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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A Eléctrica Tempestade do Cérebro

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Epilepsia (ou o excesso de actividade eléctrica no cérebro): uma das mais temíveis tormentas de quem sofre desta doença neurológica crónica que afecta milhões de pessoas em todo o mundo, não escolhendo idade ou género, raça ou classe social, em extensível reiteração do surgimento de novos casos diagnosticados a cada ano que passa.

Esta patologia que mais parece uma tempestade cerebral de grande vendaval neuronal provocando o que na generalidade se designa por «convulsões» no paciente, cria também - e instantaneamente - a perda de consciência, distúrbios de percepção e da função psíquica (devido aos movimentos convulsivos) e toda uma prejudicial perturbação em que todos estes elementos se combinam alterando o comportamento na pessoa.

Se isso é um defeito, não se sabe. Não será contudo, a estigmatizante anuência ou imprudente indulgência de alguns, que teimam em considerá-la a mais abjecta doença por toda uma ignorância afecta sobre a mesma!...

                                       - Epilepsia: A eléctrica tempestade do Cérebro! -

A Epilepsia ainda hoje é vista como a doença do Diabo. Ou seja, pelo que até aí se não conhecia desta patologia neurológica que se resume sinteticamente por uma Alteração Excessiva de Electricidade no Cérebro.

Ou, como muitos médicos nesta área arrogam ela poder tratar-se de, uma doença crónica não-transmissível, uma desordem cerebral caracterizada por uma predisposição persistente que vai gerar então as tais crises epilépticas que vulgarmente apelidamos de «crises convulsivas».

O Que Provoca: como se sabe, a Convulsão - ou descarga bioenergética - é uma manifestação de um fenómeno electrofisiológico anormal temporário que resulta numa sincronização anormal da actividade eléctrica neuronal, reportando nessa crise convulsiva o movimento descoordenado dos membros superiores e inferiores (braços e pernas) e outras alterações, inclusive a nível ocular.

Estas alterações reflectem-se a nível da tonicidade muscular como se referiu, gerando desta forma contracções involuntárias da musculatura em movimentos desordenados ou outras reacções anormais, desde o desvio de olhos a tremores; além de se verificar a óbvia alteração do estado mental ou cognitivo do paciente, versus muitos outros sintomas psíquicos.

Esta alteração excessiva do cérebro - Epilepsia -  que provoca assim tão adversos e incomodativos efeitos gerando essas acções involuntárias por parte de quem sofre desta patologia, veio criar também na comunidade médica um cada vez maior interesse na descoberta de novos tratamentos, novos fármacos - além da já instituída cirurgia implementada nalguns casos.

Daí que actualmente muitos cientistas e investigadores dessa área médica se debrucem sobre uma outra realidade no combate à Epilepsia - o que todos saudamos como é óbvio - dando desde já os parabéns a quem se não deixa desistir por encontrar uma cura.

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Técnica de Neuro-imagem. Estas revolucionárias e actuais técnicas ajudam os médicos a melhor entender o que se passa nos cérebros dos pacientes que sofrem de Epilepsia. Primeiro há que ver as causas, os comportamentos, e só depois estudá-los. Daí que hajam hoje mais instrumentos - ou ferramentas - que a comunidade médica utilize para essa melhor compreensão da doença.

As Causas/consequências
As causas podem ser muitas. Como já se disse, as Crises Epilépticas são uma manifestação de doenças neurológicas ou metabólicas que, em número substancial de casos e sobre a sua verdadeira causa, ainda permanecem no mais secreto segredo dos deuses; ou seja, no mais profundo desconhecimento por parte da comunidade médico-científica. No entanto, os avanços têm sido muitos. E congratulamo-nos por eles.

Estão afectos a esta doença os síndromes hereditários, malformações cerebrais congénitas, infecções e traumas cranianos (mais comuns em adultos jovens). Nos mais idosos ou em pacientes de meia-idade é mais frequente a apresentação de um quadro clínico em que se observam as doenças vasculares cerebrais, vulgo AVC`s, doença de Alzheimer e outras condições/patologias degenerativas.

