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terça-feira, 3 de abril de 2018

A Cósmica Pele do Tudo

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Entre a Teoria Física do Universo e a do Homem. Entre a microbiologia agora ou a cada dia mais desvendável - e surpreendente! - do que pode ser a força matriz sintonizada entre o microcosmos e o macrocosmos na igual performance da Química da Vida. Somos todos parte de um todo, desse todo que, em pele, alma e fluidez cosmológicas, se comprime e se expande... tal como no Universo de todos nós... ou em todos nós...

"(...) A substância dos outros mundos em todo o éter, é como a do nosso próprio mundo. Cada um desses corpos, estrelas, mundos e luzes eternas é composto daquilo que é chamado, terra, água, ar e fogo...(...)" - Frase do medieval e filósofo-mártir, Giordano Bruno, que acreditava na realidade física dos planetas e das estrelas - e também sóis - e que estes possuíam alma. E todos eles feitos dos mesmos materiais que foram compreendidos em seu tempo.

A Grande Questão da Humanidade envolve-se sempre - ou quase sempre - na urgência do conhecimento biológico do ser humano mas, impreterivelmente também, na ocorrência do que molecular e organicamente nos reconhece nessa tão ostensiva e poderosa força regente dos elementos; elementos estes, que existem provavelmente em todo o Universo - seja em que forma for, seja em que dimensão se redimensionar.

A Química da Vida, tal como ela se nos apresenta, conceptualiza apenas seis tipos principais de moléculas. Moléculas estas que formam a base de todos os Organismos Vivos. Até aqui não há novidade alguma. É do conhecimento geral de que somos todos, na Terra, moleculares portadores do que se chama de vida. E os elementos esses, são-nos essenciais a essa nossa humana vida.

Os Elementos - ou as tais moléculas-chave insubstituíveis em nós - compõem-se apenas de seis deles: O Hidrogénio, o Oxigénio, o Carbono, o Azoto, o Fósforo e o Enxofre. Daí que se inquira:

Existirão então estes iguais elementos noutras esferas planetárias? Não o sabemos, mas suspeitamos que sim. Daí que outras questões permaneçam...

Seremos únicos no Universo...? É sabido que não. Presume-se que não. Insta-se e inflama-se a opinião pública de outros conhecimentos, outra sabedoria; e tudo isso sobre o que, hoje ou no momento presente, o Homem se interroga e tenta buscar sobre se a Química da Vida estará ou não implantada, incrementada e complementada noutros planetas, quiçá noutros Universos...

E se mais prementes questões se levantam sem obstaculizar obviamente outras tantas suspeições ou mesmo aferições, tal como a descoberta de Um Novo Órgão Humano - o Interstício - numa nova expansão e especificação do conceito de interstício humano, porque não inventariar esse outro conhecimento da Cósmica Pele do Tudo, pois que de tudo é feito este Universo que nos liga?!

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Molécula da Hemoglobina (Imagem da estrutura molecular em 3D). Parecendo-nos umas serpentinas de Carnaval - na imagem gráfica gerada por um computador - observa-se a intrincada complexidade das ligações entre os átomos de uma fórmula química quase indescritível na representação do que aqui se faz de uma molécula de hemoglobina.

Sabe-se que, na Anatomia Humana, as macromoléculas gigantes altamente especializadas, como as proteínas, desempenham funções essenciais nos organismos vivos. Assim na Terra como no Céu?! Insinua-se que sim; até porque, por expansão panspérmica ou não, o poder da criação não tem limites...

A Química da Vida!
A Vida na Terra começou há mais de 3500 milhões de anos nos oceanos primitivos, como é do conhecimento geral. Por princípio dos tempos, a sua constituição imbuir-se-ia numa sopa cósmica diluída de Amónia, Metanal (formaldeído), Ácido Fórmico, Cianeto, Metano, Sulfureto de Hidrogénio e hidrocarbonetos orgânicos.

