Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019
A Mágica Neurociência
Neurociência - o estudo científico do sistema nervoso. Ou, como vulgarmente identificamos, aquela ciência (no ramo da biologia) que estuda a área neurológica do nosso cérebro humano. Tal como um computador de última geração, produz e reproduz uma complexidade de funções cerebrais, cognitivas e motoras, emanantes de um processo que ainda hoje estamos a desvendar como caixa de Pandora em toda a sua portentosa formação e essência.
No entanto, não será descabido dizer-se que mesmo actualmente, o nosso cérebro, ainda nos é tão misterioso quanto um ser civilizacional de outro planeta, outra galáxia, sendo indubitavelmente o nosso maior tesouro que convém estudarmos e sabermos mais para que ele nos supere e, surpreenda, em poderes que jamais pensámos ter...
O Computador Humano: O Cérebro!
Recheado de enigmas ou enquistado por tantos outros mitos dos quais e ainda nos não livrámos por endémica teimosia de considerarmos o cérebro uma caixa mágica de completa mestria dos deuses, o Homem vai tentando persistir no sonho do conhecimento - e no objectivo final - de o tentar compreender; se não totalmente pelo menos parcialmente, do que hoje já identificamos pelas muitas descobertas na área da neurociência que se têm feito revelar (ou descascar) tal como uma cebola.
(Por curiosidade há que dizer que, se o cérebro fosse um HD de computador, ele comporia 4 TB de informação. Daí que a Inteligência Artificial nos supere largamente, há que o afirmar também não sem alguma temeridade sob o aspecto e espectro do que o futuro nos poderá reservar...)
Estamos hoje mais perto de saber os mistérios do cérebro humano - mas possivelmente ainda muito longe de o saber decifrar em toda a linha. No entanto, os que estudam esta ciência do cérebro estão optimistas. Aferem de que o primeiro passo está dado e que muitos outros se sucederão.
2018 foi um ano frutuoso e tão prolífero em descobertas que se pode mesmo acrescentar que 2019 será o início de se ver essa «criança» desenvolver em robustez e triunfal saúde, pelo que se auspicia de estarmos mais perto de colmatar anomalias e aperfeiçoar manias que muitos sentem como o estar mais perto de Deus ou, dessa «Outra Inteligência», que um dia nos pensou, sonhou e criou.
Da consciência às ilusões, o cérebro humano une, codifica, memoriza e replica um sem número de aplicações e visualizações do que «esculpe» para nos dizer não apenas quem somos, mas, com maior incidência, o mundo que experimentamos.
Por incrível que pareça, há quem afirme que esse mesmo mundo que hoje percepcionamos sob o nosso humano código cerebral, poderá não ser exactamente o mesmo com que original e idiossincraticamente flui e se faz ser através dos nossos sentidos...
2018: O ano em que tudo se tornou possível. No mundo da neurociência - por muito cepticismo que ainda vogue no meio científico sobre algumas alíneas não totalmente explícitas ou cingidas a uma verdade absoluta sobre o cérebro - houve a consistência nuns casos e maior clarividência noutros, para que se distinguisse finalmente uma Nova Linha de Mapas Cerebrais - requintadamente detalhados - que revelaram ainda mais ou em maior plenitude os cantos e recantos do cérebro.
Curiosidades do Cérebro
Estamos no século XXI. E parece que pouco andámos, que pouco descobrimos mas também isso é um mito. Vamos avançando à medida que vamos descobrindo mais e mais situações e nomeações sobre o que o cérebro até aí nos escondia.
Sendo o Cérebro dividido em três partes como é do conhecimento geral - em que a parte superior controla os Pensamentos, a Coordenação Motora, as Emoções e a Fome; a parte mediana a Audição, Reflexos de Visão e a Consciência - percepcionámos que, por sua vez a parte inferior cerebral, coordenava a análise dos sentidos. Dividido em dois hemisférios, o esquerdo controla os pensamentos analíticos e o direito, os criativos.
A ideia de que os seres humanos utilizam apenas 10% da sua capacidade é um mito vulgar que não corresponde à verdade, pelo que todo o cérebro possui uma determinada funcionalidade em registo contínuo. Para melhor compreensão, pode-se dizer de que o cérebro é revestido de 160 mil quilómetros de veias sanguíneas e 100 biliões de neurónios - estas últimas conhecidas como a massa cinzenta ou massa encefálica que processa toda a informação.
É sabido que o cérebro do tão famoso Albert Einstein pesava 1230 gramas, sendo que o cérebro do ser humano pesa em média 1360 gramas, observando-se que nada influi - em tamanho e peso - na inteligência individual. No entanto, no que se relaciona com a parte nutricional esta já interfere, uma vez que se registaram níveis oscilantes no QI do indivíduo consoante ele ingere ou não nutrientes suficientes e mais saudáveis do que os restantes (sendo 14% a diferença).
Os seres humanos do género masculino (homens) processam a informação do lado esquerdo do hemisfério, enquanto os do género feminino (mulheres) utilizam ambos - o do esquerdo e o do direito, por conseguinte.
Tem surgido alguma controvérsia nos últimos tempos sobre o que se afirmava de os seres humanos masculinos possuírem uma maior habilidade de cálculo devido a terem uma maior porção da parte inferior (responsável por controlar essas habilidades de cálculo) numa pontuada racionalidade. E, no caso feminino, em emoção, devido a possuírem uma maior parte do sistema límbico.
(Todavia estas afirmações terem sido até aqui normativas e tidas como correctas, actualmente e devido a recentes descobertas que têm criado o debate entre os cientistas, muitos anuírem não ser bem assim)
Hoje, com o auxílio de um «Museu Digital» ou um mapa cerebral em que milhões de sinapses se iluminam como uma noite cheia de estrelas (em experiências realizadas em roedores) tudo se consegue destrinçar até ao mais ínfimo pormenor.
Utilizando a IA (inteligência artificial e robótica) tudo se aprimora na contingência máxima de se minimizarem deficiências ou anomalias através de próteses e implantes. Ou ainda, segundo as últimas experiências, o poder-se adicionar um «terceiro braço» em pessoas portadoras de deficiência física através de membros robóticos controlados pelo cérebro.
Todavia, por muito que o cérebro humano nos possa ser ainda um labirinto, acorre-se a uma explosão de descobertas que, muitas delas podendo chocar ao mundo pelo seu extravasamento ou isento código de ética (sem que passem ou estejam referenciadas pela Comissão de Ética), nos surpreendam pela completa «fabricação» de super-seres que entretanto estimam e se legitimam sem parar...
O Intrigante cérebro do ser humano. E as recentes descobertas. Ainda não se sabe de como a consciência surge no cérebro humano; todavia, no que se relaciona com o cérebro feminino, os investigadores alegam de que este se regista como sendo três anos mais jovem do que o masculino.
Ou seja, os cérebros das mulheres são biologicamente mais jovens do que os dos homens, por conclusão de um estudo recentemente efectuado. Mas há mais: implantes que retiram a memória ou mesmo a correlação do intestino dilatado com a atrofia cerebral tudo é colocado sobre a mesa.
No foro psiquiátrico, ou nos futuros tratamentos de psicoterapia, os cientistas admitem poder-se avançar enormemente nessa área, se se recorrer ao processo agora descoberto em que as lembranças podem ser reescritas. Assim sendo, memórias negativas e dolorosas poderão ser banidas sem retorno o que nos tornará a breve prazo uns seres muito particularmente positivos...
A Neurociência
O escopo da neurociência tem sido ao longo destes últimos tempos muito divulgado e ampliado em termos latos. Estudam-se os aspectos moleculares e celulares do cérebro humano, assim como o seu desenvolvimento, estrutura, funcionalidade e evolução sobre o sistema nervoso.
As técnicas actualmente utilizadas têm sido expandidas de modo algo exponencial pelo que a tecnologia avançada também ajuda neste sector (referencialmente no uso cibernético).
Os estudos efectuados moleculares e celulares dos neurónios individuais e do mapeamento de tarefas sensoriais e motoras têm vindo acrescentar uma mais-valia de outros e maiores conhecimentos. Avanços teóricos recentes na Neurociência têm sido auxiliados pelos estudos das redes neurais ou apenas com a concepção de circuitos (sistemas) e processamentos de informações que se tornam assim modelos de investigação com tecnologia biomédica e clínica.
Vemos, ouvimos e falamos. Andamos, corremos e quase voamos. Todos os sentidos estão apurados; uns mais do que outros, e nesse acordo humano de compreensão, raciocínio, inteligência e domínio, superiorizamo-nos aos demais animais do planeta. Temos emoções e contradições. Sonhamos e acreditamos serem reais - por vezes - as imagens, os sentimentos, ou mesmo as reacções, e tudo o que o cérebro nos dita e ultima nessas aparições oníricas.
Temos consciência, memória, tacto, sensibilidade e a noção do perigo ou da adaptabilidade. Somos sencientes e seres viventes diferenciados dos demais. Na aprendizagem ou moldagem, fomos ao longo dos séculos evoluindo e nutrindo um maior aperfeiçoamento, no qual o cérebro foi sempre acompanhando em processo igualmente mutante.
Nessa temporalidade evolutiva (de selecção ou manipulação genética), tudo o nosso cérebro registou num sistema de aprendizagem e habilidade que jamais pensáramos adquirir, ou não fossem esses evolutivos esforços da espécie em contínua expectativa de sermos sempre mais do que à priori compúnhamos.
Em relação à Neurociência, está aberta assim a porta para a luz de todo o conhecimento, ou de grande parte dos eventos que a nível neuronal se passa no nosso cérebro. A parti daqui só temos de confiar no que ele nos diz, mesmo que ainda hajam muitas outras portas cerradas...
Sistema MRI Amplificado no mapeamento do Cérebro: um novo método realizado através de uma técnica que une várias imagens do cérebro captadas aquando surge o batimento cardíaco. Actualmente o mundo científico engrossa as suas descobertas na potencialidade e capacidade que o Homem também hoje tem, em mostrar ao mundo o que o comanda. O cérebro e o seu funcionamento. Neste caso, optimiza-se a detecção de distúrbios que possam ocorrer no indivíduo (e que distorcem o movimento normal do cérebro, como a hidrocefalia).
Utilizando um algoritmo que extrapola movimentos minúsculos, os investigadores da Universidade de Stanford do Stevens Institute of Technology em Hoboken - no estado de New Jersey (EUA) e da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia - criaram um pequeno GIF que demonstra claramente as contorções rítmicas do cérebro enquanto o sangue e o líquido cefalorraquidiano (LCR ou líquido/fluido cérebro espinhal) - penetram e escorrem. As inovações e descobertas sucedem-se, o que se aplaude incessantemente também!
As Descobertas de 2018
São muitas. E tantas são que se pode desde já dar os parabéns a toda a comunidade científica. A primeira referência digna de registo foi a descoberta de um novo tipo de neurónio do Cérebro Humano: O Neurónio da Rosa Mosqueta - uma esquiva célula cerebral que representa apenas 10% da primeira camada do neocórtex (uma das mais novas partes do cérebro e que se não encontraria nas estruturas dos cérebros dos nossos ancestrais) - e que desempenha fulcral papel na nossa audição e visão.
Este novo neurónio encontra-se conectado a outros neurónios ou células piramidais (um tipo de neurónio excitatório). Notavelmente, os neurónios de Rosa Mosqueta nunca haviam sido detectados nos pequenos ratos de laboratórios (camundongos) ou mesmo noutros animais de testes e ensaios laboratoriais. Esta particularidade suscitou um grande interesse por parte dos cientistas que pensam estes neurónios poderem ser exclusivos no ser humano.
Outra descoberta: UD - o paciente neurocientífico. Este um estudo que mostrou a plasticidade do cérebro; na ausência do centro de processamento da visão da UD, o centro esquerdo interveio para compensar, detectando-se que o lado esquerdo detectaria rostos tão bem quanto a direita teria detectado. Isto, num caso em que um terço do hemisfério direito do cérebro foi removido (o lado direito do lobo occipital) e a maior parte do lobo temporal direito.
Outra Grande Descoberta foi que o cérebro contém bactérias. Os microrganismos parecem habitar algumas zonas do cérebro, tais como: o Hipocampo, o Córtex pré-frontal e a substância nigra (ou negra, uma porção heterogénea do mesencéfalo). Ou ainda nas células cerebrais chamadas astrócitos (próximas à barreira hematoencefálica, a parede que protege o cérebro).
Outra: Os nossos cérebros são magnéticos! São partículas magnetizáveis que servem determinada funcionalidade servindo um propósito biológico - ou por causa da contaminação ambiental - ao que referem os cientistas em debate aceso entre si.
Outra descoberta: um gene viral chamado ARC que encapsula outras informações genéticas e as envia de uma célula nervosa para outra. Este gene ajuda as células a se reorganizarem com o tempo (sendo mais frequente encontrar este gene em pessoas portadoras de autismo e distúrbios neuronais).
Uma curiosidade científica: Os cientistas esperam vir a saber a razão pela qual este gene entrou no nosso genoma e que informação exacta está a dar às células cerebrais. Seremos então nós, seres humanos, seres especiais ou «manipulados» para tal?... Há quem saiba a resposta mas muitos a rejeitam por se tratar obviamente de uma outra polémica que envolve outros seres, outras almas que não as da Terra...
