Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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sexta-feira, 31 de maio de 2019
quinta-feira, 30 de maio de 2019
O Planeta Proibido
O Planeta Proibido ou NGTS-4b (ilustração de Mark A. Garlick) que graficamente nos revela a descoberta do exoplaneta numa investigação liderada pela University of Warwick no Reino Unido, e uma equipe internacional de astrónomos, segundo dados emitidos pela CNN). O estudo foi publicado pela Royal Astronomical Society de Londres, com grande ênfase sobre a descoberta deste agora denominado Planeta Proibido.
Posicionado a 920 anos-luz de distância da Terra e possuidor de uma massa 20 vezes superior à do nosso planeta (e um raio 20% menor que Neptuno) este novo planeta tão semelhante ao nosso poder-nos-à deixar sonhar de que um dia o visitaremos ou até mesmo o exploraremos, se entretanto não houver habitantes por perto - e havendo, contrariamente ao esperado, «eles» forem bons e afáveis anfitriões...
Orbitando em torno da sua estrela a cada 1,3 dias - e fora do nosso sistema solar - este enorme planeta que não excede o de Neptuno (sendo 20% mais pequeno que este), reverte-se numa temperatura de 1000 graus Celsius. Nada convidativo portanto para as humanas intenções de por lá, um dia, se darem de grandes aventuras em primazia e tecnologias avançadas, caso fosse este planeta um poiso de guarida e assistência garantidas.
"Este planeta deve ser muito duro: fica mesmo na zona onde pensávamos que nenhum planeta com o tamanho de Neptuno podia sobreviver." (Afirmação de Richard West, autor do estudo e investigação da Universidade de Warwick em Leicester, Cambridge, no Reino Unido)
Exoplanetas-mistério...
«The Forbidden Planet» (O Planeta Proibido): O Exoplaneta agora encontrado que se revela de dimensões extraordinárias - três vezes maior do que a Terra e com uma massa equivalente a aproximadamente 20 planetas terrestres - que tendo a sua própria atmosfera, fez admirar os Astrónomos pela sua inconcebível localização e porte majestático planetário de mais uma desvendada «pérola» do Universo.
Reconhecendo-se todavia a raridade deste «achado» a quem apelidaram de «Planeta Proibido», os cientistas dizem-se optimistas na descoberta de possíveis outros exoplanetas. Daí que se imponha sempre nestes casos a pertinente questão se haverá por lá vida biológica e, concomitantemente, vida alienígena que tenha sobrevivido às inumanas condições desse mesmo planeta.
O que para os seres humanos é inexequível de habitabilidade ou adaptabilidade, poderá não ser para as distintas formas de vida que eventualmente neste e noutros exoplanetas possam existir.
É certo que se pensa frequentemente (ou quase sempre) em termos antropológicos de nos vermos replicados, clonados ou geneticamente retratados num outro planeta para que houvesse mais tarde, quem sabe, uma outra forma de comunicação, abordagem e interacção, mesmo que todos esses epítetos humanistas e terrenos nos fiquem somente pelo mundo da imaginação.
No caso do Planeta Proibido ou cientificamente chamado de planeta NGTS-4b, os Astrónomos nada nos focaram nesse sentido; até porque, são embrionários ainda os conhecimentos e a análise feita sobre o mesmo.
Por ora sabe-se que se situa no «Neptunian Desert» (no Deserto de Neptuno) - uma zona próxima das estrelas - e que os astrónomos até aqui consideravam impensável que planetas com estas características jamais aí se colocassem devido a receber constantemente uma forte irradiação.
Daí a surpresa e o enfoque sobre este Planeta Proibido (assim apelidado dado a sua raridade), que tem conseguindo ainda assim reter a sua atmosfera de gás, tal como manter a sua estabilidade e existência.
«Esta área recebe calor e radiação tão fortes que se pensava que os planetas não seriam capazes de reter a sua atmosfera gasosa e que ela simplesmente evaporaria, deixando apenas um Núcleo Rochoso.» (A explicação dos cientistas em espécie de comunicado publicitado pela Royal Astronomical Society)
Os investigadores detectaram assim o Planeta Proibido a partir do Next Generation Transit Survey (NGTS) que determina as instalações para pesquisas astronómicas localizadas no Deserto Atacama (no norte do Chile).
Durante 272 noites este planeta foi observado exaustivamente - entre 6 de Agosto de 2016 e 5 de Maio de 2017 - resultando de uma colaboração da Universidade de Warwick em Leicester, Cambridge, e da Universidade de Queen em Belfast. Segundo a CNN, estiveram ainda envolvidos na investigação, o Observatório de Génova, o DLR de Berlim e a Universidade do Chile.
O planeta NGTS-4b surpreendeu tudo e todos ao revelar-se exuberantemente resiliente, se se tiver em conta o local onde está inserido (Neptunian Desert) de forte irradiação estelar como já foi referido, pelo que os planetas nesta zona não conseguem manter as suas atmosferas gasosas, evaporando-se, e deixando atrás de si apenas uma Formação Rochosa.
A Equipe de Astrónomos acredita piamente de que este Planeta Proibido poder-se-à ter mudado para a zona do «Neptunian Desert» recentemente - há cerca de um milhão de anos, para ser mais preciso.
Alegam a que o exoplaneta agora encontrado possa ter sido no passado muito maior, significando isso de que, a sua atmosfera, possa efectivamente ter vindo a evaporar-se num processo de certa forma de esvaziamento ao longo desse tempo - legitimando-se agora no tamanho apresentado.
"Estamos agora a analisar os nossos dados para vermos se conseguimos encontrar mais planetas no Neptunian Desert. Talvez este deserto tenha mais vida do que o que se pensava." (Conclusão de Richard West, o investigador britânico envolvido no estudo).
«O Planeta-Monstro» ou mais exactamente o Planeta Gigante Gasoso NGTS-1b que os Astrónomos descobriram e foi publicitado por meados de 2017 com estrondo ou enfática certeza de se tratar de um corpo celeste cuja existência iria colocar a Comunidade Científica em contradição e, muito debate, sobre as velhas e instaladas teorias científicas...
Monstros Gasosos à solta...
Um «Monstro» que se faz sentir: Este exoplaneta chamado NGTS-1b está localizado na constelação de Columba (ou Pomba) a 600 anos-luz de distância da Terra. De tamanho similar ao planeta Júpiter, pesa 20% menos do que este e a sua temperatura superficial pode atingir mesmo os 530º C.
Um ano neste planeta corresponde a 2,65 dias terrestres, enquanto a sua distância em relação ao Sol equivale a 3% da distância entre o Sol e a Terra. Duas vezes menor do que o nosso Sol, orbita então a sua estrela anã vermelha com metade da massa e raio do Sol (a cada 2,65 dias). Vejamos o que à época o doutor Daniel Bayliss (da igual Universidade de Warwick em Leicester, Cambridge, no Reino Unido) afirmou sobre este gigante:
"A descoberta do NGTS-1b foi uma grande surpresa para nós - não pensávamos que encontraríamos um planeta tão grande perto de uma estrela tão pequena. Isso põe em dúvida o que sabemos sobre a formação de planetas."
O que vem sublinhar e de certa forma suplantar ou ofuscar certas teorias instituídas no mundo da Astronomia sobre o que até aqui se considerava de estrelas relativamente pequenas criarem ou formarem em seu redor unicamente astros sólidos e não (como agora se verifica), a Formação de Gigantes Planetas Gasosos que até à data se estimava não possuírem material suficiente para tal.
(Maio de 2019) Daniel Bayliss que participaria também no estudo sobre o Planeta Proibido, o planeta NGTS-4b já em 2019, dois anos depois portanto, acrescentaria sobre ele.
"Quando se está tão perto de uma estrela, acaba-se recebendo muita radiação da estrela, sendo o suficiente para remover as camadas de uma atmosfera num planeta que tem aproximadamente o tamanho de Neptuno. Achamos que a temperatura é provavelmente de cerca de 1000 graus Celsius neste planeta."
Acrescentaria ainda em forma de explicação: "Para que este «Planeta Proibido» exista, tem de haver algo mais a acontecer que ainda não tenha sido descoberto. É possível que o sistema seja muito jovem e não tenha tido tempo de evaporar o planeta. Ou talvez o planeta se tenha mudado para lá recentemente."
Bayliss sugere também poder haver a possibilidade de que «simplesmente a estrela não esteja a emitir a radiação anteriormente imaginada ou compaginada pelos astrónomos e que, de alguma forma, ela não tenha a capacidade suficiente para fazer evaporar o planeta».
Exoplanetas ou planetas extra-solares - fora do Sistema Solar. São muitos já. Cerca de 4 mil. Kepler - o famoso Telescópio Espacial da NASA - tem-nos mostrado de que o Universo é vasto e tão surpreendente quanto omnipresente na existência de corpos celestes distintos e outros nem tanto. Os cientistas continuam a buscar outros mundos, outros planetas fora do nosso sistema solar, pelo que recentemente revelaram de outros 18 exoplanetas do tamanho da Terra.
Estranhos mundos...
São muitos os mundos que se têm encontrado - e revelado - de forma quase excêntrica mas jamais abusiva do que o pretendido pelos cientistas na busca de mais conhecimento e, porventura um dia, em futuro próximo ou distante, de uma acirrada exploração e expedição espaciais.
Estes Mundos, Estes Exoplanetas que já perfazem cerca de 4000 planetas que orbitam estrelas fora do nosso sistema solar (muitas delas como anãs vermelhas, portanto bem diferentes do nosso Sol), requerem a estimativa de 96% deles, destes planetas, serem de facto muito maiores do que a Terra. O que acaba por nos dar assim a certeza da nossa terrestre e dimensional inferioridade. No entanto não desanimemos por tal.
Muitos deles possuem temperaturas de 100 a 1000 graus Celsius e, apesar de se assemelharem com o nosso planeta alguns deles - em tamanho e massa - nada nos entusiasma de lá ir parar um dia. São inóspitos para a condição humana, sentenciadores de uma vida dita «normal» em termos de vida biológica que conhecemos; no entanto tudo é prematuro em afirmação ou negação, pois que há mundos sobre mundos que ainda não conhecemos.
Recentemente, cientistas do Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar, da Universidade Georg August de Göttingen e do Observatório Sonneberg, na Alemanha, descobriram 18 planetas do tamanho da Terra que estão além do Sistema Solar.
Segundo o comunicado desta descoberta alemã, o menor deles apresenta apenas 69% do tamanho da Terra, enquanto o maior agora encontrado revela ter um pouco mais do que o dobro do raio da Terra.
Desta vez o Telescópio Espacial Kepler não foi interventivo, uma vez que estes 18 exoplanetas não foram detectados nos dados recolhidos por este (algoritmos de pesquisa comuns não foram suficientemente sensíveis para que tal se confirmasse).
Regista-se de que, o método utilizado pelos cientistas para encontrar Novos Mundos, situa-se na procura de estrelas com quedas periodicamente recorrentes de brilho. Daí que René Heller, autor principal do estudo afirme peremptoriamente:
"Quando um planeta se move na frente de uma estrela, ele bloqueia inicialmente menos a luz das estrelas do que no meio do trânsito. O Escurecimento Máximo da Estrela ocorre no centro do trânsito pouco antes de a estrela se tornar gradualmente mais brilhante novamente."
Pequenos ou Grandes Planetas: todos eles orbitam a sua estrela. Segundo os cientistas, os Grandes Planetas tendem a produzir variações de brilho profundas e claras de suas estrelas hospedeiras, de modo que Uma Subtil Variação de Brilho na Estrela dificilmente desempenha um papel nessa sua descoberta.
Já os Pequenos Planetas são um desafio exasperante para os cientistas: o efeito que produzem sobre o brilho estelar é tão pequeno, que é extremamente difícil de distinguir das Flutuações Naturais de Brilho da Estrela...
Melhorando o Método
Sem ajuizarmos os meandros por que se regem os cientistas, é-nos dado a conhecer de que os métodos podem de facto ser melhorados e até aperfeiçoados nessa busca de mundos que por vezes se não identificam na totalidade.
René Heller mostrou-nos agora de que a «Sensibilidade do Método» pode ser efectiva ou muito significativamente melhorada se uma curva de luz mais realista for analisada no algoritmo de busca, admite Heller. Algo que Michael Hippke (do Observatório de Sonneberg) corrobora dizendo-nos em modo taxativo:"Este método constitui um avanço significativo, especialmente na busca por planetas semelhantes à Terra."
(Sabe-se que entretanto foram utilizados dados do Telescópio Espacial Kepler da NASA, como uma plataforma de testes para o novo algoritmo)
Na Primeira Fase da Missão de 2009 a 2013, o Kepler registou as curvas de luz de mais de 100 mil estrelas resultando na deslumbrante descoberta científica de mais de 2,3 mil novos planetas; ou seja 2,3 novos exoplanetas. Além dos planetas anteriormente conhecidos, os investigadores tiveram a primazia e a honra de também descobrirem 18 novos objectos celestes que haviam sido postergados ou negligenciados anteriormente.