Estas substâncias, por seu turno, formaram-se por condensação a partir de uma atmosfera primitiva (nada condizente com a que hoje partilhamos e respiramos) constituída por Hidrogénio, Hélio, Metano e Amónia.

A Primeira «Bioquímica» deu-se quando a energia proveniente do Sol e as faíscas dos relâmpagos provocaram reacções entre os gases e deram origem a moléculas mais complexas com ligações Carbono-Carbono. Entre estas moléculas contavam-se vários tipos de Aminoácidos - que são os blocos constituintes das proteínas.

Mais tarde, através das Reacções Bioquímicas da Fotossíntese, as plantas primitivas libertaram oxigénio para a atmosfera. Esta contribuição fundamental, proporcionou assim um ambiente no qual se puderam desenvolver outras formas de vida, como os Animais, que se foram desenvolvendo à medida que o ecossistema terrestre lhes foi sendo mais razoável.

A Bioquímica constitui então a base da vida! As Reacções Químicas dão-se continuamente em todos os organismos. Se forem perturbadas pelas actividades de microrganismos tais como as Bactérias e os Vírus, que causam doenças, é possível usar a Bioquímica ou a Química para as corrigir.

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Hormonas: os mensageiros químicos usados pelo Sistema Nervoso Central dos Seres Vivos para controlar e, regular, as reacções químicas do organismo. As Hormonas têm um papel fundamental no funcionamento dos organismos - de humanos e animais. Hormonas a mais, dizemos por vezes... mas sê-lo-ão? Ou está tudo na perfeição do que é devido, mesmo que com certas inseguranças ou instabilidades?!

Os processos hormonais são complexos; ou nem tanto. As Hormonas Sexuais provocam alterações profundas no crescimento dos animais jovens. Mas também nos humanos, em particular na puberdade. Toda esta química exercida tem um fundamento e um papel inexcedivelmente importantes na evolução das espécies; todas elas!

Química Viva
Infere-se desde já de que, Todos os Seres Vivos, são autênticas máquinas químicas. Os investigadores desde há muito que assim o arrogam na condição máxima dos parâmetros biológicos, sendo que reconhecem que as Reacções Químicas que têm lugar no organismo fornecem energia a esse mesmo organismo, libertando-o dos produtos residuais e mantendo-o assim saudável.  (Uma verdade de La Palisse, anota-se).

Quase todos os Processos Biológicos dependem da acção das proteínas com actividade catalítica - de seu nome: Enzimas. As Enzimas são proteínas altamente especializadas que regulam o metabolismo do ser vivo.

Ou seja, todos os processos químicos que têm lugar numa célula ou num organismo funcionam como catalisadores orgânicos que aceleram as Reacções Químicas nas células vivas. Sem o seu poder catalisador, muitas reacções químicas seriam demasiado lentas para ocorrerem em condições fisiológicas.

Sendo muito específica/diversificada (e de alguma forma complexa a acção das enzimas), apenas se tentará aqui explicar uma parte da sua acção no metabolismo.

As Hormonas: sendo os mensageiros químicos usados pelos sistema nervoso central dos animais para controlar e regular as reacções químicas do organismo, há a referenciar de que, nas Plantas, as Fita-hormonas desempenham um papel semelhante.

As Hormonas são produzidas numa região do organismo, sendo depois transportadas - através da corrente sanguínea - para uma célula-alvo situada noutra parte do organismo, onde actuam regulando processos preexistentes. Dividem-se então em 3 classes principais:

Hormonas derivadas de aminoácidos como a Epinefrina (adrenalina) e a Tiroxina em que pelo menos um ou mais átomos de hidrogénio do grupo Amina (- NH2) foram substituídos por um grupo Acilo; as Hormonas Polipeptídicas - ou proteicas como :A Ocitocina, a Insulina, a Somatotropina e outras hormonas de crescimento; e as Hormonas Esteróides, que são por sua vez derivadas da molécula de Colesterol e nelas se incluem as Hormonas Sexuais.

