Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
A Mágica Neurociência
Neurociência - o estudo científico do sistema nervoso. Ou, como vulgarmente identificamos, aquela ciência (no ramo da biologia) que estuda a área neurológica do nosso cérebro humano. Tal como um computador de última geração, produz e reproduz uma complexidade de funções cerebrais, cognitivas e motoras, emanantes de um processo que ainda hoje estamos a desvendar como caixa de Pandora em toda a sua portentosa formação e essência.
No entanto, não será descabido dizer-se que mesmo actualmente, o nosso cérebro, ainda nos é tão misterioso quanto um ser civilizacional de outro planeta, outra galáxia, sendo indubitavelmente o nosso maior tesouro que convém estudarmos e sabermos mais para que ele nos supere e, surpreenda, em poderes que jamais pensámos ter...
O Computador Humano: O Cérebro!
Recheado de enigmas ou enquistado por tantos outros mitos dos quais e ainda nos não livrámos por endémica teimosia de considerarmos o cérebro uma caixa mágica de completa mestria dos deuses, o Homem vai tentando persistir no sonho do conhecimento - e no objectivo final - de o tentar compreender; se não totalmente pelo menos parcialmente, do que hoje já identificamos pelas muitas descobertas na área da neurociência que se têm feito revelar (ou descascar) tal como uma cebola.
(Por curiosidade há que dizer que, se o cérebro fosse um HD de computador, ele comporia 4 TB de informação. Daí que a Inteligência Artificial nos supere largamente, há que o afirmar também não sem alguma temeridade sob o aspecto e espectro do que o futuro nos poderá reservar...)
Estamos hoje mais perto de saber os mistérios do cérebro humano - mas possivelmente ainda muito longe de o saber decifrar em toda a linha. No entanto, os que estudam esta ciência do cérebro estão optimistas. Aferem de que o primeiro passo está dado e que muitos outros se sucederão.
2018 foi um ano frutuoso e tão prolífero em descobertas que se pode mesmo acrescentar que 2019 será o início de se ver essa «criança» desenvolver em robustez e triunfal saúde, pelo que se auspicia de estarmos mais perto de colmatar anomalias e aperfeiçoar manias que muitos sentem como o estar mais perto de Deus ou, dessa «Outra Inteligência», que um dia nos pensou, sonhou e criou.
Da consciência às ilusões, o cérebro humano une, codifica, memoriza e replica um sem número de aplicações e visualizações do que «esculpe» para nos dizer não apenas quem somos, mas, com maior incidência, o mundo que experimentamos.
Por incrível que pareça, há quem afirme que esse mesmo mundo que hoje percepcionamos sob o nosso humano código cerebral, poderá não ser exactamente o mesmo com que original e idiossincraticamente flui e se faz ser através dos nossos sentidos...
2018: O ano em que tudo se tornou possível. No mundo da neurociência - por muito cepticismo que ainda vogue no meio científico sobre algumas alíneas não totalmente explícitas ou cingidas a uma verdade absoluta sobre o cérebro - houve a consistência nuns casos e maior clarividência noutros, para que se distinguisse finalmente uma Nova Linha de Mapas Cerebrais - requintadamente detalhados - que revelaram ainda mais ou em maior plenitude os cantos e recantos do cérebro.
Curiosidades do Cérebro
Estamos no século XXI. E parece que pouco andámos, que pouco descobrimos mas também isso é um mito. Vamos avançando à medida que vamos descobrindo mais e mais situações e nomeações sobre o que o cérebro até aí nos escondia.
Sendo o Cérebro dividido em três partes como é do conhecimento geral - em que a parte superior controla os Pensamentos, a Coordenação Motora, as Emoções e a Fome; a parte mediana a Audição, Reflexos de Visão e a Consciência - percepcionámos que, por sua vez a parte inferior cerebral, coordenava a análise dos sentidos. Dividido em dois hemisférios, o esquerdo controla os pensamentos analíticos e o direito, os criativos.