"Na maioria dos Sistemas Planetários que estudamos, os novos planetas são os menores." (A descrição de Kai Rodenbeck da Universidade de Göttingen na Alemanha)
A maioria destes agora Novos 18 Exoplanetas orbita a sua estrela mais perto - ou mais próximo dela - do que os seus conhecidos companheiros planetários. Os cientistas sugerem então e assumidamente de que as Superfícies destes Novos Planetas possam registar provavelmente temperaturas muito superiores a 100 graus Celsius; outros há que chegam a atingir os 1000ºC, segundo os especialistas.
No entanto, verificou-se uma excepção, o que fez os investigadores suspeitarem tratar-se de um planeta que orbitará eventualmente a sua estrela anã vermelha dentro da chamada Zona Habitável. Novamente se levanta a questão: Haverá vida extraterrestre nele???
Todavia, não há ainda «métodos perfeitos» ou que não sejam falíveis de tudo nos revelarem. De acordo com o que os investigadores aferem, este método ainda não está totalmente capacitado para detectar alguns outros planetas que também lhes passaram pelas mãos, ou seja, pelo crivo da investigação.
Em particular, os Pequenos Corpos Celestes que se sabe existirem - e possivelmente a orbitar - a grandes distâncias das suas estrelas hospedeiras, uma vez que se sabe em anexo de que estes pequenos corpos exigem de si muito mais tempo para completar uma órbita completa do que os planetas que orbitam as suas estrelas mais de perto. Daí que os sinais sejam menos frequentes e de muito mais difícil detecção, segundo nos explicam os cientistas.
Voltando ao início do texto, ao «Planeta Proibido»: o exoplaneta três vezes maior do que a Terra agora descoberto, o planeta NGTS-4b, que tem enchido os meios da comunicação social mundial vergados aos seus encantos.
(E que, no mundo de todos os sonhos, nos poderia ser um outro berço planetário de conquista, ascensão e sublimação humanas de nele pertencermos, nada mais é do que um distinto «irmão» cósmico que, prenhe de características suas de poder estar localizado na Zona Habitável, ser «apenas» um portento de vida).
Não será assim exactamente. Não neste planeta NGTS-4b. E lamentamos que assim seja; até porque, não temos tecnologia aeroespacial avançada para o efeito nem tão-pouco a euforia geral de nos apresentarmos com uma molecular composição à prova de bala, que é como quem diz, totalmente imunizada a todas as circunstâncias ambientais e microbiológicas que nos atingissem para tal assomar. No entanto sonhar é possível nem que seja por daqui a alguns promissórios séculos...
Talvez que não hajam Planetas Proibidos até lá; por outros que eventualmente até nos não sejam muito queridos por neles haver civilizações que nos não sejam amistosas ou «simpáticas» ao ponto de nos exterminarem assim que souberem das nossas coordenadas terrestres no grande seio estelar do qual todos fazemos parte.
Temos de ser cuidadosos e cautelosos, pois que nada melhor do que nos precavermos e ser diligentes além de obreiros e inteligentes; tal como neste caso do planeta NGTS-4b a que os cientistas chamam de Planeta Proibido, sentindo que outros hajam por esse Universo fora que um dia (ou talvez já no seu panorama interestelar) nos vejam e considerem igualmente como um «Planeta Proibido»...
Nada nos pode ser vedado mas também não coarctado (ou mesmo falseado) segundo os critérios universais do conhecimento e dos julgamentos científicos pelos quais todos nos regemos. Não desejamos cair na teia dos indesejados mas acima de tudo dos não fiáveis ou menos estimáveis.
Temos de lutar para que tal não suceda, sufragando (no mais puro assentimento) que também nós, terrestres, temos o direito a não ver proibidos os nossos direitos sobre planetas que nada têm de abjuração ou de proibitivo! Abram-se então as fronteiras estelares e observem-se os mundos, pois que são belos, muito belos, ainda que por vezes tão inacreditavelmente estranhos...
terça-feira, 28 de maio de 2019
domingo, 26 de maio de 2019
sexta-feira, 24 de maio de 2019
quinta-feira, 23 de maio de 2019
terça-feira, 21 de maio de 2019
Vida Extraterrestre em Plutão?...
Imagem de Plutão (134340 Plutão) captada pela sonda espacial New Horizons durante a sua aproximação ao planeta-anão no ano de 2015: (Foto: NASA/JHUAPL/SwRI)
O Coração de Plutão
Quando se fala de coração, fala-se em vida; nos batimentos cardíacos que nos impulsionam os sinais vitais em termos clínicos e humanos do que se deduz um normal funcionamento anatómico ou fisionómico para que haja de facto esse «sopro de vida». Em termos geofísicos interplanetários a diferença também não deve ser muita; mais concretamente se houver o elemento-mater (água líquida) para que tudo se impulsione em vida biológica ou microbiológica - ainda que extraterrestre - para que tal suceda.
Quatro anos volvidos sobre a observação de um «coração» planetário sobre Plutão, que então sugeria a existência de uma grossa camada de água em estado líquido - que poderia inclusive ultrapassar os 100 quilómetros de espessura e uma salinidade tão alta só similar há que existe hoje no Mar Morto - ressalta agora para a actualidade (em 2019) que debaixo de uma misteriosa planície de Plutão possa haver um oceano líquido. Ou seja, a existência de portentosas massas de água que levam os cientistas a considerar a probabilidade de Haver Vida no Universo!
Na Investigação Científica de então (em dados revelados ao público por meados de 2016), havia a quase certeza de que naquela sui-generis formação na superfície de Plutão com a aparência de um coração, estivesse efectivamente esse tão precioso líquido tão basilar e exigente para a vida humana, pressupondo-se (após uma série de simulações com base nos dados recolhidos pela New Horizons) de que este «coração» esconderia realmente um vasto oceano em estado líquido sob a sua crosta gelada.
Os Cientistas estavam certos. Na chamada Sputnik Planum - uma bacia de cerca de 900 quilómetros de diâmetro que compõe o Lobo Oeste do «coração» revelado pela New Horizons, e que eventualmente se formou devido ao brutal impacte de um asteróide (no que os cientistas admitem esta bacia ter sido criada pelo impacto de um objecto com aproximadamente 200 quilómetros de diâmetro há milhões de anos) - poderá conter água líquida.
Estes novos dados são-nos agora reportados e divulgados pelos responsáveis de um recente estudo publicitado na revista científica «Nature Geoscience», depois de anunciado de que este planeta-anão possui indefectivelmente uma atmosfera sazonal e que, a Sputnik Planum, apesar de formada há muitos milhares de anos (sendo visíveis nas margens os efeitos da erosão), apresenta uma superfície quase plana, mais recente, formada há algumas centenas de milhares de anos.
O Misterioso Plutão (Imagem: NASA): Em 2015, o mundo surpreendeu-se com as imagens que a New Horizons da NASA nos revelou então deste outro mundo gelado e distante do nosso sistema solar. A diversidade de relevos assim como a complexidade de formações geológicas jamais observadas, deixou a comunidade científica perplexa e, um pouco apreensiva, debatendo-se num desconforto evidente sobre se não se estaria perante uma nova realidade: Teria existido Vida em Plutão no passado?...
As Surpresas de Plutão
Em 2015 a New Horizons deixou-nos a todos atónitos. Mas felizes. Finalmente pudemos sentir de que Plutão se poderia fazer desvendar mais um pouco, ele que sempre foi tão distante e tão pouco compreendido (pelo que muitos cientistas lhe tiraram a designação como planeta), tendo de se mostrar muito mais do que apenas uma anã esfera planetária situada no Cinturão de Kuiper - um grande depósito de detritos além da órbita de Neptuno - e que é regularmente bombardeado por asteróides.
Plutão é magnífico! Geologicamente, a superfície de Plutão é tão complexa quanto a de Marte, além do que as suas misteriosas dunas ainda encerram em si, ou sobre os poderosos caminhos de nitrogénio sólido que se fazem descer das suas regiões montanhosas para uma rede de vales.
Muitos investigadores aludem a que Plutão talvez tenha exibido uma atmosfera mais densa no passado; ou então, admitiram na altura, hajam outros factores e outras ocorrências sobre este planeta-anão que ainda se desconhecem, pela constatação retratada na existência de dunas, sendo que actualmente a atmosfera de Plutão é demasiado fina para produzir ventos.
Gigantescos Blocos de Gelo flutuando num vasto depósito (mais denso de nitrogénio sólido) era o que se pressupunha então haver sobre a planície de Sputnik Planum, o que se veio a confirmar agora, mas em dados mais pormenorizados que referem a existência de uma «anomalia» gravitacional que explica talvez a questão do oceano encoberto.
Os Cientistas alegam entretanto o poder tratar-se, possivelmente, de uma antiga cratera que se encheu de água; daí a sustentação deste elemento sobre Plutão. Mas, devido a isso (explicam-nos os especialistas), esta deveria encontrar-se congelada. Mas não está. E a grande revelação é essa: Ou seja, o líquido persiste, provavelmente devido a uma camada de gás (talvez Metano), que separa o oceano de uma superfície de gelo.
As Conclusões a que chegam os cientistas agora são de que, Plutão, teve eventualmente muitos oceanos que terão existido durante muitos milhões ou mesmo biliões de anos. Plutão e não só, pelo que os cientistas advogam e, corroboram, poderem existir em todo o Sistema Solar muitos outros mares, outros oceanos, sobre outras esferas planetárias, numa alargada possibilidade que até aqui se não admitia ou considerava. Segundo a Nature Geoscience há de facto um aumento dessa possibilidade!
Até aqui e ainda em relação a Plutão, a distância a que este objecto estava do Sol assim como a determinação da sua idade não sustentavam esta tese, de que poderia haver a possibilidade de existência de água líquida, uma vez que era considerado um planeta gelado.
Actualmente tudo isso foi alterado - pelo que foi também elaborado e presumivelmente rectificado neste recente estudo da responsabilidade de Investigadores Japoneses e Americanos - que sugerem um mecanismo que pode conciliar as observações com o problema da temperatura; ou seja, explica como é que a Água Líquida se poderia ter mantido nessas frígidas condições de Plutão.
Plutão e o seu «coração» gelado (Imagem: NASA/JHUAPL/SwRI) Os Cientistas não desarmam na busca por mais informação; e isto, desde que a New Horizons lhes provou de que Plutão pode efectivamente germinar de vida debaixo daquele véu gelado em forma de coração. Será que um dia destes este «coração» de gelo se derreterá...? E assim sendo, que se descobrirá para lá dele???
A Investigação sobre Plutão
Na revista científica Nature Geoscience este estudo recente sobre Plutão é destacado com grande relevo, uma vez que vem modificar algumas ideias pré-concebidas sobre este planeta-anão, já se referiu. Uma delas, é o interesse agora suscitado sobre ele na perspectiva de que não só Plutão mas muitos outros pontos do Sistema Solar possam exibir oceanos de água líquida que ainda não tenham sido verificados ou estudados.
Esta investigação abre assim um precedente que irá fazer com que haja também um maior cuidado sobre a opinião até aqui formatada da não-existência de vida biológica noutras esferas planetárias devido à também não-existência do factor determinante que gera fotossíntese; ou a algo mesmo incompreensível, que a olhos científicos possa explicar a indução das marés e gere energia.
Por ora, sabe-se que o que os cientistas defendem sobre esta nova tese e sobre Plutão «É que uma camada de gás poderá isolar de facto a água». Daí a conclusão de se estar perante uma massa de água líquida por debaixo da camada de gás e gelo em forma de coração que pontua a região de Sputnik Planum.
Através de estudadas simulações por computador, estes assumidos Investigadores Nipónicos e Norte-Americanos abarcando 4,6 milhões de anos - com base na suposição de que hidratos de gás formavam uma camada isolante, cristalina e com escassa condução térmica - o oceano poderia manter-se líquido a grande profundidade e durante longos períodos de tempo.
«A existir este oceano, ele será porventura extremamente antigo!», exclamam os investigadores.
Caronte/Charon: A maior das cinco luas de Plutão que os investigadores também estimam poder existir água no seu interior. Com uma temperatura à superfície de cerca de 230º negativos, nada nos levaria a pensar assim; no entanto, este corpo celeste que apresenta fissuras na sua superfície, insta os cientistas de que tenha havido a possibilidade da existência de um Oceano Subterrâneo.
