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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

As Poderosas Super-Terras

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Planeta G1411b - ou o mais recentemente descoberto exoplaneta que orbita a estrela Gliese 411 (GI 411), localizado na constelação de Ursa Maior - tendo sido denominado de super-Terra, após a sua verificação e registo, liderados por uma equipa internacional de investigadores em colaboração com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

Estando a somente 8 anos-luz de distância do nosso sistema solar e orbitando uma estrela que não é o nosso Sol (mas uma estrela anã-vermelha, cuja massa é inferior a metade dessa massa solar), recobra com toda a firmeza a científica opinião mundial de que, a maioria das estrelas que visualizamos no céu, terá provavelmente muitos outros planetas à sua volta.

E, sem querer extrapolar muito ou exagerar na demanda dos Astrofísicos, a possibilidade de existirem muitas outras formas de vida conectadas e acopladas a essa outra realidade cósmica...

A irrefutável realidade é que, mesmo dentro do nosso sistema solar, o conhecimento que hoje os cientistas detêm é sumamente considerável para que haja erros de palmatória. Ou de displicente aferição, pelo que se sabe de «Os Anéis de Saturno» estarem a desaparecer (mesmo após algumas captações de movimento «anormal» em morfologia e velocidade que se têm registado em volta deles, conotando com a actividade de naves interestelares de origem desconhecida ou extraterrestre).

Há que registar ainda, no respaldo versus encosto do que se considera estar tecnologicamente avançado na área da expedição ou investigação espacial - através do famoso telescópio espacial Kepler, da NASA - a revelação das surpreendentes descobertas que cíclica e cumulativamente têm vindo a público.

E tudo isso, para que haja luz sobre a escuridão ou, como diz tantas vezes a celebérrima jornalista e investigadora sobre os «Ficheiros Secretos», a norte-americana Linda Moulton Howe: «Enviar a luz, ou para a luz onde só há entropia», elucidando-nos assim sobre a imensurável profusão estelar que medeia e rodeia não só as nossas ainda escassas fronteiras espaciais, mas, as das profundezas de um Cosmos indefectivelmente belo e magnânimo, igualmente assustador e ainda muito desconhecido para nós, humanos.

Fazer das sombras a transparente verdade, é talvez o que todos buscamos, mesmo que certas sombras ainda nos possam fazer recear - ou atemorizar - o que por detrás delas se assume nessa mesma verdade... No entanto, há que acreditar que nem tudo é entropia ou malfazia!

As certezas antropocêntricas nem sempre correspondem à verdade; não, em termos dessa ferocidade humana sobejamente hermética e puramente castrante de se não saber (ou não se deixar saber) dessa verdade, que muitas vezes se oculta e se não exorta da melhor forma. O ser humano não é o centro do Universo. Nem nunca o foi! E muito menos o será de futuro - o Homem e toda a Humanidade - se assim continuar a enublar o que transparente e translúcido deve de ser em continuidade e evolução.

Poderemos ser ou ter sido sido há séculos perdidos simples míopes ocasionais. Ou intemporais. Autistas ou absolutistas no querer e na determinação de não ver mais em frente. E assim sendo, tudo se perde. Em vez de evolução haverá regressão. Mas tenhamos esperança.

Passo a passo, ano após ano e de século em século, vamo-nos abrindo ao conhecimento das estrelas e de todo o espaço cósmico, deixando para trás falsas consagrações de muitas civilizações. Muitas delas, nem sempre entendidas ou identificadas devidamente, aprumando-nos hoje para a continuada consciência de que somos apenas uma de entre muitas outras (civilizações planetárias) que habitam este grande Universo em que todos estamos ou queremos estar inseridos e adulados.

Edificámos (e registámos) cosmogonias nem sempre fiéis às suas origens, raízes ou convénios de sangue e génese. Mas tentámos. E falhámos. Fomos negligentes e ignorantes.

Durante muitos milhares de anos embriagámo-nos com essas perdulárias falsidades e tantas outras anormalidades que muitos quiseram que não percepcionássemos, que não detivéssemos em maior esclarecimento e identidade. Mas também esses falharam.

Hoje, à luz de todo esse conhecimento sobre o Cosmos e o Espaço que nos rodeia além as estrelas, vamos tendo cada vez mais a certeza - antropológica mas igualmente cosmológica - de que somos um todo indivisível que além as estrelas nos deu a sabedoria, a inteligência, e essa outra certeza de que a verdade vai muito para além das mesmas.