A ideia de que os seres humanos utilizam apenas 10% da sua capacidade é um mito vulgar que não corresponde à verdade, pelo que todo o cérebro possui uma determinada funcionalidade em registo contínuo. Para melhor compreensão, pode-se dizer de que o cérebro é revestido de 160 mil quilómetros de veias sanguíneas e 100 biliões de neurónios - estas últimas conhecidas como a massa cinzenta ou massa encefálica que processa toda a informação.
É sabido que o cérebro do tão famoso Albert Einstein pesava 1230 gramas, sendo que o cérebro do ser humano pesa em média 1360 gramas, observando-se que nada influi - em tamanho e peso - na inteligência individual. No entanto, no que se relaciona com a parte nutricional esta já interfere, uma vez que se registaram níveis oscilantes no QI do indivíduo consoante ele ingere ou não nutrientes suficientes e mais saudáveis do que os restantes (sendo 14% a diferença).
Os seres humanos do género masculino (homens) processam a informação do lado esquerdo do hemisfério, enquanto os do género feminino (mulheres) utilizam ambos - o do esquerdo e o do direito, por conseguinte.
Tem surgido alguma controvérsia nos últimos tempos sobre o que se afirmava de os seres humanos masculinos possuírem uma maior habilidade de cálculo devido a terem uma maior porção da parte inferior (responsável por controlar essas habilidades de cálculo) numa pontuada racionalidade. E, no caso feminino, em emoção, devido a possuírem uma maior parte do sistema límbico.
(Todavia estas afirmações terem sido até aqui normativas e tidas como correctas, actualmente e devido a recentes descobertas que têm criado o debate entre os cientistas, muitos anuírem não ser bem assim)
Hoje, com o auxílio de um «Museu Digital» ou um mapa cerebral em que milhões de sinapses se iluminam como uma noite cheia de estrelas (em experiências realizadas em roedores) tudo se consegue destrinçar até ao mais ínfimo pormenor.
Utilizando a IA (inteligência artificial e robótica) tudo se aprimora na contingência máxima de se minimizarem deficiências ou anomalias através de próteses e implantes. Ou ainda, segundo as últimas experiências, o poder-se adicionar um «terceiro braço» em pessoas portadoras de deficiência física através de membros robóticos controlados pelo cérebro.
Todavia, por muito que o cérebro humano nos possa ser ainda um labirinto, acorre-se a uma explosão de descobertas que, muitas delas podendo chocar ao mundo pelo seu extravasamento ou isento código de ética (sem que passem ou estejam referenciadas pela Comissão de Ética), nos surpreendam pela completa «fabricação» de super-seres que entretanto estimam e se legitimam sem parar...
O Intrigante cérebro do ser humano. E as recentes descobertas. Ainda não se sabe de como a consciência surge no cérebro humano; todavia, no que se relaciona com o cérebro feminino, os investigadores alegam de que este se regista como sendo três anos mais jovem do que o masculino.
Ou seja, os cérebros das mulheres são biologicamente mais jovens do que os dos homens, por conclusão de um estudo recentemente efectuado. Mas há mais: implantes que retiram a memória ou mesmo a correlação do intestino dilatado com a atrofia cerebral tudo é colocado sobre a mesa.
No foro psiquiátrico, ou nos futuros tratamentos de psicoterapia, os cientistas admitem poder-se avançar enormemente nessa área, se se recorrer ao processo agora descoberto em que as lembranças podem ser reescritas. Assim sendo, memórias negativas e dolorosas poderão ser banidas sem retorno o que nos tornará a breve prazo uns seres muito particularmente positivos...
A Neurociência
O escopo da neurociência tem sido ao longo destes últimos tempos muito divulgado e ampliado em termos latos. Estudam-se os aspectos moleculares e celulares do cérebro humano, assim como o seu desenvolvimento, estrutura, funcionalidade e evolução sobre o sistema nervoso.
As técnicas actualmente utilizadas têm sido expandidas de modo algo exponencial pelo que a tecnologia avançada também ajuda neste sector (referencialmente no uso cibernético).