É sobejamente conhecido o Grande Impacto Pessoal e Social que esta doença provoca, não obstante a compreensão actualmente definida até pelo cidadão comum aquando se depara com um paciente neste estado em surto epiléptico.

No entanto, é sabido, que persiste ainda uma certa discriminação em relação ao que se traduz sobre estas pessoas na dificuldade em sociabilizar ou mesmo ter uma vida profissional activa sem que sejam automaticamente visados, sendo prejudicados ou mesmo repudiados por toda a comunidade.

Tem de existir - sempre! - um processo contínuo de educação destes pacientes em seguirem os conselhos médicos e todo um procedimento em relação a esta doença. A noção de estarem preparados é essencial para que não sejam ainda mais afectados pela doença e pelos episódios que entretanto surjam.

Tudo isto é essencial para que se evitem futuras lesões. Ou mesmo aquando a perda de consciência, não ficando o paciente à mercê de quem o não saiba auxiliar nessa contenda. Todos temos de contribuir para que, a haver perto de nós alguém nesse estado clínico, saiba prontificar-se a ajudar e não a complicar ainda mais o procedimento em si.

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Epilepsia e o mundo da imagem. Hoje, os médicos realizam estudos em que investigam e analisam até ao mais ínfimo pormenor esta doença; e isto, através de técnicas exemplares em imagiologia gloriosa que vem determinar em maior especificidade as semelhanças e diferenças anatómicas presentes nos cérebros dos indivíduos/pessoas com diferentes tipos de Epilepsia.

Técnicas actuais
Existe um mundo técnico actualmente munido de todas as ferramentas possíveis para se detectar as semelhanças e as diferenças dos portadores desta doença/patologia crónica chamada de Epilepsia. Por todo o planeta se insta contra esta doença, havendo investigações ou pesquisas multicêntricas esse sentido.

Foi o que sucedeu com o Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN), um centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), sediado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), universidade pública no estado de São Paulo, Brasil. Os resultados foram publicados na revista científica «Brain», em divulgação posterior em Março de 2018.

"O avanço nas técnicas de neuro-imagem tem permitido detectar alterações estruturais no cérebro de pessoas com epilepsia que antes passavam despercebidas." (Confidencia Fernando Cendes, professor da Unicamp e coordenador do BRAINN)

Sabe-se que o termo - Epilepsia - abrange um conjunto de desordens neurológicas cujo traço comum é a alteração temporária do funcionamento cerebral sem causa aparente, como febre alta ou o uso de psicoactivos.

Daí que, por alguns momentos, parte do cérebro passe a emitir sinais incorrectos - que podem ficar restritos a um local ou a espalhar-se por todo o órgão. Essas falhas no processamento causam então as chamadas Crises Epilépticas.

A Frequência e a Gravidade das Crises - bem como a resposta à terapia medicamentosa - variam de acordo com a parte do cérebro afectada entre outros factores desconhecidos. Dados da literatura científica indicam que, aproximadamente um terço dos pacientes, não responde bem às drogas anti-epilépticas.

Daí que os estudos tenham mostrado que esses indivíduos são mais propensos a desenvolver alterações cognitivas e comportamentais com o passar dos anos.

Neste estudo de Fernando Cendes, todos os intervenientes foram submetidos a exames de Ressonância Magnética. Foi então usado um protocolo específico para aquisição de imagem 3D.

Nesse processamento de imagens, em que estas foram segmentadas em milhares de pontos anatómicos,  foram avaliados e comparados um a um todos os exemplos.

O estudo compunha assim de vários pacientes divididos em 4 subgrupos: Epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal à esquerda; epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal à direita; epilespia generalizada genética; e um quarto grupo que abrangeu vários subtipos menos comuns da doença.

Por conclusão: os exames de Ressonância Magnética não revelaram alterações anatómicas nos casos de epilepsia generalizada genética; e quanto ao objectivo do estudo em determinar se haveria ou não atrofia nestes pacientes, chegou-se à conclusão que sim.

"Foi possível notar que os 4 subgrupos apresentavam atrofias em regiões do Córtex sensitivo motor, e também em algumas áreas do Lobo frontal." (Afirmação de Cendes)

Segundo e ainda o investigador, esse dado mostra que existem alterações que vão além da área onde as crises epilépticas são geradas (hipocampo, para-hipocampo e amígdala). O acometimento do cérebro é assim ainda maior do que à priori se julgava, reverteu Cendes.