Outra descoberta: Regeneração celular ou células jovens em cérebros velhos. Por muita polémica e oposição que haja sobre esta recente descoberta (dos que a contrariam admitindo o oposto) alguns cientistas acirraram a sua tese, descobrindo que os cérebros mais velhos possuem tantas células novas quanto os cérebros mais jovens (sendo que na experiência realizada, os cérebros mais velhos faziam menos novos vasos sanguíneos e conexões entre as células cerebrais).
Outra descoberta completamente surpreendente: O Stress pode fazer encolher o cérebro! Existe indefectivelmente um estabelecimento de causa-efeito nesta descoberta feita pelos cientistas.
Observaram que pessoas com um nível mais alto de Cortisol (níveis mais altos de hormónio derivado do stress) tinham um desempenho pior a nível da memória do que em relação aos que tinham níveis normais de hormónio (substância química específica fabricada pelo sistema endócrino ou por neurónios altamente especializados e que funciona como um sinalizador celular); além de volumes cerebrais menores do que estes.
Sendo hoje quase «normal» o dito stress e por conseguinte o aumento de Cortisol no ser humano - diminuindo este à medida que também o stress diminui na maioria das vezes - há que ter em conta que a a redução de stress só se fará se houver uma mudança de hábitos de vida, pelo que certas pessoas apresentam um quadro de níveis elevados de Cortisol por largos períodos de tempo, podendo haver um desfecho fatal em consequência disso.
Mudar o conceito de vida será talvez a melhor senha para essa mesma vida em prolongamento desta; ou de uma melhor saúde no geral, admitem os especialistas.
Circuito neuronal do cérebro: o que se pretende funcional e eficaz mas nem sempre é assim. Hoje, os cientistas estão habilitados a dizerem-nos de todas as descobertas que vão da mais «simples» identificação de um novo neurónio até à mais complexa determinação e funcionalidade de outros órgãos do corpo que se espelham igualmente como «outros cérebros».
Pode não ser mágica a Neurociência em termos científicos, mas será porventura magia o que os investigadores fazem nesta área em toda a sua contemplação, acreditamos!
Mais Descobertas e outras surpresas...
Possuir uma audição perfeita é o que todos desejamos. Poder ter essa benesse é o que sugerem os cientistas, pelo que as últimas experiências em ratos demonstraram de um aprimoramento dessa acuidade auditiva, podendo haver essa habilidade extrema no futuro - e sobre o cérebro humano - de detectar o mais pequeno ruído (à semelhança dos predadores).
Outra Descoberta foi a referente às drogas psicadélicas (ou psicotrópicas, do tipo LSD ou MDMA) que podem aviltantemente alterar a estrutura das células cerebrais. Para completar esta já longa lista, temos a descoberta de: «Um segundo cérebro no Intestino».
O Segundo Cérebro: O Intestino! Esta descoberta visa aquilo que os cientistas determinam como uma massa a que designam como o «segundo cérebro» e que tem como nome científico: Sistema Nervoso Entérico.
Revelou então tratar-se de um sistema bastante inteligente, que pode disparar neurónios sincronizados para estimular os músculos e coordenar a sua actividade. E tudo isto de modo a que ele possa ter a função de mover as fezes para o exterior. Ou seja, num raciocínio puramente calculado e lógico.
O Cérebro real também faz isso (sincronizando o disparo de neurónios nos primeiros estágios do desenvolvimento do cérebro). Segundo os investigadores, isso significa que as Acções dos Neurónios no Intestino podem ser uma «propriedade primordial» dos primeiros estágios da evolução do dito segundo cérebro.
Alguns cientistas até supõem que o Segundo Cérebro evoluiu antes do primeiro, e que esse padrão de disparo vem ou surgiu do mais antigo cérebro funcional do corpo.
Mini-cérebros: organóides do cérebro humano que hoje os cientistas estudam, analisam e se cingem num árduo trabalho para tentar compreender melhor toda a complexidade cerebral, estabelecendo um modelo de cérebro «in vitro» no seu aperfeiçoamento.
Na compreensão do professor e biólogo, Dr. Alysson Muotri (da Tismoo, no Brasil) que estuda e investiga o TEA (Transtorno do Espectro do Autismo) a sua opinião é taxativa: «A melhor maneira de entender algo complexo é, talvez, reconstruí-lo.»
Mini-cérebros: a ferramenta essencial!
No ano de 2018, a utilização destes mini-cérebros trouxe a grande surpresa (por experiências também elas surpreendentes ainda que alvo de grande polémica) de serem a nível laboratorial uma contribuinte via para se entender melhor o Autismo mas, paralelamente, a insensatez sob códigos éticos e biomédicos extrapolados.
No entanto, é reconhecido hoje por muitos investigadores a utilidade destes mini-cérebros que dão pistas válidas e de sobeja relevância para se adquirir mais conhecimentos nesta área.
Neste momento estão a ser utilizados por muitos cientistas e investigadores nesta área esta poderosa ferramenta em profusão científica jamais alcançada. Usam assim estes mini-cérebros para analisar os mecanismos moleculares e celulares de várias patologias e anomalias (como no caso do Autismo em que os neurónios destes portadores são diferentes dos derivados de pessoas neurotípicas).
Tudo isto se revela num processo que visa encontrar biomarcadores em potencial, testando-se também fármacos que vão posteriormente auxiliar no tratamento ou terapêutica a aplicar.
Os cientistas consideram que os Mini-cérebros em placas de laboratório são modelos experimentais de cérebros humanos que melhor traduzem a realidade desses indivíduos; há potencial mas também há riscos - pelo menos é o que indiciam alguns cientistas mais atentos.
O doutor Muotri, directamente envolvido no projecto da Tismoo, uma startup de biotecnologia e medicina personalizada referenciada no mundo do autismo e de síndromes relacionadas, sediada em São Paulo, no Brasil, corrobora deste potencial, embora acrescente que certas características críticas do cérebro humano nestes organóides ainda não foram plenamente alcançadas.
"Até que o façamos, não podemos explorar completamente as possibilidades dessa abordagem" refere em tom assertivo.
Um Cérebro vivo fora do corpo: milagre ou loucura?... Hoje tudo é possível. Sendo inconcebível serem mantidos «vivos» os cérebros indefinidamente, recobrando a consciência perdida (podendo essa ser uma porta aberta para um mundo desconhecido e igualmente terrífico de irreversível condenação), o mundo científico não vai tão longe. Por enquanto.
Admite entretanto que esta última experiência de «cérebro fora do corpo» possa ser apenas para a estimulação do estudo e da investigação científicas. Mas será mesmo assim??? Haverá contenção, legislação e ética moral e cívica que o repreenda e não incentive...? Não se sabe, por ora apenas se confia que assim não seja!...
Imortalidade ou não!...
Segundo os cientistas admitiram desde que esta experiência foi divulgada em 2018 (efectuada em animais), que o objectivo tinha como único propósito a contribuição para novos avanços na única finalidade de se criar um atlas completo de conexões entre células cerebrais - num objectivo nunca antes realizado. Ou seja, hoje animais amanhã seres humanos. Estaremos perto de sermos imortais....???
O doutor Nenad Sestan, da Universidade de Yale e responsável por esta investigação (inicialmente conduzida pela experiência de ter usado cerca de 200 suínos para o efeito, num procedimento clínico executado inicialmente em animais como é óbvio, mantendo os seus cérebros vivos até 36 horas depois) descreveu este procedimento como «inesperado e surpreendente» na observação que fez de milhares de milhões de células em condição muito saudável e viva. Ou seja, num manancial celular efusivo de energia e vida.
Novamente a ética em questão no que se pode ou não fazer sobre procedimentos futuros e sobre o ser humano. Se os cientistas determinarem que a a Actividade Cerebral pode continuar fora do corpo, a questão ir-se-à colocar em face à ilegalidade de manter alguém vivo na condição de privação sensorial sem o seu consentimento.
Até que haja um Primeiro Transplante de Cérebro (pelo que o polémico cientista Sergio Canavero afirmou ir brevemente realizar, divulgando-o ao mundo em 2015) as expectativas estão altas.
Muito altas mas igualmente frágeis e contraproducentes, se inferirmos o que isso nos poderá trazer de mais anti-ética neste mundo biomédico em que tudo parece - e faz - não se medindo meios para se atingir fins. Porquanto isso, fiquemo-nos pelas glórias científicas do que entretanto louvámos em descobertas acobertadas ainda de uma ética irrepreensível!
Hoje a esperança tem outro nome: chama-se Neurociência. E, supostamente, tudo o que ela nos traz de novidades e bonança sobre os nossos neurológicos destinos em prol de uma mudança nas terapêuticas realizadas; ou nas patologias reveladas que mentalmente exibimos.
A saúde mental é um bem que todos temos de preservar, e havendo deficiência ou anomalia, a urgência de se poder tratar, amortizar ou até curar parte desses males na grande prioridade que assiste ao ser humano. Há que haver empenho, ética e disponibilidade. E esperança! Muita esperança de tudo ver debelar.
A Esperança chamada Neurociência
2018 foi o ano de todas as esperanças, de todas as descobertas já o dissemos. E finalmente de todas as surpresas mas também expectativas de bom prenúncio no mundo neurológico. A doença de Alzheimer é o exemplo mais notório.
As duas proteínas que se evidenciam - a beta amilóide e a tau mutante em registo negativo até aqui - irão muito possivelmente e, em breve, dar lugar a outras esperançosas medidas sob uma outra teoria que sugere que um novo caminho de tratamento será posto em prática com anti-virais.
Implantes Eléctricos: A restauração de movimentos na até aí constante imobilidade em pacientes que se encontravam paralisados, terá e será o enfoque dos próximos anos.
2018 foi assim o arranque promissório dessa boa-ventura; de criar a esperança da mobilidade em quem perdeu essa faculdade. E isto porque, a tecnologia testada em macacos há já vários anos com algum sucesso, veio originar a que os cientistas acreditassem estar perto do triunfo, estar perto de dar esperança a quem há muito a perdera; tal como o andar, o deslocar-se.
Com a implantação de uma neuroprótese na medula espinhal para contornar o local da lesão estimulando artificialmente os nervos remanescentes, os macacos reabilitaram a capacidade de se moverem, algo que exibiram nas muitas experiências efectuadas. Assim sendo, o sonho foi ficando mais perto da realidade para o ser humano incapacitado.
Em 2013, a esperança teve nome. E o mundo sorriu. Uma experiência foi levada a cabo num ser humano - um paciente paraplégico - que teve a «ousadia» de ter percorrido metade de um campo de futebol sob o olhar atónito dos demais.
Noutros casos ainda, houve a felicidade de através do procedimentos de Estimulação Eléctrica, alguns pacientes readquirirem a locomoção perdida. Após meses de treino e algum esforço recompensado - sem que houvesse já a interferência desses impulsos eléctricos - registou-se a melhoria significativa destes pacientes sem que se voltasse a recorrer a essa intervenção. Um êxito portanto!
(A Estimulação Eléctrica não é a única terapia apresentada: outro estudo descobriu que células-tronco humanas - quando implantadas em macacos - poderiam fazer sinapses com os próprios neurónios do receptor e restaurar o movimento natural após a lesão da medula espinhal; estas terapias embora ainda precoces e algo dispendiosas para o cidadão comum, estabelecem um promissório caminho que de futuro devolverá a mobilidade aos pacientes paralisados.)
O Sistema CRISPR: códigos de barras Crispr que mapeiam o desenvolvimento do cérebro em detalhes requintados. Em Agosto de 2018, uma equipa de investigadores utilizou este sistema para gerar um código de barras exclusivo para cada célula do cérebro do rato na experiência visada. Ao ler esses códigos, os cientistas conseguiram então refazer toda a história da célula em desenvolvimento no cérebro.
(Mesmo havendo a necessidade de se impor códigos de ética sobre este sistema que começa agora a fluir como cogumelos em terra húmida, haverá também certamente que afluir de toda esta técnica de engenharia genética em aperfeiçoamento e melhoramento)
Assim sendo, há que reportar que tal como detectives genéticos, ou perto disso, os cientistas tiveram a primazia de realizarem a reconstrução de árvores genealógicas celulares inteiras para mostrar como as células se relacionam umas com as outras.
Daí que tivesse havido mundialmente uma grande esperança tal como uma espécie de Santo Graal encontrado no mundo biológico, pelo que o futuro ditará na implantação e desenvolvimento destas tecnologias e, dados, que estão prontos para descobrir qual o processo pelo qual as células humanas amadurecem com a idade, de como os tecidos se regeneram, ou ainda do que provoca a doença.
Temos os Neurónios da Rosa Mosqueta (já anteriormente referido como um verdadeiro achado que tem de se mencionar ser da responsabilidade do Instituto Allen, em Seattle, nos EUA) em neurónios que compõem cerca de 15% dos neurónios da camada mais externa do cérebro que suportam funções cognitivas de alto nível.
(Este novo tipo de neurónio no córtex é exclusivamente humano, ou assim vão pensando alguns cientistas, pelo que se sublinha da sua importância do que fomos evoluindo ou geneticamente modificados para que tal sucedesse...)
A Conexão Intestinal é uma outra aventura agora que os cientistas admitem poder tornar-se mais forte com o link anatómico directo, ou seja, uma interligação entre o Intestino e o Cérebro - como um novo conjunto de rodovias informativas que ligam directamente o intestino ao cérebro.
Registe-se de que o Intestino Humano é revestido por mais de 100 milhões de células nervosas que permitem que ele estabeleça a comunicação com o cérebro, informando-nos de todas as nossas necessidades básicas.