Os estudos efectuados moleculares e celulares dos neurónios individuais e do mapeamento de tarefas sensoriais e motoras têm vindo acrescentar uma mais-valia de outros e maiores conhecimentos. Avanços teóricos recentes na Neurociência têm sido auxiliados pelos estudos das redes neurais ou apenas com a concepção de circuitos (sistemas) e processamentos de informações que se tornam assim modelos de investigação com tecnologia biomédica e clínica.
Vemos, ouvimos e falamos. Andamos, corremos e quase voamos. Todos os sentidos estão apurados; uns mais do que outros, e nesse acordo humano de compreensão, raciocínio, inteligência e domínio, superiorizamo-nos aos demais animais do planeta. Temos emoções e contradições. Sonhamos e acreditamos serem reais - por vezes - as imagens, os sentimentos, ou mesmo as reacções, e tudo o que o cérebro nos dita e ultima nessas aparições oníricas.
Temos consciência, memória, tacto, sensibilidade e a noção do perigo ou da adaptabilidade. Somos sencientes e seres viventes diferenciados dos demais. Na aprendizagem ou moldagem, fomos ao longo dos séculos evoluindo e nutrindo um maior aperfeiçoamento, no qual o cérebro foi sempre acompanhando em processo igualmente mutante.
Nessa temporalidade evolutiva (de selecção ou manipulação genética), tudo o nosso cérebro registou num sistema de aprendizagem e habilidade que jamais pensáramos adquirir, ou não fossem esses evolutivos esforços da espécie em contínua expectativa de sermos sempre mais do que à priori compúnhamos.
Em relação à Neurociência, está aberta assim a porta para a luz de todo o conhecimento, ou de grande parte dos eventos que a nível neuronal se passa no nosso cérebro. A parti daqui só temos de confiar no que ele nos diz, mesmo que ainda hajam muitas outras portas cerradas...
Sistema MRI Amplificado no mapeamento do Cérebro: um novo método realizado através de uma técnica que une várias imagens do cérebro captadas aquando surge o batimento cardíaco. Actualmente o mundo científico engrossa as suas descobertas na potencialidade e capacidade que o Homem também hoje tem, em mostrar ao mundo o que o comanda. O cérebro e o seu funcionamento. Neste caso, optimiza-se a detecção de distúrbios que possam ocorrer no indivíduo (e que distorcem o movimento normal do cérebro, como a hidrocefalia).
Utilizando um algoritmo que extrapola movimentos minúsculos, os investigadores da Universidade de Stanford do Stevens Institute of Technology em Hoboken - no estado de New Jersey (EUA) e da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia - criaram um pequeno GIF que demonstra claramente as contorções rítmicas do cérebro enquanto o sangue e o líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquido/fluido cérebro espinhal) - penetram e escorrem. As inovações e descobertas sucedem-se, o que se aplaude incessantemente também!
As Descobertas de 2018
São muitas. E tantas são que se pode desde já dar os parabéns a toda a comunidade científica. A primeira referência digna de registo foi a descoberta de um novo tipo de neurónio do Cérebro Humano: O Neurónio da Rosa Mosqueta - uma esquiva célula cerebral que representa apenas 10% da primeira camada do neocórtex (uma das mais novas partes do cérebro e que se não encontraria nas estruturas dos cérebros dos nossos ancestrais) - e que desempenha fulcral papel na nossa audição e visão.
Este novo neurónio encontra-se conectado a outros neurónios ou células piramidais (um tipo de neurónio excitatório). Notavelmente, os neurónios de Rosa Mosqueta nunca haviam sido detectados nos pequenos ratos de laboratórios (camundongos) ou mesmo noutros animais de testes e ensaios laboratoriais. Esta particularidade suscitou um grande interesse por parte dos cientistas que pensam estes neurónios poderem ser exclusivos no ser humano.
Outra descoberta: UD - o paciente neurocientífico. Este um estudo que mostrou a plasticidade do cérebro; na ausência do centro de processamento da visão da UD, o centro esquerdo interveio para compensar, detectando-se que o lado esquerdo detectaria rostos tão bem quanto a direita teria detectado. Isto, num caso em que um terço do hemisfério direito do cérebro foi removido (o lado direito do lobo occipital) e a maior parte do lobo temporal direito.