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Hormonas do Hipotálamo (estimuladoras e inibidoras): em geral encarregam-se de levar a cabo acções como a de regular a temperatura corporal, a organização de condutas da alimentação, agressão e reprodução, assim como a estruturação das funções viscerais, ou seja, orgânicas. O que o cérebro não explica, o ser humano complica. Vamos à explicação.

O Fundamental Papel das Hormonas
As Hormonas desempenham um papel crucial, como é do domínio público. Por exemplo, os Diabéticos, não produzem uma quantidade suficiente da Hormona Insulina e, por isso, não podem utilizar a glucose do seu sangue.

A Diabetes apresenta assim uma sintomatologia muito grave, ou seja, sintomas que podem conduzir à morte se não for devidamente tratada.

As Hormonas Insulina e Glucagon - mas também a Epinefrina - são as grandes responsáveis pelo controlo dos níveis de glucose no sangue. A Glucose é armazenada no organismo na forma de glucogénio.

Quando os níveis de glucose do sangue descem abaixo do normal, o Glucagon e a Epinefrina são libertados então na corrente sanguínea, actuando no fígado, aumentando também a velocidade a que o Glicogénio é convertido em Glucose - elevando-se assim o nível de Glucose no Sangue.

Quando os níveis de Glucose do Sangue ficam demasiado altos, é libertada Insulina. A Insulina estimula o fígado e os músculos a converter a glucose do sangue em Glicogénio, de modo que o nível de glucose do sangue desce.

Neste processo de regulação, a Produção de Insulina e de Glucagon, é determinada pelo nível de glucose no sangue, enquanto o nível geral de glucose é determinado pela quantidade relativa destas duas hormonas.

Em relação ao Hipotálamo (uma região nuclear do cérebro), há a distinguir a estrutura subcortical que se encontra debaixo do tálamo, que forma parte do diencéfalo. A principal função do Hipotálamo consiste em libertar e inibir hormonas da Hipófise. Um grande número de processos físicos e biológicos são então realizados e, modulados, segundo a regulação do funcionamento destas hormonas.

Existem as Hormonas Estimuladoras (as que produzem uma estimulação directa sobre a libertação hormonal) e Inibidoras (as que inibem por sua vez a produção de hormonas corporais, inibindo a sua secreção e geração). Em relação às primeiras, as Principais Hormonas do Hipotálamo são:

A Hormona libertadora de Corticotropina (um péptido de 41 aminoácidos que estimula as glândulas supra-renais, promovendo a produção e secreção de corticotropina ou ACTH)), a hormona libertadora da Hormona do Crescimento (GHRH), que pertence a uma família de moléculas onde se encontra a Secretina, o Glucagon, o péptido intestinal vasoactivo e o péptido gástrico inibidor.

Seguindo então esta sequência, temos a hormona libertadora de Gonadotropina (LHRH) e a hormona libertadora de Tirotropina(TSHRH). Há ainda os factores libertadores de Prolactina (PRL), um grupo de elementos constituídos por neurotransmissores (serotonina e acetilcolina), substâncias opiáceas e estrogénios.

Em relação às Hormonas Inibidoras do Hipotálamo existem concretamente dois tipos distintos: os factores inibidores de PRL e a hormona inibidora GH. Nos factores inibidores de PRL temos a Dopamina, uma substância gerada nos núcleos arqueados e paraventriculares  do Hipotálamo, e que uma vez produzida, viaja através  dos axones dos neurónios (das terminações nervosas), lugar de onde se liberta o sangue e se transporta através dos vasos sanguíneos e chega à hipófise anterior.

Por fim temos a hormona Somatostatina ou hormona inibidora de GH que consta de uma hormona de 14 aminoácidos que se apresenta distribuída por múltiplas células do sistema nervoso. Actua como neurotransmissor em várias e distintas regiões da medula espinal e no tronco do encéfalo.