Abrindo essa janela, estamos enfim chegados ao mundo de outras terras, outras super-Terras que se nos abrem invariavelmente se as soubermos alienar em nós, em compreensão, respeito e sublimação, mas acima de tudo em certificação de sermos um simples «irmão» dessa outra grande família cósmica que o Universo nos é.

Basta de mentiras e crendices. Somos e continuaremos a ser somente um povo da Terra, sobre outros povos, outras civilizações que por este vasto manto negro do Espaço se conduz em energia e luz, matéria e vibração, magia e esplendor; e se possível em vida, em muitas outras formas de vida, pois que «A Vida» se faz em tudo o que a produz.

E assim é ou deve ser, em tudo o que a luz põe o seu cunho, o seu interesse e a sua condição, eclodindo em verdadeira anunciação de um Deus maior - ou Fonte luminescente criadora de vida - que a todos nos vê como iguais, mesmo que uns não sejam tão iguais assim, ou tão diferentes mas sempre tão especiais como os demais!

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(Descoberta do K2-288Bb em 2017): Feinstein e Makennah Bristow - os dois estagiários envolvidos nesta fantástica descoberta, ambos estudantes de graduação; da Universidade de Chicago e da Universidade da Carolina do Norte, em Asheville, nos Estados Unidos - que teve como responsável máximo Joshua Schlieder, um reputado astrofísico do Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland (EUA).

                                                                As Descobertas

As descobertas não são fantasiosas ou repletas de um imaginário efabulado. São reais e divulgadas ao mundo, ao nosso pequeno mundo terrestre, com toda a eloquência necessária do feito mas também da certeza com que hoje os astrónomos e astrofísicos revestem os seus encontros científicos com o que está para além do nosso sistema solar.

A realidade vai por vezes ainda mais longe do que o suposto à priori, pelo que os cientistas nos arrogam de se estar perante uma imensa janela de oportunidades, em conhecimento e avanço, sobre um incomensurável acervo de hipóteses e sugestões do que existe exuberantemente para lá do nosso mundo e da nossa estrela solar. (Estrela solar esta, na ainda anã amarela que nos afaga, aquece e dá vida em toda a sua pujante postura de estarmos positivamente na zona habitável do nosso sistema solar para que tal suceda)

O Exoplaneta K2-288Bb: Em Janeiro deste ano (2019) soubemos com grande agrado e entusiasmo - de acordo com o que veio expresso e foi publicitado no Daily Mail - de que estagiários e astrónomos amadores tinham encontrado uma super-Terra a 226 anos-luz de distância da Terra na «zona dos cravos dourados»; ou seja, naquela circunstância cósmica de habitabilidade para que a vida ganhe forma.

Tal como o mais recentemente descoberto planeta G1411 que muitos astrónomos verificam poder ser semelhante ao planeta Vénus (recebendo cerca de 3,5 mais radiação do que a Terra recebe do Sol), o K2-288Bb, localizado na constelação de Touro, assume-se como sendo um planeta rochoso e rico em gás, embora este seja mais semelhante com Neptuno. Também ele observável dentro da Zona Habitável, fez com que os especialistas afirmassem peremptoriamente haver a esperança dele albergar vida.

Aproximadamente duas vezes o tamanho da Terra (daí a denominação de «super-Terra»), este K2-288Bb, enuncia-se como um sistema estelar que contém um par de estrelas fracas do tipo M, separadas por cerca de 8,2 biliões de quilómetros. - cerca de 6 vezes a distância de Saturno ao Sol.

A Estrela Mais Brilhante tem cerca de metade da massa do nosso Sol, enquanto a sua companheira é cerca de um terço da massa e do tamanho do Sol. O novo planeta K2-288Bb orbita a estrela menor e mais fraca a cada 31,3 dias. Estimado em cerca de 1,9  vezes o tamanho da Terra, o K2-288Bb é metade do tamanho de Neptuno, segundo nos informa a NASA.

"É uma descoberta muito interessante devido à forma como foi encontrada, na sua temperada órbita, e porque, os planetas deste tamanho parecem ser relativamente incomuns." (A explicação de Adina Feinstein, estudante de pós-graduação da Universidade de Chicago, nos EUA, sendo também a principal autora de um artigo referente à descrição deste novo planeta, na publicação científica «The Astronomical Journal»)

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Planeta G1411b: no caso deste citado planeta agora descoberto através do espectrógrafo «Sophie» - instalado no telescópio do Observatório de Haute-Provence, em França - os investigadores detectaram que o planeta aparentava ser rochoso e completava uma volta em apenas 13 dias terrestres. Está aberta assim a porta para que se reconheça fielmente de que, a maioria das estrelas têm de facto planetas em seu redor, suscitando por sequência a questão da hipótese de vida seja ela qual for...

