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quinta-feira, 16 de março de 2017

O Neanderthal Português!

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As Maravilhosas Descobertas ou fabulosos achados perdidos no tempo mas, reencontrados agora, pelos investigadores de crânios que há 430/440 mil anos pisaram a Terra. A Península Ibérica é frutuosa - e poderosa! - nessas relíquias, que um dia, além o corpo, possuíram uma alma castelhana e lusitana...

Que se poderá acrescentar mais ao que hoje se sabe e vislumbra de todos estes achados, de todas estas descobertas de exultantes crânios que nos contam outras histórias, outras vivências...?!

Seríamos hoje, tão resilientes, tão fortes ou tão poderosos ante condições extremas, experiências máximas de todo um seu círculo de vida, na Europa - mas também no Sudoeste Asiático - por onde andaram em contributiva evolução, ainda que tenham desaparecido sem deixar rasto...?

Teremos sido nós, na espécie evoluída de Homem Moderno (ou outros por nós, em inquietudes ou vicissitudes estelares de certas engenharias genéticas de alteração e evolução constante?) que os matou, que os sacrificou, na Terra, pelo que a supremacia tecnológica e cultural ascendeu e se estatizou, fazendo-os extinguir para todo o sempre...?

Que nos dirão agora os seus crânios perdidos e nesta era moderna encontrados...? Que mítica abordagem lhes teremos de fazer para não quebrar esse encanto desencantado de um dia terem sido os nossos antepassados de algo que já nem conhecemos ou do que ainda não sabemos...?!

Que nos revelarão de suas vidas, ou do que observaram ou pensaram e sentiram, se nada destes se retirar que não uma presença que tiveram e, viveram, e nada mais, pois que ser alma sem crânio talvez não baste, para se fazer notar que um dia também já foram gente...

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Crânio do Homem de Neanderthal: alega-se hoje que este ser humano que já foi considerado como uma raça/espécie extinta do Homo sapiens, já usava «aspirina» (ácido acetilsalicílico) e antibióticos...
A análise científica agora realizada, permitiu descobrir que vários micróbios causadores de doenças já eram compartilhados entre os antigos humanos e que, a Comunidade Microbiana Oral, não se alterou na história recente...

O Homo Sapiens em evolução...
Desde que o primeiro fóssil foi encontrado em 1856, em Neanderthal, perto de Düsseldorf, na Alemanha, a relação entre o Homem de Neanderthal e o homem moderno tem sido uma permanente e contínua discussão, no que novos achados destes fósseis forçaram mudanças de opinião sobre o papel desempenhado na evolução do Homo sapiens sapiens.

Há muito que se sabe que o aspecto deste nosso precursor, na Europa, diferia de modo notório do homem anatomicamente moderno: O Encéfalo apresentava um volume médio superior ao nosso, ao que exibimos actualmente; possuía a face consideravelmente maior - com arcadas supraciliares elevadas e carregadas - e um nariz assaz largo. O Maxilar Inferior apresentava-se maciço, com o queixo retraído; os dentes,  maiores, dispunham-se segundo uma curva em U e não parabólica, como o Homem Moderno.

A Cabeça do Homem de Neanderthal apoiava-se então em músculos curtos e robustos, na nuca e no pescoço; e, finalmente, atingia apenas 160 centímetros de altura, mas sendo extremamente musculoso.
O Homem de Neanderthal desenvolveu-se entre 200 mil a cem mil anos atrás, associando-se este, geralmente, à cultura Mustierense - designada a partir da jazida de Le Moustier, ne Dordonha, em França.

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O nosso admirável Homem de Neanderthal: o mais resistente ser à face de uma terra inóspita e gelada em seu redor. No decurso de dezenas de milhares de anos, grupos destes bravos homens percorreram as tundras e as florestas do Ocidente da Eurásia.

A Era do Homem de Neanderthal
O Homem de Neanderthal foi o primeiro caso de adaptação de grupos humanos ao clima frio das regiões setentrionais. Considerada em conjunto, a sua evolução verificou-se durante uma época quente - o último período interglaciar.