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A Pele: o maior órgão do corpo humano. O mais interessante e completo, ainda que enigmático e muitas vezes insondável, por muitas impressionantes e verosímeis descobertas dos cientistas sobre ela. É o único órgão que está ligado a todas as funções do Corpo e do Espírito; ou seja, da Alma! O Poder da Pele é enorme em táctil durabilidade e, sensação, chegando a curar feridas do corpo e da alma...

Pele ou Epiderme, a mesma sensação de protecção...
Uma capa de 2 metros quadrados que nos envolve, protege, e dá a sensação de um outro cérebro - táctil e sensitivo - num extraordinário sistema de informações que, coberta de nervos de forma notável, nos percepciona o limite de nós.

A Toxicidade do Organismo, muitas vezes não totalmente visível, é pela Pele que se revela e pronuncia.Representando 16% do peso corporal, exerce inúmeras e múltiplas funções como:

Regulação Térmica, Defesa Orgânica, Produção de Vitamina D, Produção Periférica de várias Hormonas, Controlo do Fluxo Sanguíneo, Protecção contra diversos agentes do Meio Ambiente e e Funções Sensoriais (ex:calor, frio, pressão, dor e tacto).

A Pele é destacadamente um órgão endócrino, neurológico e imunológico! É um órgão da mesma origem do Sistema Nervoso. A Pele possui muitas terminações nervosas. É formada por três camadas: Epiderme, Derme e Hipoderme, respectivamente da mais externa para a mais profunda.

A Epiderme, constituída por células epiteliais (queratinócitos) tem uma disposição semelhante a uma parede de tijolos, estando entre a camada mais externa do ser humano, ao que vulgarmente se chama de Pele.

Num contexto abrangente e generalizado, diz-se que a Epiderme dá origem aos anexos cutâneos, que são eles: Unhas, Pêlos, Glândulas Sudoríparas e Glândulas Sebáceas. A abertura dos folículos pilossebáceos (pêlo + glândula sebácea) e das glândulas sudoríparas na pele, formam os orifícios conhecidos como Poros da Pele.

A Derme (localizada entre a Epiderme e a Hipoderme como que ensanduichada entre ambas), é responsável pela elasticidade e resistência da pele, sendo constituída por fibras colágenas e elásticas, envoltas por uma substância fundamental, vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e terminações nervosas. Os Folículos Pilossebáceos e Glândulas Sudoríparas (originadas na Epiderme) também se localizam na Derme.

Em relação à Hipoderme, esta é um tecido celular subcutâneo, na camada mais profunda da pele. É composta por feixes de tecido conjuntivo que envolvem células gordurosas (adipócitos), formando lobos de gordura. Além de ser um depósito de calorias, esta sua estrutura fornece ainda protecção contra eventuais traumas físicos.

Em todas as áreas da Medicina e da Saúde, se estuda e se complementa um maior esforço e empenho profissionais no conhecimento do que envolve a pele e todas as suas alterações, desde genéticas até fisiológicas.

Todo o campo nesta área é supervisionado pelos investigadores e funcionários no crivo da saúde tais como: alterações na área traumática, química, física, emocional infecciosa, alérgica autoimune, ocupacional, estética, tumoral e outras.

A Pele faz parte da auto-imagem do ser humano. Nela se impõem circuitos de vaidade ou simplesmente de imperativa cirurgia estética - ou de rectificação - sobre a efectiva e executante engenharia de tecidos da pele.

Impacto ambiental ou, o extremo horizonte das várias funções que a pele produz, ressurge agora no mundo moderno como a segunda ou terceira pele do indivíduo, sem ser obrigatoriamente por vias de patologias epidérmicas ou tumorais. Por 3D tenta-se fabricar aquela pele que nos poderá ser, enfim, «A Outra Pele»...

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Da Medicina Preventiva à Regenerativa, passando pelo fabrico laboratorial da pele, tudo é possível. Pele com folículos capilares e glândulas cultivadas artificialmente, são hoje uma realidade. O Mundo Moderno diz-nos que, arrancada a primeira pele, nenhuma será como a primeira. Será mesmo? Que nos dizem então os cientistas que tanto esmero e empenho têm havido nesta causa?!