Há Vida lá fora!...
Se há estrelas há planetas. É o que se sugere agora sobre estas avolumadas descobertas de sistemas estelares que podem eventualmente acolher vida. Havendo planetas em seu redor, haverá certamente planetas que, em zona habitável nesses sistemas, possam efectivamente compor vida.

Em relação a este planeta - G1411b - a estimativa está em alta. Segundo um comunicado oficial do IA - Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, em Lisboa, Portugal - este estudo permitiu não só a descoberta deste planeta na «vizinhança do sistema solar», como, segundo explica em pormenor, se concentrou também na observação de exoplanetas que orbitam as estrelas anãs-vermelhas (cuja massa é geralmente inferior à massa do nosso Sol). E que, segundo a equipa de investigadores neste estudo envolvida, representam 80% das estrelas da nossa galáxia.

Ainda de acordo com o investigador Olivier Demangeon, do IA e da Faculdade de Ciências de Ciências da Universidade do Porto (FCUP): "A descoberta de um planeta de tipo rochoso em torno de uma das estrelas mais próximas da Terra, reforça claramente a ideia de que a maioria das estrelas que vemos no céu, tem planetas à volta."

Haverá então a possibilidade de existirem outras formas de vida fora do nosso sistema solar...? É perceptível que sim. Mesmo que diferenciados na forma, morfologia ou anatomia, é muito provável que existam seres inteligentes que povoam essas esferas planetárias. A Ciência diz-nos isso. E os cientistas confirmam-no, apesar da ainda existencial e visível incomodidade de muitos, perante todos estes factos cientificamente comprovados...

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Planeta Terra: miraculosamente ou não, o nosso planeta azul está na Zona Habitável do sistema solar da nossa galáxia, a Via Láctea. Fomos abençoados ou liminarmente programados para isso. Por algo ou alguém na cosmológica visão e planeamento na sustentação de vida.

Por mão divina ou estelar, fomos bafejados com aquela magna sorte dos deuses, dos que se sabem fazer vencer e viver, segundo os acordos de um Universo tão mágico quanto enigmático ainda para muitos de nós.

Saberemos conviver com os atropelos, com as anomalias ou contradições que entretanto venham a suceder...? Não sabemos. No entanto, tentamos compreender primeiro de que é feita toda esta magia planetária de estarmos harmoniosamente contemplados com o «factor-vida» e só isso importa...

Zona Habitável («Goldilocks»)
Há quem lhes chame «Goldilock Zone» (zona habitável ou zona de Goldilocks), ou ainda «cachinhos dourados» em versão infantil em face à bonomia de localização. Há quem refira que é a zona mais aprazível e cientificamente a única que pode sustentar vida pela localização privilegiada que emana no seu sistema solar.

A Zona Habitável é então na explicação dos especialistas, aquela faixa de órbitas em torno de uma estrela na qual um planeta pode suportar água líquida. Ou, aquela região do espaço ao redor de uma estrela onde o nível de radiação emitida pela mesma permitiria a existência de água líquida na superfície.

A Terra está nessa zona, felizmente. Já Marte se afasta dessa possibilidade, sem contudo o ser humano esmorecer ou perder as esperanças de, em si, Marte ainda poder suster - ou sustentar - algo que num futuro anunciado nos possa albergar vida.

No entanto, como planeta gelado que é devido à distância em que se situa em relação ao Sol, não ser impossibilitado de recuperar essa vida perdida ou talvez submersa e escondida em termos bacteriológicos, tanto nos pólos congelados como em certos lagos que hoje os cientistas admitem poder suster água líquida. Acreditemos que sim.

Sabe-se que a Temperatura da Estrela (da que referencia o seu sistema solar) precisa emitir a radiação solar perfeita para que a água líquida possa existir à superfície; ou seja, uma temperatura moderada que nem congele nem incinere a microbiologia existentes. Os limites da zona habitável são críticos.

Se um planeta se verificar muito próximo da sua estrela, ele experimentará ou experienciará no seu todo, um efeito descontrolado dos gases de efeito de estufa, como se regista no caso do planeta Vénus.