Todavia, a tecnologia de produção de instrumentos típica do Homem de Neanderthal - isto é, o período musteriense, assim designado em recordação de um lendário abrigo sob rochas em Moustier, na Dordonha, como já foi referido - não aparece na Europa até à última Idade do Gelo, há cerca de 70 mil anos, embora indústrias semelhantes tivessem surgido no Médio Oriente há cerca de 120 mil, segundo constata Peter Rowley-Conwy, investigador e autor de várias obras nesta área.

O Homem de Neanderthal tornou-se  um povo da Idade dos Gelos, com tudo o que isso implica em termos de sobrevivência árctica e de flexibilidade económica; e tal como os seus antecessores, percorreria extensos territórios, fazendo uso de estacionamentos sazonais durante as várias épocas do ano.

É muito provável que, a caça grossa, especialmente a de Gamos e Renas, assegurasse parte importante da sua subsistência. Mas há que referir todavia, que o clima frio o forçava a adaptar a um regime alimentar ao ciclo das estações; assim, o armazenamento de alimentos era uma necessidade vital durante certas épocas do ano.

Cavernas e abrigos sob rochas - os chamados «Abri» - eram vulgarmente utilizados para habitação e, embora se conheçam instalações ao ar livre em muitos locais, a expressão «Povo das Cavernas» - quando aplicada ao Homem de Neanderthal - não deixa de ter um certo fundamento mas não na sua totalidade, pois assumir-se-ia como algo mais.

De um modo geral, a versatilidade do Homem de Neanderthal foi poderosa, uma vez que que da Eurásia até ao Sudoeste Asiático se fez sentir, no planeta Terra. Disso estão cientes os investigadores e seus descobridores por toda a Itália, França (e mais recentemente Portugal e Espanha) e para Oriente, no Iraque, mais exactamente.

Muitas vezes considerado como uma raça ou espécie extinta do Homo sapiens, segundo Colin Groves, orientador de outros estudos, outras vezes foi designado como espécie distinta - o Homo Neanderthalensis.

No Sudoeste Asiático conviveu com o homem moderno durante dezenas de milhares de anos, ao passo que na Europa coexistiram apenas durante alguns milhares. Ignora-se assim o que estes dois povos teriam pensado um do outro, se faziam permutas comerciais ou se estavam em guerra, ou até se se cruzariam ocasionalmente...

De qualquer modo, o Homem de Neanderthal já não existe e o seu desaparecimento continua envolto em grande mistério, embora se admita geralmente que, o Homem Moderno, possa ter adquirido supremacia tecnológica ou cultural, e que por lógica o Homem de Neanderthal incapaz de competir com este, se extingui por fim.

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Esta a imagem de Reconstituição do Homem de Neanderthal, no museu de Kaprina, na Croácia. Um estudo realizado por uma equipa internacional que analisou e comparou amostras da Placa Dentária de 4 ossadas de esqueletos de Homens de Neanderthal, encontrados nas grutas de Spy, na Bélgica e em El Sidrón, na Espanha, veio dar mais respostas. A idade dos quatro varia entre os 40 mil e 50 mil anos.

O que o ADN nos conta de si...
O Homem de Neanderthal: uns acusam-no de canibalismo, outros não. Entretanto, os investigadores descobrem verdadeiras pérolas desta civilização ancestral, tais como o uso de aspirinas e antibióticos. Não literalmente; ou seja, usaram medicamentos à base de plantas contra as dores de cabeça, o que revela por si, o quanto esta espécie era no mínimo desenvencilhada.

Neste mês de Março de 2017, a revista Nature conta-nos o que para muitos seria um absurdo - e mesmo uma contraproducente análise - sobre o que à priori remetemos como um povo antigo que tomava medicamentos actuais. Nada disso.

O que a Nature nos vem agora revelar de um estudo realizado pelo Centro Australiano de ADN Antigo em colaboração com a Faculdade de Odontologia da Universidade de Adelaide e a Universidade de Liverpool, no Reino Unido - na análise do material genético encontrado na placa dentária de fósseis do Homem de Neanderthal - foi de autêntica surpresa!
Este estudo deu-nos informações surpreendentes sobre o seu comportamento, evolução histórica e dieta.

«A Placa Dentária que prende microrganismos que vivem na boca, agentes patogénicos encontrados no aparelho respiratório e gastrointestinal, bem como pedaços de comida que ficaram presos nos dentes, preservou o ADN por milhares de anos». Afirmação da principal responsável do estudo Laura Weyrich, do Centro Australiano de ADN Antigo.