Os resultados confirmaram que, à medida que a doença progride, mais regiões cerebrais vão ficando atrofiadas e por conseguinte mais prejuízos cognitivos aparecem; e que, a Epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal à esquerda, apresentava alterações em circuitos neuronais distintos dos afectados pela Epilepsia do lobo temporal mesial com esclerose hipocampal à direita.

"Uma doença não é simplesmente o espelho da outra. Quando o hemisfério esquerdo é atingido o acometimento é mais intenso e mais difuso. Antigamente, acreditava-se que isso acontecia porque o hemisfério esquerdo é dominante para a linguagem, mas parece ser algo além disso. Ele é, de alguma forma, mais vulnerável que o direito."

Na avaliação do coordenador do BRAINN, esta recente descoberta irá implicar que de futuro se possa ser mais fiel no diagnóstico da doença, assim como - ou em paralelo -  se realizem pesquisas na análise das Alterações Anatómicas (as quais este grupo continuará a analisar as alterações genéticas que poderão possivelmente explicar o porquê de determinados padrões hereditários no contexto das atrofias cerebrais).

"Sabendo que existe uma assinatura mais ou menos específica de cada subtipo da doença, em vez de procurar alterações em todo o cérebro, poder-nos-emos concentrar nas áreas suspeitas, reduzindo o custo e o tempo, ampliando o poder estatístico das análises. Em seguida, será possível correlacionar essas alterações com as disfunções cognitivas ou alterações comportamentais." (Em resumo e conclusão do investigador Fernando Cendes, do BRAINN).

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Epilepsia (Janeiro de 2016): «Portugueses criam sistema que diagnostica e trata epilepsia.» Foi este o título e o anúncio que, em língua portuguesa, viria a eclodir para o resto do mundo o que os cientistas e investigadores portugueses descobriram sobre a Epilepsia. Estávamos em 2016, numa divulgação feita pela agência Lusa, do que uma vigorosa equipa do INESC TEC criou no primeiro sistema do mundo a usar a tecnologia 3D para detectar movimentos corporais durante as crises epilépticas.

Descobertas em português
Há aproximadamente dois anos que soubemos pela nacional agência noticiosa (Lusa) de que, os Portugueses, haviam de dar brado científico sobre esta patologia que tanto enferma os seus portadores.

Sabendo-se existirem cerca de 50 milhões de doentes de Epilepsia por todo o mundo - e com 2,4 milhões de outros novos casos diagnosticados a cada ano que passa - é natural que os esforços se avolumem. Daí não estar esquecido o que há sensivelmente dois anos os investigadores portugueses estimaram e, aventaram, sobre a Epilepsia.

Este Sistema Tecnológico revelado ao mundo em 2016, foi desenvolvido pelos investigadores do INESC TEC, da Universidade de Aveiro, em Portugal, da Universidade de Munique e da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha. Os resultados do trabalho realizado com doentes epilépticos foram posteriormente publicados na revista científica «PLOS ONE».

Um Auxílio no Diagnóstico e no Tratamento: "O nosso sistema 3D consegue extrair trajectórias de movimento corporal muito mais rápido do que os sistemas 2D anteriormente utilizados; e, em conjunto com o EEG (electroencefalograma, registo gráfico da actividade cerebral), oferece mais informação quantitativa para o diagnóstico e as decisões terapêuticas em epilepsia."

Esta, a explicação do responsável do projecto de então, João Paulo Cunha, coordenador do Centro de Investigação em Engenharia Biomédica (C-BER), do INES TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) em comunicado enviado à imprensa na época.

Este sistema foi testado então com muito sucesso desde há um ano a esta parte, reiterou na altura João Paulo Cunha, por conseguinte desde 2015,  no Centro de Epilepsia do Departamento de Neurologia da Universidade de Munique (Alemanha), não requerendo nenhum tipo de intervenção no doente.

