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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Parabéns, CR7!

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O sorriso de quem está de bem com a vida e, com as suas agora cinco Bolas de Ouro. Antes de ser magia, é a sua mais pura natureza, raça e destreza, por tudo o que abençoadamente (ainda que com muito esforço e trabalho!) a vida lhe concedeu. Parabéns, CR7!

                                            "Estou Muito Feliz!" (Palavras de Cristiano Ronaldo)

«Non, Rien de Rien, Non, Je ne Regrette Rien...» (poderás dizer sem mácula ou capricho teu de algum dia teres sofrido comparável e, abusivamente, essa idêntica maleita tal como Edith Piaf, em sintomática biografia de todo um seu percurso de vida enviesado e algo malfadado pela doença e pela desgraça de se estar só, ou, de um dia ver de si apartados todos os amores do mundo). Não. Nem por isso. Tu, CR7, és dos que vences - por vezes a chorar mas a sorrir por dentro; e, numa ou noutra ocasião, sabendo reconhecer a derrota ou a vitória - e sabendo também distanciar ambas - sabes agradecer tal dádiva.

Tu, CR7, és dos que sorris, sorrindo para vida e, tal como Piaf, só aqui, não teres de te arrepender de nada, nem sequer das lágrimas já choradas, dos sacrifícios já demonstrados ou das intempestivas e sexuais tertúlias de uma juventude inquieta que, tal como tantos outros em erros e em desmandos, lá cumpriste sem te absolveres; ou sem te condenares. Ficaste adulto. Ficaste homem... e com mais bolas do que qualquer outro cidadão comum (perdoa-me a brejeirice saloia).

Sobre Paris e sobre a Torre Eiffel (a que agora se já ilumina e se não abstém de se coroar de outras novas cores em domínios não seus) que tu viste erguer, de novo, em consagração e certamente alguma obstinação, a tua mais que merecida Quinta Bola de Ouro - entregue pela revista francesa France Football - pelo que cumpriste a nível futebolístico no ano de 2017. Esta já cá canta (terás dito em surdina), tal como se previra anteriormente nos muitos troféus já adquiridos e absolutamente justíssimos que a ti se impunham. Obtê-la agora e na cidade-Luz, então o sonho está cumprido, ou quase, pois que a ambição é muita e a força também.

                 "Sinto-me muito feliz e tenho um orgulho muito grande." (Palavras da mãe Dolores)       

Desta vez não descuraste a mãe. A Grande Mãe! (porventura a mãe de todas as mães, que acolhe em seu seio e em seu colo maternos do que já foi e sempre será, aquela mãe ou aquela avó que todos desejam para si...). Sempre linda, a sorrir ou a chorar, de alegria, de comoção!

E aí vai ela, falar pois então, que não é todos os dias (nem todos os anos) que se invadem os palcos da vida. E sobre este palco, sobre esta vida de tantas vidas, ou sobre o grande púlpito de estandarte francófono mas aberto ao mundo que foi pequeno para si, e depois tão grande como o seu amor de mãe, ela timidamente falou... como mãe, apenas isso.

E, sendo apenas isso, uma mãe, igual a qualquer outra no mundo, que é o mesmo que dizer uma mãe orgulhosamente babada do seu menino-homem que enche as bocas deste ou de outro mundo qualquer (que de outro mundo não é, mas só meu e deste em que nasceu, terá dito a mãe Dolores). E tudo, por todas estas honras, estas entregas, pelo que os pés do seu menino-jogador praticam e, a sua cabeça estima, mesmo de quando lhe arremessam fraudes ou fugas ao fisco...

(2008, 2013, 2014, 2016 e 2017): As Cinco Bolas de Ouro. Quem diria...? E quem o pressagiou outra medalha levaria por tão certeiro ter sido; ainda que de lá do Céu onde o seu progenitor se encontra, há muito que o sabia...