A Conexão entre Cérebro e Intestino é muito interessante, ganhando uma força inédita no campo da investigação ou pesquisa, pelo que os especialistas descobriram da ligação directa do intestino aos centros de recompensa do cérebro através do nervo vago.
Já anteriormente os cientistas tinham notado que as células enteroendócrinas (células epiteliais glandulares) se ligavam directamente aos neurónios do nervo vago (um nervo gigante que vai do cérebro para os órgãos vitais, tais como o coração ou pulmões). E que além disso «conversavam» ou interagiam entre eles usando neurotransmissores clássicos (incluindo o glutamato e a serotonina que funcionam mais rapidamente que os hormónios)
Para finalizar, há que dizer que todas ou grande parte destas descobertas no Mundo da Neurociência vêm assim demonstrar o quanto está aberta aquela até aqui hermética porta do conhecimento, na sugestão futura de melhores tratamentos e medidas de prevenção contra algumas doenças.
O Sequenciamento Genético, os mini-cérebros e toda a tecnologia envolvida assim como o inestimável empenho de todos os cientistas nesta área, farão com que o futuro seja mais risonho para o ser humano. Assim pensa e sente o doutor Alysson Muotri que enaltece toda a relevância destes processos, sistemas e procedimentos na positiva contribuição para uma melhor compreensão do Autismo e de outros transtornos neurológicos.
Tal como o doutor Muotri expressa, eu e provavelmente muitos de nós, têm a percepção exacta de quão complexo é o nosso cérebro. E, como ele próprio afirma sem rodeios ou falsos estigmas: «É o Sistema Mais Complexo do Universo!»
Sistema este que pode orquestrar comportamentos sofisticados e pensamentos como a linguagem, uso de ferramentas, auto-consciência, pensamento simbólico, consciência e aprendizagem cultural. Tudo isso é uma fonte inesgotável da criação humana; daí que nos regozijemos por esse facto, por termos sido «escolhidos» para tal reverência.
Contudo, acentua ainda Muotri « A sofisticação tem um preço elevado - alterações subtis no desenvolvimento precoce podem levar a condições como Autismo e/ou Esquizofrenia. Daí que tudo tenha de ser devidamente ponderado e habilitado para o processo ou o sistema em si.»
Segundo o critério, sabedoria e experiência deste neurocientista (entre outros que corroboram de que ainda há um longo caminho a percorrer sem se legitimarem de imediato atitudes e procedimentos anti-éticos ou erráticos com o que o ser humano em boa consciência deve instituir), de que a maioria dos protocolos se baseia na literatura sobre o Cérebro de Roedores, sendo que, por lógica e sequência, outros factores estarão provavelmente ausentes ou super-representados.
Para induzir uma maturação adequada, levando a estruturas cerebrais mais organizadas, é necessário e em primeiro optimizar os protocolos de cultivo (nas ideais condições de cultivo ou então similares àquelas em que as células cerebrais humanas crescem) sem que hoje haja contudo essa absoluta certeza.
Segundo e ainda Muotri, ao conseguir-se isso na perfeição, poder-se-à então permitir usar desses organóides cerebrais para modelar até mesmo distúrbios de início tardio, tal como as doenças de Alzheimer ou Parkinson
Por tudo isto se observa e infere de que existe um «Outro Mundo» para lá do nosso, para lá da Neurociência que hoje se pratica e de todo um cérebro humano ilimitadamente intrincado.
Todavia, acreditando também que futuramente existirá um outro mundo de autêntica revelação em escancarada porta de todos os conhecimentos, ela se abrirá em apoteótica realidade que não mera magia dos deuses ou inquebrantável alquimia que só uns puderam conquistar.
Acredito piamente de que fomos bafejados com a sorte dos deuses (dando-nos «eles» a verdade do seu conhecimento e da sua constante intervenção em manipulação e evolução genéticas); e que nós, seres humanos, as recolhemos num processo longo e complicado mas certamente muito predestinado a que tal sucedesse.
Os Enigmas do Universo são muitos. Mas os do Homem - do ser humano no seu todo em género e autonomia - são porventura mais ainda, se realizarmos que a superioridade do nosso cérebro terá sido inventada por uma Inteligência Suprema, tão digna e complexa quanto a que criou em nós, humanos.
Mito ou verdade, nada me afasta da crença de que há magia na Neurociência, de que ela é soberbamente mágica, tão mágica quanto os seres que detêm o seu conhecimento e aproveitamento no seio interestelar.
Talvez que a Neurociência, seja apenas e tão-só a mais pura essência do reconhecimento da existência, da inteligência feita vida e da evolução feita criação. Apenas isso.
E que um Grande Cérebro tudo arquitectou - magistralmente! - espalhando vida, espelhando inteligência, sendo a Fonte Primordial versus cerebral que tudo edificou; no fundo, gerando grandes e frutuosos cérebros por todos os cantos cósmicos, por todos os recantos onde suspeitou de que a inteligência seria um bem natural. Brindemos a isso! Com todo o poder cerebral que nos assiste!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019
terça-feira, 26 de fevereiro de 2019
domingo, 24 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
As Poderosas Super-Terras
Planeta G1411b - ou o mais recentemente descoberto exoplaneta que orbita a estrela Gliese 411 (GI 411), localizado na constelação de Ursa Maior - tendo sido denominado de super-Terra, após a sua verificação e registo, liderados por uma equipa internacional de investigadores em colaboração com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Estando a somente 8 anos-luz de distância do nosso sistema solar e orbitando uma estrela que não é o nosso Sol (mas uma estrela anã-vermelha, cuja massa é inferior a metade dessa massa solar), recobra com toda a firmeza a científica opinião mundial de que, a maioria das estrelas que visualizamos no céu, terá provavelmente muitos outros planetas à sua volta.
E, sem querer extrapolar muito ou exagerar na demanda dos Astrofísicos, a possibilidade de existirem muitas outras formas de vida conectadas e acopladas a essa outra realidade cósmica...
A irrefutável realidade é que, mesmo dentro do nosso sistema solar, o conhecimento que hoje os cientistas detêm é sumamente considerável para que haja erros de palmatória. Ou de displicente aferição, pelo que se sabe de «Os Anéis de Saturno» estarem a desaparecer (mesmo após algumas captações de movimento «anormal» em morfologia e velocidade que se têm registado em volta deles, conotando com a actividade de naves interestelares de origem desconhecida ou extraterrestre).
Há que registar ainda, no respaldo versus encosto do que se considera estar tecnologicamente avançado na área da expedição ou investigação espacial - através do famoso telescópio espacial Kepler, da NASA - a revelação das surpreendentes descobertas que cíclica e cumulativamente têm vindo a público.
E tudo isso, para que haja luz sobre a escuridão ou, como diz tantas vezes a celebérrima jornalista e investigadora sobre os «Ficheiros Secretos», a norte-americana Linda Moulton Howe: «Enviar a luz, ou para a luz onde só há entropia», elucidando-nos assim sobre a imensurável profusão estelar que medeia e rodeia não só as nossas ainda escassas fronteiras espaciais, mas, as das profundezas de um Cosmos indefectivelmente belo e magnânimo, igualmente assustador e ainda muito desconhecido para nós, humanos.
Fazer das sombras a transparente verdade, é talvez o que todos buscamos, mesmo que certas sombras ainda nos possam fazer recear - ou atemorizar - o que por detrás delas se assume nessa mesma verdade... No entanto, há que acreditar que nem tudo é entropia ou malfazia!
As certezas antropocêntricas nem sempre correspondem à verdade; não, em termos dessa ferocidade humana sobejamente hermética e puramente castrante de se não saber (ou não se deixar saber) dessa verdade, que muitas vezes se oculta e se não exorta da melhor forma. O ser humano não é o centro do Universo. Nem nunca o foi! E muito menos o será de futuro - o Homem e toda a Humanidade - se assim continuar a enublar o que transparente e translúcido deve de ser em continuidade e evolução.
Poderemos ser ou ter sido sido há séculos perdidos simples míopes ocasionais. Ou intemporais. Autistas ou absolutistas no querer e na determinação de não ver mais em frente. E assim sendo, tudo se perde. Em vez de evolução haverá regressão. Mas tenhamos esperança.
Passo a passo, ano após ano e de século em século, vamo-nos abrindo ao conhecimento das estrelas e de todo o espaço cósmico, deixando para trás falsas consagrações de muitas civilizações. Muitas delas, nem sempre entendidas ou identificadas devidamente, aprumando-nos hoje para a continuada consciência de que somos apenas uma de entre muitas outras (civilizações planetárias) que habitam este grande Universo em que todos estamos ou queremos estar inseridos e adulados.
Edificámos (e registámos) cosmogonias nem sempre fiéis às suas origens, raízes ou convénios de sangue e génese. Mas tentámos. E falhámos. Fomos negligentes e ignorantes.
Durante muitos milhares de anos embriagámo-nos com essas perdulárias falsidades e tantas outras anormalidades que muitos quiseram que não percepcionássemos, que não detivéssemos em maior esclarecimento e identidade. Mas também esses falharam.
Hoje, à luz de todo esse conhecimento sobre o Cosmos e o Espaço que nos rodeia além as estrelas, vamos tendo cada vez mais a certeza - antropológica mas igualmente cosmológica - de que somos um todo indivisível que além as estrelas nos deu a sabedoria, a inteligência, e essa outra certeza de que a verdade vai muito para além das mesmas.
Abrindo essa janela, estamos enfim chegados ao mundo de outras terras, outras super-Terras que se nos abrem invariavelmente se as soubermos alienar em nós, em compreensão, respeito e sublimação, mas acima de tudo em certificação de sermos um simples «irmão» dessa outra grande família cósmica que o Universo nos é.
Basta de mentiras e crendices. Somos e continuaremos a ser somente um povo da Terra, sobre outros povos, outras civilizações que por este vasto manto negro do Espaço se conduz em energia e luz, matéria e vibração, magia e esplendor; e se possível em vida, em muitas outras formas de vida, pois que «A Vida» se faz em tudo o que a produz.
E assim é ou deve ser, em tudo o que a luz põe o seu cunho, o seu interesse e a sua condição, eclodindo em verdadeira anunciação de um Deus maior - ou Fonte luminescente criadora de vida - que a todos nos vê como iguais, mesmo que uns não sejam tão iguais assim, ou tão diferentes mas sempre tão especiais como os demais!
(Descoberta do K2-288Bb em 2017): Feinstein e Makennah Bristow - os dois estagiários envolvidos nesta fantástica descoberta, ambos estudantes de graduação; da Universidade de Chicago e da Universidade da Carolina do Norte, em Asheville, nos Estados Unidos - que teve como responsável máximo Joshua Schlieder, um reputado astrofísico do Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland (EUA).
As Descobertas
As descobertas não são fantasiosas ou repletas de um imaginário efabulado. São reais e divulgadas ao mundo, ao nosso pequeno mundo terrestre, com toda a eloquência necessária do feito mas também da certeza com que hoje os astrónomos e astrofísicos revestem os seus encontros científicos com o que está para além do nosso sistema solar.
A realidade vai por vezes ainda mais longe do que o suposto à priori, pelo que os cientistas nos arrogam de se estar perante uma imensa janela de oportunidades, em conhecimento e avanço, sobre um incomensurável acervo de hipóteses e sugestões do que existe exuberantemente para lá do nosso mundo e da nossa estrela solar. (Estrela solar esta, na ainda anã amarela que nos afaga, aquece e dá vida em toda a sua pujante postura de estarmos positivamente na zona habitável do nosso sistema solar para que tal suceda)
O Exoplaneta K2-288Bb: Em Janeiro deste ano (2019) soubemos com grande agrado e entusiasmo - de acordo com o que veio expresso e foi publicitado no Daily Mail - de que estagiários e astrónomos amadores tinham encontrado uma super-Terra a 226 anos-luz de distância da Terra na «zona dos cravos dourados»; ou seja, naquela circunstância cósmica de habitabilidade para que a vida ganhe forma.
Tal como o mais recentemente descoberto planeta G1411 que muitos astrónomos verificam poder ser semelhante ao planeta Vénus (recebendo cerca de 3,5 mais radiação do que a Terra recebe do Sol), o K2-288Bb, localizado na constelação de Touro, assume-se como sendo um planeta rochoso e rico em gás, embora este seja mais semelhante com Neptuno. Também ele observável dentro da Zona Habitável, fez com que os especialistas afirmassem peremptoriamente haver a esperança dele albergar vida.
Aproximadamente duas vezes o tamanho da Terra (daí a denominação de «super-Terra»), este K2-288Bb, enuncia-se como um sistema estelar que contém um par de estrelas fracas do tipo M, separadas por cerca de 8,2 biliões de quilómetros. - cerca de 6 vezes a distância de Saturno ao Sol.
A Estrela Mais Brilhante tem cerca de metade da massa do nosso Sol, enquanto a sua companheira é cerca de um terço da massa e do tamanho do Sol. O novo planeta K2-288Bb orbita a estrela menor e mais fraca a cada 31,3 dias. Estimado em cerca de 1,9 vezes o tamanho da Terra, o K2-288Bb é metade do tamanho de Neptuno, segundo nos informa a NASA.