O satélite Caronte/Charon forma junto com Plutão um sistema de astros duplos possuindo 1207 quilómetros de diâmetro, ou seja, metade do tamanho de Plutão; foi descoberto pelo astrónomo norte-americano do Observatório Naval dos Estados Unidos, James Walter Christy, em 22 de Junho de 1978 aquando se apercebeu de algo muito peculiar nas imagens de Plutão captadas pelo telescópio do Observatório de Flagstaff.
(Por curiosidade: Caronte era o nome do barqueiro mitológico que carregava almas através do rio Aqueronte; Caronte transportava assim as almas dos que faleciam até ao mundo inferior ou «Hades»)
Localizada a cerca de 6 biliões de quilómetros de distância do Sol, Caronte possui uma temperatura média à superfície estimada em 229 graus negativos. Tanto Caronte como Plutão exibem massas muito semelhantes, tanto, que não há um domínio gravitacional de Plutão sobre Caronte. Este satélite usa de tal força sobre Plutão, que o eixo de rotação se encontra fora da superfície de Plutão.
Acontece também que, a Sputnik Planum, está exactamente sobre o eixo em que Plutão e a sua relativamente grande lua Caronte estão, numa situação astronómica conhecida por: «Trava de Maré» - o que legitima neste processo a mesma sequência e até identidade que nós Terra possuímos com a «nossa» Lua, voltados para ela em equilíbrio e bom funcionamento de mares e marés...
(Imagem: ISS/NASA) Maravilhosas imagens captadas pela ISS (International Space Station) na revelação de quão belo e magnífico é este nosso planeta azul. Nada comparável supostamente ao nono planeta a contar do Sol que ainda por cima tem o cognome de «anão» e é terrivelmente gelado. Muito distante da zona habitável para o ser humano, Plutão nunca poderá ser como o planeta Terra; no entanto, quem poderá afirmar com toda a certeza que não existe vida por lá???
Terra/Lua igual a Plutão/Caronte...?
O que os cientistas descobriram faz-nos pensar se não estaremos afinal a ser confrontados com outras potenciais formas de vida que, originadas em igual processo astronómico, se desenvolveram e radicaram, mesmo que afastados do astro-rei (Sol) e por consequência muitos distantes da zona habitável (para o ser humano) mas que, eventualmente, poderão emergir sob outras formas e outro potencial de Vida Extraterrestre.
Anomalia Positiva de Massa: isto é o que os investigadores desde há alguns anos determinaram sobre Plutão, mais exactamente sobre a posição que Sputnik Planum apresenta, indicando o que esta bacia ressalta; ou seja, no que nela se revela e acaba por evidenciar de possuir mais massa do que a média da crosta gelada de Plutão.
De acordo com os Astrónomos, à medida que a Gravidade de Caronte «puxa» Plutão, esse impulso (ou puxão) será proporcionalmente mais forte nas áreas de maior massa do que no actualmente classificado «Planeta-Anão» - o que faria com que ele gradualmente inclinasse o seu eixo de rotação até que a região de Sputnik Planum ficasse alinhada com o eixo da «trava de maré».
O que os cientistas afirmavam então (em 2016) é que, Uma Anomalia Positiva de Massa, faria da bacia uma cratera muito incomum!...
Os Astrónomos afirmam que as crateras são em geral definidas como «buracos no chão» dos planetas ou luas-satélites; nunca o que aqui se observou na região de Sputnik Planum segundo o geólogo Brandon Johnson, professor da Universidade Brown, dos EUA, e na altura (em 2016), líder de um estudo publicado na revista científica «Geophysical Reserach Letters» que então proferiu:
"Os modelos termais do interior de Plutão e as evidências tectónicas vistas na sua superfície sugerem que um oceano pode existir, mas não é fácil inferir o seu tamanho ou qualquer outra coisa sobre ele."
Johnson admitia então, apesar de ainda algumas reservas, de que o que se observava na Sputnik Planum se trataria de uma Anomalia Positiva de Massa (e não uma mera cratera de impacto) que levou a que por detrás desta anomalia se impusessem muitas outras questões.
A Explicação de Brandon Johnson: «Parte das respostas poderá estar naquela grande questão a que mais tarde os investigadores chegam ou anuem, de que, depois de formada a bacia, esta foi parcialmente preenchida com gelo de nitrogénio. Esta camada de material adicionaria alguma massa à cratera, não sendo grossa o suficiente para fazer com que a Sputnik Planum tivesse uma anomalia positiva.»
Segundo ele, o resto da massa necessária poderia vir justamente de uma grande quantidade de líquido escondida sobre a sua superfície.
Já em 2016 Brandon Johnson referiria em divulgação pública as conclusões requeridas, tendo por base e também as tais simulações de computador. Regista-se então das suas palavras:
"Executamos modelos de computador do impacto para ver se algo sucederia (...) Descobrimos que a criação de uma Anomalia Positiva de Massa é muito sensível à espessura deste oceano, assim como à sua salinidade, já que a proporção de sal afecta a densidade da água."
Os Modelos de Computador simularam um Impacto de um Objecto Grande - grande o suficiente para criar uma formação do tamanho da Sputnik Planum, atingindo Plutão a velocidades esperadas para corpos nesta região distante do Sistema Solar.
As Simulações incluíram desde logo várias espessuras para a camada de água sob a crosta - desde nenhuma água até um oceano com 200 quilómetros de espessura.
Até à data foi este o melhor cenário que conseguiu reconstruir o tamanho e a profundidade da bacia, produzindo também uma cratera com uma Anomalia Positiva de Massa, indicando que Plutão tinha de facto um oceano sob a superfície numa extensão de mais de 100 quilómetros, com uma salinidade que rondaria os 30%.
"É incrível para mim pensar que um corpo tão longe no Sistema Solar talvez ainda tenha água líquida!..." (Palavras de Brandon Johnson em 2016)
Johnson estava certo. Assim como muitos outros cientistas que corroboram destes testemunhos, destes simulacros, destas experiências de grandes conclusões; não só sobre a verdade geológica de Plutão, como a de outras actividades e realidades sobre outras esferas planetárias do nosso Sistema Solar. E que um dia poderão muito bem ser a nossa salvação!
Pode assim existir efectivamente um raiar de esperança, na incumbência e no conhecimento, ou mesmo no desenvolvimento e na confiança também que, um dia, em futuro próximo, a nossa terrestre tecnologia possa aperfeiçoar e moldar outras tantas certezas; das que avolumam e recrudescem essa verdade científica da existência de Água Líquida no Sistema Solar.
Todos queremos saber: Haverá Vida Extraterrestre em Plutão?... Não o sabemos mas lá chegaremos. Havendo água líquida, haverá vida. Havendo vida, haverá toda a suspeição de outras vidas ou formas de vida que nem sonhamos poder existir - ou coexistir - sob outros ecossistemas, outras maravilhosas biodiversidades planetárias na conformidade dos elementos que os assistem.
A escondida (ou recolhida) vida biológica na Antárctida revela-nos de que tudo é possível; em resiliência e permanência de vida microbiana impressionante que sobrevive a todas as intempéries, a todas as extremas temperaturas e até mesmo ao passar do tempo em espécie de hibernação microbiológica intacta que nos é inimaginável conceber existir.
(Do Extremófilo que supera as mais aberrantes condições geoquímicas, terrenas e não terrenas, pois existem tardígrados até no Espaço, possivelmente por todo o Sistema Solar, até à mais inacreditável forma erecta ou não erecta, orgânica e não-orgânica, tudo nos poderá em breve ser confessado dessa multi-existência interestelar, dessa vivência física, sem que tenhamos de nos flagelar ou suicidar em grupo por tal revelação!)
Se algo idêntico ocorrerá por debaixo da superfície gelada da região de Sputnik Planum não se sabe mas procura-se saber. Com alguma impaciência mas sempre com aquela mesma urgência de se tentar saber também «Se não estamos sós no Universo».
E, não estando, desejar saber de onde são originários, de que forma nasceram, de como se desenvolveram e depois evoluíram - ou se, tal como nós, seres humanos, também usufruíram da «manipuladora mão genética estelar» para que o processo acelerasse...
Se é importante saber se há Vida Extraterrestre em Plutão?... Claro que sim; em Plutão e não só, pelo que se acredita nunca termos estado sós nem sermos os únicos no Universo! Afinal, somos todos seres extraterrestres, implementados, instigados e «fermentados» mediante aquela tese científica da panspermia cósmica, porquê então a surpresa???
sábado, 18 de maio de 2019
sexta-feira, 17 de maio de 2019
quinta-feira, 16 de maio de 2019
O Cerco à Parkinson
Doença de Parkinson: os avanços e as conquistas que do mundo médico nos surgem no permanente combate a esta perturbação degenerativa crónica do sistema nervoso central. Os sintomas são inconfundíveis e o incómodo instalado evidente; de pacientes e médicos.
De acordo com os especialistas, não só em relação à doença de Parkinson mas no englobar de todas as doenças degenerativas, em 2030 estas doenças afectarão cerca de 100 milhões de pessoas. De que se estará à espera quando já não houver tempo de espera?!...
Uma Doença Perturbadora
"Não detenho os movimentos, os espasmos musculares que involuntariamente me arrepelam o corpo e o andamento. Não consigo mover-me; não facilmente. Dói-me tudo, até o respirar. Curvo-me perante uma vida que foi ágil e activa e agora me faz ver apenas as pedras da calçada ou as do soalho aqui de casa que já conheço de antemão, que já memorizei, mesmo de quando de tudo o resto me esqueci. Tremo e nada seguro em mim, nem a sensação de estar vivo, nem a emoção de ser feliz do que já fui e não fui, pois mais nada sei sobre esta névoa de confusão e destruição em que me assisto. Estou velho e sem utilidade. Sou um desperdício para a sociedade... que sociedade?... Sou o que já não sou e isso enfurece-me, faz-me perder as estribeiras. E o sono. E tudo o mais. Estou preso nas teias de uma doença que nem sei dizer o nome, que nem sei de onde vem, mas que me prende e mata lentamente, tão lentamente quanto as passadas que já não faço ou os sonhos que já não comando em mim e sobre mim... Quem me acode nesta dor....? Quem quer saber de mim???"
A Doença de Parkinson
Não é fácil. Ser paciente e ser o médico assistente destes casos. São mais normais do que se pensa e menos frívolos do que se sente. São o que são.
E, na impotência de uma cura ou de uma salvação, apenas a palavra clínica de conforto e segurança (por vezes nem sempre fácil ou real) de quem sabe ou sente saber de que apenas se lhes dá um paliativo - não só para as dores - mas para a continuação da vida, da sua vida que já foi próspera e altiva, bela e premissa, tão distante da que agora reproduz numa sociedade que por vezes lhe diz ter-se de si esquecido.
Em termos médico-científicos a doença de Parkinson é caracterizada clinicamente pela combinação de três sinais clássicos : Tremor de repouso, Bradicinesia (o sintoma mais importante a ser observado) e Rigidez. Mas também Acinesia, Micrografia e expressões faciais designadas como «máscara», instabilidade postural, alterações na marcha e postura encurvada para a frente.
(Os sintomas começam normalmente nas extremidades superiores, sendo normalmente unilaterais devido à assimetria da degeneração inicial no cérebro).
A Rigidez e Lentidão dos Movimentos, a perturbação cognitiva latente e toda uma confusão registada, fazem dos portadores desta doença, por vezes, os grandes reféns de um mundo que não compreendem.
A Depressão manifesta-se e a ansiedade torna-se uma constante. Está aberta assim uma espécie de «porta do Inferno», ou aquele estranho e mui tenebroso caminho para a mais profunda dor que se não vê mas sente - a da intolerância de todas as coisas perdidas...
Ocorrendo em geral sob a faixa etária dos mais idosos - em pessoas com idade superior a 60 anos, das quais cerca de 1% é afectada (sendo mais comum entre os homens do que em mulheres) - esta doença tem suscitado muitas campanhas de consciencialização numa atitude mais determinada sobre o que envolve ou não esta doença.
Atitude essa que, a nível planetário, se tenta fomentar e elucidar em dignidade mas também em maior conhecimento tal como sucede naquele que é «O Dia Mundial da Doença de Parkinson», realizado a 11 de Abril de cada ano na data de aniversário de James Parkinson - o médico britânico que publicou a primeira descrição detalhada sobre a doença, em 1817, de seu título «An Essay on the Shaking Palsy»
Numa cada vez mais ascendente estatística que nos remete para os 6 a 7 milhões de pessoas por todo o globo com esta doença (e que afecta também cerca de 18 mil portugueses), sendo que a taxa de morbidade/mortalidade também não dá mostras de estancar (rondando as quase 200 mil mortes em todo o mundo), há que fazer o «cerco».
Ou, na melhor das hipóteses, tentar travar a progressão da doença por parte da comunidade médico-científica numa incessante luta contra o tempo; tempo esse que por vezes escasseia por quem se vê tão limitado e debilitado por tão cruel e não-entendível doença...