Outra Grande Descoberta foi que o cérebro contém bactérias. Os microrganismos parecem habitar algumas zonas do cérebro, tais como: o Hipocampo, o Córtex pré-frontal e a substância nigra (ou negra, uma porção heterogénea do mesencéfalo). Ou ainda nas células cerebrais chamadas astrócitos (próximas à barreira hematoencefálica, a parede que protege o cérebro).
Outra: Os nossos cérebros são magnéticos! São partículas magnetizáveis que servem determinada funcionalidade servindo um propósito biológico - ou por causa da contaminação ambiental - ao que referem os cientistas em debate aceso entre si.
Outra descoberta: um gene viral chamado ARC que encapsula outras informações genéticas e as envia de uma célula nervosa para outra. Este gene ajuda as células a se reorganizarem com o tempo (sendo mais frequente encontrar este gene em pessoas portadoras de autismo e distúrbios neuronais).
Uma curiosidade científica: Os cientistas esperam vir a saber a razão pela qual este gene entrou no nosso genoma e que informação exacta está a dar às células cerebrais. Seremos então nós, seres humanos, seres especiais ou «manipulados» para tal?... Há quem saiba a resposta mas muitos a rejeitam por se tratar obviamente de uma outra polémica que envolve outros seres, outras almas que não as da Terra...
Outra descoberta: Regeneração celular ou células jovens em cérebros velhos. Por muita polémica e oposição que haja sobre esta recente descoberta (dos que a contrariam admitindo o oposto) alguns cientistas acirraram a sua tese, descobrindo que os cérebros mais velhos possuem tantas células novas quanto os cérebros mais jovens (sendo que na experiência realizada, os cérebros mais velhos faziam menos novos vasos sanguíneos e conexões entre as células cerebrais).
Outra descoberta completamente surpreendente: O Stress pode fazer encolher o cérebro! Existe indefectivelmente um estabelecimento de causa-efeito nesta descoberta feita pelos cientistas.
Observaram que pessoas com um nível mais alto de Cortisol (níveis mais altos de hormónio derivado do stress) tinham um desempenho pior a nível da memória do que em relação aos que tinham níveis normais de hormónio (substância química específica fabricada pelo sistema endócrino ou por neurónios altamente especializados e que funciona como um sinalizador celular); além de volumes cerebrais menores do que estes.
Sendo hoje quase «normal» o dito stress e por conseguinte o aumento de Cortisol no ser humano - diminuindo este à medida que também o stress diminui na maioria das vezes - há que ter em conta que a a redução de stress só se fará se houver uma mudança de hábitos de vida, pelo que certas pessoas apresentam um quadro de níveis elevados de Cortisol por largos períodos de tempo, podendo haver um desfecho fatal em consequência disso.
Mudar o conceito de vida será talvez a melhor senha para essa mesma vida em prolongamento desta; ou de uma melhor saúde no geral, admitem os especialistas.
Circuito neuronal do cérebro: o que se pretende funcional e eficaz mas nem sempre é assim. Hoje, os cientistas estão habilitados a dizerem-nos de todas as descobertas que vão da mais «simples» identificação de um novo neurónio até à mais complexa determinação e funcionalidade de outros órgãos do corpo que se espelham igualmente como «outros cérebros».
Pode não ser mágica a Neurociência em termos científicos, mas será porventura magia o que os investigadores fazem nesta área em toda a sua contemplação, acreditamos!
Mais Descobertas e outras surpresas...
Possuir uma audição perfeita é o que todos desejamos. Poder ter essa benesse é o que sugerem os cientistas, pelo que as últimas experiências em ratos demonstraram de um aprimoramento dessa acuidade auditiva, podendo haver essa habilidade extrema no futuro - e sobre o cérebro humano - de detectar o mais pequeno ruído (à semelhança dos predadores).
Outra Descoberta foi a referente às drogas psicadélicas (ou psicotrópicas, do tipo LSD ou MDMA) que podem aviltantemente alterar a estrutura das células cerebrais. Para completar esta já longa lista, temos a descoberta de: «Um segundo cérebro no Intestino».