"É uma descoberta muito interessante devido à forma como foi encontrada, na sua temperada órbita, e porque, os planetas deste tamanho parecem ser relativamente incomuns." (A explicação de Adina Feinstein, estudante de pós-graduação da Universidade de Chicago, nos EUA, sendo também a principal autora de um artigo referente à descrição deste novo planeta, na publicação científica «The Astronomical Journal»)
Planeta G1411b: no caso deste citado planeta agora descoberto através do espectrógrafo «Sophie» - instalado no telescópio do Observatório de Haute-Provence, em França - os investigadores detectaram que o planeta aparentava ser rochoso e completava uma volta em apenas 13 dias terrestres. Está aberta assim a porta para que se reconheça fielmente de que, a maioria das estrelas têm de facto planetas em seu redor, suscitando por sequência a questão da hipótese de vida seja ela qual for...
Há Vida lá fora!...
Se há estrelas há planetas. É o que se sugere agora sobre estas avolumadas descobertas de sistemas estelares que podem eventualmente acolher vida. Havendo planetas em seu redor, haverá certamente planetas que, em zona habitável nesses sistemas, possam efectivamente compor vida.
Em relação a este planeta - G1411b - a estimativa está em alta. Segundo um comunicado oficial do IA - Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, em Lisboa, Portugal - este estudo permitiu não só a descoberta deste planeta na «vizinhança do sistema solar», como, segundo explica em pormenor, se concentrou também na observação de exoplanetas que orbitam as estrelas anãs-vermelhas (cuja massa é geralmente inferior à massa do nosso Sol). E que, segundo a equipa de investigadores neste estudo envolvida, representam 80% das estrelas da nossa galáxia.
Ainda de acordo com o investigador Olivier Demangeon, do IA e da Faculdade de Ciências de Ciências da Universidade do Porto (FCUP): "A descoberta de um planeta de tipo rochoso em torno de uma das estrelas mais próximas da Terra, reforça claramente a ideia de que a maioria das estrelas que vemos no céu, tem planetas à volta."
Haverá então a possibilidade de existirem outras formas de vida fora do nosso sistema solar...? É perceptível que sim. Mesmo que diferenciados na forma, morfologia ou anatomia, é muito provável que existam seres inteligentes que povoam essas esferas planetárias. A Ciência diz-nos isso. E os cientistas confirmam-no, apesar da ainda existencial e visível incomodidade de muitos, perante todos estes factos cientificamente comprovados...
Planeta Terra: miraculosamente ou não, o nosso planeta azul está na Zona Habitável do sistema solar da nossa galáxia, a Via Láctea. Fomos abençoados ou liminarmente programados para isso. Por algo ou alguém na cosmológica visão e planeamento na sustentação de vida.
Por mão divina ou estelar, fomos bafejados com aquela magna sorte dos deuses, dos que se sabem fazer vencer e viver, segundo os acordos de um Universo tão mágico quanto enigmático ainda para muitos de nós.
Saberemos conviver com os atropelos, com as anomalias ou contradições que entretanto venham a suceder...? Não sabemos. No entanto, tentamos compreender primeiro de que é feita toda esta magia planetária de estarmos harmoniosamente contemplados com o «factor-vida» e só isso importa...
Zona Habitável («Goldilocks»)
Há quem lhes chame «Goldilock Zone» (zona habitável ou zona de Goldilocks), ou ainda «cachinhos dourados» em versão infantil em face à bonomia de localização. Há quem refira que é a zona mais aprazível e cientificamente a única que pode sustentar vida pela localização privilegiada que emana no seu sistema solar.
A Zona Habitável é então na explicação dos especialistas, aquela faixa de órbitas em torno de uma estrela na qual um planeta pode suportar água líquida. Ou, aquela região do espaço ao redor de uma estrela onde o nível de radiação emitida pela mesma permitiria a existência de água líquida na superfície.
A Terra está nessa zona, felizmente. Já Marte se afasta dessa possibilidade, sem contudo o ser humano esmorecer ou perder as esperanças de, em si, Marte ainda poder suster - ou sustentar - algo que num futuro anunciado nos possa albergar vida.
No entanto, como planeta gelado que é devido à distância em que se situa em relação ao Sol, não ser impossibilitado de recuperar essa vida perdida ou talvez submersa e escondida em termos bacteriológicos, tanto nos pólos congelados como em certos lagos que hoje os cientistas admitem poder suster água líquida. Acreditemos que sim.
Sabe-se que a Temperatura da Estrela (da que referencia o seu sistema solar) precisa emitir a radiação solar perfeita para que a água líquida possa existir à superfície; ou seja, uma temperatura moderada que nem congele nem incinere a microbiologia existentes. Os limites da zona habitável são críticos.
Se um planeta se verificar muito próximo da sua estrela, ele experimentará ou experienciará no seu todo, um efeito descontrolado dos gases de efeito de estufa, como se regista no caso do planeta Vénus.
Note-se que este segundo planeta a contar do Sol, Vénus, chega a registar temperaturas de mais de 400 graus centígrados. Um forno, portanto! Já se for longínquo demais, qualquer água irá definitivamente congelar!
(Temos o caso de Plutão ou como é formalmente designado 134340 - como planeta anão que é, no nono e mais massivo do sistema solar - em quase completa escuridão e gelo, ainda que esteja cerceado pelas suas 5 luas. De registar as impressionantes imagens de Plutão captadas em 2015 pela sonda New Horizons, da NASA)
Sol: o nosso sol! A nossa estrela maior que nos ilumina e dá vida. Mas nem todas as estrelas são assim. O planeta G1411b, por exemplo, orbita a estrela Gliese 411 (GI 411) e o planeta K2-288Bb a estrela menor e mais fraca do seu sistema estelar (K2-288) que compõe duas estrelas, uma mais brilhante (que tem cerca de metade a massa do nosso Sol) e essa menor em que orbita à volta e que tem cerca de metade da massa e do tamanho do nosso Sol. No entanto, existe a probabilidade de existência de vida! Será magia?... Não, apenas a fabulosa organização cósmica em que muitos destes planetas e exoplanetas estão envolvidos...
A «Zona Confortável»...
Desde que o conceito de «Zona Habitável» foi pela primeira vez apresentado no ano de 1953, que os cientistas então admitiram que muitas estrelas mostravam ter uma área absolutamente confortável de acomodação planetária viável à vida - sobre melhores condições de temperatura em razoabilidade dessa vida se poder suportar.
Além do mais, reconheceu-se também e a partir daí (mas com mais afirmação nesta última década), que muitas destas regiões de outros sistemas solares podem efectivamente possuir um ou mais planetas usufruindo dessa mesma contemplação.
Ou seja, pode de facto existir vida biológica ou outras formas de vida nesses planetas em redor das suas estrelas. Mesmo que nem sempre adequados à nossa forma (uma vez que as suas estrelas são diferentes do nosso Sol), poderem exibir outras formas de vida. Tal parece ser o caso do exoplaneta Kepler 186F que foi descoberto em 2014.
Segundo a conclusão de alguns cientistas mais afectos a esta tomada de posição de existir Vida Extraterrestre ou Alienígena nesses planetas, nada é coarctado então - ou afastado em rejeição total - de podermos vir (um dia destes) a ser confrontados com outros seres igualmente ou superiormente inteligentes a nós, seres humanos, dentro ou fora do nosso sistema solar...
Kepler (NASA): o grande descobridor de exoplanetas. Desde que o primeiro hominídeo olhou o céu e o primeiro Homo sapiens sapiens tentou decifrar em forma mais inteligível o céu, que o ser humano se questiona de como poderemos ir mais longe e saber mais do que existe nas estrelas. Desde 2014 que a NASA assim nos tenta elucidar, pelo que a missão Kepler já efectuou e detectou em milhares de exoplanetas, em que 30 deles possuem pelo menos duas vezes o tamanho da Terra; ou seja, são o que actualmente chamamos de super-Terras.
Kepler: o Grande Descobridor!
Lançado do Cabo Canaveral em 7 de Março de 2009, o agora famoso telescópio espacial Kepler tem feito as delícias dos astrónomos e astrofísicos na perseguição/expedição espacial na descoberta e conhecimento dos muitos planetas rochosos similares à Terra que povoam grande parte do Cosmos.
O satélite foi particularmente direccionado para procurar planetas fora do nosso sistema solar que estejam na Zona Habitável da sua estrela e possam dessa forma, eventualmente, albergar vida.
O Kepler está de parabéns. Perfaz no seu já longo curriculum espacial de oito anos de existência, uma panóplia de cerca de 5 mil exoplanetas encontrados e, especificados, com a normativa que lhe foi imposta. Cerca de 2500 estão já confirmados como potenciais planetas do que foi estabelecido.
Actualmente insurge-se na missão K2 (a segunda missão já da nave/sonda espacial) para assim descobrir mais exoplanetas. A expedição não pára. As anãs vermelhas são agora o alvo da sonda Kepler. Descobrir mundos é o seu mundo, e nós esperamos que assim seja ainda por muito tempo!
Em 2011, Kepler encontrou pela primeira vez um planeta que orbitava duas estrelas, conhecido então como Sistema Estelar Binário (Kepler 16b) que está localizado a aproximadamente 200 anos-luz de distância da Terra. (Houve especialistas que compararam este sistema estelar binário ao reproduzido no cinema, no filme de George Lucas «Star Wars: A New Hope» (Guerra das Estrelas: Uma Nova Esperança) que retratava o famoso pôr-do-sol no planeta natal de Luke Skywalker)
Ainda em 2011, Kepler descobriu o exoplaneta 22b - o primeiro planeta habitável encontrado fora do nosso sistema solar que, de modo bastante efusivo, foi saudado pelos astrónomos.
Este planeta foi então considerado como uma possível super-Terra habitável, grande e rochoso, e emanante de uma temperatura bem amena à superfície de cerca de 22 graus Celsius; o que na Terra condiz à nossa estação primaveril, sendo um bom augúrio portanto.
Em 2014, o telescópio espacial Kepler fez uma das suas maiores descobertas ao revelar-nos o exoplaneta Kepler-452b, apelidado de «Terra 2.0».
Apesar de se localizar a cerca de 1400 anos-luz de distância da Terra, foi com grande entusiasmo também que o mundo científico aplaudiu esta descoberta de Kepler, tendo este exoplaneta um tamanho similar ao do nosso planeta; assim como recebe aproximadamente a mesma quantidade de luz solar, tendo a mesma duração do ano que a Terra.
(Sobre este último, o Kepler-452b, os cientistas admitem poder haver a reprodução e evolução de um mundo vegetal, tendo em conta as características deste exoplaneta serem semelhantes às da Terra)
Em Abril de 2017, o telescópio espacial Kepler encontrou a sua primeira super-Terra - um enorme planeta chamado LHS 1140b. Esta super-Terra orbita assim uma estrela anã vermelha que se localiza a cerca de 40 milhões de anos-luz de distância da Terra (muito longe, portanto), sendo que os cientistas consideram que ela contém uns gigantescos oceanos de magma. Convidativo...? Não me parece; no entanto, parabéns ao Kepler, não destituindo este do seu valor na descoberta.
Sistema Estelar Trappist-1: Uma das maiores descobertas de 2017! Nisto, estamos todos de acordo. Foi sem dúvida, uma das maiores revelações da última década. Este sistema solar hospeda um recorde de 7 planetas semelhantes à Terra.
Cada um destes planetas - que orbitam uma estrela anã a aproximadamente 39 milhões de anos-luz de distância da Terra - retêm provavelmente água líquida à sua superfície, segundo os especialistas reiteram. Segundo os cientistas também afirmam, três destes planetas podem inclusive gerar vida evolutiva, uma vez que possuem as condições ideais para isso.
(Kepler detectou este sistema em 2016, mas os cientistas só muito recentemente divulgaram esta notícia mais abrangente e em pormenor, em artigos publicados em Fevereiro deste corrente ano de 2019)
Com o seu incrivelmente sensível instrumento (fotómetro) que detecta as mudanças na intensidade de luz, por menores que sejam, emitida pelas estrelas, Kepler consegue captar com toda a precisão o que se passa neste meio.
Tendo por objectivo um rastreio simultâneo de cerca de 100 mil estrelas, Kepler vai buscando assim as quebras ou quedas de intensidade de luz que indicam que um planeta está a fazer a sua órbita, passando entre o satélite e o seu alvo distante. (Quando um planeta passa em frente de uma estrela, esse evento designa-se por «trânsito»)
Segundo os especialistas, pequenas quedas ou interrupções no brilho de uma estrela durante esse «trânsito», vai ajudar futuramente os cientistas a determinar a órbita e o tamanho do planeta, assim como o tamanho da estrela. Nada fica ao acaso, registando-se este acontecimento.
E é desta forma e com base nesses cálculos, aferem convictamente todos estes cientistas, que se pode afiançar com toda a certeza possível se esse planeta está ou não na Zona Habitável da estrela; e portanto, se ela pode ou não albergar as condições necessárias para o crescimento de Vida Extraterrestre ou Alienígena.
Cromeleque dos Almendres (Évora, Portugal): O maior recinto megalítico estruturado da Península Ibérica e um dos maiores do mundo. Foi um local de eleição para as populações do Neolítico Médio e Recente - e depois do Calcolítico.
Cromeleques, Menires e Antas, são assim a mais verdadeira concepção de Geografia Sagrada, praticada e entendida pelas comunidades do Neolitico Antigo e Médio que habitavam estas regiões; neste caso, no sul de Portugal. Como locais de culto ou observatórios astronómicos, o Homem de então soube descobrir a verdade do que aparecia nos céus; fossem estrelas, fossem gentes de outros locais. Ontem e hoje a idêntica suspeição do que ditam os céus...