Tal como no caso de outras idênticas doenças neurodegenerativas, a Parkinson revela-se de forma acintosamente incapacitante nos pacientes - respeitantes à motricidade humana (no conjunto de faculdades psicofísicas associadas à capacidade de executar movimentos de precisão) e ao poder cognitivo na ocorrência de problemas de raciocínio e comportamentais; e que, em estados avançados da doença, se reconhece frequentemente estar-se na presença de demência.
Exames neuro-imagiológicos que servem para detectar e até identificar com maior precisão outras doenças, outros diagnósticos do foro neurológico. Em relação à doença de Parkinson, esta reporta-se como idiopática (doença primária de causa obscura).
Segundo os especialistas, existe Degeneração e Morte Celular dos neurónios produtores de Dopamina. A evolução da doença de Parkinson apresenta-se sob a forma de várias ou diferentes intensidades para cada paciente, seguindo alguns padrões de progressão que vai permitir assim avaliar os seus principais estádios.
A Escala de Hoehn e Lahr (baseada principalmente nos sintomas motores da doença) uniformiza o Exame Neurológico com critérios objectivos, dividindo a evolução dos sintomas em cinco estádios da doença de Parkinson. Em relação aos sintomas cognitivos, é utilizada a Escala Unificada de Avaliação de Doença de Parkinson («Unified Parkinson`s Disease Rating Scale»).
O Mal de Parkinson
É assim chamado aquando ocorre a morte de certos neurónios ou estes perdem a sua normal e activa capacidade, pelo que a comunidade médica estabelece de que o indivíduo portador de Parkinson sofrerá eventualmente e em escala gradual, a perda do equilíbrio e deglutição, assim como uma maior dificuldade em caminhar (devido à rigidez dos músculos) e aos tremores sentidos (movimentos involuntários) numa tremenda impotência e igual incapacidade de os controlar.
Desconhecendo-se ainda actualmente a exacta causa que leva à doença de Parkinson, os investigadores acreditam que ela possa estar envolvida ou relacionada por factores genéticos e ambientais.
Em relação aos genéticos, devido aos antecedentes familiares; em relação aos ambientais, por sequência e consequência na utilização de pesticidas/agrotóxicos que irão determinar nessas pessoas lesões ou danos por vezes irreparáveis.
Os sintomas a nível motor resultam de morte de células na Substância Negra (uma região do mesencéfalo que consiste numa porção heterogénea do mesencéfalo responsável pela produção de dopamina no cérebro).
Ainda que subsistam muitas dúvidas no foro científico sobre as verdadeiras causas desta morte celular, reconhecem contudo que haja o envolvimento da acumulação de proteínas nos corpos de Lewi nos neurónios.
Sabe-se que, a Doença de Parkinson, é uma enfermidade que está associada a uma degeneração na Substância Negra do Cérebro - como aqui foi já referido - mas que eventualmente pode ter a sua origem no Intestino.
Muitos pacientes de Parkinson apresentando queixas gastrointestinais, assim como sintomas associados, levaram a que os investigadores/cientistas sugerissem - e posteriormente efectuassem - alguns ensaios clínicos no sentido de se conhecer essa perturbação e influência sobre a doença de Parkinson.
Algo que foi investigado e desde logo denominado como «hipótese Braak» por vários especialistas (inclusive investigadores da Universidade de Lund, na Suécia), que afirmam agora (desde há alguns anos) possuírem provas concretas disso mesmo, dessa interligação, de que a doença é mesmo capaz de migrar do Intestino para o Cérebro; ou o que determina a «hipótese Braak» - o processo que leva à Doença de Parkinson que começa no trato digestivo e na área do cérebro responsável pelo processo olfactivo.
Não existe cura para a doença de Parkinson; no entanto, são muitos os esforços para se chegar a uma terapêutica mais eficaz e se possível mais segura - ou mesmo sem factuais sintomas sobre efeitos secundários indesejados.
Um longo caminho que se tem de percorrer, admite-se, sendo que muito desse caminho está a ser glorificadamente pontuado por muitos êxitos, o que se parabeniza desde já!
(Janeiro de 2017): Intervenção Cirúrgica na doença de Parkinson do Hospital Neurológico/Hospital de Especialidades do Instituto de Neurologia de Goiânia, no Brasil.
(Nesta imagem está representada toda a equipa do Hospital Neurológico de Goiânia, no Brasil, liderada pelo doutor Osvaldo Vilela, sendo composta pelos doutores Romulo Marques, Vladimir Zaccariotti e Marcos Alexandre Alves)
Aqui bem visível, o empenho e a complementação cirúrgicas com que esta prestigiada equipa de neurocirurgiões brasileiros se dedicou numa cirurgia de Implante de Eléctrodo Cerebral profundo, na rigorosa explicação do procedimento/intervenção clínica do «Globo pálido interno bilateral para doença de Parkinson» com predomínio rígido-acinético com discinesia incapacitante.
Diagnóstico: Em princípio, o diagnóstico é feito principalmente pela clínica ou estabelecimento hospitalar em testes musculares e de reflexos. (Normalmente não há alterações na Tomografia Computorizada Cerebral realizada; Electroencefalograma, ou mesmo na composição do Líquido Cefalorraquidiano, sendo todos eles feitos no fundo para se descartar outras causas).Técnicas da Medicina Nuclear têm por base avaliar o metabolismo dos neurónios dos Núcleos Basais.
Parkinson em Portugal
A Realidade Portuguesa que se estima em cerca de 18 mil pessoas portadoras desta doença de Parkinson, alude a que haja uma entrega total na investida laboratorial no combate à mesma. Daí que estes últimos tempos nos sejam de novidade e algum esclarecimento sobre o que nesta área se tem feito. (Em Março de 2019 veio a público de que um Novo Fármaco poderá tratar doenças motoras assim como a doença de Parkinson).
É sabido de que o Tratamento Fisioterapêutico actua em todas as fases do Parkinson para melhorar as forças musculares, coordenação motora e equilíbrio. Tudo o que se pode fazer é amortizar a dor e estimular o que está deficitário (em particular nos pacientes acamados que geralmente sofrem ou estão mais sujeitos a graves infecções respiratórias, havendo a necessidade de uma maior ou mais actuante fisioterapia na manutenção da higiene brônquica).
Não existindo actualmente um tratamento para a perda das células cerebrais que trave a Progressão da Doença - esta inflamação crónica que faz com que os microgliócitos (as células imunitárias do cérebro) libertem metabolitos que por sua vez danificam os neurónios causando a morte dos mesmos - esta infira a dificuldade que é para a comunidade médica lidar com tão pungente inimigo.
Os Distúrbios Cognitivos, transtornos de humor e ansiedade, além a depressão nervosa que se verifica nestes casos e que causam geralmente graves prejuízos na qualidade de vida do paciente, originaram desde sempre na comunidade médica a necessidade urgente de uma maior intervenção.
Inicialmente a terapêutica circunscrevia-se aos modulares medicamentos psiquiátricos chamados de anti-depressivos - as fluoxetinas, que por vezes até podem agravar os sintomas do paciente - mas pontualmente e depois mais em abrangência, foi-se instaurando como opção de maior funcionalidade e eficácia, a Estimulação Magnética Transcraniana (outra opção ainda é a intervenção chamada Electroconvulsoterapia).
(Em nota de registo: Para apoio psicológico ao portador de Parkinson no Brasil: Associação Brasil Parkinson (ABRAZ); Em Portugal: Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson)
Surgido o interesse e estimulados os estudos nesta área, uma equipa de investigadores na Alemanha conseguiu então através de uma substância que actua sobre os neurónios e sobre os microgliócitos, numa experiência realizada com ratos, aliviar as doenças motoras destes.
Caso esta nova abordagem se revele bem sucedida em ensaios posteriores, poderá passar para a fase dos ensaios clínicos.
Anja Schneider, a principal investigadora deste estudo realizado em uníssono por uma equipa de investigadores do Centro Alemão para as Doenças Degenerativas (e do Centro Médico Universitário de Goettingen, na Alemanha) proferiu em relação ao agora novo fármaco de nome «Emapunil»:
"Este composto consegue penetrar nos microgliócitos e, ligar, um interruptor molecular que atenua a reacção inflamatória. O fármaco já foi testado em humanos como possível cura para os distúrbios de ansiedade.
De registar que o fármaco Emapunil conseguiu assim aliviar os sintomas dos ratinhos com problemas de mobilidade causados por Morte Neuronal na denominada Substância Negra (aquela já mencionada área cerebral também afectada nos doentes com Parkinson).
"Os animais que receberam o fármaco ficaram com um melhor controlo da sua locomoção, em comparação com os animais não tratados do grupo de controle." (Afirmação do co-autor do estudo, o investigador português Tiago Outeiro.
O Professor Português Tiago Outeiro em trabalho e investigação na Alemanha, revelou-nos também do que a sua equipa em solo germânico descobriu «Que o composto actua directamente sobre os neurónios, reduzindo a chamada resposta às proteínas mal enoveladas que afecta directamente os neurónios, a qual pode causar morte celular», acrescentou em jeito de explicação.
Travar a Progressão da Doença de Parkinson
«Para já, os primeiros resultados são muito promissores»: Quem o afirma é Tiago Outeiro, o investigador e professor português na Alemanha, mais exactamente o líder de um grupo de investigação na Universidade de Medicina de Goettingen, na Alemanha, para quem esta ultima experiência é um dado efectivo de grande sucesso!
Segundo nos conta o professor português Tiago Outeiro: "Sabe-se que uma característica da doença (Parkinson) é a acumulação de aglomerados proteicos no cérebro dos doentes, pelo que até agora se não tinha informação de como os remover. Nesse sentido, têm existido várias estratégias para interferir com este processo. Como, por exemplo, utilizar anticorpos; ou seja, usar o sistema imunitário para tentar remover estes aglomerados proteicos que nós pensamos que são nocivos para os doentes."
De acordo com Tiago Outeiro há mais a realçar numa outra estratégia que está a ser seguida igualmente pelos investigadores: "
"Há que reduzir a produção destas proteínas que depois formam os aglomerados. O que nós fazemos é interferir com a maquinaria celular onde estas proteínas são produzidas para tentar reduzir esta acumulação de lixo proteico que forma então os aglomerados. E isto está a ser testado através de «estratégias moleculares». Como reduzir os níveis da produção da proteína ou, por outro lado, aumentar a taxa de remoção da proteína, activando certas vias celulares, que podem então ter este papel."
Este distinto professor português enaltece que, no fundo, são duas linhas de investigação que estão a ser elaboradas pelo mesmo grupo liderado por si na Alemanha «cujo objectivo é interferir com os aglomerados proteicos no sentido de reduzir a sua acumulação e a sua toxicidade no cérebro».
Tiago Outeiro dirige este estudo na Alemanha, que engloba outros grupos de investigação em vários países, sendo que Portugal participa através do CEDOC - Centro de Estudos de Doenças Crónicas da Nova Medical School.
Em Portugal ainda não há ensaios clínicos, esclarece o professor ao DN em Março de 2019, apesar dele já ter integrado e ter sido um dos investigadores do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina de Lisboa, em Portugal.
Contudo, na Alemanha, na Dinamarca e também no Reino Unido (Inglaterra) estão já a decorrer ensaios clínicos. O professor explica: "Nestes países, há doentes que estão a participar nestes estudos, não directamente na doença de Parkinson, porque isso ainda está em fase laboratorial, mas com a mesma ideia noutras doenças, como a de Huntington, em que se acumulam proteínas no cérebro. O objectivo é tentar ver se se consegue obter efeitos pretendidos."
Estimulação Eléctrica: os avanços, os estudos, as descobertas e finalmente a confiança de quem se entrega à sua equipa médica para que lhe sejam devolvidos os movimentos ou a agilidade perdida.
Em Abril de 2019 o mundo ficou a saber (após o que foi divulgado e processado anteriormente sobre esta matéria em 2017), sobre um novo tratamento que tem ajudado vários pacientes a recuperar as suas capacidades motoras através da Estimulação da Medula Espinhal.
(Parabéns desde já aos investigadores, cientistas e médicos, mas também aos seus pacientes. A esperança está renovada assim para os pacientes de Parkinson!)
Novos Tratamentos/Novas Terapêuticas
Um estudo apresentado no 21º Congresso Internacional da Doença de Parkinson e dos Distúrbios do Movimento, em 2017, sugeria que a Estimulação Eléctrica da Medula Espinhal poderia aumentar significativamente a possibilidade dos pacientes realizarem actividades diárias, ao mesmo tempo que se verificava uma diminuição dos episódios de congelamento da marcha.
