Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 21 de maio de 2019
Vida Extraterrestre em Plutão?...
Imagem de Plutão (134340 Plutão) captada pela sonda espacial New Horizons durante a sua aproximação ao planeta-anão no ano de 2015: (Foto: NASA/JHUAPL/SwRI)
O Coração de Plutão
Quando se fala de coração, fala-se em vida; nos batimentos cardíacos que nos impulsionam os sinais vitais em termos clínicos e humanos do que se deduz um normal funcionamento anatómico ou fisionómico para que haja de facto esse «sopro de vida». Em termos geofísicos interplanetários a diferença também não deve ser muita; mais concretamente se houver o elemento-mater (água líquida) para que tudo se impulsione em vida biológica ou microbiológica - ainda que extraterrestre - para que tal suceda.
Quatro anos volvidos sobre a observação de um «coração» planetário sobre Plutão, que então sugeria a existência de uma grossa camada de água em estado líquido - que poderia inclusive ultrapassar os 100 quilómetros de espessura e uma salinidade tão alta só similar há que existe hoje no Mar Morto - ressalta agora para a actualidade (em 2019) que debaixo de uma misteriosa planície de Plutão possa haver um oceano líquido. Ou seja, a existência de portentosas massas de água que levam os cientistas a considerar a probabilidade de Haver Vida no Universo!
Na Investigação Científica de então (em dados revelados ao público por meados de 2016), havia a quase certeza de que naquela sui-generis formação na superfície de Plutão com a aparência de um coração, estivesse efectivamente esse tão precioso líquido tão basilar e exigente para a vida humana, pressupondo-se (após uma série de simulações com base nos dados recolhidos pela New Horizons) de que este «coração» esconderia realmente um vasto oceano em estado líquido sob a sua crosta gelada.
Os Cientistas estavam certos. Na chamada Sputnik Planum - uma bacia de cerca de 900 quilómetros de diâmetro que compõe o Lobo Oeste do «coração» revelado pela New Horizons, e que eventualmente se formou devido ao brutal impacte de um asteróide (no que os cientistas admitem esta bacia ter sido criada pelo impacto de um objecto com aproximadamente 200 quilómetros de diâmetro há milhões de anos) - poderá conter água líquida.
Estes novos dados são-nos agora reportados e divulgados pelos responsáveis de um recente estudo publicitado na revista científica «Nature Geoscience», depois de anunciado de que este planeta-anão possui indefectivelmente uma atmosfera sazonal e que, a Sputnik Planum, apesar de formada há muitos milhares de anos (sendo visíveis nas margens os efeitos da erosão), apresenta uma superfície quase plana, mais recente, formada há algumas centenas de milhares de anos.
O Misterioso Plutão (Imagem: NASA): Em 2015, o mundo surpreendeu-se com as imagens que a New Horizons da NASA nos revelou então deste outro mundo gelado e distante do nosso sistema solar. A diversidade de relevos assim como a complexidade de formações geológicas jamais observadas, deixou a comunidade científica perplexa e, um pouco apreensiva, debatendo-se num desconforto evidente sobre se não se estaria perante uma nova realidade: Teria existido Vida em Plutão no passado?...
As Surpresas de Plutão
Em 2015 a New Horizons deixou-nos a todos atónitos. Mas felizes. Finalmente pudemos sentir de que Plutão se poderia fazer desvendar mais um pouco, ele que sempre foi tão distante e tão pouco compreendido (pelo que muitos cientistas lhe tiraram a designação como planeta), tendo de se mostrar muito mais do que apenas uma anã esfera planetária situada no Cinturão de Kuiper - um grande depósito de detritos além da órbita de Neptuno - e que é regularmente bombardeado por asteróides.
Plutão é magnífico! Geologicamente, a superfície de Plutão é tão complexa quanto a de Marte, além do que as suas misteriosas dunas ainda encerram em si, ou sobre os poderosos caminhos de nitrogénio sólido que se fazem descer das suas regiões montanhosas para uma rede de vales.
Muitos investigadores aludem a que Plutão talvez tenha exibido uma atmosfera mais densa no passado; ou então, admitiram na altura, hajam outros factores e outras ocorrências sobre este planeta-anão que ainda se desconhecem, pela constatação retratada na existência de dunas, sendo que actualmente a atmosfera de Plutão é demasiado fina para produzir ventos.