O Segundo Cérebro: O Intestino! Esta descoberta visa aquilo que os cientistas determinam como uma massa a que designam como o «segundo cérebro» e que tem como nome científico: Sistema Nervoso Entérico.
Revelou então tratar-se de um sistema bastante inteligente, que pode disparar neurónios sincronizados para estimular os músculos e coordenar a sua actividade. E tudo isto de modo a que ele possa ter a função de mover as fezes para o exterior. Ou seja, num raciocínio puramente calculado e lógico.
O Cérebro real também faz isso (sincronizando o disparo de neurónios nos primeiros estágios do desenvolvimento do cérebro). Segundo os investigadores, isso significa que as Acções dos Neurónios no Intestino podem ser uma «propriedade primordial» dos primeiros estágios da evolução do dito segundo cérebro.
Alguns cientistas até supõem que o Segundo Cérebro evoluiu antes do primeiro, e que esse padrão de disparo vem ou surgiu do mais antigo cérebro funcional do corpo.
Mini-cérebros: organóides do cérebro humano que hoje os cientistas estudam, analisam e se cingem num árduo trabalho para tentar compreender melhor toda a complexidade cerebral, estabelecendo um modelo de cérebro «in vitro» no seu aperfeiçoamento.
Na compreensão do professor e biólogo, Dr. Alysson Muotri (da Tismoo, no Brasil) que estuda e investiga o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) a sua opinião é taxativa: «A melhor maneira de entender algo complexo é, talvez, reconstruí-lo.»
Mini-cérebros: a ferramenta essencial!
No ano de 2018, a utilização destes mini-cérebros trouxe a grande surpresa (por experiências também elas surpreendentes ainda que alvo de grande polémica) de serem a nível laboratorial uma contribuinte via para se entender melhor o Autismo mas, paralelamente, a insensatez sob códigos éticos e biomédicos extrapolados.
No entanto, é reconhecido hoje por muitos investigadores a utilidade destes mini-cérebros que dão pistas válidas e de sobeja relevância para se adquirir mais conhecimentos nesta área.
Neste momento estão a ser utilizados por muitos cientistas e investigadores nesta área esta poderosa ferramenta em profusão científica jamais alcançada. Usam assim estes mini-cérebros para analisar os mecanismos moleculares e celulares de várias patologias e anomalias (como no caso do Autismo em que os neurónios destes portadores são diferentes dos derivados de pessoas neurotípicas).
Tudo isto se revela num processo que visa encontrar biomarcadores em potencial, testando-se também fármacos que vão posteriormente auxiliar no tratamento ou terapêutica a aplicar.
Os cientistas consideram que os Mini-cérebros em placas de laboratório são modelos experimentais de cérebros humanos que melhor traduzem a realidade desses indivíduos; há potencial mas também há riscos - pelo menos é o que indiciam alguns cientistas mais atentos.
O doutor Muotri, directamente envolvido no projecto da Tismoo, uma startup de biotecnologia e medicina personalizada referenciada no mundo do autismo e de síndromes relacionadas, sediada em São Paulo, no Brasil, corrobora deste potencial, embora acrescente que certas características críticas do cérebro humano nestes organóides ainda não foram plenamente alcançadas.
"Até que o façamos, não podemos explorar completamente as possibilidades dessa abordagem" refere em tom assertivo.
Um Cérebro vivo fora do corpo: milagre ou loucura?... Hoje tudo é possível. Sendo inconcebível serem mantidos «vivos» os cérebros indefinidamente, recobrando a consciência perdida (podendo essa ser uma porta aberta para um mundo desconhecido e igualmente terrífico de irreversível condenação), o mundo científico não vai tão longe. Por enquanto.
Admite entretanto que esta última experiência de «cérebro fora do corpo» possa ser apenas para a estimulação do estudo e da investigação científicas. Mas será mesmo assim??? Haverá contenção, legislação e ética moral e cívica que o repreenda e não incentive...? Não se sabe, por ora apenas se confia que assim não seja!...