Foi desenvolvido então ( e a partir daí) um tratamento-piloto por uma equipa de cientistas da Universidade de Western, em Ontário, no Canadá, tendo por objectivo e finalidade devolver a capacidade de movimentos a alguns pacientes que foram diagnosticados com Doença de Parkinson Crónica. Pelos vistos foi um sucesso, algo que foi igualmente noticiado (em 22 de Abril de 2019) com grande enfoque pela BBC.
"Os resultados do método nos pacientes vão além dos seus sonhos mais loucos" (A entusiasmada afirmação à BBC de Mandar Jog, o director da Fundação Nacional para o Parkinson no Centro de Ciências da Saúde de London, em Ontário, mas também como docente da Universidade de Western nessa mesma cidade do Canadá)
Ainda acrescentaria, efusivo que estava sobre este efectivo grande sucesso: " A maior parte dos nossos doentes tem a doença há 15 anos, e nunca caminhou com confiança. A evolução de estarem presos em casa e de apresentarem um grande risco de quedas até conseguirem viajar ou ir até ao shopping, é de facto notável!"
Mandar Jog acredita convictamente de que, a Doença de Parkinson, reduz os sinais que voltam ao cérebro quando a actividade está concluída, quebrando assim o ciclo de instruções e fazendo com que o paciente não consiga andar. O implante desenvolvido agora por esta sua equipa de investigadores amplia de facto esse sinal, permitindo assim que o paciente ande normalmente.
"Esta é uma terapia de reabilitação completamente diferente. Nós achávamos que os problemas de movimento ocorreriam em pacientes com Parkinson porque, os sinais do cérebro para as pernas não estavam a ser transmitidos; mas parece que são os sinais que deviam voltar para o cérebro que estão degradados." (A explicação de Mandar Jog)
De acordo com a Agência Noticiosa Reuters, o que a equipa concluiu então foi de que, depois de alguns meses de tratamento, é que, antes dos pacientes receberem os Estímulos Eléctricos, as áreas que controlavam o movimento não funcionavam adequadamente, mas depois de alguns meses essas áreas pareciam efectivamente restauradas.
"Todos melhoraram em diferentes níveis, mas a mudança ocorreu de forma imediata no laboratório." (O remate final em visível felicidade nas palavras de Mandar Jog)
Segundo a Reuters divulga ainda, e sobre esta mesma data, uma reputada Equipa de Cientistas Japoneses «reprogramaram» células estaminais para tratar a doença de Parkinson.
Afirmaram então à Imprensa Mundial (agência Reuters) ir iniciar os ensaios clínicos no mês seguinte (em Maio), transplantando Células Estaminais que foram «reprogramadas» para o cérebro dos pacientes, à procura de um avanço no tratamento deste problema neurodegenerativo.
Doenças Neurodegenerativas: As doenças da solidão e da pouca compaixão que muitos relegam para segundo plano ou para plano nenhum, mesmo de quando estas doenças acercam os familiares ou parentes mais chegados. É preciso dar a mão, dar carinho; se possível dar todo o amor contido até aí, para que estes pacientes sintam de que não estão sós.
Por vezes, um simples afecto, uma simples carícia ou simplesmente uma só presença em sorriso e benemerência podem mudar o mundo; pelo menos aquele tão conturbado e obscurecido mundo de pacientes com Parkinson...
Mais Investigação ou mais afecto...?
Ambas são necessárias; ambas estão interligadas. E mesmo que o não compreendamos na totalidade, pelo que alguns cientistas são acusados de possuírem um altruísmo recatado e muitas vezes lacrado à divulgação pública e ao afecto directo que não comungam com quem sofre destas doenças degenerativas, eles têm um só pensamento: Encontrar uma cura!
Ou, não raras vezes, aliviar os males do mundo através da sua incessante investigação ou pesquisa no melhor tratamento, na melhor terapêutica encontrada. A cura é sempre a meta em conclusão que nunca precipitação sob escrutinados ensaios clínicos e, uma incansável demanda heróica de, finalmente, se ter dado luta a tantas destas terríveis patologias que enfermam e supostamente infernizam os pacientes.
Devemos-lhes muito. Tudo ou quase tudo. Passam horas, semanas, dias, anos e séculos também na perseguição da análise e da conclusão (farmacológica e laboratorial) para nos darem respostas.
Nem sempre é fácil, nem sempre é compreendido ou aceite por todos os desafios e as investidas com que se debatem; sobre vidas anuladas ou mesmo códigos de ética adulterados que por vezes se legitimam ou legalizam sem grande critério. Será injusto colocar tudo no mesmo saco...
Daí que haja afecto e empenho, nas palavras e nos actos. Mas também os temores ou receios de ver disseminadas ainda mais estas doenças degenerativas.
Tal como acrescenta o professor Tiago Outeiro - proferindo em quase temida profecia em Março deste ano à comunicação social portuguesa sobre o seu estudo na Alemanha mas também sobre as idênticas preocupações da comunidade médico-científica sobre a afectação nas pessoas e nos próximos anos das doenças degenerativas - «É muito provável que em 2030 estas doenças afectem mais de 100 milhões de pessoas!...»
Afere aliás, de que os cientistas ainda hoje desconhecem a maioria das causas destas doenças, o que explica a complexidade destes investigadores. O mundo neurológico ainda é um extenso ou enorme quebra-cabeças, que, mesmo definidas por vezes as causas, nem sempre se fazem revelar em exponencial êxito sobre as mesmas; no entanto, é nesse sentido que se trabalha, admitem todos eles acredita-se.
Um «Cerco» à Parkinson é o que se institui; desde sempre. Desde que o ser humano teve a percepção de que não poderia continuar sem ver sanadas ou minimamente debeladas as anomalias, deficiências ou limitações de que padece - ou assim se viu - ao longo dos séculos.
A doença não pode ser - nem deve ser nunca! - um motivo para se parar, para se não estudar ou ir mais longe, mais ambiciosamente à frente nas intenções e averiguações laboratoriais, pois só assim haverá sucesso e dignidade em quem pesquisa e, em quem, urgentemente, apela a que se encontre uma cura, uma terapêutica mais coordenada e se possível mais saudável.
O verdadeiro «Cerco à Doença» só se fará, seja ela a de Parkinson ou outra, quando todos soubermos e sentirmos (em nossas almas padecidas) que um dia também ela nos poderá bater à porta sem ser convidada... sem ser sequer mencionada, geneticamente e não só...
Temos todos o dever de a combater, se não pela arte do bisturi e do tubo de ensaio, que o seja pela palavra dada, pela mão que agarra e pelo amor que se entrega.
Aí, venceremos a doença, a enfermidade, a patologia apresentada, pois que a cura não é mais do que um cerco à doença tal planeamento ou ordenamento militar de uma guerra que se ganha sem ter havido sequer uma perdida batalha! Somos todos soldados da paz contra a doença. E só isso importa!
quarta-feira, 15 de maio de 2019
terça-feira, 14 de maio de 2019
domingo, 12 de maio de 2019
quinta-feira, 9 de maio de 2019
terça-feira, 7 de maio de 2019
Apophis: "O Deus do Caos"
«O Deus do Caos» ou Asteróide 99942 Apophis que em 2029 se aproximará da Terra - ou seja, que cruzará os céus terrestres dentro de dez anos, mais exactamente no dia 13 de Abril de 2029 - proporcionando assim à comunidade científica a possibilidade de um maior conhecimento sobre estes corpos celestes na sua identidade e, perigosidade, de poderem ou não entrar em rota de colisão com o nosso belo planeta azul. O Mundo está em alerta e em paz; pelo menos por enquanto...
Resposta à Humanidade
Por entre simulações de Grande Impacto de Asteróides sobre a Terra (incentivados e postos em prática pela ESA, na abordagem e desenvolvimento do que sucederia se acaso houvesse a possível colisão entre um corpo celeste e o nosso planeta, através da simulação de impacto do hipotético asteróide 2019PDC) até à Conferência de Defesa Planetária de 2019 (em evento que ocorreu de 29 de Abril a 3 de Maio de 2019, em Washington), tudo coalesceu de forma exemplar.
Como Resposta à Humanidade podemos ficar sossegados: A Terra está livre de levar com o Apophis, seja já em 2029 (somente daqui a dez escassos anos...) até ao ano de 2036, com a reiteração científica mundial da auspiciosa promessa de que o asteróide Apophis (inversamente ao seu virtual irmão 2019PDC) vai ser um «atlas» rochoso de grande saber e grande energia astronómicas de igual peso e dimensão par a comunidade científica.
Para já, e segundo nos dizem altos emissários da NASA/ESA, existe para o efeito e a nível global uma efectiva, colaborante e exequível resposta organizada por parte das agências aeroespaciais mundiais sobre como lidar com este evento, em particular no que se relaciona com o asteróide Apophis ou «Deus do Caos», estando-se a trabalhar no sentido deste nos não ser uma potencial ameaça para o planeta.
Existindo um Consórcio Internacional de Agências Espaciais e Científicas que organiza em termos unifocais a «Resposta à Humanidade» sobre asteróides potencialmente destruidores da Terra - consórcio esse que honradamente se identifica como «International Asteroid Warning Network (IAWN) que inclui a NASA, a ESA e a CNSA (China National Space Administration) e uma variedade de outros mais Observatórios e Instituições por todo o globo - há que acreditar que pelo bem comum de toda a população mundial estes cientistas nos dizem a verdade.
(NASA - Asteroid Warning!): O impressionante anúncio da NASA que declarou publicamente e para todo o mundo (para todos os seres inteligentes do nosso planeta) de que um asteróide de 340 metros de comprimento e de nome Apophis - tal como o «Deus do Caos» do Antigo Egipto - se aproximará da Terra no dia 13 de Abril de 2029, sem contudo haver razão para alarme. Será mesmo???
O Asteróide Apophis
O «Deus do Caos» versus Apophis (o nome do deus Egípcio do Caos, em denominação dada pelos cientistas a este asteróide) de 340 metros de comprimento e que se prepara para passar rente à Terra em 13 de Abril de 2029.
A cerca de 30 mil quilómetros de distância nessa sua trajectória, o asteróide Apophis tem assim despertado a curiosidade não só dos cientistas como de grande parte da população mundial. Será o tempo certo para nos prepararmos...? Ninguém o sabe responder com toda a certeza. No entanto, existe um certo receio e alguma temeridade na população menos informada.
(População esta, que vê nestes fenómenos algo idêntico à extinção dos Dinossauros ou às profecias religiosas estabelecidas ao longo dos tempos como algo de grande inevitabilidade e, catastrofismo determinante, em rasante cataclismo planetário do qual ninguém se salva).
Desde a Antiguidade que assim é. Teme-se o desconhecido ou, o que se não pode controlar, havendo relatos de observações ancestrais que aludem à visualização celestial como um clarão enorme que se move muito depressa.
E que, acaba por criar um espectáculo luminoso mas também algo assustador, aquando se não sabe a proveniência ou aonde vai cair. Por vezes os cometas dão essa ilusão, de uma fantasia que não deixa marcas; mas quando ela esventra a atmosfera sem se desintegrar, mais não é do que um terror anunciado seja em que tempo for.
Ontem e hoje a mesma realidade: Os cientistas resumem-nos de que tal evento sucede de facto com essa mesma preponderância - ou pujança estelar - num movimento tão rápido e tão eloquente que percorrerá uma distância equivalente ao diâmetro da Lua em apenas um minuto (no caso do asteróide Apophis), constatando-se poder ser tão brilhante quanto as estrelas que cobrem o Céu.
Daí que este asteróide Apophis nos seja no momento tão exuberante, ostensivo e próximo, como o foram igualmente muitos outros ao longo da História que cruzaram os céus da Terra. De realçar aliás, de que o Apophis é «apenas» um representante de cerca de 2 mil asteróides potencialmente perigosos (PHAs) actualmente conhecidos, segundo as próprias palavras de Paul Chodas, director do CNEOS (Centro de Estudos de Objectos Próximos à Terra, do JPL) que em comunicado referiu:
"Ao observar o Apophis durante o seu sobrevoo (trajectória) de 2029, vamos ganhar Conhecimento Científico Importante, que poderá um dia ser usado para a defesa planetária"
Asteróide Apophis (Imagem: ESA, Janeiro de 2013) Esta imagem captada pelo telescópio Herschel no início do ano de 2013, já reportava aos cientistas o asteróide Apophis como um símbolo celestial de alguma preocupação e estudo na aproximação deste à Terra. Estimando-se na altura como maior do que em princípio se estimara sobre ele, fez com que o mundo científico ficasse alerta - ainda que descartando qualquer possibilidade de impacto sobre a Terra.
O «Lorde do Caos»
Apophis: o antigo deus egípcio que personifica o caos tendo a designação de «Lorde do Caos», sendo por esse factor o oponente da luz e de Ma`at (ordem/verdade).