Gigantescos Blocos de Gelo flutuando num vasto depósito (mais denso de nitrogénio sólido) era o que se pressupunha então haver sobre a planície de Sputnik Planum, o que se veio a confirmar agora, mas em dados mais pormenorizados que referem a existência de uma «anomalia» gravitacional que explica talvez a questão do oceano encoberto.
Os Cientistas alegam entretanto o poder tratar-se, possivelmente, de uma antiga cratera que se encheu de água; daí a sustentação deste elemento sobre Plutão. Mas, devido a isso (explicam-nos os especialistas), esta deveria encontrar-se congelada. Mas não está. E a grande revelação é essa: Ou seja, o líquido persiste, provavelmente devido a uma camada de gás (talvez Metano), que separa o oceano de uma superfície de gelo.
As Conclusões a que chegam os cientistas agora são de que, Plutão, teve eventualmente muitos oceanos que terão existido durante muitos milhões ou mesmo biliões de anos. Plutão e não só, pelo que os cientistas advogam e, corroboram, poderem existir em todo o Sistema Solar muitos outros mares, outros oceanos, sobre outras esferas planetárias, numa alargada possibilidade que até aqui se não admitia ou considerava. Segundo a Nature Geoscience há de facto um aumento dessa possibilidade!
Até aqui e ainda em relação a Plutão, a distância a que este objecto estava do Sol assim como a determinação da sua idade não sustentavam esta tese, de que poderia haver a possibilidade de existência de água líquida, uma vez que era considerado um planeta gelado.
Actualmente tudo isso foi alterado - pelo que foi também elaborado e presumivelmente rectificado neste recente estudo da responsabilidade de Investigadores Japoneses e Americanos - que sugerem um mecanismo que pode conciliar as observações com o problema da temperatura; ou seja, explica como é que a Água Líquida se poderia ter mantido nessas frígidas condições de Plutão.
Plutão e o seu «coração» gelado (Imagem: NASA/JHUAPL/SwRI) Os Cientistas não desarmam na busca por mais informação; e isto, desde que a New Horizons lhes provou de que Plutão pode efectivamente germinar de vida debaixo daquele véu gelado em forma de coração. Será que um dia destes este «coração» de gelo se derreterá...? E assim sendo, que se descobrirá para lá dele???
A Investigação sobre Plutão
Na revista científica Nature Geoscience este estudo recente sobre Plutão é destacado com grande relevo, uma vez que vem modificar algumas ideias pré-concebidas sobre este planeta-anão, já se referiu. Uma delas, é o interesse agora suscitado sobre ele na perspectiva de que não só Plutão mas muitos outros pontos do Sistema Solar possam exibir oceanos de água líquida que ainda não tenham sido verificados ou estudados.
Esta investigação abre assim um precedente que irá fazer com que haja também um maior cuidado sobre a opinião até aqui formatada da não-existência de vida biológica noutras esferas planetárias devido à também não-existência do factor determinante que gera fotossíntese; ou a algo mesmo incompreensível, que a olhos científicos possa explicar a indução das marés e gere energia.
Por ora, sabe-se que o que os cientistas defendem sobre esta nova tese e sobre Plutão «É que uma camada de gás poderá isolar de facto a água». Daí a conclusão de se estar perante uma massa de água líquida por debaixo da camada de gás e gelo em forma de coração que pontua a região de Sputnik Planum.
Através de estudadas simulações por computador, estes assumidos Investigadores Nipónicos e Norte-Americanos abarcando 4,6 milhões de anos - com base na suposição de que hidratos de gás formavam uma camada isolante, cristalina e com escassa condução térmica - o oceano poderia manter-se líquido a grande profundidade e durante longos períodos de tempo.
«A existir este oceano, ele será porventura extremamente antigo!», exclamam os investigadores.
Caronte/Charon: A maior das cinco luas de Plutão que os investigadores também estimam poder existir água no seu interior. Com uma temperatura à superfície de cerca de 230º negativos, nada nos levaria a pensar assim; no entanto, este corpo celeste que apresenta fissuras na sua superfície, insta os cientistas de que tenha havido a possibilidade da existência de um Oceano Subterrâneo.