E a família reunida, sempre a família que, ano após ano (ou quase tudo no mesmo ano como sucedeu com os filhos-gémeos e a mais recente «bomboca» linda que irá ter duas línguas, duas pátrias e quiçá duas bandeiras para lhe encherem o coração), mais as manas Aveiro de lado (a loura e a morena) e o Cristianinho sempre presente. Uma bênção!

E a Georgina que está linda de morrer (perdão, de se viver, pois que tanta jovialidade e beleza só se podem comemorar em vida e não em morte!) e tudo ser perfeito, não fosse o Messi estar à espreita da sexta bola e, o Neymar fazer por merecer a sua primeira, pois que há mais quem queira e não abuse da sorte mas também tenha direito a ela. E mais não afirmo nem posso; o destino a Deus pertence.

"Sinto-me feliz, é um grande momento da minha carreira, é algo com que sonho ter todos estes anos. O último ano foi uma época maravilhosa. Agradeço aos meus colegas de equipa, toda a equipa é muito importante, e a todos os outros que me ajudaram a ficar em grande forma." (CR7)

«Nós também. Nós, os Portugueses, os pequenos da Europa que se põem em bicos dos pés só para te verem jogar, seja num qualquer café de bairro, associação, ou no conforto do lar (a que horas forem, em que fuso horário diferente estiveres, de dia ou de noite.»

O Mundo rejubila (aquele outro mundo que não torce por Messi ou pelo Neymar, ainda que tal seja justo e até compreensível) mas que no fundo acaba por ter a certeza de que esta «luta» é saudável e até admissível, ou então não haveria gozo nenhum de ano após ano ver quem afinal fica com a dita que é tão bela e é tão boa mas não é de Lisboa (como a canção portuguesa), mas é de todos aqueles que fazem por isso, por merecê-la. E este ano de 2017, foi o Cristiano Ronaldo!

Depois de vencer a Liga dos Campeões, a Liga espanhola, a Supertaça europeia e a Supertaça espanhola pelo Real Madrid, CR7 é, inconfundivelmente, o beneficiário de tudo isso. E mais, se Deus quiser e ajudar. Se tal não suceder, tudo bem. A competição sendo farta e séria, será também uma benesse e nunca um castigo ou anátema, pois que só assim se pode chegar ao pódium dos melhores.

Fiorentino Pérez - Presidente do Real Madrid - em relação à Quinta Bola de Ouro (ainda na gala, aquando o interpelaram sobre a sua opinião) revelou em tom peremptório: "Cristiano Ronaldo é o melhor jogador do Mundo, um símbolo para todos os Madridistas!"

Concorda-se. Por ora. Para o ano logo se verá. E se outro for, tudo bem. O Cristiano não desiste, mesmo que vá sendo tempo de  pensar nesses outros tempos que aí vêm, nesses tempos em que a idade já vai fazendo mossa, já vai pesando e, 33, sendo aquela idade em que Jesus Cristo nos não abandonando mas a Terra foi deixando (apesar de ter ressuscitado...), tenha de confidenciar a CR7 que será tempo das chuteiras terem outro lugar que não os relvados.

Mas desengane-se quem pense que tal aconteça logo aí. A energia, a vontade, o empenho, a determinação (por vezes até a teimosia) e um pouco de imaginação aliados todos à genialidade em extensão e alguma longevidade, farão de CR7 um ser quase robótico em ascensão sénior que não em reforma tão cedo. É o que pressinto mas posso enganar-me. Ou talvez não.

O futuro o dirá e CR7 o julgará por si mesmo. Até lá, venham mais Bolas, nem que sejam as de pechisbeque ou, as de comum mérito pessoal, desde os tempos (aqueles velhos tempos) em que não havia dinheiro nem para mandar cantar um cego, ou seja, para outras que não aquelas que se rompiam ao primeiro pontapé, à primeira chutada com toda a força do mundo.

Como o texto já vai longo e a coisa está a pender para o disparate, mais não digo; a não ser: «Muitos Parabéns (mais uma vez) Cristiano Ronaldo. Tu sim, és o «nosso» Menino de Oiro! E para sempre! Com, ou sem bolas...

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