Note-se que este segundo planeta a contar do Sol, Vénus, chega a registar temperaturas de mais de 400 graus centígrados. Um forno, portanto! Já se for longínquo demais, qualquer água irá definitivamente congelar!

(Temos o caso de Plutão ou como é formalmente designado 134340 - como planeta anão que é, no nono e mais massivo do sistema solar - em quase completa escuridão e gelo, ainda que esteja cerceado pelas suas 5 luas. De registar as impressionantes imagens de Plutão captadas em 2015 pela sonda New Horizons, da NASA)

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Sol: o nosso sol! A nossa estrela maior que nos ilumina e dá vida. Mas nem todas as estrelas são assim. O planeta G1411b, por exemplo, orbita a estrela Gliese 411 (GI 411) e o planeta K2-288Bb a estrela menor e mais fraca do seu sistema estelar (K2-288) que compõe duas estrelas, uma mais brilhante (que tem cerca de metade a massa do nosso Sol) e essa menor em que orbita à volta e que tem cerca de metade da massa e do tamanho do nosso Sol. No entanto, existe a probabilidade de existência de vida! Será magia?... Não, apenas a fabulosa organização cósmica em que muitos destes planetas e exoplanetas estão envolvidos...

A «Zona Confortável»...
Desde que o conceito de «Zona Habitável» foi pela primeira vez apresentado no ano de 1953, que os cientistas então admitiram que muitas estrelas mostravam ter uma área absolutamente confortável de acomodação planetária viável à vida - sobre melhores condições de temperatura em razoabilidade dessa vida se poder suportar.

Além do mais, reconheceu-se também e a partir daí (mas com mais afirmação nesta última década), que muitas destas regiões de outros sistemas solares podem efectivamente possuir um ou mais planetas usufruindo dessa mesma contemplação.

Ou seja, pode de facto existir vida biológica ou outras formas de vida nesses planetas em redor das suas estrelas. Mesmo que nem sempre adequados à nossa forma (uma vez que as suas estrelas são diferentes do nosso Sol), poderem exibir outras formas de vida. Tal parece ser o caso do exoplaneta Kepler 186F que foi descoberto em 2014.

Segundo a conclusão de alguns cientistas mais afectos a esta tomada de posição de existir Vida Extraterrestre ou Alienígena nesses planetas, nada é coarctado então - ou afastado em rejeição total - de podermos vir (um dia destes) a ser confrontados com outros seres igualmente ou superiormente inteligentes a nós, seres humanos, dentro ou fora do nosso sistema solar...

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Kepler (NASA): o grande descobridor de exoplanetas. Desde que o primeiro hominídeo olhou o céu e o primeiro Homo sapiens sapiens tentou decifrar em forma mais inteligível o céu, que o ser humano se questiona de como poderemos ir mais longe e saber mais do que existe nas estrelas. Desde 2014 que a NASA assim nos tenta elucidar, pelo que a missão Kepler já efectuou e detectou em milhares de exoplanetas, em que 30 deles possuem pelo menos duas vezes o tamanho da Terra; ou seja, são o que actualmente chamamos de super-Terras.

Kepler: o Grande Descobridor!
Lançado do Cabo Canaveral em 7 de Março de 2009, o agora famoso telescópio espacial Kepler tem feito as delícias dos astrónomos e astrofísicos na perseguição/expedição espacial na descoberta e conhecimento dos muitos planetas rochosos similares à Terra que povoam grande parte do Cosmos.

O satélite foi particularmente direccionado para procurar planetas fora do nosso sistema solar que estejam na Zona Habitável da sua estrela e possam dessa forma, eventualmente, albergar vida.

O Kepler está de parabéns. Perfaz no seu já longo curriculum espacial de oito anos de existência, uma panóplia de cerca de 5 mil exoplanetas encontrados e, especificados, com a normativa que lhe foi imposta. Cerca de 2500 estão já confirmados como potenciais planetas do que foi estabelecido.

Actualmente insurge-se na missão K2 (a segunda missão já da nave/sonda espacial) para assim descobrir mais exoplanetas. A expedição não pára. As anãs vermelhas são agora o alvo da sonda Kepler. Descobrir mundos é o seu mundo, e nós esperamos que assim seja ainda por muito tempo!