A Tecnologia Biológica
Muito se tem avançado nesta área. E noutras. O mundo hoje não é remissivo nem complacente com a inoperância de alguns que pensam não ser possível vestir-se «uma outra pele»...

A Alta Engenharia manobrada e impulsionada pelo que neste sector se tem desenvolvido, alude a que em breve se possa progredir e, até replicar em muitos casos, o fabrico ou cultivo de pedaços 2D de tecido celular com a finalidade de regeneração por um órgão 3D complexo e funcional - completo com folículos capilares, glândulas e conexões com outros órgãos.

Na revista científica »Sciences Advances», saiu a publicação de um estudo realizado por eminentes investigadores nipónicos (do Japão) que parecem ter descoberto o elixir da juventude ou um pouco mais (quem o saberá?) sobre o da imortalidade, ao adquirirem avanços sobre esta biológica tecnologia de Medicina Regenerativa da Pele.

O líder do estudo, o doutor Takashi Tsuji, que dirige um laboratório de regeneração no Centro Riken de Biologia do Desenvolvimento (CDB) - ou Instituto de Investigação de Ciências Naturais - em Kobe, no Japão, estima:

"Até agora, o desenvolvimento da pele artificial tem sido dificultada pelo facto de que a pele não tinha os órgãos importantes, como os folículos pilosos e as glândulas exócrinas, que permitem que a pele desempenhe o seu importante papel na regulação."

Os Investigadores Japoneses implantaram os tecidos da pele 3D de células-tronco geradas em ratos vivos, verificando depois as várias conexões do sistema tegumentar com outros sistemas de órgãos, tais como, nervos e fibras musculares.

A Equipa de Cientistas utilizou então produtos químicos para que as células das gengivas dos ratos regredissem para um estado similar a de células-tronco.

Tal como as Células Estaminais Embrionárias - ou células estaminais pluiripotentes induzidas (IPS) - elas têm o potencial para se diferenciar de qualquer outro tipo de células no corpo.

Descobriram também que, as células IPS,  se desenvolveram correctamente no que é conhecido como um corpo embrióide (EB) - um amontoado de células 3D que tem algumas semelhanças com um embrião em desenvolvimento. Para concluir, o Dr. Tsuji afirma dignamente:

"Estamos a chegar cada vez mais perto do sonho de sermos capazes de recriar órgãos no laboratório para transplante, e também acreditamos que o tecido cultivado através deste método, poderia ser usado como uma alternativa aos ensaios em Animais de produtos químicos."

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Interstício: O Novo Órgão do Corpo Humano que a Ciência acaba de descobrir (Imagem de Jill Gregory, do Mount Sinai Health System). Segundo os cientistas reportaram à BBC, as partes a azul (C) são feixes de colágeno fibrilar; e à direita, nas partes a rosa (D), as fibras de elastina são as manchas pretas; as estruturas de colágeno estão a rosa. Tal como um Universo paralelo, este «Interstício humano» semelhante à pele, é tal como ela, aquela estrada paralela do nosso maior órgão. E, tal como esse outro Universo, tantas surpresas nos trará...

O Novo Órgão Humano
O designado agora «Interstício», nada mais é do que um espaço repleto de cavidades preenchidas por líquido, presente entre todos os tecidos do nosso corpo - e por isso, chamado pelos cientistas de Tecido Intersticial.

A fantástica descoberta foi feita por um grupo de investigadores/equipa de patologistas da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque (NYU), dos Estados Unidos. O estudo agora divulgado foi publicado pela revista científica «Scientifics Reports».

Estes Tecidos/camadas intersticiais que sempre se soube existirem mas sem haver a sua nítida visualização (e que se observam agora por testes realizados através de uma endomicroscopia a laser, chamada de «Confocal Laser Endomicroscopy» ou pCLE), e se reconheciam formados por um tecido conjuntivo denso e sólido, estão na realidade inter-conectados entre si, através de compartimentos cheios de líquidos ou fluídos em si.

