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domingo, 2 de julho de 2017

Parabéns, Selecção!

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Quando um honroso e não desprestigiante terceiro lugar no pódium, é apenas e tão-só, um vulgar ou inopinado paliativo para as muitas dores de Portugal em ferida aberta, em chaga presente, do que ainda nos dói sobre as pedras tumulares de 64 mortos por justificar...

Parabéns à Selecção Portuguesa!
Não tendo sido excelente não nos foi uma desonra. Não tendo sido brilhante, não nos foi uma daquelas vergonhas mundiais sobre audiências ou referências que nos maculassem o corpo e a alma de tanto nos vermos soar e correr (e apupar que não aplaudir) tão bravos guerreiros de bola nos pés e uma lusitana garra que, por vezes, até ecoa ou nasceu sobre terras de Vera Cruz.

O auto-golo de Luís Neto não nos desmotivou, mas fez certamente roer ainda mais as unhas (as das mãos e as dos pés) para quem via tardar o merecido golo lusitano de alma portuguesa dos pés à cabeça. Má-sorte ter-se errado na baliza certeira, ou correcta, e tudo ter ido em segundos (aos 54`) para os brejos, num ápice de largo desapontamento, desilusão e consternação nacionalistas de uma endémica malapata portuguesa eternamente frustrante.

Há quem diga que, se não sofrermos, não somos bons Portugueses; aliás, bons chefes de família e por aí fora. Que o sonho comanda a vida e, nem mesmo por não termos direito à reluzente e auspiciosa Medalha de Ouro (primeiro lugar do pódium) não se deixa de ser estimado e, homenageado, só por se ter adiado férias e descansos lá para outros lados...

E então Pepe marcou e encantou (aos 90`+1) todo o plantel e, toda a minha nação lusa em anulação do auto-golo do seu companheiro de equipa, que arcou com as culpas e as pesadas injúrias de quem o viu dar de mão beijada a vitória aos Mexicanos. Tudo empatado, lá íamos nós, cantando e rindo; ou seja, pontapeando e bufando, pois que já se ia fazendo tarde para o tal golo da vitória sobre o México num prolongamento de larga estafa e nervos à flor da pele.

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Pepe: o mais lusitano guerreiro que nasceu no Brasil mas a quem a Selecção Portuguesa de Futebol abraçou como filho seu, de sangue e raça, cor e brasão e tudo o mais, pois que a minha nação é feita de todos e não tem cor nem podia ter; somos todos Um!

Da Persistência se fazem os heróis...
Mesmo sendo o jogo de futebol que ninguém queria jogar - e muito menos perder, sendo expulso nos últimos minutos desse jogo, o treinador do México, o mui irritado Juan Carlos Osorio (em veementes protestos que de nada lhe valeram) - Portugal viu-se irradiar uma outra luz, de justiça e de boa-aventurança, sob os desígnios do árbitro que assinalou uma grande penalidade (em favor de Portugal e contra o México por bola tocada com o braço). Adrien Silva foi certeiro (aos 114`), fitando o guarda-redes mexicano e tudo acabou em bem; para Portugal (2-1) e a vitória é nossa!

Fernando Santos (treinador da selecção portuguesa) respirou de alívio, encomendando em surdina mais uma oração à sua Santa preferida ou a um seu Deus que lhe está sempre presente e rumará porventura e agora para o Mundial (senti-o dizer para si). Esta já está; a bem ou a mal lá tivemos préstimos para exibir um honroso terceiro lugar e umas medalhas de bronze ao peito. Para o ano há mais no Mundial que se avizinha...

Na Primeira Participação de Portugal na Taça das Confederações não nos demos mal; podia ter sido melhor, pois podia, mas não foi. Glória então aos Alemães e aos Chilenos, e que vença o melhor, como sempre afirmo. (Notícia de última hora: Chile-Alemanha 0-1, ou seja, mais uma merecida vitória em medalha de ouro e primeiro lugar do pódium para a Alemanha). Parabéns, Alemanha!

Ainda que nos doa o termos sido tão erráticos ou mais exactamente tão pouco certeiros quanto aos penáltis marcados no jogo contra o Chile (por grandes penalidades no desperdício, incompetência ou puro azar dos azares), o certo é que superámos mais esta maldição que nenhum bruxo ou requisitados intervenientes das forças do mal poderiam colmatar; com e-mails ou sem estes...

E havendo de tudo (expulsões, confrontos e demais arruaças entre todos), o apito final ditado pelo senhor árbitro saudita - Fahad Al-Mirdasi - seria crucial, enunciando a Vitória de Portugal - como terceiro - na Taça das Confederações e pronto, tudo resumido.

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A alegria que nos resta de Portugal em Festa mas, sem mais abraços para dar, sem mais efusividade para comemorar. Quando tudo acaba em bem, é sempre legítimo acreditar-se de que algo vai mudar... para melhor!