A Contemplação Estelar
Olhando para o céu, ritualizando algo que o transcendia ou simplesmente reportando o que os astros lhe confidenciam por noites e noites de vigília celestial, o Homem Primitivo foi-se apercebendo de uma vida para além da Terra; e mesmo para além das estrelas, possuindo um faro inaudito ou, certamente, aqueles mui apurados sentidos, abraçados a um indómito instinto do que havia para além da abóbada celeste.
Sentindo que nem mesmo o Homem Primitivo corroborava da estranha tese de se estar só no Universo, aquando erigia e se dirigia para locais de culto - pelo que no planeta terrestre se inculca em evidência na amostragem ao mundo de antigas civilizações que tinham os seus marcos de referência cósmicos sobre a Terra (de Stonehenge, na ilha britânica, ao Cromeleque dos Almendres, em Évora, Portugal, e tantos outros espalhados pelo globo terrestre) - que assim se determina que o Homem sabia e, sentia, não estar só!
Desde a sua vívica ancestralidade que a consciência lhe ditou que o movimento astral assim como as estrelas que brilhavam no céu não eram somente uma consequência vital da sua existência. Contemplando a abóbada celeste, o Homem (em condição e género de homem e mulher em ser evolutivo) sentiu ser premente saber mais e estar em contacto com os outros; planetas e gentes.
A cada dia mais a sua mente lhe foi gritando que, as observações astrónomas que fazia, ainda que embutidas de alguma reprimida urgência pelo que não conhecia na totalidade, lhe desse essa outra consciência de que a Terra era pertença de mais além e não o contrário.
Hoje temos o telescópio espacial Kepler. E outros que nos auxiliam na prestação máxima na descoberta e expansão de conhecimentos sobre os planetas distantes e fora do nosso sistema solar. Hoje sabemos que existe vida para além da nossa, para além da Terra.
Essas poderosas super-Terras de que os cientistas falam e nos dizem poder acobertar vida e no-la reestruturar, caso alguma calamidade se venha a insurgir sobre o nosso planeta, impele-nos a continuar, a buscar e rebuscar vida fora de portas.
Sagan sabia-o e Hawking também. Na contemporaneidade dos tempos, Elon Musk, Richard Branson, Jeff Bezos e, muitos outros, vão corroborando de que havendo ou não vida lá fora a temos de buscar, a temos de alcançar, pelo que a Terra nos é pequena demais para os avanços de um futuro que se cumpre já hoje.
Ontem e hoje, o Homem tem cada vez mais a certeza de que existirão muitas super-Terras que nos abrigarão e acolherão em sua zona habitável e considerável de nos sustentar vida.
No entanto, estarão elas - as super-Terras - em situação que não oposição de o fazer, de nos deixarem em si acomodar...? Terão a sua própria vida nelas, a sua realidade biológica de civilização e vivência, instituição e inteligência, possivelmente e em muitos casos muito superior à nossa?!
Deixar-nos-ão então imiscuir e infiltrar assim (tal esventre de estupro ou violação planetária) como um hóspede que não pede licença ou um vil forasteiro, prosmícuo invasor de uma até aí harmoniosa vida planetária em si, caso venhamos a possuir tecnologia espacial apropriada para tal alcançar...?! Não se sabe. Por ora, basta-nos que conheçamos que essas super-Terras existem e possuem vida nelas. Para já, é o que basta... mas será mesmo???
Oxalá sejam de facto poderosas, essas super-Terras, tão poderosas e magnânimas quanto o seu dinamismo estelar em se fazerem pertencer e coexistir num Universo que a todos envolve e emprenha de certa forma. Ou fecunda em termos que ainda não compreendemos.
Depois de refractados os sonhos, arrombadas todas as ilusões ou quebradas até algumas ambições (se algo entretanto correr mal), que mais sobrará ao Homem do que o acreditar, em pleno, por fé ou por teimosia, de que estas super-Terras são e serão sempre afinal o tão esperado colo materno em amniótico saco cósmico que um dia o gerou, embalou e deu à luz. Apenas isso.
Há mesmo que acreditar que assim seja... a bem de todos nós. Afinal, talvez que a Terra também seja uma super-Terra para outros lá fora, os que vierem por bem, e só por bem!
terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
sábado, 16 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019
terça-feira, 12 de fevereiro de 2019
O Mais Corajoso Exército!
Ébola: a incessante e quiçá extenuante luta que se trava em África contra esta terrível e infecciosa doença de níveis de contágio inacreditáveis, e que fazem o resto do mundo temer na potencialidade de uma possível e futura praga pandémica (ou surto epidemiológico à escala global) que transponha em si todas as portas, todas as barreiras, em extermínio de toda a população do planeta.
Os Exércitos do Bem!
Existem Exércitos. Os do Bem e os do Mal, como se sabe. Eu prefiro os do Bem, os que auxiliam e levam a paz, mesmo que por vezes tenham de fazer a guerra. Os capacetes azuis da ONU são disso exemplo. E muitos vezes caem. Morrem. Numa terra que não os viu nascer mas os viu morrer em nobre prestação da sua nação sobre outras que não conhece.
E depois há os outros. Aqueles exércitos de gente que não dorme mas cuida, não sucumbe mas protege, não descura e acarinha, independentemente da fragilidade de cada um. Esses, os exércitos de homens e mulheres de todas as cores, todas as raças, todas as etnias e ideologias, crenças ou oportunidades em que deixam de ser só a sua pessoa para serem a de muitas outras.
Estes Exércitos são os que lutam pela vida. Pela esperança que não morre, mesmo quando tudo à sua volta padece, sofre e fenece sem que haja um milagre ou uma forma de tudo reverter. O Ébola sabe disso e faz-se contorcionista, imbuído que está em criar o caos, a mágoa, o desespero e a desesperança nas vítimas que faz.
E vai abrindo os seus braços, os seus longos e tentaculares braços da desgraça sobre os povos de África... e que um dia não serão só de lá mas de todos nós, se entretanto não houver uma cura, uma abençoada e eficaz cura para todos estes males!...
Hoje sabe-se que estes exércitos se unem nesta demanda no feroz combate ao Ébola, a mais peculiar e fatal febre hemorrágica que parece não dar tréguas - em particular na República Democrática do Congo - por onde homens e mulheres de boa vontade e uma coragem férrea, se fazem continuar de pé, sem desistir ou sem fugir, de também eles poderem contrair a doença, determinando-se a nossos mundanos olhos como um dos Mais Corajosos Exércitos da Terra!
Quem disso duvidar vá até lá e testemunhe o que esta gente, da Medicina e da Paz, faz com todos os recursos que possui, por vezes apenas a voz do conforto e de uma segurança que não medeia, pois que as ferramentas - de prevenção e tratamento - há muito que estão esgotadas, tanto quanto as forças que se esvaem ao verem-se mais covas abertas e almas fechadas.
São batalhas duras. Muito duras! Mas não há espaço nem tempo para parar ou para se deixarem atemorizar pelos números que se avolumam e, estatisticamente vão apresentando ao mundo, mais detalhes e tristemente mais a confirmação de quem está a ganhar esta luta, esta terrífica batalha - hemorrágica também - de se não ver estancar.
Estamos no século XXI. De há 300 mil anos para cá supõe-se que algo tenha mudado. Da versão hominídea até ao Homo sapiens sapiens ou homem moderno, a Medicina e a compreensão que fazemos dela transformou o Homem e a sociedade em que vive - não sem antes se confrontar com muitas doenças, muitos surtos epidemiológicos que nem sempre conseguiu debelar. Um exemplo disso foi a Febre Espanhola no século XX que ceifou milhares de vidas por toda a Europa.
Se algo similar se estabelecer, que não seja focalizado e tratado convenientemente, sem antídoto e terapêutica ou haver a contracção/remissão dessa estirpe, desse vírus, o mal generalizado e proliferado à escala global poder-nos-à ditar o destino de toda a nossa civilização humana.
Ter essa consciência e usar de todos os meios para travar essa condição, será talvez o primeiro passo para que não desapareçamos sem deixar rasto; e deixando, este não seria de todo uma feliz ou benéfica contemplação do vestígio humano na Terra, pelo que essa pegada ecológica da humanidade feneceria por si, ante toda a restante vida planetária se acaso se propagasse aos restantes seres vivos do planeta.
(Daí que seja de máxima urgência estarmos atentos para estes fenómenos/surtos epidemiológicos de elevada perigosidade se não quisermos deixar de ser civilização...)
Neandertais: a civilização de há 40 mil anos que desapareceu sem explicar como. Portentosos, com fortes caixas cranianas e um raro espírito de sobrevivência, os homens e mulheres de Neandertal eram por certo muito mais resistentes do que o homem moderno; no entanto, não sobreviveram.
A extinção foi um facto a que hoje, indubitavelmente, damos voz sem sabermos com toda a certeza qual o factor determinante que terá levado a essa extinção. Pandemia, hibridação, coabitação conflituosa ou mesmo incesto são algumas alíneas; o que fica por esclarecer também, é se por contingência ambiental e planetária ditas naturais ou se por vias de mão não-humana, ou seja, por mão de quem nos é superior (na entidade de uma super-inteligência interestelar) em acintosa agenda de acabar com toda uma população...
Extinção ou Evolução?...
Há aproximadamente 40 ou 50 mil anos que nos debatemos com a razão pela qual certas civilizações humanas se extinguiram. Dos Neandertais da Europa aos Maias da América Central e Sul.
E tantas outras que por vezes e só através das mais recentes escavações arqueológicas vamos conseguindo destrinçar, aperfeiçoando ou talvez rectificando um conhecimento que outrora não detínhamos - em datação e conotação - com o que os actualmente determina, relaciona e subjectiva estas civilizações perdidas. No entanto, uma Nova História vai-se fazendo...
A Ciência, por sua vez, certifica-nos em fonte segura da existência de hominídeos há cerca de 300 mil anos, os quais se foram «moldando» - na velha teoria da Selecção das Espécies de Charles Darwin (teoria da evolução pela selecção natural). E assim, expressada com grande enfoque nestes dois últimos séculos - ou na mais eloquente revelação - que toda a vida na Terra descende de um ancestral comum e que as sucessivas gerações em existência e sobrevivência se tiveram de adaptar; as que o não conseguiram foram extintas, segundo a sua teoria. Mas terá sido exactamente assim???
Depreende-se que mesmo com a acirrada oposição por parte de alguns historiadores, vai-se reescrevendo uma Nova História Humana - ou mais exactamente uma Arqueologia Proibida - segundo alguns teóricos sobre a História dos Antigos Astronautas que visitaram a Terra, por outros que jamais o admitem, reportando-se meramente aos factos que se conhece, não referindo ou simplesmente preterindo hiatos que se não explicam (não lhes dando qualquer importância).
E, aliás, não reconhecendo também que houve um certo e Grande Salto em Frente na condição humana em inteligência, desenvolvimento e evolução inexplicáveis ou entendíveis do ponto de vista científico. E reconhecendo, o não sabem confinar em explicação plausível.
O que se sabe é que nos primórdios (há aproximadamente 40/50 mil anos) havia três espécies de hominídeos - Neandertais (homo sapiens neandertalensis), Homo Floresiensis (vulgo hobbits, seres de estatura muito pequena) e Denisovanos. E que a partir daí, dessas espécies, houve um extraordinário Big Bang da inteligência humana em QI surpreendente que tudo fez mudar.
O que despoletou tamanho fenómeno nos cérebros humanos de então ninguém sabe com toda a certeza responder, apesar de alguns afirmarem ter-se tratado de cirúrgicas manipulações genéticas perpetradas por extraterrestres que desejavam a nossa evolução à sua semelhança. O fenómeno não é de facto de simples explicação, pelo que todavia e ainda hoje não existe um consenso geral na identificação científica lógica para tal.
Na contenda entre os mais conservadores que seguem Darwin e aqueles que se lhes opõem na medida em que defendem que fomos sempre sendo evoluídos por uma ou mais espécies de extraterrestres ou de origem interestelar de grande clarividência, superioridade e inteligência, sobram ainda os que por bases geneticistas aferem ter havido um chamado «estrangulamento genético».
Estrangulamento este, que fez com que um pequeno grupo de seres humanos tivesse evoluído num aumento exponencial de inteligência por motivos de força maior em mutação irreversível, detectam os investigadores. Mas que clique foi esse então? Espontâneo e milagroso ou eximiamente calculado e executado nos hominídeos de então com objectivos precisos?!
Mesmo tendo havido por suposição ou provavelmente por descobertas feitas outras 4 ou 5 subespécies humanas, pode-se sugerir que tenha havido também uma que se sublevasse; uma civilização vinda de África, do Iraque ou mesmo do Médio Oriente (sumérios?!) E nessa vertente, que descendemos todos de um ser humano vindo de África, um «Adão cromossomial-Y» que deixou a sua terra há cerca de 50 mil anos espalhando-se por todo o planeta.
Esta, a explicação para a torrencial evolução de que fomos alvo. Mas sobre a extinção... nada! Nem mesmo quem admite fervorosamente que o factor climático em alteração extrema possa ter provocado essa extinção; neste caso referente aos Neandertais. Quanto à civilização Maia a coisa fica mais estranha, pois não existem esqueletos enterrados que o comprovem.
Por que razão, quais os motivos reais, qual a origem dessa extinção...? Pouco ou quase nada é o que sabemos sobre ela. Daí que tenhamos de estar atentos, muito atentos, se acaso algo ou alguém - por instada mutação ou particular motivação para nós desconhecida - accionar um botão vermelho de erradicação, eliminação ou subliminar extinção sobre toda a nossa civilização!...