A Análise Genética desse ADN que ficou preso na placa dentária representa uma «janela privilegiada», sobre o estilo de vida do Homem de Neanderthal, segundo Laura Weyrich, a exímia investigadora, que reitera ainda sobre o que se sabe agora do que este comia, as doenças de que sofria, ou o ambiente como factor que afectava o seu comportamento.

Alan Cooper, Director do centro Australiano de ADN Antigo aferiu também de forma peremptória:
«Uma das descobertas mais surpreendentes foi feita num Neanderthal de El Sidrón que tinha um abcesso dentário. A placa mostrou que também tinha um parasita intestinal que lhe causava diarreia aguda, pelo que claramente estava muito doente. Ele estava a comer choupo, que contém ácido salicílico (o ingrediente activo da aspirina), para tirar a dor; e também detectámos um antibiótico natural (penicilina) que não encontrámos noutros espécimes».

Por conclusão dos investigadores, admitiu-se que o Homem de Neanderthal tinha um poderoso conhecimento das plantas medicinais e das suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas - e auto-medicava-se - segundo o investigador. Mas o mais surpreendente, acentuou ainda, foi o facto da existência de antibióticos 40 mil anos antes de ser descoberta a Penicilina!

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O Crânio «português». Ou seja, cientificamente explanando o que se encontrou em solo português, na gruta da Aroeira, em Torres Novas, no Centro de Portugal. Um belíssimo crânio de um espécime de Homem de Neanderthal, em revelação extraordinária de por aqui ter vivido há 400 mil anos!

Península Ibérica: As sensacionais descobertas!
O ano de 2014 foi prodigioso em descobertas! O Homem de Neanderthal viu-se de rompante ser famoso nos tablóides mediáticos desta nossa era do Homem Moderno.
Uma equipa de arqueólogos descobriu numa caverna ao Norte de Espanha, 17 crânios com cerca de 430 mil anos. Um portento!

Na Reconstituição dessas ossadas (encontradas nas montanhas de Atapuerca), os investigadores descobriram tratar-se das mesmas características faciais do Homem de Neanderthal que terá vivido, na Terra, há cerca de 300 mil anos e até há aproximadamente 29 mil anos - época em que se supõe a sua extinção.

O Elo Perdido...?
Juan Luís Arsuaga, paleontólogo e professor da Universidade Complutense, de Madrid, afirmou então que os restos pertencem a um «elo perdido» da evolução humana que está entre os Neandertais e os Humanos Primitivos. Os pedaços/ossadas pertenciam a 28 indivíduos - não se sabendo se todos oriundos da mesma família genética, uma vez que não se terão feito análises mais conclusivas ou de índole forense - e que se constata terem morrido na câmara de um poço de 14 metros de profundidade.

Fugidos de alguma intempérie mais gélida, cataclismo atmosférico ou invasão de outras espécies, é algo que também não se sabe, por ora, especulando-se apenas se terá sido apenas e tão-só, o último refúgio sepulcral de toda esta população...

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O que os cientistas têm para nos dizer deste Crânio «Português»...(o fóssil humano mais antigo descoberto em Portugal. Foi descoberto em 14 de Julho de 2014, em Portugal, analisado em Espanha, e posteriormente divulgado em Março de 2017, ao mundo).

O Crânio de Portugal
Quanto à recente descoberta, no concelho de Torres Novas, numa gruta de seu nome, Aroeira, em Portugal, a novidade é que este, de linhagem Neanderthal (ou, num explicável agora hiato, que preenche uma lacuna humana da espécie) que terá vivido nestas terras há cerca de 400 mil anos, tornando-se desta feita o mais antigo crânio jamais descoberto nestas paragens!

Descoberto em 14 de Julho de 2014 (e divulgado a 13 de Março de 2017), o Fóssil Humano mais antigo, em Portugal, foi efusivamente celebrado como uma das mais autênticas provas na existência desta espécie, na compreensão da origem e evolução humana dos Homens de Neanderthal! Homem esse, que teria privado com animais, pelo que também e aí se encontraram de vestígios e restos destes (vários animais) e ferramentas de pedra, tais como machados.