Imortalidade ou não!...
Segundo os cientistas admitiram desde que esta experiência foi divulgada em 2018 (efectuada em animais), que o objectivo tinha como único propósito a contribuição para novos avanços na única finalidade de se criar um atlas completo de conexões entre células cerebrais - num objectivo nunca antes realizado. Ou seja, hoje animais amanhã seres humanos. Estaremos perto de sermos imortais....???
O doutor Nenad Sestan, da Universidade de Yale e responsável por esta investigação (inicialmente conduzida pela experiência de ter usado cerca de 200 suínos para o efeito, num procedimento clínico executado inicialmente em animais como é óbvio, mantendo os seus cérebros vivos até 36 horas depois) descreveu este procedimento como «inesperado e surpreendente» na observação que fez de milhares de milhões de células em condição muito saudável e viva. Ou seja, num manancial celular efusivo de energia e vida.
Novamente a ética em questão no que se pode ou não fazer sobre procedimentos futuros e sobre o ser humano. Se os cientistas determinarem que a a Actividade Cerebral pode continuar fora do corpo, a questão ir-se-à colocar em face à ilegalidade de manter alguém vivo na condição de privação sensorial sem o seu consentimento.
Até que haja um Primeiro Transplante de Cérebro (pelo que o polémico cientista Sergio Canavero afirmou ir brevemente realizar, divulgando-o ao mundo em 2015) as expectativas estão altas.
Muito altas mas igualmente frágeis e contraproducentes, se inferirmos o que isso nos poderá trazer de mais anti-ética neste mundo biomédico em que tudo parece - e faz - não se medindo meios para se atingir fins. Porquanto isso, fiquemo-nos pelas glórias científicas do que entretanto louvámos em descobertas acobertadas ainda de uma ética irrepreensível!
Hoje a esperança tem outro nome: chama-se Neurociência. E, supostamente, tudo o que ela nos traz de novidades e bonança sobre os nossos neurológicos destinos em prol de uma mudança nas terapêuticas realizadas; ou nas patologias reveladas que mentalmente exibimos.
A saúde mental é um bem que todos temos de preservar, e havendo deficiência ou anomalia, a urgência de se poder tratar, amortizar ou até curar parte desses males na grande prioridade que assiste ao ser humano. Há que haver empenho, ética e disponibilidade. E esperança! Muita esperança de tudo ver debelar.
A Esperança chamada Neurociência
2018 foi o ano de todas as esperanças, de todas as descobertas já o dissemos. E finalmente de todas as surpresas mas também expectativas de bom prenúncio no mundo neurológico. A doença de Alzheimer é o exemplo mais notório.
As duas proteínas que se evidenciam - a beta amilóide e a tau mutante em registo negativo até aqui - irão muito possivelmente e, em breve, dar lugar a outras esperançosas medidas sob uma outra teoria que sugere que um novo caminho de tratamento será posto em prática com anti-virais.
Implantes Eléctricos: A restauração de movimentos na até aí constante imobilidade em pacientes que se encontravam paralisados, terá e será o enfoque dos próximos anos.
2018 foi assim o arranque promissório dessa boa-ventura; de criar a esperança da mobilidade em quem perdeu essa faculdade. E isto porque, a tecnologia testada em macacos há já vários anos com algum sucesso, veio originar a que os cientistas acreditassem estar perto do triunfo, estar perto de dar esperança a quem há muito a perdera; tal como o andar, o deslocar-se.
Com a implantação de uma neuroprótese na medula espinhal para contornar o local da lesão estimulando artificialmente os nervos remanescentes, os macacos reabilitaram a capacidade de se moverem, algo que exibiram nas muitas experiências efectuadas. Assim sendo, o sonho foi ficando mais perto da realidade para o ser humano incapacitado.
Em 2013, a esperança teve nome. E o mundo sorriu. Uma experiência foi levada a cabo num ser humano - um paciente paraplégico - que teve a «ousadia» de ter percorrido metade de um campo de futebol sob o olhar atónito dos demais.