O satélite Caronte/Charon forma junto com Plutão um sistema de astros duplos possuindo 1207 quilómetros de diâmetro, ou seja, metade do tamanho de Plutão; foi descoberto pelo astrónomo norte-americano do Observatório Naval dos Estados Unidos, James Walter Christy, em 22 de Junho de 1978 aquando se apercebeu de algo muito peculiar nas imagens de Plutão captadas pelo telescópio do Observatório de Flagstaff.
(Por curiosidade: Caronte era o nome do barqueiro mitológico que carregava almas através do rio Aqueronte; Caronte transportava assim as almas dos que faleciam até ao mundo inferior ou «Hades»)
Localizada a cerca de 6 biliões de quilómetros de distância do Sol, Caronte possui uma temperatura média à superfície estimada em 229 graus negativos. Tanto Caronte como Plutão exibem massas muito semelhantes, tanto, que não há um domínio gravitacional de Plutão sobre Caronte. Este satélite usa de tal força sobre Plutão, que o eixo de rotação se encontra fora da superfície de Plutão.
Acontece também que, a Sputnik Planum, está exactamente sobre o eixo em que Plutão e a sua relativamente grande lua Caronte estão, numa situação astronómica conhecida por: «Trava de Maré» - o que legitima neste processo a mesma sequência e até identidade que nós Terra possuímos com a «nossa» Lua, voltados para ela em equilíbrio e bom funcionamento de mares e marés...
(Imagem: ISS/NASA) Maravilhosas imagens captadas pela ISS (International Space Station) na revelação de quão belo e magnífico é este nosso planeta azul. Nada comparável supostamente ao nono planeta a contar do Sol que ainda por cima tem o cognome de «anão» e é terrivelmente gelado. Muito distante da zona habitável para o ser humano, Plutão nunca poderá ser como o planeta Terra; no entanto, quem poderá afirmar com toda a certeza que não existe vida por lá???
Terra/Lua igual a Plutão/Caronte...?
O que os cientistas descobriram faz-nos pensar se não estaremos afinal a ser confrontados com outras potenciais formas de vida que, originadas em igual processo astronómico, se desenvolveram e radicaram, mesmo que afastados do astro-rei (Sol) e por consequência muitos distantes da zona habitável (para o ser humano) mas que, eventualmente, poderão emergir sob outras formas e outro potencial de Vida Extraterrestre.
Anomalia Positiva de Massa: isto é o que os investigadores desde há alguns anos determinaram sobre Plutão, mais exactamente sobre a posição que Sputnik Planum apresenta, indicando o que esta bacia ressalta; ou seja, no que nela se revela e acaba por evidenciar de possuir mais massa do que a média da crosta gelada de Plutão.
De acordo com os Astrónomos, à medida que a Gravidade de Caronte «puxa» Plutão, esse impulso (ou puxão) será proporcionalmente mais forte nas áreas de maior massa do que no actualmente classificado «Planeta-Anão» - o que faria com que ele gradualmente inclinasse o seu eixo de rotação até que a região de Sputnik Planum ficasse alinhada com o eixo da «trava de maré».
O que os cientistas afirmavam então (em 2016) é que, Uma Anomalia Positiva de Massa, faria da bacia uma cratera muito incomum!...
Os Astrónomos afirmam que as crateras são em geral definidas como «buracos no chão» dos planetas ou luas-satélites; nunca o que aqui se observou na região de Sputnik Planum segundo o geólogo Brandon Johnson, professor da Universidade Brown, dos EUA, e na altura (em 2016), líder de um estudo publicado na revista científica «Geophysical Reserach Letters» que então proferiu:
"Os modelos termais do interior de Plutão e as evidências tectónicas vistas na sua superfície sugerem que um oceano pode existir, mas não é fácil inferir o seu tamanho ou qualquer outra coisa sobre ele."
Johnson admitia então, apesar de ainda algumas reservas, de que o que se observava na Sputnik Planum se trataria de uma Anomalia Positiva de Massa (e não uma mera cratera de impacto) que levou a que por detrás desta anomalia se impusessem muitas outras questões.
A Explicação de Brandon Johnson: «Parte das respostas poderá estar naquela grande questão a que mais tarde os investigadores chegam ou anuem, de que, depois de formada a bacia, esta foi parcialmente preenchida com gelo de nitrogénio. Esta camada de material adicionaria alguma massa à cratera, não sendo grossa o suficiente para fazer com que a Sputnik Planum tivesse uma anomalia positiva.»