"Damos a informação dos padrões de movimento ao longo das crises epilépticas e, com essa caracterização, damos mais informação para uma decisão terapêutica mais precisa, sendo que as crises têm movimentos corporais que caracterizam o tipo de epilepsia." (Esta, a também informativa explicação de João Paulo Cunha, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em Portugal)

Este grupo de investigação propôs-se assim adaptar esta tecnologia para futuramente verificar e analisar alguns dos testes motores que se fazem aos doentes de Parkinson, e deste modo ajudar os médicos no diagnóstico e tratamento da patologia.

Ou seja, criando através desta nova ferramenta científica, a esperança para muitos doentes com estas patologias. Saudamo-los por isso. E que o futuro seja promissório.

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(Foto: Carlo Allegri/Reuters) O Cérebro humano: a ainda grande incógnita para a comunidade médica. Por vezes, existem métodos que se não julgam possíveis como os de uma criança em Espanha que foi submetida ao «desligar» de metade do seu cérebro para desta forma se controlar a doença de Epilepsia.

Mas há mais. Em novidade e muita esperança sobre esta terrível patologia de tempestade eléctrica do nosso cérebro. Aqui, iremos falar um pouco disso, havendo uma alegria incontida por todas as descobertas havidas e de muito sucesso garantidas sobre a futura saúde da Humanidade.

Por Espanha (Outubro de 2018)
Em Sevilha fez-se magia. Fez-se Ciência. Fez-se aquele máximo poder que, nas mãos de médicos e de muitos dos investigadores nesta área, se cometem e perpetuam deixando um enorme rasto de esperança no combate à Epilepsia.

A agora inovadora técnica decorreu favoravelmente a este menino espanhol de 9 anos de idade (que desde os 5 anos sofria com as crises de epilepsia) e que não mais se viu ser acometido desses ferozes ataques epilépticos de que era alvo.

Uma intervenção cirúrgica de cerca de 7 horas foi então realizada com grande êxito, pelo que acabaria com todo este seu sofrimento - ao que se apurou na divulgação feita através da publicação do jornal espanhol «La Vanguardia» - do que o menino padecera até aí em cerca de 10 crises diárias que o deixavam bastante debilitado.

Esta miraculosa intervenção médica foi realizada em Setembro deste ano, de 2018, no Hospital de Sevilha, numa inovadora prática chamada de «Hemisferoctomia funcional» que consistiu em extrair (ou desligar) a parte do cérebro que funciona como foco das crises.

O objectivo desta intervenção era que esse hemisfério não contaminasse a parte saudável do cérebro da criança. E assim sucedeu. Esta e outras crianças - e adultos - passarão assim a ter um maior controlo sobre a doença, facilitando a sua vida diária, ao que foi sugerido então pelos médicos especialistas.

Segundo o médico que operou o menino, o seu conceito é muito prático: "Às vezes, é melhor funcionar só com uma parte do cérebro do que com a totalidade. Quanto mais cedo desligarmos a metade do cérebro afectada, melhor. É até aos 4 anos de idade que o cérebro tem maior potencial de plasticidade." (Explicação médica de Juan Rodríguez Uranga, o neurologista interveniente desta operação).

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Epilepsia (Novembro de 2018): Cientistas descobrem função de estruturas no cérebro relacionadas com a doença da epilepsia. Cientistas dos Estados Unidos conseguiram finalmente decifrar a função de estruturas no cérebro à volta dos neurónios, acreditando piamente terem descoberto um potencial tratamento para alguns tipos de Epilepsia.

A Epilepsia ou «Esperança renovada...»
Segundo um estudo divulgado em inícios de Novembro de 2018, recentemente portanto, indicam que cientistas norte-americanos tenham decifrado - pela primeira vez -  a Função de Estruturas no Cérebro em torno dos Neurónios - aventando assim a possibilidade na descoberta de um inovador tratamento para com os doentes que sofram de Epilepsia.

A divulgação agora feita sobre todos os meios de comunicação social, em revelação mundial, veio indicar que as chamadas Redes Perineuronais foram descobertas pela primeira vez em 1893 pelo neurobiólogo italiano, Camillo Golgi, sendo que a sua função não era bem conhecida até a equipa do Instituto Carilion, da Universidade da Virginia (EUA) ter finalmente concluído o que regulam os Impulsos Eléctricos no Cérebro.