Num parentesco que não abona nada de bom, em termos de relacionamento consanguíneo, Apophis é determinado como a «Criação do Caos» - assim como numa errática progénie ou malfadada descendência de «hordas de Demónios»; Senhor do Mal e da Escuridão - em termos terrestres e/ou cósmicos - este Apophis não augura de facto nada de bom.
Como «Apophis» - O Grande Rei dos Hicsos que foi (inicialmente mencionado na 8ª Dinastia e homenageado posteriormente como «Apepi», Rei na 14ª Dinastia) - foi sempre sendo representado como uma Serpente Gigante, algo que nos não é indiferente na simbologia cósmica de alta referência.
(Como dignitário ou signatário vigente na Terra, simbolizando a serpente - do conhecimento e da sapiência - terá por cá andado por terras lusas que em tempos foi Ophiussa?... Não o sei, mas bem que gostaria, em saber se por cá deixou raízes e almofarizes de sua consanguinidade e muita maldade...)
Senhor das trevas na Terra, ou Senhor das trevas do Céu, Apophis é um marco indissociavelmente ligado ao mundo da escuridão (matéria negra do cosmos?) ou, sem ser de facto em termos mitológicos, o Senhor do Caos de todas as coisas!...
Daí que não seja de todo irreflectidamente que se correlacione esta identificação histórica/mitológica Egípcia do «Deus do Caos» com o agora Asteróide 99942 Apophis; e que, aquando foi detectado pela primeira vez em 19 de Junho de 2004, se fez ecoar e incorporar de grandes temores no seio científico.
De mencionar também os primeiros cálculos sobre este realizados que aferiam (ou sugeriam) uma probabilidade de colisão com a Terra na estimativa de 2,7% em 2029 - na mais alta registada com um asteróide. O que levou a que em 2013 Don Yomans, do JPL e encarregado do Programa «Near-Earth Object» (NEO) proferisse então:
"Com os novos dados descartamos a possibilidade de um impacto do Apophis com a Terra em 2036. A probabilidade de impacto é agora, de menos de uma num milhão (1/1.000.000), o que nos deixa numa situação confortável para efectivamente descartar um impacto com a Terra em 2036. O nosso interesse no asteróide Apophis será essencialmente científico no futuro previsível."
Esta, a afirmação de Don Yomans - inserido no Programa NEO, do JPL, no ano de 2013 - prevendo-se há seis anos de que o asteróide Apophis (em 2036) pudesse chegar a 31.300 quilómetros do nosso planeta, passando tangencialmente nas órbitas dos satélites geoestacionários (satélites que se encontram aparentemente parados relativamente a um ponto fixo sobre a Terra, geralmente sobre a linha do equador).
Actualmente, e com a passagem pela Terra deste «Deus do Caos» previsto para 13 de Abril de 2029 - que será visível a olho nu inicialmente no Hemisfério Sul, cito na Austrália (Oceânia) e só depois no Oceano Atlântico e EUA - a retórica dos cientistas é outra: Observar-se com mais detalhe a superfície do Apophis. Mas será assim mesmo, ou teremos uma «surpresa» de o observar ainda mais de perto...???
Marina Brozovic, cientista da NASA - uma cientista de radar do Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL), da NASA (em Pasadena, Califórnia) - que trabalha com observações de radar de Objectos Próximos à Terra (NEOs) está de facto optimista e mesmo exultante sem vislumbrar qualquer receio de maior em relação a este asteróide se poder aproximar de mais, registando com aprumo:
"A aproximação de Apophis em 2029, vai ser uma oportunidade incrível para a Ciência. Vamos observar o asteróide com telescópios ópticos e de radar. Com as observação de radar talvez consigamos ver os detalhes da superfície."
Assim sendo, acreditando nesta e noutros cientistas que nos arrogam com quase toda a certeza possível de que são infundados todos os nossos frenéticos temores de nos vermos esventrados pelo Apophis, confiemos então de que será acima de tudo uma experiência única de estudo e melhor conhecimento sobre este evento. Oxalá assim seja!...
(Crédito de Imagem: NASA/JPL - Caltech) A Preparação para «receber» o asteróide Apophis (na sequência e simulação gráficas da trajectória do Apophis passando perto da Terra). Em 30 de Abril de 2019, os astrónomos reuniram-se na Conferência de Defesa Planetária - em College Park, no Maryland (EUA) - para discutir os planos de observação do asteróide 99942 Apophis que dez anos depois (2029) irá passar rente à Terra.
"Nós já sabemos que o encontro com a Terra mudará a órbita de Apophis, mas os nossos modelos também mostram que a aproximação pode mudar a forma como este asteróide gira, sendo possível que haja algumas mudanças na superfície, como pequenas avalanches." (explicação de Davide Farnocchia, reputado astrónomo do CNEOS, do JPL)
Conferência de Defesa Planetária
Ainda antes de se abordar o que se passou nesta prestigiada conferência nos Estados Unidos que reuniu vários cientistas mundiais para debater esta questão do Apophis, há que registar de que este asteróide começará por, em 2029, fazer o seu «périplo» de sobrevoo pela Austrália como já foi referido, passando depois também pelo Oceano Atlântico - antes de viajar pela costa oeste da América do norte já de noite.
Os cientistas assumiram desde logo ter de haver uma união científica mundial não só para discutir estes eventos, como para se chegar mais perto do que em termos cosmológicos estes fenómenos poderão ou não intervir com o normal funcionamento dos planetas, neste caso sobre a Terra, caso se aproximem evidentemente demais.
Discutiram então uma série de tópicos referentes ao Apophis, imbuídos que estavam da urgência e de certa forma da coerência de saberem mais sobre ele, pelo que esta Conferência de Defesa Planetária poderia também esclarecer de outras dúvidas.
Os Cientistas foram assim unânimes em propagar de que, neste particular caso de Apophis, iriam liminarmente examinar «de perto» o asteróide, tentando aprender algo sobre o seu verdadeiro tamanho, composição e características da sua superfície.
O que a NASA disse sobre Apophis em anúncio e comunicado: "Em 13 de Abril de 2029, uma partícula de luz entrará no céu, ficando mais brilhante e mais rápida. Num determinado ponto ele viajará mais do que a largura da Lua Cheia num só minuto, e ficará tão brilhante quanto as estrelas na Ursa Maior. Mas não será um satélite ou um avião - será um asteróide próximo à Terra de 1100 pés de largura (34 metros de largura), chamado de 99942 Apophis, que passará sem perigo pela Terra, a cerca de 31.000 quilómetros acima a superfície. Esta, é a distância que algumas das nossas naves espaciais orbitam a Terra."
Posteriormente surgiriam as inquirições e a necessidade do debate à escala planetária que tudo resumisse. Daí as questões debatidas depois na Conferência de Defesa Planetária de 2019. Numa perspectiva mais lata são elas:
«Como a Gravidade da Terra afectará o asteróide Apophis quando o evento suceder?...» Esta, a primeira delas. A segunda foi mais abrangente:
«A inerente questão do que se impõe deduzir e extrair desta passagem do asteróide Apophis numa maior aprendizagem sobre o interior dele?...» E, por último, mas talvez a mais pertinente de todas as questões ali inflamadas: «Dever-se-à mandar uma missão espacial para Apophis???...»
Não são muitas as questões mas sim a seriedade e a importância que todas elas tomaram nesta Conferência de Defesa Planetária de 2019, pelo que se tem de unir, resumir e classificar, para mais tarde se poder organizar eventos, estes sim da Terra, em face a uma possível rota de colisão entre asteróides semelhantes e o nosso planeta.
Asteróide Apophis (Imagem: UH/IA/NASA) Descoberto pela primeira vez em 19 de Junho de 2004, os astrónomos consideraram à época haver uma certa preocupação sobre a potencialidade deste atingir o nosso planeta Terra, uma vez que a sua órbita (do asteróide Apophis) não estaria ainda bem definida ou melhor compreendida. Hoje, esses receios não têm cabimento, aferem-nos os especialistas; no entanto, há que estar de olho bem aberto e, se possível, não totalmente exposto acaso haja um literal desvio de Apophis sobre a Terra em 2029...
A Explicação dos Cientistas
Desde Junho de 2004, aquando a descoberta do asteróide Apophis, que os astrónomos não mais deixaram de se interessar por este corpo celeste. Todavia, foi já em 2014, passados dez anos sobre o conhecimento da sua existência (uma década portanto), que foi estudado o diâmetro do asteróide Apophis, na altura estimado em aproximadamente 1210 pés (370 metros).
De acordo com os cientistas, esta analisada dimensão do asteróide dificilmente se revelaria como um potencial destruidor do nosso mundo, do nosso planeta Terra; no entanto, um asteróide desta dimensão e tamanho poderá eventualmente destruir toda uma cidade.
Segundo algumas estimativas gentilmente prestadas pelos especialistas, existe a probabilidade de que um asteróide como o Apophis possa de facto atingir a Terra a cada 80 mil anos devido à sua regimentar trajectória.
Há a relevância de aqui focar um evento similar ocorrido (chamado de «Evento de Tunguska») que deixou marcas e mazelas em território siberiano, provocando uma grande explosão, no impacto, devastando uma área de milhares de quilómetros quadrados.
Ou seja, de um corpo celeste que atingiu Tunguska, na Rússia, e sobre o ano de 1908 em início do século XX (mais exactamente em 30 de Junho de 1908), que tinha o tamanho estimado em cerca de 200 a 620 pés (60 a 190 metros).
É por este facto que a passagem do asteróide 99942 Apophis em 2029 é tão importante para os cientistas, nutrindo neles um interesse superior.
A NASA entretanto foi revelando de que, embora eles, os cientistas, tenham descoberto pequenos asteróides da ordem de 16 a 33 pés (5-10 metros) voando ou gravitando pela Terra a uma distância similar, os asteróides do tamanho de Apophis são muito menores em número e não passam por isso tão próximo da Terra com tanta frequência.
Daí que tenha sido de facto tão importante ou de tanta relevância a discussão instada pelos cientistas na Conferência de Defesa Planetária de 2019, em que todos estes especialistas se reuniram (em geral astrónomos de alto gabarito científico), para que houvesse uma profunda abordagem, assim como um futuro plano de contingência, possivelmente, sobre futuros e idênticos asteróides demolidores.
Por ora, sabe-se apenas ter-se apelado às observações e oportunidades científicas acrescidas que esta passagem do asteróide Apophis veio estimular e, finalmente conjugar, na condição de todos os esforços envolvidos de entidades a instituições - reunidas globalmente a uma só voz - na defesa do planeta Terra.
Em jeito de conclusão há que reconhecer que só por isto já valeu a pena, esta união, esta Conferência de Defesa Planetária, e este Consórcio (IAWN) que engloba várias agências espaciais num só vector, numa só finalidade e objectivo cimeiros: Estarmos juntos e unidos contra uma eventual invasão de corpos estelares.
E também, há que englobar e não ignorar ou mesmo exonerar como espécie que somos, do cosmos e de nós próprios, algo de muito importante: Que somos todos relevantes nesta mesma causa!
E de que, tal como uma guarda ou frota pretoriana planetária, em massa crítica mas de arregaçadas mangas, enfrentando todos os «Deuses do Caos» que por aí venham de futuro, possamos entre nós coexistir (cientistas e cidadãos comuns) numa resposta organizada que não bifurcada - ainda que multifacetada talvez de habilitações e mais-valias de conhecimentos e engenharias aeroespaciais na tecnologia avançada que possamos dispor em futuro próximo.
E isto, utilizando todos os sistemas de comunicação disponíveis para coordenar e quiçá cooperar uma resposta eficaz a algo potencialmente devastador, segundo admitem os consagrados cientistas das mais reverenciadas agências espaciais do nosso planeta.
A Melhor Resposta que se pode dar à Humanidade é aquela que nunca sairá das catacumbas dos nossos maiores medos e, inseguranças terrenas; e que jamais queremos ver desenterrada ou sequer ouvir em confissão de cadafalso por toda uma civilização: A de que a Humanidade está em perigo e muito possivelmente em risco de extinção ou de total eliminação sobre o planeta Terra.
Essa «Resposta à Humanidade» é uma não-resposta. Não a queremos de todo ouvir, embora saibamos quão verdadeira ela nos poderá ser um dia... se tudo descambar, ou se se deixar matar na disruptiva situação de tudo ir acabar...
Mas a esperança permanece, assim como a confiança nos nossos cientistas e aliados: E aí gritamos que somos invencíveis (ou talvez imprevisíveis) na demanda de afugentar o medo, a impotência e a inevitabilidade de, no mundo cósmico em que estamos inseridos e fazemos parte, podermos ser engolidos por quem manda mais do que nós, humanos.
