em 1 de Julho de 2019. Este maravilhoso objecto celeste que se localiza na constelação de Carina está a exactamente 7500 anos-luz de distância da Terra. Regista-se na Via Láctea sendo do tipo Wolf-Rayet, segundo preciosos dados da ESA/Hubble.

(Nesta imagem tridimensional única da estrela Eta Carinae, poder-se-à observar os seus lóbulos-gémeos e disco equatorial de poeira e gás em expansão. Créditos: Jon Morse da Universidade do Colorado, Kris Davidson da Universidade de Minnesota, nos EUA, e NASA/ESA)

Um Final que pode ser «apenas um «Início»...
Tudo é cíclico ou assim deve ser. No Universo tudo está em mudança e, em perfeito equilíbrio, com todos os elementos constituintes. Mesmo na entropia, ou no caos anunciado, o mundo cósmico sugere-nos uma certa sintonia - ou mais precisamente acalmia - sobre todos os eventos ou fenómenos registados na abóbada celeste.

Pode ser instável e até inseguro este Universo por que nos regemos, no entanto, tal como numa espécie de simulação pré-concebida ou simulacro perpetrado por ele próprio, tudo realça em certa harmonia de regeneração; aliás, como sucede na Terra em vida e morte ou reestruturação.

Em relação a Eta Carinea, o mesmo se passa. Desde há cerca de 200 anos (mais exactamente desde 1844) que esta estrela veio iluminando com o seu intenso brilho o céu nocturno, servindo por conseguinte de lampião e guia para os navegantes do Hemisfério Sul - mais precisamente nos mares a sul do Equador.

Sabe-se que, nos últimos 25 anos, os Astrónomos e Astrofísicos têm arduamente estudado esta estrela, utilizando para isso todos os instrumentos disponíveis do Telescópio Espacial Hubble para estudar este processo. Daí as grandes novidades agora sobre esta estrela binária.

Através da câmara do telescópio, foi possível mapear o brilho da luz ultravioleta do Magnésio embutido no gás quente, descobrindo-se surpreendentemente o gás em locais onde nunca e anteriormente tinha sido observado ou visualizado.

A conclusão dos cientistas é a de que, embora a estrela binária Eta Carinae se tenha tornado praticamente invisível a olho nu após a Grande Erupção (que se registou inicialmente por volta de 1838), a estrela consegue sobreviver ainda. E isso, através de espasmos que expele em autêntico festim de luz e cor que, segundo alguns, mais parece uma arraial popular de fogos de artifício jamais registados...

"Estamos entusiasmados com a perspectiva de que este tipo de emissão de Magnésio Ultravioleta também possa expor um gás anteriormente escondido noutros tipos de objectos que expulsam material, como as estrelas, proto-estrelas, ou outras estrelas moribundas. Só o Hubble pode tirar este tipo de imagens!" (Exclamação de Nathan Smith, principal responsável/investigador do Programa Hubble)

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(Imagem: NASA/ESA em divulgação a 1 de Julho de 2019 pela ESA) - A Pirotecnia Estelar de Eta Carinae: a verdadeira essência de uma estrela que, apesar de já no estertor da morte, ainda refulgir em espécie de brilhante foguetório que no Cosmos impera, ainda antes do seu último suspiro estelar que levará a tornar-se numa Supernova.

Mesmo às portas da morte, Eta Carinae é fantasiosa e tão luminosa que jamais nos esqueceremos dela, tal diva que se não deixa amedrontar seja qual o estertor de morte a enfrentar...

Pirotecnia Estelar
Mesmo condenada à destruição, esta fantástica estrela continua a presentear-nos de forma assaz surpreendente! Quem o afirma são os cientistas da NASA/ESA que, através do incansável telescópio espacial Hubble, recolheram estas deificas imagens estelares sobre Eta Carinae em explosão de luz e cor, magia e fulgor - que não ainda estertor - do que daqui a milhões de anos se incidirá.

Como se reconhece por devida explicação científica, este fenómeno resulta pelo efeito dos gases quentes, pós e poeiras, gás e filamentos expelidos por uma super-estrela de um sistema estelar binário (de duas estrelas que orbitam um centro-comum) chamado Eta Carinae, que brilha igualmente como dois globos na versão cromática de vermelho, branco e azul.

Os Cientistas acreditam hoje de que a estrela Eta Carinae - que poderia ter tido uma massa inicial de 150 sóis num inimaginável potencial de energia - sofreu uma explosão titânica por volta de 1838 (tornando-a por volta de 1844 como a estrela mais brilhante no céu), no que foi chamada de «Grande Erupção» como já referido.

Este fenómeno fez disparar assim no espaço circundante a percentagem de mais de 10 vezes a massa do nosso Sol, tornando-a assim, a Segunda Estrela Mais Brilhante visível no Céu por mais de uma década. Segundo os cientistas e a divulgação feita pela ESA em comunicado:

"Apesar da sua luminosidade ter diminuído desde então, a estrela binária continua a ejectar material e gases com tonalidades azuis, vermelhas e brancas, cobrindo o céu como uma espécie de fogo-de-artifício, a explodir em câmara lenta há cerca de 200 anos."

De acordo com os cientistas, a Assinatura ou «Impressão Digital» da Grande Erupção ainda hoje é visível nas proximidades da estrela Eta Carinae, cuja forma - de um haltere - se subleva por gases, poeiras e filamentos ejectados para o Espaço nesse evento.

O que então sucedeu em 1838 (poder-se-à afirmar com toda a certeza) foi a da quase fatal morte para esta estrela binária. No entanto, as razões pelas quais tal fenómeno sucedeu continuam a ser uma incógnita para os cientistas, em particular para os não-desistentes astrónomos que antecipam que a estrela Eta Carinae acabará como uma Supernova, ou seja, na explosão de uma estrela moribunda.

Estima-se então que, A Fulgurante Exposição de Pirotecnia Estelar (vulgo fogos-de-artifício emitidos pela Eta Carinae), esteja efectivamente destinada a chegar ao fim quando a estrela explodir como Supernova, superando assim em larga magnitude a sua última e mui poderosa explosão. Com ou sem estertor de morte...

Segundo reporta ainda o comunicado da ESA, o destino final da estrela binária Eta Carinae como Supernova, pode eventualmente já ter sucedido, uma vez que a luz por ela emitida demora cerca de 7500 anos a chegar à Terra...

Assim sendo - tanto na dúvida como na certeza - na sapiência-mor dos que melhor entendem e reverberam sobre o que se passa com muitos destes corpos celestes que nascem e morrem no Universo (e da sua básica formação estrutural composta por protões, neutrões e electrões, além a matéria bariónica e a matéria escura que povoam ou circundam todos esses corpos) que temos de estar atentos, vigilantes e não-submissos.

E, acima de tudo, abertos a toda esta epopeia cósmica que, tal como nós próprios, se vai regenerando atómica e molecularmente como pertença desse idêntico e, inerente estelar e interestelar mundo.

Talvez que não haja factor ou evidência desse «Estertor de Morte» mas antes um refulgir de vida, uma exuberância vital que não mortal, pois que, na eminência ou na mais sacrossanta presença da explosão estelar de todos os eventos cósmicos, possamos também nós fazer parte dessa circunstância.

Mas não em morte! Talvez como um ressurgimento da vida, um outro renascimento, sendo que cada um de nós poderá ser também uma pequena parte destas estrelas, destes espectaculares corpos celestes que simplesmente se renovam e voltam em grande estilo... apenas isso.

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