Noutros casos ainda, houve a felicidade de através do procedimentos de Estimulação Eléctrica, alguns pacientes readquirirem a locomoção perdida. Após meses de treino e algum esforço recompensado - sem que houvesse já a interferência desses impulsos eléctricos - registou-se a melhoria significativa destes pacientes sem que se voltasse a recorrer a essa intervenção. Um êxito portanto!
(A Estimulação Eléctrica não é a única terapia apresentada: outro estudo descobriu que células-tronco humanas - quando implantadas em macacos - poderiam fazer sinapses com os próprios neurónios do receptor e restaurar o movimento natural após a lesão da medula espinhal; estas terapias embora ainda precoces e algo dispendiosas para o cidadão comum, estabelecem um promissório caminho que de futuro devolverá a mobilidade aos pacientes paralisados.)
O Sistema CRISPR: códigos de barras Crispr que mapeiam o desenvolvimento do cérebro em detalhes requintados. Em Agosto de 2018, uma equipa de investigadores utilizou este sistema para gerar um código de barras exclusivo para cada célula do cérebro do rato na experiência visada. Ao ler esses códigos, os cientistas conseguiram então refazer toda a história da célula em desenvolvimento no cérebro.
(Mesmo havendo a necessidade de se impor códigos de ética sobre este sistema que começa agora a fluir como cogumelos em terra húmida, haverá também certamente que afluir de toda esta técnica de engenharia genética em aperfeiçoamento e melhoramento)
Assim sendo, há que reportar que tal como detectives genéticos, ou perto disso, os cientistas tiveram a primazia de realizarem a reconstrução de árvores genealógicas celulares inteiras para mostrar como as células se relacionam umas com as outras.
Daí que tivesse havido mundialmente uma grande esperança tal como uma espécie de Santo Graal encontrado no mundo biológico, pelo que o futuro ditará na implantação e desenvolvimento destas tecnologias e, dados, que estão prontos para descobrir qual o processo pelo qual as células humanas amadurecem com a idade, de como os tecidos se regeneram, ou ainda do que provoca a doença.
Temos os Neurónios da Rosa Mosqueta (já anteriormente referido como um verdadeiro achado que tem de se mencionar ser da responsabilidade do Instituto Allen, em Seattle, nos EUA) em neurónios que compõem cerca de 15% dos neurónios da camada mais externa do cérebro que suportam funções cognitivas de alto nível.
(Este novo tipo de neurónio no córtex é exclusivamente humano, ou assim vão pensando alguns cientistas, pelo que se sublinha da sua importância do que fomos evoluindo ou geneticamente modificados para que tal sucedesse...)
A Conexão Intestinal é uma outra aventura agora que os cientistas admitem poder tornar-se mais forte com o link anatómico directo, ou seja, uma interligação entre o Intestino e o Cérebro - como um novo conjunto de rodovias informativas que ligam directamente o intestino ao cérebro.
Registe-se de que o Intestino Humano é revestido por mais de 100 milhões de células nervosas que permitem que ele estabeleça a comunicação com o cérebro, informando-nos de todas as nossas necessidades básicas.
A Conexão entre Cérebro e Intestino é muito interessante, ganhando uma força inédita no campo da investigação ou pesquisa, pelo que os especialistas descobriram da ligação directa do intestino aos centros de recompensa do cérebro através do nervo vago.
Já anteriormente os cientistas tinham notado que as células enteroendócrinas (células epiteliais glandulares) se ligavam directamente aos neurónios do nervo vago (um nervo gigante que vai do cérebro para os órgãos vitais, tais como o coração ou pulmões). E que além disso «conversavam» ou interagiam entre eles usando neurotransmissores clássicos (incluindo o glutamato e a serotonina que funcionam mais rapidamente que os hormónios)
Para finalizar, há que dizer que todas ou grande parte destas descobertas no Mundo da Neurociência vêm assim demonstrar o quanto está aberta aquela até aqui hermética porta do conhecimento, na sugestão futura de melhores tratamentos e medidas de prevenção contra algumas doenças.