Ébola na RD do Congo: em 6 meses o Ébola já matou mais de 500 pessoas, no registo dos números do Ministério da Saúde do país, como as mais recentes vítimas mortais desta tão pungente febre hemorrágica. Desde o início da epidemia - a 8 de Agosto de 2018 - que se estima terem falecido 505 pessoas das 806 infectadas com esta doença. As províncias de Kivu-Norte e de Ituro, no leste e nordeste (respectivamente) deste país africano, foram as mais atingidas. A pergunta que muitos de nos fazemos é: Estará o Ébola circunscrito a esta região e a este país???
Ébola: A sentença de morte?...
Existem questões para as quais nem sempre sabemos a resposta. O que se deve fazer em primeiro é saber do que se trata efectivamente esta doença tão mortal quanto democrática ou aleatória, se acaso estivermos em contacto (mesmo sem o sabermos) com o portador desta doença.
É uma doença rara - muitas vezes fatal - com uma taxa de mortalidade registada nos 25 a 90% causada pela infecção por vírus Ébola. De momento não existe tratamento específico no combate à doença nem vacinas comercialmente disponíveis, o que não é nada animador nem apaziguador dos nossos maiores receios em ver - ou sentir - esta doença proliferar nas grandes cidades europeias, americanas, russas ou chinesas. O mundo tem de estar alerta!
Sabe-se que têm existido alguns casos pontuais, esporádicos, na importação da doença (na Europa e nos Estados Unidos) mas que felizmente não se reportaram na formação de cadeias de transmissão do Ébola. Aqui, o mundo mexe-se e resolve, apesar de todas as consequências admitidas.
Quanto à sintomatologia, esta é acentuada, no que os futuros pacientes se debatem com esta infecção que degenera em febre, náuseas, vómitos, diarreia, dores abdominais, dores musculares, dores de cabeça, dores de garganta, fraqueza e hemorragia inexplicadas. E isto, na evidência física de sintomas que aparecem subitamente entre 2 e 21 dias após a exposição ao vírus.
A Fase Seguinte do Ébola regista-se ou caracteriza-se habitualmente pelo aparecimento de manchas na pele, insuficiência hepática e renal. Alguns doentes apresentam igualmente hemorragias internas e externas excessivas ou de facto abundantes (não debeladas totalmente pelos meios clínicos, infelizmente) e, insuficiência de vários órgãos, o que clinicamente se traduz em falência múltipla.
A Doença por vírus Ébola é transmitida por contacto directo com fluidos ou secreções corporais (sangue, vómitos, urina, fezes, saliva ou sémen), de pessoas infectadas, mortas ou vivas.
A Infecciologia/Infectologia tenta estudar estes casos com o máximo rigor, observando-se muitas vezes não ser com total eficácia os recursos existentes para combater essa infecção derivada dos patógenos, vírus ou bactérias.
Neste caso, a infecção aqui determinada é tanta que é essencial, sempre, o uso de fatos especiais do pessoal clínico para lidar com estes casos. Nada pode ser descurado, uma vez que pode inclusive haver a transmissão do vírus Ébola através do contacto directo com as superfícies - objectos ou roupas contaminadas com fluidos dos pacientes.
Há que ter presente nunca praticar um acto sexual desprotegido, uma vez que a doença pode ser transmitida pelo contacto sexual não-protegido até 3 meses depois de se ter recuperado da doença.
O Ébola também pode ser adquirido por contacto directo com sangue e outros fluidos corporais de animais portadores da doença, ou pela ingestão da carne dos mesmos.
De acordo com a publicação de 2018 feita pela DGS - Direcção Geral de Saúde - de Portugal, e os estudos científicos mundiais conhecidos até hoje, a transmissão do vírus Ébola só ocorre quando uma pessoa apresenta sintomas, pelo que é necessário de muita prevenção e cuidados, uma vez que o vírus poderá estar em processo de incubação sem o paciente saber.
Os países mais afectados por esta doença são: Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e República Democrática do Congo. Em relação a este último país (RDC), o número de mortos por contágio neste início de ano de 2019 foi algo assustador, num impressionante registo de ascendência. Ou seja, a subir, sem que haja algo definitivamente desmobilizador para tal.
As cidades de Beni, Katwa, Mabalako e Kalunguta continuam a ser das cidades mais afectadas (todas elas pertencentes à província de Kivu-Norte) com um maior índice de mortalidade devido ao contágio do Ébola; e isto, desde que a epidemia foi declarada em 8 de Agosto de 2018. Daí que só nos reste a liminar questão: Para quando o seu término...? Ninguém sabe.
Ébola: quase sempre a tragédia inevitável de levar consigo o seu portador. Os números são a evidência do muito que ainda se tem de fazer, sem por vezes se saber como. A OMS (Organização Mundial de Saúde) eleva o número de 789 casos de infecção com o vírus Ébola, na RD do Congo (até ao dia 5 de Fevereiro de 2019, segundo enuncia o «Observador») num registo de 735 casos confirmados e 54 prováveis. A OMS refere ainda em comunicado de que, o Índice de Mortalidade Global, atingiu os 62%. Poderemos ficar sossegados com estes números...? Acredito que não.
Ébola na RDC: a calamidade em números...
Em relação à República Democrática do Congo(RDC), segundo dados oficiais actuais do Ministério da Saúde deste país, dos 806 casos registados desde Agosto de 2018 até Fevereiro de 2019, 745 foram já confirmados em laboratório e 61 outros são prováveis - sendo que em 9 de Fevereiro deste ano foram já confirmados 6 novos casos e 3 novas vítimas mortais nesse mesmo dia, o que vai preenchendo ainda mais a escalada do vírus Ébola na não-contenção da doença ou do que ela provoca.
Para piorar ainda mais a caótica situação em termos humanitários ou de auxílio às populações, a Direcção Geral de Luta contra a Doença de Ébola notou recentemente vários casos registados nas fileiras do Exército Nacional Congolês, na cidade de Butembo, onde dois militares oriundos da zona sanitária de Oicha - e que trabalhavam no aeroporto de Butembo - foram identificados como sendo dois casos confirmados de Ébola a 12 de Janeiro de 2019.
A Esperança: Estes dois militares permaneceram então 5 dias no Centro de Tratamento de Ébola, saindo felizmente curados após essa estadia hospitalar, segundo se estimou em termos clínicos. Outros casos suspeitos têm surgido e sido por sua vez rastreados devidamente não havendo razão para preocupação, pelo que os testes laboratoriais registaram como negativos, o que é sempre uma boa notícia.
Há somente a acrescentar que a vacina rVSV-ZEBOV continua até ao momento a ser a única no combate a este tão hediondo vírus (ou contra as doenças associadas por vírus do Ébola), aprovada pelo Comité de Ética na sua eclética decisão de 19 de Maio de 2018. Muito recente, portanto.
Esta vacina é fabricada pelo Laboratório Merck (ou grupo farmacêutico Merck), o que permitiu assim à República Democrática do Congo poder imunizar cerca de 77 mil pessoas - entre elas os prestadores de cuidados médicos de primeira linha e que estão directamente em contacto com os pacientes.
A Vacina que previne. Ou que tenta afugentar outros fantasmas. O vírus do Ébola não se compadece com faixas etárias ou escalas socais na RDC; ou em qualquer outro lugar. Infecta, contagia e dissemina invariavelmente as suas vítimas. Segundo nos noticia a CNN, cerca de 100 crianças acabam por falecer devido ao Ébola, aquando a crise piora ou aí se instala em toda a sua ferocidade.
De acordo com o «Save the Children», esta é a triste constatação que daí se resume aquando esta doença alcança um novo pico e, acelerado ritmo, com o surgir de novos casos de duplicação, em particular no mês passado (Janeiro de 2019).
Há quem refira que muitas crianças são inclusive abandonadas à sua sorte. E o mundo nada diz, nada faz. Seremos todos cegos, surdos e mudos para esta realidade?... Ou estamos apenas a precaver-nos para com eventuais e futuros infortúnios caso esta doença nos bata à porta???
Indiferença ou apenas conformação...?
Os números crescem ao ritmo e à velocidade com que estas notícias nos chegam também na sempre crescente reflexão (ou que assim deverá ser) do que devemos ou não fazer para que estes casos se não propaguem em foco disseminado por todo o globo.
Todavia, com excepção de um outro caso mais mediatizado passado nos Estados Unidos ou na Europa (em importação do vírus do Ébola), pouco nos importamos com esta realidade que nos parece ainda tão distante. Contudo, não o é. Portos e aeroportos estão de vigília, apesar de nem tudo se poder conter ou refrear em simples globalização no movimento de transporte de pessoas e bens, sem que haja uma segurança efectiva de se não estar a transladar também este ou outros tão nefastos vírus.
Neste momento, reconhece-se de que o actual surto epidémico do vírus do Ébola é o segundo mais mortal e o segundo mais mortífero da História - superado apenas por um, na África Ocidental em 2014, quando a doença matou mais de 11 mil pessoas, segundo a OMS.
"Estamos numa encruzilhada. Se não tomarmos medidas urgentes para conter isto, o surto poderá durar ainda mais 6 meses, se não o ano todo!..." (A indissociável verdade dita em comunicado por Heather Kerr, directora do Save the Children, no Congo)
A sua preocupação adensa-se, pelo que nos acrescentou: "É fundamental convencer as comunidades de que o Ébola é uma preocupação urgente e real. As pessoas interromperam os funerais porque não acreditavam que o falecido havia sucumbido ao vírus. Os trabalhadores humanitários foram então ameaçados porque acreditavam que eles disseminavam o Ébola."
Outro factor de grande relevância é o estado de instabilidade, insegurança e violência que grassam no país não estancando de modo algum este surto epidémico.
A Agência de Saúde Pública da ONU estima que mais de um milhão de refugiados (e pessoas internamente ligadas a si) estão a viajar entre as províncias de Kivu do Norte e Ituri, num movimento considerável de grande factor de risco que potencia evidentemente a propagação do Ébola.
Kivu do Norte assume-se assim o epicentro do surto, sendo que esta e Ituri (onde também existem casos registados), são as duas províncias mais populosas do país, no que ainda vai piorar mais a situação - caso se não contenham estas deslocações - pela evidente referência de fazerem fronteira com o Uganda, Ruanda e Sudão do Sul.
E, como se sabe, onde a instabilidade política também se traduz, não havendo grandes perspectivas de se poder redimir a acção do Ébola. Se não se reprimir este presente em que o Ébola é rei, possivelmente não haverá grande futuro para as novas gerações, infere-se.
Disseminado e não-contrariado por toda essa tão vasta região africana, em breve se poderá admitir ter condenado toda uma zona à sua condição de não-vida. Ou seja, à morte. E pior, se esta passar de portas para fora de África!...
Tal como a civilização dos Neandertais, poderemos ser dizimados. Extintos! A Humanidade nunca sentirá esse medo até que ele lhe chegue perto: Mas há que recordar que, se há 40/50 milhões de anos toda uma comunidade foi extinta, assim como alguns outros milhares de subespécies humanas que pela Terra possivelmente vaguearam, por que não dar mais crédito a estes surtos, a estas epidemias?...
Há que ter a noção perfeita da nossa imperfeição, a finitude do que nos não é efectivamente infinito ou imortal, e saber lidar com isso. Mas tentar, apressada mas convictamente (e com toda a noção de urgência que o tema induz) em se descobrir uma cura; e acreditar que um dia o Ébola será erradicado para não mais voltar. Mas será assim???
A inocência do que não se sabe. Mas sente. Roubaram-lhe a mãe, o pai, os irmãos, tios e tias. Os avós há muito que partiram devido à fome, às doenças, às outras doenças. Há que procurar comida e só isso importa. Se a doença vier tudo acabou. O vender o amendoim, o vender qualquer coisa que mitigue a dentada no estômago vazio que ronca como demónios por nada ter em si, e só isso importa, por agora, mesmo que esse agora seja já hoje e aqui...
É aqui que se apela aos exércitos, à protecção, ao desvelo, à comoção e à solidariedade. Mas haverá meios para isso?... Haverá exércitos que os protejam, que lhes dêem colo e abrigo, a elas, às crianças...? Sabemos que não. Muito pelo contrário.
São outros exércitos, os do mal, dos violadores aos saqueadores, aos que roubam vidas e esperança tal como o Ébola. E que só o Ébola conhece, desdenha e ensandece, por todas as covas abertas que se tapam com corpos que um dia foram vida. E as crianças, Senhor???
Crianças que o Ébola não levou...
É sempre um assunto por demais delicado. E tão intrincado, que muitos fingem não saber ou não querer saber. Mas elas existem e sofrem. Muito!
Não se lhes pergunta se estão sós ou se precisam de algo; apenas que andam por lá e vagueiam e escapam ou tentam escapar à mais terrível doença que lhes levou toda ou parte da família, e da que sobrou, se é que sobrou, nada ficou - nem forças nem vontades de ter como responsabilidade mais bocas para alimentar.
(Infelizmente é esta a triste dura realidade que muitos repórteres no local averiguam e observam consternados na impotência gerada de algo se poder mudar.)
Quanto às crianças que dizer (ou que pensar mais), perante o que nos foi deixado mais em lástima que em pedido ou talvez mais em urgência que em súplica, por voz inflamada de Marie Claire Mbombo, funcionária de protecção à criança:
"Muitas crianças estão sendo deixadas sozinhas - por causa do vírus ou por diferentes razões. Nalguns casos, os seus pais estão no hospital ou a trabalhar no campo. Outras crianças ficaram órfãs."