Em 2011, Kepler encontrou pela primeira vez um planeta que orbitava duas estrelas, conhecido então como Sistema Estelar Binário (Kepler 16b) que está localizado a aproximadamente 200 anos-luz de distância da Terra. (Houve especialistas que compararam este sistema estelar binário ao reproduzido no cinema, no filme de George Lucas «Star Wars: A New Hope» (Guerra das Estrelas: Uma Nova Esperança) que retratava o famoso pôr-do-sol no planeta natal de Luke Skywalker)

Ainda em 2011, Kepler descobriu o exoplaneta 22b - o primeiro planeta habitável encontrado fora do nosso sistema solar que, de modo bastante efusivo, foi saudado pelos astrónomos.

Este planeta foi então considerado como uma possível super-Terra habitável, grande e rochoso, e emanante de uma temperatura bem amena à superfície de cerca de 22 graus Celsius; o que na Terra condiz à nossa estação primaveril, sendo um bom augúrio portanto.

Em 2014, o telescópio espacial Kepler fez uma das suas maiores descobertas ao revelar-nos o exoplaneta  Kepler-452b, apelidado de «Terra 2.0».

Apesar de se localizar a cerca de 1400 anos-luz de distância da Terra, foi com grande entusiasmo também que o mundo científico aplaudiu esta descoberta de Kepler, tendo este exoplaneta um tamanho similar ao do nosso planeta; assim como recebe aproximadamente a mesma quantidade de luz solar, tendo a mesma duração do ano que a Terra.

(Sobre este último, o Kepler-452b, os cientistas admitem poder haver a reprodução e evolução de um mundo vegetal, tendo em conta as características deste exoplaneta serem semelhantes às da Terra)

Em Abril de 2017, o telescópio espacial Kepler encontrou a sua primeira super-Terra - um enorme planeta chamado LHS 1140b. Esta super-Terra orbita assim uma estrela anã vermelha que se localiza a cerca de 40 milhões de anos-luz de distância da Terra (muito longe, portanto), sendo que os cientistas consideram que ela contém uns gigantescos oceanos de magma. Convidativo...? Não me parece; no entanto, parabéns ao Kepler, não destituindo este do seu valor na descoberta.

Sistema Estelar Trappist-1: Uma das maiores descobertas de 2017! Nisto, estamos todos de acordo. Foi sem dúvida, uma das maiores revelações da última década. Este sistema solar hospeda um recorde de 7 planetas semelhantes à Terra.

Cada um destes planetas - que orbitam uma estrela anã a aproximadamente 39 milhões de anos-luz de distância da Terra - retêm provavelmente água líquida à sua superfície, segundo os especialistas reiteram. Segundo os cientistas também afirmam, três destes planetas podem inclusive gerar vida evolutiva, uma vez que possuem as condições ideais para isso.

(Kepler detectou este sistema em 2016, mas os cientistas só muito recentemente divulgaram esta notícia mais abrangente e em pormenor, em artigos publicados em Fevereiro deste corrente ano de 2019)

Com o seu incrivelmente sensível instrumento (fotómetro) que detecta as mudanças na intensidade de luz, por menores que sejam, emitida pelas estrelas, Kepler consegue captar com toda a precisão o que se passa neste meio.

Tendo por objectivo um rastreio simultâneo de cerca de 100 mil estrelas, Kepler vai buscando assim as quebras ou quedas de intensidade de luz que indicam que um planeta está a fazer a sua órbita, passando entre o satélite e o seu alvo distante. (Quando um planeta passa em frente de uma estrela, esse evento designa-se por «trânsito»)

Segundo os especialistas, pequenas quedas ou interrupções no brilho de uma estrela durante esse «trânsito», vai ajudar futuramente os cientistas a determinar a órbita e o tamanho do planeta, assim como o tamanho da estrela. Nada fica ao acaso, registando-se este acontecimento.

E é desta forma e com base nesses cálculos, aferem convictamente todos estes cientistas, que se pode afiançar com toda a certeza possível se esse planeta está ou não na Zona Habitável da estrela; e portanto, se ela pode ou não albergar as condições necessárias para o crescimento de Vida Extraterrestre ou Alienígena.

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Cromeleque dos Almendres (Évora, Portugal): O maior recinto megalítico estruturado da Península Ibérica e um dos maiores do mundo. Foi um local de eleição para as populações do Neolítico Médio e Recente - e depois do Calcolítico.

Cromeleques, Menires e Antas, são assim a mais verdadeira concepção de Geografia Sagrada, praticada e entendida pelas comunidades do Neolitico Antigo e Médio que habitavam estas regiões; neste caso, no sul de Portugal. Como locais de culto ou observatórios astronómicos, o Homem  de então soube descobrir a verdade do que aparecia nos céus; fossem estrelas, fossem gentes de outros locais. Ontem e hoje a idêntica suspeição do que ditam os céus...