Segundo ele, o resto da massa necessária poderia vir justamente de uma grande quantidade de líquido escondida sobre a sua superfície.
Já em 2016 Brandon Johnson referiria em divulgação pública as conclusões requeridas, tendo por base e também as tais simulações de computador. Regista-se então das suas palavras:
"Executamos modelos de computador do impacto para ver se algo sucederia (...) Descobrimos que a criação de uma Anomalia Positiva de Massa é muito sensível à espessura deste oceano, assim como à sua salinidade, já que a proporção de sal afecta a densidade da água."
Os Modelos de Computador simularam um Impacto de um Objecto Grande - grande o suficiente para criar uma formação do tamanho da Sputnik Planum, atingindo Plutão a velocidades esperadas para corpos nesta região distante do Sistema Solar.
As Simulações incluíram desde logo várias espessuras para a camada de água sob a crosta - desde nenhuma água até um oceano com 200 quilómetros de espessura.
Até à data foi este o melhor cenário que conseguiu reconstruir o tamanho e a profundidade da bacia, produzindo também uma cratera com uma Anomalia Positiva de Massa, indicando que Plutão tinha de facto um oceano sob a superfície numa extensão de mais de 100 quilómetros, com uma salinidade que rondaria os 30%.
"É incrível para mim pensar que um corpo tão longe no Sistema Solar talvez ainda tenha água líquida!..." (Palavras de Brandon Johnson em 2016)
Johnson estava certo. Assim como muitos outros cientistas que corroboram destes testemunhos, destes simulacros, destas experiências de grandes conclusões; não só sobre a verdade geológica de Plutão, como a de outras actividades e realidades sobre outras esferas planetárias do nosso Sistema Solar. E que um dia poderão muito bem ser a nossa salvação!
Pode assim existir efectivamente um raiar de esperança, na incumbência e no conhecimento, ou mesmo no desenvolvimento e na confiança também que, um dia, em futuro próximo, a nossa terrestre tecnologia possa aperfeiçoar e moldar outras tantas certezas; das que avolumam e recrudescem essa verdade científica da existência de Água Líquida no Sistema Solar.
Todos queremos saber: Haverá Vida Extraterrestre em Plutão?... Não o sabemos mas lá chegaremos. Havendo água líquida, haverá vida. Havendo vida, haverá toda a suspeição de outras vidas ou formas de vida que nem sonhamos poder existir - ou coexistir - sob outros ecossistemas, outras maravilhosas biodiversidades planetárias na conformidade dos elementos que os assistem.
A escondida (ou recolhida) vida biológica na Antárctida revela-nos de que tudo é possível; em resiliência e permanência de vida microbiana impressionante que sobrevive a todas as intempéries, a todas as extremas temperaturas e até mesmo ao passar do tempo em espécie de hibernação microbiológica intacta que nos é inimaginável conceber existir.
(Do Extremófilo que supera as mais aberrantes condições geoquímicas, terrenas e não terrenas, pois existem tardígrados até no Espaço, possivelmente por todo o Sistema Solar, até à mais inacreditável forma erecta ou não erecta, orgânica e não-orgânica, tudo nos poderá em breve ser confessado dessa multi-existência interestelar, dessa vivência física, sem que tenhamos de nos flagelar ou suicidar em grupo por tal revelação!)
Se algo idêntico ocorrerá por debaixo da superfície gelada da região de Sputnik Planum não se sabe mas procura-se saber. Com alguma impaciência mas sempre com aquela mesma urgência de se tentar saber também «Se não estamos sós no Universo».
E, não estando, desejar saber de onde são originários, de que forma nasceram, de como se desenvolveram e depois evoluíram - ou se, tal como nós, seres humanos, também usufruíram da «manipuladora mão genética estelar» para que o processo acelerasse...
Se é importante saber se há Vida Extraterrestre em Plutão?... Claro que sim; em Plutão e não só, pelo que se acredita nunca termos estado sós nem sermos os únicos no Universo! Afinal, somos todos seres extraterrestres, implementados, instigados e «fermentados» mediante aquela tese científica da panspermia cósmica, porquê então a surpresa???
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