Mbombo esclarece ainda com toda a tristeza no olhar: "As Crianças deixadas sozinhas correm um maior risco de abuso sexual ou de ter que trabalhar. Algumas delas estão a vender amendoim à beira da estrada para sobreviver."
Perante tudo isto que dizer...? Ficar indiferente ou acomodado à nossa mesquinhez ocidental da sociedade moderna em que se vive nas grandes cidades, nas insensíveis urbes de massa populacional indistinta?! Poderemos continuar a fingir que África nos é longínqua e nada nos diz, a não ser que um dia de lá viemos em corpo e génese, em alma e tudo o mais, sem que agora o consideremos recuando no tempo...???
Poderemos, muitos de nós, viver com essa não-consciência de sermos descendentes de Eva mitocondrial ou de Adão cromossomial-Y sem nada reabilitarmos ou realçarmos o que de melhor temos sem ser através da mais pura displicência para com outros?
Penso que devemos pensar um pouco. E agir. Não é no sentido de irmos «África Minha» sem razão ou sem conhecimentos para tal (por muito boa intenção que tivéssemos) ajudar estes órfãos e esta terra-mártir; mas, trabalhar com todos os meios, todos os recursos à nossa disposição na busca de uma solução, seja a nível laboratorial seja a nível político, pois que muitas mortes se evitariam caso os governos obedecessem a regras, a auxílios vindos do exterior.
Temos esse dever para com as crianças mortas pelo Ébola, mas acima de tudo pelas vivas que permanecem abandonadas e rejeitadas por todo o mundo. Não devemos ignorar, banalizar ou até ostracizar o mal de que padecem. E se assim é, por que razão o é ?... Por serem negras? Por serem de África? Por não nos serem nada??? Não. Isto não é um monólogo de surdos. Ou um debate que se queira inter-racial. Nada disso. Nem racismo nem xenofobia têm aqui cabimento. Apenas piedade e auxílio a quem o merece certamente.
O ser humano não tem cor. Mas tem doenças. E todas elas, ou grande parte delas, não escolhe o alvo, o receptor. O Ébola também não. Acolhe e recolhe as suas potenciais vítimas indiscriminadamente; e mais ainda, de quando se negligencia cuidados e prevenções!
Furando fronteiras e outras barreiras, um dia destes o arrependimento ou o alheamento não nos bastarão (nem tão-pouco aos grandes laboratórios farmacêuticos) que em vão tentam descobrir o antídoto certo para a cura certa.
E, enquanto não houver cura nem reflexão, o ser humano continuará nas mãos daquele mais terrível conquistador que tentará a todo o custo derrubar o Mais Corajoso Exército, aquele que ajuda, ombreia, cuida e vela; e só depois sepulta, os seus mortos, os que não conseguiu salvar.
A todos eles, aqui fica a minha mais sincera homenagem aos homens e mulheres envolvidos nos Centros de Tratamento do Ébola (na RDC e fora dela). Ao excelente trabalho efectuado pelos médicos, enfermeiros e todos os auxiliares mobilizados contra este flagelo no mundo, no nosso pequeno mundo que se chama Terra.
Se o Ébola nos for invencível e intransponível em todas as suas patogénicas qualidades de replicação e invasão - e que hipoteticamente nos irá no futuro infernizar e matar - então de nada valeram as batalhas por África, a nossa génese e a nossa evolução, seja de quem for que a tenha sonhado e impulsionado, orquestrado e criado. Que importa a origem se a meta é a morte? A menos que não haja morte...
Se não tivermos futuro, pouco importará de onde viemos, sendo que para lá iremos sem o saber contudo. No entanto há que acreditar que Outros Corajosos Exércitos se estão a agrupar, a mobilizar, a recriar uma nova forma de sentir e pensar, agir e consolidar, pois que todos talvez um dia precisemos desses exércitos humanos para nos ajudar... no colo e na dor, ou somente na solidão de quem não partiu mas ficou, vendo o que o Ébola lhe roubou...
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
domingo, 10 de fevereiro de 2019
sábado, 9 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
Além de Marte
Além de Marte: além tudo o que o Homem determina conseguir sobre o Espaço e sobre os planetas vizinhos; por enquanto. Não há margem para erro nem para recuos. Não há igualmente margem para dúvidas que façam retroceder os ímpetos do ser humano na sua espacial exploração (e subsequentes expedições) num conhecimento interplanetário cada vez mais profundo e, lúcido, sobre essa esparsa morfologia. Parar não é um objectivo; recuperar o tempo perdido sim!
Além o Tempo Perdido
Perdemos muito tempo. Tempo que já não temos para recuperar as forças e a energia disseminadas em maior conhecimento do que nos vem do Espaço. Temos de ser ágeis, inteligentes e resolutos, ousados e decididos, pois não há tempo a perder!
Disso dependerá a continuidade da civilização terrestre que dá pelo nome de Humanidade. Pelo que dependerá também única e exclusivamente dos esforços, da entrega, do dinamismo, e de todo esse já irrefutável potencial de empreendedorismo aeroespacial a que o Homem se projectou nestes últimos tempos na tomada de posse e, conquista, de outros mundos sobre o nosso mundo!
O tempo não está a nosso favor. Há quem afirme até que já estamos atrasados e por certo muito afastados do tempo necessário para buscar sobrevivência - mas também subsistência - fora de portas, que é o mesmo que dizer, noutros mundos, noutros planetas que possam estar como a Terra na zona habitável desse seu sistema em face à sua estrela solar.
Ainda Iremos a Tempo...???
O tempo escasseia. O Espaço não. Expande-se e contrai-se, tal como o bater do nosso tão humano coração em explosão de sangue e vida; ou de matéria e energia, vibração e magnetismo, e tudo envolto na mais voluptuosa gravidade de podermos voar sem asas mas também gelar e desaparecer no mais profundo espaço sem deixar rasto. E tudo isso, num volátil e inúmero segmento de elementos que ainda hoje tentamos decifrar - e compreender! - a nível cósmico.
A vida e a morte estão sempre ligadas. Nascem estrelas e morrem outras e assim sucessivamente em maravilhosos enxames globulares que nos afirmam de toda a sua importância estelar, indissociavelmente rodeados de uma compleição galáctica e exoplanetária igualmente esfuziante e infinita. Formam-se planetas e destroem-se planetas. Como tudo na vida que conhecemos.
E se não há espaço nem tempo, talvez assim possamos atingir, em termos quânticos, esse tempo que nos falta para termos acesso ao Espaço. E, através dele, assomarmos mais, avançando mais nele, pois que a Terra - o nosso querido e amado berço planetário - talvez que já tenha os seus dias contados.
Os distúrbios geológicos da Terra têm-nos dito isso. Os de dentro e os de fora (a deslocação repentina dos pólos é disso exemplo). São muitos os inimigos do nosso planeta - assim como de outros - na eloquente transformação cósmica por que passam os corpos celestes sempre em constante mutação e replicação de fenómenos que nem sempre destrinçamos ou entendemos devidamente. Mas os cientistas sim, acredita-se.
Chegam perto do que está a suceder, do que está efectivamente a submeter o nosso planeta a certas causas e consequências a nível sismológico e vulcanológico nas profundezas da Terra, assim como das influências exteriores nas intermitentes ou constantes passagens de cometas, asteróides e meteoritos que, segundo afirmam, é a causa mais lógica de todo esse movimento vital e energético que compõe o Cosmos. O perigo espreita e o tempo esvai-se.
Daí que seja tão importante que a NASA tente explorar mais, saber mais através da MARS InSight, tudo, ou parte do que o planeta vermelho ainda nos esconde; ou a Lua em seu total mistério dos dois lados de si. E talvez mais tarde, quem saberá, de outros planetas a que chegaremos...
Talvez nunca venhamos a saber destes mistérios, destas ocultações que muitos desmistificam e tentam classificar como somente paraísos basilares de seres do Espaço, de seres extraterrestres que aí se acoplam para determinados fins e finalidades. Não o sabemos com toda a certeza mas, a ser assim, talvez tenhamos também de lhes pedir permissão e licença para nos deixarem entrar...
(Imagem da NASA/JPL-Caltech): InSight Lander, da NASA: A maravilhosa sonda da NASA em Marte. E que, pela primeira vez, em Dezembro de 2018, surpreendeu a Terra ao captar o som do vento marciano, a partir das vibrações que atingiram os painéis solares da InSight.
Segundo os investigadores da NASA, os ventos marcianos chegaram a uma velocidade estimada entre 16 a 24 km/h. O que se conclui então de que, o mundo terá ficado mais rico, o nosso mundo, ao constatarmos de que a sonda InSight está de facto a fazer um extraordinário trabalho.
Desde 26 de Novembro de 2018 (data em que aterrou na superfície de Marte), que a sonda InSight tem estado a recolher dados com toda a mesura possível. Só nos resta agradecer-lhe tão prestativo empenho por tão difícil exploração sobre tão inóspito território planetário; e, por onde se sabe, ecoaram os primeiros sons de Marte...
"Capturar esse áudio, foi algo que não estávamos de todo planeando. Mas, um dos pontos a que a nossa missão se dedica, é justamente medir o movimento em Marte, e naturalmente isso inclui o movimento causado pelas ondas sonoras." (Afirmação de Bruce Banerdt, um dos chefes da missão que investiga as características do interior do planeta Marte, em comunicado oficial à imprensa)
Os Estranhos Sons de Marte...
A NASA não tem medido esforços no sentido de saber mais sobre Marte; disso ninguém tem dúvidas. E nós, comuns cidadãos, realçados pela curiosidade que nos caracteriza, vamos recebendo com agrado estas notícias que soam sempre a grandes novidades - e autenticidades, acreditamos - vindas do nosso planeta vizinho, vermelho ferrugem de sua cor e identidade, que talvez um dia nos sirva de porto de abrigo...
No dia 26 de Novembro de 2018, a sonda InSight da NASA aterrou em Marte (na percorrida distância de 480 milhões de quilómetros). Para a acolher, na localização exacta de Elysium Planitia, a planície marciana, estava um todo de expectativa e muito nervosismo do lado de cá; ou seja, da Terra, em vasta ansiedade mas também a férrea vontade de tudo ir correr bem, por parte dos envolvidos.
O sonho ia de novo começar (terá sido esse o pensamento dos cientistas), após as outras tantas investidas das sondas Opportunity e Curiosity, da NASA, que se deslocam pelo território marciano ao contrário da InSight, que tem por missão permanecer numa certa região ou zona determinada para recolher informação.
Saber da constituição geológica de Marte é muito importante, segundo nos contam os especialistas. Assim como reconhecer em dados específicos o conhecimento do seu tamanho e a composição do seu núcleo, além do historial remoto que recolhe em si e o mantém até hoje naquelas tão difíceis condições planetárias.
No entanto, foi a audição do «bater do coração» de Marte que entretanto ouvimos em total suspense e admiração, que nos fez derreter o nosso, ainda que a muitos milhões de quilómetros de distância...
(Por curiosidade: Em 31 de Julho de 2018, a distância entre a Terra e Marte registou-se em 57,6 milhões de quilómetros, na mais curta distância havida entre estes dois planetas sobre os últimos 15 anos.)
No entanto, Marte continua a ser ainda muito distante para nós, seres humanos. Ou talvez não, se dermos crédito a quem afirma a pés juntos que já lá estamos em programas altamente secretos e de alta confidencialidade...
(Imagem gentilmente cedida pela NASA/JPL-Caltech): A imagem revela uma InSight muito activa e exímia no que lhe foi pedido, não só obtendo a informação devida sobre Marte, como tendo a exequibilidade necessária para o fazer, recarregando as energias para que nada falhe. Entretanto na Terra, os cientistas auscultaram os sons e a vida planetária que Marte emana (através dos registos que o sismógrafo vai recolhendo sobre a actividade sísmica marciana) em total despojamento de si.
Por tudo isto, surgem então as inevitáveis e naturais questões de quem quer saber mais: Que mais e inebriantes surpresas Marte revelará...? Além dos lagos congelados, da hipótese de água líquida à superfície e a atitude comportamental geológica de um dia ter acobertado vida, que mais Marte esconderá de nós...??? Penso que tenhamos de esperar um pouco mais para o saber. Ou não...
A Caça aos Terramotos/Meteoritos
O entusiasmo científico por parte dos especialistas da NASA em relação à sonda InSight tem sido deveras estimulante (e também estipulado) pelo que ela lhes tem sugerido desde que aterrou no planeta vermelho em finais de Novembro. Um dos objectivos é a caça aos terramotos e a outras ocorrências (meteoríticas, por exemplo) em recolha de dados por vias do módulo «InSight Mars» da NASA.
O Sismógrafo ultra-sensível da sonda (SEIS - «the Seismic Experiment for Interior Structure») ou Experimento/Instrumento Sísmico para a Estrutura Interior, terá essa especial missão em detectar qualquer actividade sísmica com todo o pormenor e rigor, segundo o afirmam os seus criadores do CNES e IPGP - Centro Nacional de Estudos Espaciais e Instituto de Física do Globo de Paris, respectivamente - que construíram e testaram o instrumento da sonda.
"Este é um momento histórico e uma grande esperança para a Geofísica!" - Evidenciaram orgulhosos em comunicado oficial, altas autoridades do CNES «Centre Nationale d`Études Spatiales» - Centro Nacional de Estudos Espaciais, vulgo agência espacial francesa.