Estes Tecidos Subcutâneos ou por debaixo da pele portanto, recobrem o tubo digestivo, os pulmões e o sistema urinário. Rodeiam as artérias e as veias e, a estrutura fibrosa onde se situam os músculos (fáscia). Ou seja, são uma estrutura extensível a todo o corpo como uma segunda e resiliente protecção humana.

O que os investigadores agora aludem é que, a Descoberta desta Estrutura Anatómica, poderá colher bons frutos no futuro, sendo de suma importância, uma vez que poderá explicar a Metástase do Cancro (no seio oncológico), mas também o Edema, a Fibrose, e o funcionamento mecânico de Tecidos e Órgãos do Corpo Humano.

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Segundo a ilustrativa imagem científica de Jill Gregory ( do Mount Sinai Health System), a camada de cima é a mucosa; as partes rosa são as estruturas de colágeno que criam as cavidades cheias de fluído (representado pela cor lilás). E que, através da famosa endomicroscopia agora, nos vem tanto revelar...

A Avançada Endomicroscopia
Mostrando em tempo real a Histologia e Estrutura dos Tecidos, os cientistas comprovam actualmente e a todo o planeta, toda a sua existência, ou seja, a sua famosa estrutura anatómica através da mais avançada técnica que se designa por Endomicroscopia, um processo tecnológico de avançada exigência que muitas vezes é usada no diagnóstico do cancro.

A «SPED» ou Endomicroscopia Confocal, é uma nova técnica endoscópica que permite a obtenção de imagens  de alta-resolução da camada mucosa do trato gastrointestinal. Esta técnica baseia-se na iluminação da mucosa com um laser, que é absorvido por um agente fluorescente, sendo depois a luz reflectida captada.

Através desta técnica podem observar-se durante o exame de Endoscopia, estruturas celulares e sub-celulares com extremo detalhe, tal como num microscópio convencional.

Na Endomicroscopia Confocal utilizam-se agentes de fluorescência que podem ser aplicados directamente na mucosa a observar - ou agentes fluorescentes intravenosos. Existem especiais contra-indicações nos casos específicos de: Gravidez, Asma, Insuficiência Renal ou antecedentes alérgicos aos agentes fluorescentes usados.

As Aplicações Médicas ou Clínicas desta Técnica destacam-se na detecção de alterações neoplásicas ou pré-neoplásicas do Esófago, Estômago e Intestino Grosso. É muito útil também no diagnóstico de outras doenças tais como: Colite Microscópica ou doença celíaca.

Daí que por volta de 2015, uma equipa de investigadores utilizando esta técnica num paciente com doença oncológica (cancro) para examinar o conduto biliar deste, tenha feito esta descoberta.

Depois de efectuado o processo intravenoso (por injecção) com uma substância corante chamada «Fluoresceína», foi possível ver um padrão reticular com seios (ocos) cheios desta substância, não tendo nenhuma correlação anatómica.

Usando depois Placas Microscópicas - de biópsia habitual - os cientistas examinaram detalhadamente essa estrutura. Que, tal como a de Dyson, no Cosmos, lhes pareceu inacreditável... no que entretanto as estruturas desapareceram sem deixar rasto...

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Uma Nova Estrutura Anatómica que vai salvar vidas. Será mesmo??? O que até agora a Ciência não estudou em profundidade e exactidão - em hipóteses ou maior crédito - sobre o fluxo e o volume intersticiais do corpo humano.

A Identificação deste «Espaço Intersticial» é ainda tão misteriosa quanto a matéria negra do Universo. Tanto lá (cosmos) como cá, em nossos humanos corpos (na Terra) em microcosmos apresentados, temos a consciência (alguns de nós) de ser a etérea mas telúrica condição da ignota sabedoria de ambos, no muito que ainda há por desvendar... que ainda há por cimentar...