Demitidos ou não dessa verdade, havemos de continuar, havemos de dar luta: Seja por vias deste ou de outro Apophis, ou de um ou mais «Deus do Caos» (sobre asteróides, meteoros ou qualquer outro evento cósmico em órbita e trajectória de colisão), a Humanidade impor-se-à a continuar.
A não ser que... o perigo espreite de outro lado, de uma outra e estranha esfera planetária, de um outro estranho e enigmático sistema solar ou mater-galáctica de outros seres, outras almas de «infiéis interestelares», naqueles que porventura nos são (ou poderão ser eventualmente) tão hostis quanto inteligentes e superiores, dizimando-nos, vá-se lá saber porquê...
(Será que já fomos condenados no Cosmos pelo que fizemos em avassaladora destruição do nosso planeta na mais pecaminosa e hedionda repercussão planetária das alterações climáticas e não só?!...)
E se assim não for, continuaremos, aprendendo com os erros, com os defeitos e com as plasmadas burocracias mas também com as muitas alegorias e alegrias de sabermos que jamais desistiremos como civilização que somos. Buscando e avançado em termos tecnológicos e não só, sem anular ou procrastinar sobre outros intentos, outros elementos que venhamos a descobrir, a desvendar.
É tudo isso que nos vai fazer sobreviver e jamais recuar, não suplantando a razão pela qual aqui nos plantaram a génese e o ser, a vontade e o querer, desde que somos ou evoluímos para o Homo sapiens sapiens em força maior de um processo milenar e molecular que hoje nos distingue como seres igualmente inteligentes do Universo.
Se há Deuses maus não sei; que os há bons talvez - os do Cosmos e os outros de outras dimensões que nem em sonhos concebemos. Tudo é infinito, perfeito e magnânimo. Ou não. Só os Deuses o sabem, os do caos e os outros que andam por aí mas jamais nos dirão de qual a sua verdade. Até lá então, até 2029, se entretanto o «Deus do Caos» não se irritar e mudar de direcção...
segunda-feira, 6 de maio de 2019
sábado, 4 de maio de 2019
sexta-feira, 3 de maio de 2019
"Na Saúde e na Demência"
Demência: A mais incompreendida doença do ser humano; e que, em muitos casos, se associa à doença de Alzheimer - e a muitas outras - que se identificam como doenças do foro mental e cognitivo em falha, em percas de memória e por vezes em total e absoluto silêncio de almas perdidas que são. De almas que já foram mas mais não são...
E o que são afinal?... Seres viventes mas não vigentes já de qualquer condição - e que muitos consagram na indigência dos dias parados, mal-amados e apartados de qualquer afeição; e das noites que se esquecem ou que também já se não querem. E depois o isolamento, a solidão, dos que se ignoram por detrás das grades da vida que apenas é uma prisão - não só de uma grande indiferença pública, como tristemente também de uma precipitada condenação de já não serem úteis à sociedade.
Algo que a doença de Alzheimer também propela e apregoa ainda que muitas vezes em dor calada, amordaçada, pelos que não querem ver nem sentir, na sua incontornável raiz neurodegenerativa (progressiva e degenerativa na afectação cerebral) num processo identicamente enviesado - que muitos reconhecem unicamente como pertencente a um processo de envelhecimento - e que se mostra na visão nua e crua de um cérebro que já não funciona.
O que a Ciência diz: A Demência pode ou não ser hereditária havendo a urgência de um diagnóstico médico correcto, salientando-se que na maioria dos casos a Demência não é de todo Hereditária!
Contudo, existem também situações que produzem por vezes sintomas muito semelhantes à Demência sem de facto ser esse o verdadeiro diagnóstico (por ex: algumas carências vitamínicas e hormonais, depressão, infecções e tumores cerebrais, ou mesmo sobredosagem ou incompatibilidades medicamentosas, segundo nos referem os dados do boletim da Alzheimer Portugal).
Todavia, além da doença de Alzheimer aqui referida, existem muitas outras formas perturbadoras de Demência que são: A Demência Vascular; a Doença de Parkinson; Demência de Corpos de Lewi; Demência Frontotemporal (DFT); Doença de Huntington; Doença de Creutzfeldt-Jacob e a Demência provocada pelo álcool (Síndrome de Korsakoff).
Na Saúde e na Doença/Demência
É fácil sermos confrontados com uma vida sempre saudável, sempre facilitada por uma saúde férrea e sem constrangimentos ou perturbações de grande nível - cirúrgico ou de maior contemplação clínica. Na «saúde» somos sempre invencíveis e até imortais. A única coisa que de que padecemos, é de uma total libertinagem que nos faz ser de certo modo autistas para o sofrimento de outros; neste caso, o sofrimento mental.
É muito mais fácil, benigno e aceite pela sociedade que sejamos sempre - se possível eternamente até à morte física - seres belos, perfeitos e contributivos até que o corpo arrefeça e a alma desapareça no esfumar de uma lembrança, uma memória para os entes queridos.
E o que ficou então? Pouco, muito pouco de uma vida cheia de risos, lágrimas e sacrifícios. Em Portugal, tal como no resto do mundo, a Demência tem sido um campo vasto de descoberta e conhecimento, ainda que nem sempre com essa mesma atitude de se não considerar o «parente pobre» no que concerne à doença mental.
E, ainda que os Portugueses sejam mais afectados por Demência Vascular (tipo de demência associado aos problemas de circulação do sangue para o cérebro) do que por propriamente pela doença de Alzheimer, o certo é que se não negligencia - no território luso ou no restante globo - na científica investida de se saber mais sobre as doenças neurodegenerativas que tanto nos atormentam.
«Na Saúde e na Demência», ou naquela encruzilhada de vida em que tudo nos parece confundir e fazer esquecer memórias que outrora detínhamos em maior nitidez e por vezes saudade, se encontre o atalho para a fluidez e a felicidade.
Pelo que há que encontrar caminhos novos, novas receitas, não só para o aliviar desses sintomas como para a busca dessa eternidade de se saber de que um dia fomos iguais a toda a gente, num abraço e num sentir, que o cérebro nos transmite em inalterável estado de alegria e conformidade de nada se escurecer ou até enfurecer (em por vezes altos níveis de agressividade) vendo-nos morrer.
Daí as Descobertas, os elaborados estudos, que nos revelam agora de que Novos Factores Genéticos elevam o risco de se padecer da doença de Alzheimer - ou de que existem Novos Genes Associados ao Alzheimer (24 genes, em que 4 deles foram agora encontrados) - ou ainda, nesta grande emulsão científica que se evidencia imparável e de grande sucesso descobridor, um novo tipo de doença chamada - A Doença de Late.
(Imagem: à esquerda, um hemisfério de um cérebro humano saudável; à direita, um cérebro em que se evidencia a doença de Alzheimer. Em Dezembro de 2018 veio a público através da revista científica «Cell Reports» de que cientistas do Centro Champalimaud (Lisboa,Portugal), que realizaram experiências com moscas-da-fruta, concluíram de que a morte de neurónios (células cerebrais) na doença de Alzheimer seria benéfica, ao contrário do que se pensava, ao eliminar dos circuitos cerebrais os neurónios disfuncionais.
Mas há quem tenha além disso feito outras descobertas. Também no ano transacto (2018), um grupo de cientistas da Universidade de Cambridge anunciou a descoberta de uma nova estratégia de combate às partículas tóxicas responsáveis pela destruição das células cerebrais nos pacientes com Alzheimer num estudo divulgado em Setembro de 2018 pela revista PNAS.
Compreender a Demência
Nem sempre de fácil compreensão, há que reportar de que a Demência pode efectivamente ter muitas «caras» ou distintas faces clínicas e de diagnóstico variado no mundo neurológico. Daí que se distingam muitas vertentes, sendo que todas elas não são de trato fácil. Há que referenciar em primeiro do que se trata de facto a chamada Demência.
Demência: a sintomatologia de um grupo alargado de doenças que causam um declínio progressivo no funcionamento «normal» do ser humano. Assim o designa a Ciência que, no foro mental e cognitivo, se limita a acoplar como factores associados, a perda de memória, capacidade intelectual, raciocínio, competências sociais e, alterações das reacções emocionais, também consignadas como normais.
No entanto, a Demência é sempre muito mais do que o somatório das partes aqui referidas, sendo que nem sempre se vive essa terrível particularidade acompanhado, ou sequer sem ser julgado, como se houvesse uma culpabilidade acrescida de se não ser de novo jovem e isento de qualquer patologia ou somente alegria de se voltar a Ser Feliz!
A Demência pode surgir em qualquer pessoa, sendo contudo mais frequente que esta se apresente a parir dos 65 anos. E, por muito que haja hoje uma certa e distendida longevidade - em números estatísticos demográficos globais que nos registam de que se vive mais - esta doença continua a ceifar grande parte da população mundial.
Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), aferem em dados estatísticos de que existam aproximadamente 47.5 milhões de pessoas com Demência em número gradualmente crescente nos próximos anos, os quais se pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões. Daí a certeza dos cientistas em se combater esta «praga» demencial.
(Janeiro de 2019): A descoberta dos cientistas (publicitada na «Nature Genetics») sobre a existência de pelo menos 29 partes do Genoma Humano que estão de alguma forma associados à doença de Alzheimer, sendo que 9 delas (dessas 29 partes) foram agora nitidamente expostas. Este novo estudo vem demonstrar assim que Novos Factores Genéticos elevam efectivamente o risco de se poder ter a doença de Alzheimer!
Outra Descoberta reporta de que, Aumentar a Capacidade do Cérebro (em se adaptar a novos desafios), pode factualmente ser uma prova de prevenir a doença. Nesse contexto, deve-se promover a reserva cognitiva, mantendo-se uma activa e constante aprendizagem para garantir uma igualmente activa mente! Este, o grande conselho médico dado a todos os pacientes e não só. Mente sã em corpo são, parece ser sempre a máxima a ter em conta...
As Descobertas
Sabendo-se não existirem até ao momento terapêuticas curativas ou de prevenção no combate a todos estes tipos de Demência, realizam-se todavia medicações disponíveis com a finalidade de se poderem amortizar ou reduzir alguns sintomas de que o paciente sofra.
A anomalia genética ou inserida no Genoma Humano tem sido uma constante na investigação científica para tentar debelar esse ou esses males relativos à demência. Os sinais da demência pautam-se por:
A Perda de Memória frequente e progressiva; A Confusão; Alterações de Personalidade; Apatia e Isolamento e ainda a Perda das Capacidades para a simples ou complexa execução das tarefas diárias ou quotidianas, levam a que a comunidade médica não descure não só os factores de risco como a sequência genómica que o deforma ou detém em disfunção.
(Daí as descobertas sempre elencadas e requisitadamente inolvidáveis que se têm de referir em registo de um futuro mais promissório e se possível mais mentalmente saudável em todos nós!)
Segundo os especialistas, a Genética pode mesmo ser a responsável por 60% a 80% dos casos de Alzheimer; ou seja, podem indefectivelmente ter uma proveniência hereditária.
Um estudo publicado no início do ano de 2019 na revista científica «Nature Genetics», dá conta de que os investigadores descobriram de que as Alterações Genéticas nos tecidos e células que desempenham um papel fundamental no Sistema Imunológico do Cérebro, podem efectivamente aumentar o risco de Alzheimer!
Esta pesquisa - que se debateu na análise genómica em ensaios clínicos sobre 455 mil pessoas de origem europeia com Alzheimer ou com o historial da doença - descobriu que modificações em genes presentes nas células da Micróglia (ou dos Microgliócitos, as menores células da neuroglia), estão associadas ao aumento do risco para a doença.
Descobriu-se também Alterações Genéticas em proteínas que estão envolvidas em componentes dos Lipídios/Lipídeos (que são um amplo grupo de compostos químicos orgânicos naturais versus moléculas orgânicas insolúveis; ou comummente um tipo de gordura insolúvel presente nas células).
O que os investigadores observaram foi que, esses processos, poderão influenciar na degradação da precursora proteína Amilóide - a substância envolvida na criação da Placa Amilóide encontrada no Cérebro de pacientes com a doença de Alzheimer.
Investigações anteriores indicavam já que interferências no funcionamento da Apolipoproteína (uma proteína que liga lipídeos formando uma lipoproteína) - e neste caso, a Apolipoproteína E (apo E) e os polimorfismos do seu gene - podem influenciar na probabilidade de desenvolver a disfunção. Com este estudo, revelou-se agora mais exactamente que existem outras proteínas similares envolvidas no risco da doença.
Daí que para os Investigadores deste Estudo, tenha havido a taxativa conclusão de que, todas essas alterações, confirmam em absoluto a existência de uma relação entre a Inflamação e os Lipídeos, uma vez que as Alterações Lipídicas interferem no funcionamento dos Microgliócitos (ou Micróglia). E, consequentemente também, na protecção do cérebro, facilitando assim o surgimento da doença de Alzheimer, segundo nos referem os responsáveis deste estudo.