O SEIS é assim o primeiro instrumento a ser capacitado dessa função, uma vez que foram goradas as expectativas criadas nas duas missões Viking (1 e 2), lançadas pela NASA em 1975, em que um sismógrafo não funcionava e um outro era incapaz de medir a actividade sísmica de Marte sensível ao ruído de fundo gerado pelos ventos.
O SEIS é composto por três sensores sísmicos ultra-precisos, rodeados por um vácuo dentro de uma esfera de titânio. Testado inicialmente o sismógrafo da InSight (em 1 de Janeiro de 2019), verificando-se estar apto para a função, passou-se para a ligação electrónica (inserida em 6 de Janeiro) - que irá de futuro alimentar os seus sistemas e aquecedores. Entretanto, foram começando a surgir dos sensores SEIS, uns diminutos registos de deslocamentos territoriais; ou seja, de alguma actividade, segundo nos reporta o CNES.
De acordo o que foi divulgado pelos cientistas, a InSight implantará em breve uma cobertura especial sobre o instrumento SEIS para protegê-lo dos ventos marcianos e das temperaturas extremas que ali se fazem sentir com toda a veemência climática.
Segundo as autoridades do CNES nos revelaram, o SEIS é o primeiro sismógrafo a começar a trabalhar num outro planeta - que não a Terra logicamente - desde o lançamento em 1972 da missão Apollo 17, da NASA, aquando o astronauta Harrison Schmitt implantou um conjunto de sensores em que se incluía um sismógrafo lunar (Apollo Lunar Surface Experiments).
Na persistente caça aos terramotos, maremotos, impactos de meteoritos e afins, a NASA pensa concretizar em breve uma mais aprofundada análise sobre o que nos esconde ainda Marte, tanto à superfície como no seu mais recôndito subsolo.
Daí que conte com o auxílio de uma outra ferramenta para tal na escavação, ou mais exactamente perfuração do solo marciano - sensivelmente a 5 metros de profundidade ou abaixo da superfície do planeta vermelho - na designada «Heat Flow» e «Physical Properties Probe (HP3)».
Este HP3 irá assim registar observações térmicas, ou de como o calor se expande pela superfície de Marte. Quanto à InSight ela realizará conjuntamente a função ou experiência de rádio - o que levará os investigadores/cientistas a estudarem mais concretamente a oscilação deste planeta vermelho. A InSight permanecerá um ano em Marte: dois anos terrestres, por conseguinte.
(Imagem: NASA/JPL): Mars Cube One (MarCO) CubeSats. A missão MarCO, da NASA - que é constituída por duas naves espaciais experimentais - pretendeu em objectivo superior medir a capacidade de sobrevivência dessa sua viagem no espaço profundo, sendo que os dois CubeSats inseridos para o efeito se mostraram à altura; ou seja, a NASA verificou com agrado que estes completaram com êxito o que lhes fora proposto.
Não falhando expectativas (após o seu percurso de cruzar ou interceptar por detrás a InSight da NASA por sete meses), eles retransmitiram os dados informativos com sucesso para a Terra. E isto a partir da sonda, durante a sua descida à superfície de Marte, no dia 26 de Novembro, esse mesmo dia em que a InSight aterrou em Marte.
Mars Cube One (MarCO)
Parece um marco territorial. Ou de correio. Sugere-nos a intercepção de algo que queremos ver, ouvir e sentir; que queremos saber e conhecer, o que talvez nos sugira não estar muito longe dessa percepção. Para já sabemos que foi um estrondoso êxito da NASA!
Segundo a página da NASA nos revela em seu boletim informativo científico, este par de naves espaciais do tamanho de pastas, conhecidas colectivamente como MarCO e que foram lançadas em 2018, tiveram o máximo sucesso pelo que demonstraram de capacidade - e resiliência talvez - de operarem no espaço profundo. E isto, forçando os limites da técnica experimental, segundo os especialistas nos aferem.
Todavia, e de acordo os cientistas envolvidos, estes irrequietos e ousados gémeos parecem ter atingido o seu limite. Neste momento a equipa da missão considera altamente improvável que eles se consigam fazer ouvir de novo - o que se lamenta.
A MarCO ou Mars Cube One foi a primeira missão interplanetária a usar uma classe de mini espaço-nave chamada «CubeSats» (os MarCOs), apelidados de Eve e Wall-E (depois de personagens de um filme da Pixar terem servido como relés de comunicação; ou assim como uma espécie de interruptor electromecânico de comunicação) durante o pouso da InSight, transmitindo dados em cada estágio da sua descida até à superfície marciana - quase em tempo real - junto com a primeira imagem da InSight.
Foi então que a pequena sonda robótica Wall-E, surpreendentemente segundo nos relatou a NASA, enviou de volta à Terra impressionantes imagens de Marte, enquanto Eve realizava uma simples prática científica de rádio, tal donzela que se confina a uma só função em total prazer do que faz. Magnífico, este «casal»!
(Ilustração animada de Philip Terry Graham sobre MarCO). De registar que, as MarCOs, foram as primeiras CubeSats - uma espécie de mini-satélite modular, lançadas no espaço profundo. NASA/JPL estão assim de parabéns pelo que se auspicia a partir daqui em profusão espacial na recolha de dados.
Recorde-se que a JPL «Jet Propulsion Laboratory» (Laboratório de Propulsão a Jacto, em Pasadena, na Califórnia, EUA) injectou nesta missão a quantia de 18,5 milhões de dólares na construção do CubeSats. Sem este investimento nada seria possível; daí o agradecimento público por esta investidura que teve como recompensa final a subjectividade de ter sido um êxito.
Além de Marte...
Pela primeira vez esta espécie de mini-satélite modular fez-se apresentar. E com muito sucesso! Mas, em 29 de Dezembro de 2018, Wall-E, o nosso rapaz robótico foi ouvido pela última vez; e Eve, a nossa menina robótica em 4 de Janeiro de 2019.
Com base nos cálculos de trajectória, a nave espacial Wall-E está actualmente a mais de um milhão de milhas (cerca de 1 milhão e 600 mil quilómetros) de Marte; Eve, a outra nave/sonda está mais longe, a quase 2 milhões de milhas (cerca de 3,2 milhões de quilómetros) além de Marte.
De acordo com o que a NASA nos refere - e assim é transmitido pela equipa desta missão - existem várias teorias que determinam a razão pela qual sucedeu este silêncio do casal MarCOs. Assumem então de que Wall-E possui um propulsor gotejante, derivando supostamente daí os problemas de controle de altitude que podem fazer com que eles oscilem e percam assim a capacidade de enviar e receber os procedimentos de comandos.
Outro factor da perca de contacto poderá estar relacionado com os Sensores de Brilho que permitem que o CubeSats fique apontado para o Sol, recarregando as suas baterias. Ambos estão em órbita em redor do Sol, só se afastando quando o mês de Fevereiro chegar ao fim. E também quanto mais longe ambos estiverem, mais exactamente necessitarão de apontar as suas antenas para comunicar com a Terra.
Cientificamente, a informação que nos é prestada é que eles não se moverão até ao Verão de 2019, pelo que a equipa tentará assim entrar em contacto com o CubeSats nessa altura, embora ninguém saiba afirmar com toda a certeza se as suas baterias e outras peças durarão tanto tempo. A expectativa é enorme por parte dos cientistas, intui-se.
Segundo os envolvidos nesta missão admitem: «Mesmo que eles nunca sejam revividos, a equipa considera o MarCO um sucesso espectacular!» Concordamos plenamente!
(Imagem: NASA/JPL-Caltech). Os mini-satélites da NASA agora em silêncio factual. Talvez que chegado o Verão e tudo recomece em esperança e renovada energia que nos possa fornecer ainda mais dados sobre o que se passa no espaço profundo. Para já, tendo sido um sucesso, nada desmotivará os cientistas que alegam que esta oportunidade terá aberto outras janelas para o nosso mundo. Assim seja, espera-se. Assim se vislumbra e se cumpra a bem de um maior conhecimento científico, estima-se.
"Esta missão foi sempre sobre empurrar os limites da tecnologia miniaturizada, e ver quão longe ela poderia nos levar. Colocámos uma estaca no chão (ou lançámos a primeira pedra). Os futuros CubeSats podem ir ainda mais longe!" (A assertiva observação de Andy Klesh, engenheiro-chefe da missão no JPL)
Tecnologia Experimental
Tal como referiu o engenheiro-chefe do JPL, Andy Klesk, iniciou-se a primeira medida (a estaca no chão) ou como se diz em bom latim: «Alea jacta est»! (a sorte está lançada!)
Assim se induz, ou reflecte, pelo que se depreende não haver qualquer tipo de esmorecimento com qualquer derrota imediata de não mais se ouvirem o Wall-E e Eve, mas, com toda a certeza possível, aventar que possa haver mais tarde a recompensa dessa primeira pedra lançada. Mais sucessos virão, mais missões se concretizarão, há que acreditar.
Para já reconhece-se que serão usadas noutras missões do Cubesats várias peças de reposição exigidas para cada MarCO. Tudo isso vai incluir os seus rádios experimentais, antenas e sistemas de propulsão. Sabe-se que vários desses sistemas foram fornecidos por fornecedores comerciais, tornando-se assim mais fácil para outros CubeSats usá-los também.
A NASA esclarece entretanto que outras naves/sondas espaciais similares a estas estão a fazer o seu percurso. Muitas outras naves ou mini-satélites aos já focados estão a caminho. A NASA está assim habilitada para lançar uma garbosa variedade de novos CubeSats nos próximos anos.
"Há um grande potencial nesses pequenos pacotes (pastas). Os CubeStas - parte de um grupo maior de naves espaciais chamadas de «SmallSats» - são uma nova plataforma para a exploração espacial que é acessível a muito mais, do que somente a agências governamentais." (A Conclusiva afirmação de John Baker, gestor de programação da MarCO, no JPL.
(Todos estes dados são generosamente prestados pelo site da NASA, de 5 de Fevereiro de 2019, da sua página Mars InsSight)
Retornando a Marte onde a sonda InSight da NASA está, poder-se-à dizer que continuaremos a acompanhar a sua evolução, depois dela ter sido, como é sabido, potencialmente revitalizada para permitir que os cientistas estudem o secreto interior de Marte pela primeira vez..
Ajudando os cientistas a estudarem o Núcleo, o Manto e a Crosta de Marte, a poderosa e não-desistente InSight irá desvendar muitos dos mistérios térmicos acobertados por debaixo da superfície marciana, ainda que as funções sejam bem mais fáceis de realizar na Terra do que em Marte, opinam os especialistas.
Contudo, há que ter esperança nestes novos dados e, através do HP3, se acredite que possam surgir novas informações que conduzirão os cientistas a muitas outras conclusões.
E que, além do mais, haverá a possibilidade de uma maior exploração e expansão no planeta vermelho, existindo a hipótese e a viabilidade deste planeta nos poder ser, eventualmente um dia, aquele outro berço planetário caso ele venha a ser bem mais receptivo e acolhedor do que actualmente.
Mais do que nos dar guarida, talvez seja de facto o único onde possamos recomeçar de novo... por muito que essas expectativas ainda nos sejam pouco optimistas...
O que se instaura hoje, seja nos nossos corações humanos, seja na nossa mais racional vocação para a aventura expansionista interplanetária, o certo é que o Homem se fez e criou à semelhança de algo ou alguém que de fora veio. Pela teoria da panspermia cósmica ou outra qualquer.
Definitivamente há que perceber que poderemos ser todos extraterrestres. Poderemos ser todos oriundos de outros sistemas solares ou mesmo de outras dimensões e universos. O que importa agora é recriar vida e replicá-la, pois disso dependerá a nossa continuação; seja lá onde for!
De Marte (de onde alguns exclamam os homens serem originários e de Vénus, as mulheres, por sequência de uma publicação terrestre que se tornou um best-seller) ou de qualquer outro planeta de um qualquer outro sistema solar, galáxia ou dimensão, tudo tem de ter uma finalidade, uma missão.
Se fomos expulsos, ou se fomos banidos há milénios de outras instâncias planetárias ou mesmo de outras civilizações estelares ninguém sabe, mas especula-se; por vias de novas descobertas, novas imposições históricas e científicas que nos dizem sermos ancestrais - não da Terra mas das estrelas - conotando-nos com outras realidades. Uns acreditam outros não. Que importa?...
No entanto, a clausura continua. O segredo também. E o degredo idem! Se fomos espoliados ou simplesmente ignorados, provindos de uma não-existência cósmica ou que por alguma anomalia foi posta em causa na sua planetária permanência (ou sequer sobrevivência) exaurida por qualquer circunstância cósmica, não sabemos. Mas suspeitamos...
Daí que tenhamos essa outra clarividência de inaugurar outros mundos, novos mundos para este nosso mundo, pois que este nos é instável e quiçá pouco seguro, admitem os entendidos.
Além Marte ou além outras esferas planetárias, temos todos o direito (além o dever!) de estar prontos e, conscientes talvez, de que há muito mais além do que o que supomos ou avistamos... Muito Mais!
Além Marte, além tudo o mais, somos e seremos sempre aqueles que querem mais também, merecendo mais e buscando mais, além todas as fronteiras cósmicas, além todas as exigências ou desistências dos demais. Afinal, somos uma civilização milenar que aquém ou além nunca seremos de mais para o tanto com que nos identificamos e sentimos pertencer... Além, muito além de Marte!
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