A Contemplação Estelar
Olhando para o céu, ritualizando algo que o transcendia ou simplesmente reportando o que os astros lhe confidenciam por noites e noites de vigília celestial, o Homem Primitivo foi-se apercebendo de uma vida para além da Terra; e mesmo para além das estrelas, possuindo um faro inaudito ou, certamente, aqueles mui apurados sentidos, abraçados a um indómito instinto do que havia para além da abóbada celeste.

Sentindo que nem mesmo o Homem Primitivo corroborava da estranha tese de se estar só no Universo, aquando erigia e se dirigia para locais de culto - pelo que no planeta terrestre se inculca em evidência na amostragem ao mundo de antigas civilizações que tinham os seus marcos de referência cósmicos sobre a Terra (de Stonehenge, na ilha britânica, ao Cromeleque dos Almendres, em Évora, Portugal, e tantos outros espalhados pelo globo terrestre) - que assim se determina que o Homem sabia e, sentia, não estar só!

Desde a sua vívica ancestralidade que a consciência lhe ditou que o movimento astral assim como as estrelas que brilhavam no céu não eram somente uma consequência vital da sua existência. Contemplando a abóbada celeste, o Homem (em condição e género de homem e mulher em ser evolutivo) sentiu ser premente saber mais e estar em contacto com os outros; planetas e gentes.

A cada dia mais a sua mente lhe foi gritando que, as observações astrónomas que fazia, ainda que embutidas de alguma reprimida urgência pelo que não conhecia na totalidade, lhe desse essa outra consciência de que a Terra era pertença de mais além e não o contrário.

Hoje temos o telescópio espacial Kepler. E outros que nos auxiliam na prestação máxima na descoberta e expansão de conhecimentos sobre os planetas distantes e fora do nosso sistema solar. Hoje sabemos que existe vida para além da nossa, para além da Terra.

Essas poderosas super-Terras de que os cientistas falam e nos dizem poder acobertar vida e no-la reestruturar, caso alguma calamidade se venha a insurgir sobre o nosso planeta, impele-nos a continuar, a buscar e rebuscar vida fora de portas.

Sagan sabia-o e Hawking também. Na contemporaneidade dos tempos, Elon Musk, Richard Branson, Jeff Bezos e, muitos outros, vão corroborando de que havendo ou não vida lá fora a temos de buscar, a temos de alcançar, pelo que a Terra nos é pequena demais para os avanços de um futuro que se cumpre já hoje.

Ontem e hoje, o Homem tem cada vez mais a certeza de que existirão muitas super-Terras que nos abrigarão e acolherão em sua zona habitável e considerável de nos sustentar vida.

No entanto, estarão elas - as super-Terras - em situação que não oposição de o fazer, de nos deixarem em si acomodar...? Terão a sua própria vida nelas, a sua realidade biológica de civilização e vivência, instituição e inteligência, possivelmente e em muitos casos muito superior à nossa?!

Deixar-nos-ão então imiscuir e infiltrar assim (tal esventre de estupro ou violação planetária) como um hóspede que não pede licença ou um vil forasteiro, prosmícuo invasor de uma até aí harmoniosa vida planetária em si, caso venhamos a possuir tecnologia espacial apropriada para tal alcançar...?! Não se sabe. Por ora, basta-nos que conheçamos que essas super-Terras existem e possuem vida nelas. Para já, é o que basta... mas será mesmo???

Oxalá sejam de facto poderosas, essas super-Terras, tão poderosas e magnânimas quanto o seu dinamismo estelar em se fazerem pertencer e coexistir num Universo que a todos envolve e emprenha de certa forma. Ou fecunda em termos que ainda não compreendemos.

Depois de refractados os sonhos, arrombadas todas as ilusões ou quebradas até algumas ambições (se algo entretanto correr mal), que mais sobrará ao Homem do que o acreditar, em pleno, por fé ou por teimosia, de que estas super-Terras são e serão sempre afinal o tão esperado colo materno em amniótico saco cósmico que um dia o gerou, embalou e deu à luz. Apenas isso.

Há mesmo que acreditar que assim seja... a bem de todos nós. Afinal, talvez que a Terra também seja uma super-Terra para outros lá fora, os que vierem por bem, e só por bem!

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