A Conclusão, além as dúvidas...
Neil Theise, co-autor deste estudo e parte integrante do Departamento de Patologia da Universidade de Nova Iorque, afirma peremptoriamente de que, o Interstício, se trata de um órgão verdadeiramente independente.

Em todo o convencional processo de fixação de amostras de tecido em placas, Theise deu-se conta então (depois de realizados vários testes) de que este drenava o fluído presente na estrutura.

Desta vez, o procedimento habitual revelou-se diferente: Parecia fazer colapsar a intrincada rede de compartimentos, anteriormente cheia de líquido. Tal como as Torres-Gémeas, como se os pisos de um edifício desmoronassem...

Ao mudar a técnica de fazer a biópsia, Neil Theise e a sua equipa conseguiram preservar a Anatomia da Estrutura demonstrando que ela faz parte da sub-mucosa e que é um espaço intersticial cheio de fluído não observado anteriormente. Assim foram identificadas tiras largas e escuras, ramificadas, rodeadas de grandes e poligonais espaços cheios de Fluoresceína. Foi confirmada então a existência dessa estrutura em cerca de 12 pacientes operados.

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O Espaço Intersticial: um amortecedor contra a disrupção dos tecidos no ser humano?! Poder-se-à compreender melhor a reprodução metastásica do corpo humano? Que esperança ou solução, desenvolvimentos ou envolvimentos tem esta descoberta médico-científica hoje, para os nossos humanos problemas resolver?! Quem nos dá a certeza disso???

Acreditar é preciso!
Os Investigadores não são displicentes nem inconsequentes, mas crentes. E sendo crentes sobre a ciência que estudam, acreditam piamente que essa Rede de Espaços Inter-conectados - forte e elástica - pode mesmo actuar como uma espécie de amortecedor para evitar que os tecidos corporais se rasguem com o funcionamento diário (e que faz com que os órgãos, músculos e vasos sanguíneos se contraiam e se expandam constantemente, tal como sucede com o Universo...).

Acreditam também que, essa Rede de Cavidades, é como uma pista expressa para os fluídos (alicerçando a hipótese de que o cancro, ao atingir esse espaço,  se possa expandir pelo corpo muito rapidamente). Daí que o Espaço Intersticial seja agora uma mais-valia em conhecimento ou observação pormenorizada e em atenção por parte dos especialistas, em relação ao processo metastásico no corpo humano.

Existe porém um outro lado, fazendo acreditar aos Autores do Estudo e à descoberta agora do «Interstício», de que, as células que o formam, mudam com a idade, podendo contribuir assim para o enrugamento ou envelhecimento da pele; para o endurecimento das extremidades, assim como a progressão de doenças fibróticas, escleródios e inflamatórias.

Após tão longo texto sobre as últimas notícias vindas a público sobre este outro ou Novo Órgão Humano (quiçá só agora redescoberto pelos entendidos), se tenha de homenagear tão sublime ou suprema obra de Deus ou de outros deuses lá fora...

Em Terminologia Muito Pessoal, só me apraz findar este texto com uma não menos enigmática frase do meu mui elogiado poeta e escritor português de seu nome - Fernando Pessoa - quando diz:

"Ninguém entende ninguém. Tudo é interstício e acaso, mas está tudo certo."

Acredito que sim. E que, tal como Fernando Pessoa arroga, é tudo mesmo interstício e acaso. E se não for, então é porque talvez esteja tudo errado ou incorrecto e adulterado no microcosmos e no macrocosmos; em nós e no Universo.

Na minha óptica e compreensão, mais do que o entendimento ou o conhecimento geral das coisas, é: «A Cósmica Pele do Tudo» que nos move, que nos anseia e nos não bloqueia de querer saber mais, alcançar mais. Até porque, somos um tudo-nada iguais ao espaço que nos confere ou à dimensão que nos não fere, por sabermos que nada ainda sabemos ante os demais...

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