O Sequenciamento Genético, os mini-cérebros e toda a tecnologia envolvida assim como o inestimável empenho de todos os cientistas nesta área, farão com que o futuro seja mais risonho para o ser humano. Assim pensa e sente o doutor Alysson Muotri que enaltece toda a relevância destes processos, sistemas e procedimentos na positiva contribuição para uma melhor compreensão do Autismo e de outros transtornos neurológicos.
Tal como o doutor Muotri expressa, eu e provavelmente muitos de nós, têm a percepção exacta de quão complexo é o nosso cérebro. E, como ele próprio afirma sem rodeios ou falsos estigmas: «É o Sistema Mais Complexo do Universo!»
Sistema este que pode orquestrar comportamentos sofisticados e pensamentos como a linguagem, uso de ferramentas, auto-consciência, pensamento simbólico, consciência e aprendizagem cultural. Tudo isso é uma fonte inesgotável da criação humana; daí que nos regozijemos por esse facto, por termos sido «escolhidos» para tal reverência.
Contudo, acentua ainda Muotri « A sofisticação tem um preço elevado - alterações subtis no desenvolvimento precoce podem levar a condições como Autismo e/ou Esquizofrenia. Daí que tudo tenha de ser devidamente ponderado e habilitado para o processo ou o sistema em si.»
Segundo o critério, sabedoria e experiência deste neurocientista (entre outros que corroboram de que ainda há um longo caminho a percorrer sem se legitimarem de imediato atitudes e procedimentos anti-éticos ou erráticos com o que o ser humano em boa consciência deve instituir), de que a maioria dos protocolos se baseia na literatura sobre o Cérebro de Roedores, sendo que, por lógica e sequência, outros factores estarão provavelmente ausentes ou super-representados.
Para induzir uma maturação adequada, levando a estruturas cerebrais mais organizadas, é necessário e em primeiro optimizar os protocolos de cultivo (nas ideais condições de cultivo ou então similares àquelas em que as células cerebrais humanas crescem) sem que hoje haja contudo essa absoluta certeza.
Segundo e ainda Muotri, ao conseguir-se isso na perfeição, poder-se-à então permitir usar desses organóides cerebrais para modelar até mesmo distúrbios de início tardio, tal como as doenças de Alzheimer ou Parkinson
Por tudo isto se observa e infere de que existe um «Outro Mundo» para lá do nosso, para lá da Neurociência que hoje se pratica e de todo um cérebro humano ilimitadamente intrincado.
Todavia, acreditando também que futuramente existirá um outro mundo de autêntica revelação em escancarada porta de todos os conhecimentos, ela se abrirá em apoteótica realidade que não mera magia dos deuses ou inquebrantável alquimia que só uns puderam conquistar.
Acredito piamente de que fomos bafejados com a sorte dos deuses (dando-nos «eles» a verdade do seu conhecimento e da sua constante intervenção em manipulação e evolução genéticas); e que nós, seres humanos, as recolhemos num processo longo e complicado mas certamente muito predestinado a que tal sucedesse.
Os Enigmas do Universo são muitos. Mas os do Homem - do ser humano no seu todo em género e autonomia - são porventura mais ainda, se realizarmos que a superioridade do nosso cérebro terá sido inventada por uma Inteligência Suprema, tão digna e complexa quanto a que criou em nós, humanos.
Mito ou verdade, nada me afasta da crença de que há magia na Neurociência, de que ela é soberbamente mágica, tão mágica quanto os seres que detêm o seu conhecimento e aproveitamento no seio interestelar.
Talvez que a Neurociência, seja apenas e tão-só a mais pura essência do reconhecimento da existência, da inteligência feita vida e da evolução feita criação. Apenas isso.
E que um Grande Cérebro tudo arquitectou - magistralmente! - espalhando vida, espelhando inteligência, sendo a Fonte Primordial versus cerebral que tudo edificou; no fundo, gerando grandes e frutuosos cérebros por todos os cantos cósmicos, por todos os recantos onde suspeitou de que a inteligência seria um bem natural. Brindemos a isso! Com todo o poder cerebral que nos assiste!
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