O Gosto de Vencer!
Sendo apenas um jogo de futebol, foi também uma pequena-grande alegria para os Portugueses do pouco que nos resta em solo lusitano - Ibérico por nascença. E hoje somos heróis; não pela vitória amarga sobre o México (daquela outra que nos fugiu com o Chile), mas por acreditarmos na resiliência portuguesa de que as lágrimas sempre se secam com os risos de quem nos dá tamanha alegria efémera de um «simples» jogo de futebol...

Moscovo (Arena Otkrytie), na Rússia, foi o palco de mais uma festa, é certo; desta vez em cores portuguesas. O futebol é assim. Amigos mexicanos, não fiquem tristes, pois a vida é cíclica, roda sempre sem parar e se uns ganham e outros perdem, de novo tudo roda; e tudo se aposta - de novo e invariavelmente - num grande espectáculo de emoções e contribuições para que o Futebol seja apenas uma festa e só isso, mesmo que haja muito dinheiro envolvido sem que o destrinçamos da vida quotidiana de todos nós, a não ser que nos calhe o Euromilhões...

Mas dizia eu, que fastio de consolo pode ser este, ou que pouco aturdimento este fátuo acontecimento futebolístico nos fará, sobre tantas penas e tantas atribulações que o meu país tem vivido ultimamente?! E que alegria triste é esta então que nos consome por dentro o que por fora não se vê???

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Imagem da Google Maps - Tancos, Santarém (Portugal): Observação aérea sobre o espaço territorial da Base Militar de Tancos e das Forças Armadas (Exército) desta unidade especial que mantém um composto arsenal de guerra de pertença e guarda da República Portuguesa; hoje mais pobre e infelizmente mais insegura, após o roubo de uma ostensiva lista de munições -  e sequencial inventário feito pela PJ (polícia judiciária) e entidades militares - de todo o material furtado das instalações.

Golpadas e Saques...
Da insinuada bruxaria sobre resultados no futebol (em estouvada golpada de perdedores), ao saque imparável do espólio militar de munições roubadas e de seus paióis violados em profusão futura latente (supostamente), de irem dar guarida e provisão a uns quantos grupos terroristas ou de comércio livre de países do submundo em orgias de assaltos (e outras franquias que aqui nem quero ou posso nomear, mas, de grande monta) que mais haverá a perfilar? Que mais haverá a esconder ou, a seguidamente nos envergonhar ainda mais...?

E que mais nos sobrará que a indignidade de sermos ou querermos ser dignos sem o sermos...? De termos todos os olhos postos em nós, olhos acusadores, de negligências e poucas apetências para guardarmos o que é nosso, o que nunca nos devia ter sido retirado?! E da NATO, da Interpol e Europol (que temos à perna), ao terem sido avisadas num ensejo pouco recomendado ou pouco liderado por quem nos deveria salvaguardar e não, entregar em esbulho que não expurgo, o pouco que ainda nos sobra, a nós, portugueses, depois de tanta miserável condição escarrapachada numa lista de armamento roubado em jornais espanhóis?!

E se nada disto é comparável, equidistante de importância, alquimias ou mesmo alcavalas de outros tempos, outras serranias, que dizer de tanto desbragamento, de tanta desvirtuada consideração pelos mortos, ou pelos outros, os vivos, os que se interrogam e lastimam por que razão foi tal acontecer...?! Quem manda, quem fala e quem de direito o assume...? Que Portugal é este que sofre, mesmo que de medalha de bronze ao peito???

Imagem relacionada
Imagem nocturna da Península Ibérica (gentileza da NASA/ESA). O que se observa via satélite no que por via terrestre e, humana, se não identifica numa Ibéria quase maldita de incompreensão e aferição de mandos e desmandos que nem Júlio César pôde ou soube vergar...

Urgente encontrar o caminho!
Perdidos são os caminhos que não sabemos onde irão dar; perdidos estamos nós todos - Portugueses - se nos não soubermos comandar ou, deixarmos desmandar por outros, como há muito Júlio César o grande Imperador Romano nos apregoou de lauto tom e assertiva voz:

«Há nos confins da Ibéria (Lusitânia), um povo que não se governa nem se deixa governar», ao que eu registo e não contradigo para grande e igual infortúnio meu deste meu chão e deste meu céu que, vivesse eu outras eras, outros tempos, e tudo seria igual. E desde que haja Pão e Circo, e tudo continue sem Rei nem Roque, sem nada de seu, sem nada que o proteja, o meu Portugal continua a chorar... ainda que sorria por breves momentos...

Haja Futebol, hajam medalhas, haja Festa em Portugal! Haja tudo (sem acesso e lampejo de foguetes, balões acesos e outros eflúvios aéreos, desde os drones que intimidam aviões às bombinhas de Carnaval, e tudo em proibição legislativa de alta punição para quem o prevarique), pois que Portugal continuará a viver - ou a sobreviver - neste lodaçal gritante mas muito reconfortante de sermos todos uns comandantes de coisa nenhuma ou de lado algum; e pior, sabe-se lá para onde...

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