"Esta ligação já foi descrita para o gene APOE, que é o factor de risco genético mais forte para o Alzheimer. No entanto, os nossos resultados mostram que outras proteínas lipídicas também podem ser geneticamente afectadas. (A explicação de Iris Jansen, uma das autoras do estudo, ao Medical News Today)
PET Amilóide (Imagem: cortesia do Instituto Nacional sobre Envelhecimento/Institutos Nacionais de Saúde, dos EUA) - PET (Positron Imaging Tomography), a mais maravilhosa ferramenta de neuro-imagem de Medicina Nuclear que pode ser usada para fazer uma imagem da acumulação de Placa Amilóide no Cérebro de uma pessoa. A PET Amilóide permite assim em autêntica revolução médica fazer a detecção precisa de Placas Amilóides - uma das características da doença de Alzheimer - em pessoas vivas.
Um novo tipo de Demência
Na imagem acima referida evidencia-se por imagiologia o processo PET que, em exames mais explícitos, veio assim auxiliar os clínicos a avançar com maior rigor, eficácia e segurança (além o maior conhecimento do que especificamente e em cada caso se observa sobre cada paciente) podendo efectuar mais precisos diagnósticos.
É através desta moderna técnica, que foi possível então realizar esses diagnósticos com mais confiança - não só no diagnóstico exigido como na recomendação requerida para futuro tratamento.
No Mundo Médico é reconhecido por todos de que o Amilóide se acumula com o avanço da idade num cérebro que geralmente possa estar a funcionar em pleno; podendo este ser observado em muitas outras doenças que não só na doença de Alzheimer. Todavia, havendo a presença de um scanner ou escanoamento amilóide positivo num indivíduo sintomático, então está-se perante um forte indicador do diagnóstico de DA - Doença de Alzheimer.
Passando ao Novo Estudo que identifica a Doença de Late como uma doença distinta daquela que define a de Alzheimer (sendo até muito mais comum a doença de Late do que a de Alzheimer), os investigadores receiam que muitos pacientes possam ter até ao momento recebido «falsos» diagnósticos ou ter sido erroneamente diagnosticados com a doença de Alzheimer.
A doença de Alzheimer e a doença de Late afectam diferentes áreas do cérebro, contudo, apresentam sintomas similares.
Recentemente veio a público um estudo que foi divulgado na revista científica «Brain», determinando de que a doença se regista por apresentar uma sintomatologia muito semelhante à da doença de Alzheimer - como a perda da capacidade de Memória e de Conhecimento - mas que afecta o cérebro de forma algo diferenciada; ou seja, de forma um pouco mais lenta.
Hoje, os especialistas são unânimes na eloquente afirmação de que um terço da população mundial poderá estar a viver e a conviver com um diagnóstico de facto errado; e isto, em pessoas na faixa etária acima dos 85 anos em estimativa global. O que veio clarificar - ou mesmo rectificar - certos diagnósticos pela comunidade médica.
"Este facto (Isso) pode ajudar-nos a entender por que alguns testes clínicos recentes para o tratamento da doença de Alzheimer falharam. Os participantes poderiam ter doenças cerebrais levemente diferentes. (O comentário de James Pickett, da Alzheimer`s Society no Reino Unido, ao «The Telegraph».
«Erro no diagnóstico, erro na terapêutica» - esta a lógica agora pronunciada por todos. Ou seja, novas investigações sobre novos estudos têm obrigatoriamente de se realizar para que haja em definitivo uma maior compreensão sobre esta diferenciação de doenças, assim como de futuro, a prática estabelecida de um diagnóstico preciso sobre cada paciente, adequando a terapêutica em cada caso.
(Algo que o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos prontamente efectuou, no auxílio e na identificação deste novo tipo de doença - a doença de Late - autonomizando directrizes e, vias, na compreensão, desenvolvimento e progresso sobre este agora Novo Tipo de Demência.
Diferenças entre a doença de Alzheimer e a doença de Late. Segundo o que os médicos e alguns investigadores reportam nesta área sobre estas duas distintas doenças, existem muitos idosos que podem apresentar uma combinação destas duas doenças neurodegenerativas, o que vem por este factor desencadear um maior declínio ou défice cognitivo. Como diz um certo provérbio português: «Um mal nunca vem só...»
Alzheimer/doença de Late
De acordo com os especialistas, há muitos anos que vinham surgindo relatos de pacientes que não se encaixavam de modo algum naquele quadro perfeito dos já conhecidos tipos de Demência. Agora entende-se bem o porquê!...
Incluso nesse quadro estava a doença de Alzheimer, segundo os médicos - cujo principal indicativo é a Formação de Placas de Proteína Amilóide e Tau no cérebro - responsáveis pelos danos às células cerebrais que levam à perda de Memória. No entanto, a autópsia de diversos pacientes diagnosticados com esta patologia, mostrou que eles apresentavam outros sinais, tais como a presença de uma proteína chamada de TDP-43 - agora conhecida como o indicador da doença de Late.
Segundo foi divulgado neste recente estudo (em publicitação no «The Brain» no corrente ano, e que veio a público através de outros órgãos de comunicação social em Abril de 2019), o acúmulo ou afluência da proteína TDP-43 afecta a Memória e as Habilidades de Raciocínio do paciente. Por esse motivo, o novo subtipo de Demência poderia ser facilmente confundido com a doença de Alzheimer.
No entanto, de acordo com o que os especialistas nos explicam, essa proteína prefere certas partes do Cérebro em que, as proteínas relacionadas ao aparecimento da Alzheimer, estão menos envolvidas. Daí que Peter Nelson - o principal autor do estudo - tenha referido à CNN:
"As Modalidades de Demência estão frequentemente associadas a uma massa proteica., mas diferentes proteínas podem contribuir para a sua formação."
Sabendo-se existir por vezes a combinação destas duas doenças neurodegenerativas, provocando então um maior declínio ou défice cognitivo, é natural que a comunidade médica, imbuída do espírito de investigação e perseguição que os cientistas nutrem por estes casos, se deixe acreditar que Novos Estudos e Novas Descobertas porão um ponto final no enigma proteico.
(E, finalmente, possam com toda a clarividência médica e científica desvendar, os ainda tão misteriosos mundos que influenciam a actuação das proteínas que causam as Diversas Demências)
Algo que Sandra Weintraub, da Northwestern University, nos EUA, também corrobora em assertiva informação à CNN:
"Esta é uma área que será realmente importante no futuro! Por exemplo: Quais são as vulnerabilidades individuais que fazem com que as proteínas se dirijam para determinadas regiões do cérebro?... Não é apenas sobre a anormalidade da proteína, mas, onde ela está!..."
O Mundo acelera: uma nova dimensão vem aí sobre as doenças neurodegenerativas: entre o que a IBM se propõe de aplicar técnicas de Machine Learning no combate ao Alzheimer, ou a esperança de debelar a doença se encontrar nos pequenos cérebros de vermes (nos neurónios de minhocas, segundo um estudo recente que aponta nesse sentido) tudo é possível. Computação e biologia - ou mais exactamente biotecnologia - estão assim de mãos dadas num objectivo comum: erradicar a demência!
Mais Investigações/Pesquisas
Segundo os especialistas nos aferem, a proteína TDP está associada ao surgimento de outra forma de demência: A Degeneração Lobar Frontotemporal que representa de 5% a 10% dos casos de Demência. Mas que, segundo as palavras e convicção de Peter Nelson «A doença de Late é 100 vezes mais comum e ninguém sabe.»
O resultado do estudo determinou ainda que 25% dos pacientes com idade superior a 80 anos apresentavam de facto o problema, embora tivessem recebido um diagnóstico diferente.
Para a Comunidade Médica esta Nova Descoberta pode eventualmente servir como «roteiro» para investigações futuras que precisam ser realizadas para se compreender mais em pormenor o Novo Tipo de Demência e descobrir novas formas de tratá-lo; e se possível, preveni-lo.
Já os Investigadores realçaram de que, a Doença de Late, deve de facto causar Grande Impacto na Saúde Pública - semelhante à da Alzheimer, admitem - até que novas estratégicas de tratamento e prevenção sejam descobertas. Peter Nelson remata em tom confiante ao «The Guardian»:
"Este tipo de pesquisa é o primeiro passo para um diagnóstico mais preciso e para um tratamento mais personalizado para a Demência, como começamos a ver em outras doenças graves como o cancro da mama."
Mas há mais: Do mundo animal (mesmo que dos invertebrados) surge-nos aquela que poderia ser a quase anedota do ano mas não é. Um estudo realizado no ano transacto reporta-nos de que a esperança pode estar inserida no mundo dos vermes; ou seja, nos neurónios das minhocas que, partilhando semelhanças com o Cérebro Humano, irá tornar possível os fundamentos destas patologias cerebrais.
O médico Detlev Arendtof, do Laboratório Europeu de Biologia Molecular de Heidelberg, na Alemanha, sugere que: "Relativamente a condições como a Demência, as regiões do cérebro humano afectadas por estas patologias têm um homólogo nos vermes. Tal, torna possível explorar os princípios básicos destas doenças."
Investigações anteriormente realizadas já sugeriam de que os animais possuem de facto uma inacreditável e mui extraordinária capacidade de regeneração (e que tendem a viver mais tempo após amputações repetidas), o que faz o doutor Arendtof sugerir que «Algo no processo de regeneração desses seres também os rejuvenesce, incluindo a sua mente».
Já em relação à IBM, o contexto é o de que Novas Tecnologias poderão detectar o risco de contrair a doença, décadas antes de se manifestarem os primeiros sintomas.
De acordo com um estudo publicado há dois anos (2017), a concentração da Beta-Amilóide - a proteína que provoca a doença de Alzheimer - inicia o seu percurso de alteração décadas antes de se poderem verificar os primeiros sintomas da doença.
Assim sendo, a IBM está desde então a desenvolver um processo/procedimento que se julga vir a dar frutos, ou seja, poder vir a prever com alguma exactidão (até 77%) o risco de se padecer da doença de Alzheimer.
Este processo será, segundo os especialistas afirmam, efectivamente menos intrusivo e supostamente menos dispendioso dos que actualmente se exibem e são utilizados. Além de ter a capacidade também de detectar a doença numa fase em que será ainda possível retardar a sua evolução.
Os cientistas da IBM estão optimistas. E nós acreditamos neles, até porque, não há motivos para lhes não entregar todos estes créditos.
Assim sendo, eles acreditam piamente e, a Bem da Saúde Pública Mundial, ser possível aplicar técnicas de Machine Learning - um campo da ciência da computação, que é quase o mesmo que dizer que se vai utilizar as técnicas da Inteligência Artificial - para identificar, através de uma análise ao sangue, alterações da concentração dessa proteína no líquido cefalorraquidiano (CLR; também denominado fluido cerebrospinal ou líquor, sendo um fluido corporal estéril e de aparência clara que ocupa o espaço subaracnóideo no cérebro).
Se um dia se tiver oportunidade e, a reverência, de se poder finalmente compreender os desvios, os atalhos ou mesmo as incongruências anatómicas pelas quais passamos, neste particular caso sobre a Demência, talvez seja altura de se fazer uma honorífica homenagem a todos os cientistas - vivos ou mortos, de hoje e de ontem - que tanto labutam para trazer à luz do conhecimento estes vários tipos de demência e quiçá clemência de quem sofre de todos eles.
Se formos sérios, precisos e concisos e já agora beneméritos e sem pretéritos que nos faça fugir de tudo o que nos amedronta ou perturba, no sector da saúde e do bem-estar do ser humano, pensemos que o que hoje se idealiza será amanhã aquela esvoaçante verdade de que, não só na saúde mas também na doença - seja em demência ou não - se possa estar no lado de quem mais se ama.
A solidão pode matar. Muito mais do que qualquer demência. Ou o desprezo. Ou até a insolvência, mais de princípios que de bens ou mais de companhia que de franquia, sobre uma vã alegria que não mais é partilhada. Tudo pode matar de facto. Até a humilhação de não nos lembrarmos de quem amamos ou com quem já fomos felizes.
O que nos não pode matar é aquela endémica expressão de que «Na saúde e na doença» devemos de estar sempre e unificadamente juntos, e devemos ser felizes, se possível para sempre, sendo que «Na Saúde ou na Demência» somos sempre nós, estando ou não lá para aquele sorriso, para aquele abraço... mesmo que não saibamos qual o nome ou o laço de quem o faz...
Na Saúde e na Demência somos o que sempre fomos, seres humanos! E que apenas isso baste para continuarmos a ser, apesar da saúde ser nenhuma e a demência muita. Sejam felizes. Sempre!!!
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