Existe a explicação de modo simplista (para nós, leigos na matéria) de que, quando estas redes são destruídas, sucedem então os já denominados ataques epilépticos de consequências por vezes gravosas no indivíduo.

Os Investigadores descobriram isso aquando se remeteram em ensaios sobre os cérebros dos ratos de laboratório que evidenciavam tumores cerebrais muito agressivos de denominação «Glioblastomas».

De que se trata então? A explicação é simples: Trata-se do único cancro que se não consegue espalhar porque está limitado pelo crânio. Derivado disso, segrega em grandes quantidades um determinado neurotransmissor chamado «Glutamato» que mata as células à volta permitindo ao tumor crescer.

Os Cientistas da Virginia Tech verificaram também de que este tumor ataca as redes, dissolvendo-as, o que torna por demais difícil regular os Impulsos Eléctricos no Cérebro, que pode então sofrer ataques epilépticos. Este estudo foi liderado pelo biólogo Harald Sontheimer, sendo que as suas conclusões se podem aplicar a outras formas de epilepsia adquirida.

"Este estudo sugere uma possível forma de modificar o desenvolvimento e a progressão  da epilepsia, o que diminuiria o transtorno para os pacientes." (Afirmação do investigador especializado em epilepsia, o doutor H. Steven White)

Para finalizar este texto, apenas me apraz confirmar de que todos os esforços são bem-vindos e gratos por todos os que padecem e sofrem desta doença neurológica crónica que tantos males lhes concedem. Aos cientistas e ao mundo científico no seu geral, o reconhecimento por todas estas fantásticas descobertas que tentam minimizar o sofrimento dos doentes de Epilepsia.

Com a infeliz estimativa global de cerca de 50 milhões de pessoas que sofrem desta maldita doença, segundo os dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), sendo que um terço dos pacientes não responde aos tratamentos actualmente vigentes, urge que haja uma montanha de esforços e um muito gradual empenho científicos na demanda de se encontrar uma cura.

Como doença neurológica crónica que é e afectando tantos milhões de pessoas, havendo inclusive uma tendência até de acréscimo nos próximos tempos em novos casos diagnosticados com esta doença, há que haver simultaneamente uma consciência nessa luta ou nesse combate à doença e a uma melhoria de qualidade de vida sobre ela.

 Não é uma doença selectiva antes aleatória. De criança à idade adulta ou à idosa. Seja na infância ou na dita «terceira idade» ninguém lhe escapa. A sua tentacular patologia não selecciona nem idade nem raça ou género e muito menos classes sociais, pois pobre ou rico por ela pode sofrer.

A educação é essencial. De todos os lados e de todas as formas na sociedade. Assim deve ser. Neste processo, muitos são os que sofrem não só da doença em si, mas, dos seus factores associados ou dos seus efeitos também sobre si em depressões e ansiedades; além a discriminada situação que observam por parte de toda a restante sociedade sobre o que se lhes aplica implacavelmente.

Há que mudar isso. Há que mudar estigmas, estereótipos ou versões mais displicentes ou até por vezes encapotadas de uma certa indignação, mas que no fim, apenas se limitam a constatar que estes doentes, aquando os episódios epilépticos, são casos perdidos.

É Muito Importante aqui deixar expresso de que, as pessoas que sofrem de Epilepsia, podem levar uma vida normal, se tratada adequadamente por um especialista e não, ao contrário de tudo o que deve ser dito, pensado e ultimado, ver estas pessoas afastadas do mundo num outro que lhes foi consignado sem que houvesse justificação para tal.

Somos todos iguais; apenas com algumas diferenças entre nós. Diferenças que nos não identificam apenas esquematizam a vida que temos de levar e saber organizar como os restantes, os ditos «normais» da sociedade.

Somos todos o mesmo, seres humanos que, por alguma vez na vida ou por ocasião de uma ou outra anomalia cerebral, se vêem sujeitos ou submetidos à mais curiosa e por vezes terrível «Eléctrica Tempestade do Cérebro», sem que por isso sejamos apontados ou rejeitados devido a um cérebro que de vez em vez se atormenta por tempestades assim...

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