Descoberto então por uma prestigiada e, internacional equipa de arqueólogos, no registo e datação de há 400 mil anos; mais além do que os já encontrados e observados na vizinha Espanha.
João Zilhão, o líder português deste estudo assume desde logo:
"É o mais antigo fóssil encontrado em território português e um dos mais antigos da Europa!"

Esta a esfuziante afirmação de João Zilhão, o responsável máximo do estudo agora divulgado no Boletim da Academia Nacional das Ciências dos Estados Unidos (publicação de Março de 2017) em que, a equipa imbuída nesta exploração no Centro de Portugal foi pioneira ao retratar o achado, depois de devidamente analisado em Espanha.

Zilhão remata definitivamente: "Apesar de nesta altura coexistirem populações muito diversas, mais diferentes do que qualquer população humana actual, nem por isso deixavam de pertencer a uma só espécie!"

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O Crânio da Aroeira, Portugal. O mais antigo fóssil humano encontrado em terras de Portugal. A Península Ibérica, estando de parabéns, demonstra assim ter sido uma região crucial - e especial, certamente! - para a origem e evolução do Homem de Neanderthal!

Neanderthal na Península Ibérica!
O Fóssil Humano - da altura média do Pleistoceno, que cobre o período desde há 2,5 milhões de anos até há 11,5 mil anos, num local tão ocidental da Europa, é digno de registo. Segundo os cientistas, trata-se de um antepassado «a meio caminho entre o Homo erectus (que apareceu em África entre 1,5 e 2 milhões de anos), e os mais recentes a que chamamos Neandertais - na Europa - e Modernos, em África.

O Crânio da Aroeira - gruta localizada em Torres Novas - foi retirado do local incrustado num bloco único de sedimentos elevado por um Centro de Investigação, em Madrid, Espanha, onde os especialistas conseguiram identificar mais em pormenor, o crânio deste lado lusitano.

Foi por todos eloquentemente analisado, uma vez que se trata de algo provindo de uma gruta com um enorme potencial geológico que poderá, segundo os investigadores, ter vestígios de todas as épocas, em particular referentes ao último meio milhão de anos!

Ralf Quam, Arqueólogo, da Universidade Norte-Americana de Binghamton, corrobora igualmente em adjectivar este crânio como o fóssil humano mais antigo já encontrado em Portugal, afirmando que este partilha de características idênticas a outros fósseis deste período, encontrados em Espanha, França e Itália.

Mas vai ainda mais longe no trato e na consideração em relação a esta região ibérica:
" A Península Ibérica é uma região crucial para compreender a origem e a evolução dos Homens de Neanderthal!" - Quam dirigiu-se assim ao ramo da Evolução Humana que se extinguiu há cerca de 40 mil anos.

No Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, Portugal, este fóssil agora descoberto e devidamente identificado, vai poder ser finalmente observado - e admirado - em futura exposição ao público, sendo provavelmente a peça central da restante exposição que se realizará por meados de Outubro deste mesmo ano de 2017, se nada de contrário suceder.

De Parabéns estamos todos (em particular os cientistas que tanto nos têm dado e ofertado de tamanhas anunciações de fantásticas descobertas!) por enfim, exibirmos, a persistência de nos fazermos viver sobre a Terra.

O Homem de Neanderthal (português nos dias de hoje ou na dita concepção territorial do qual este pertenceu), terá sido trabalhador, corajoso e desenrascado - à boa maneira portuguesa - e, se não for exigir muito à imaginação fértil desta sua destrambelhada conterrânea ainda que não descendente, vá-se lá saber, um bom pai de família e de mil atributos (e garra!) em frente a um bisonte ou a um mamute.... Tudo é possível. Tudo é expectável, se pudéssemos voltar atrás no tempo e o visualizássemos...

Em justa pós-homenagem há que o dizer, este Homem de Neanderthal, pôde talvez, na melhor das hipóteses, fazer-se viver, coabitar ou coexistir com outras espécies, fazendo-se igualmente evoluir, ainda que se tenha extinguido (em extermínio e em abuso...?) de uma superioridade tecnológica mais avançada ou mais inteligente; não se sabe mas intui-se.

Quanto a mim, só me resta aplaudir todos os avanços, todas as arqueológicas e científicas descobertas para que,  em futuro próximo, todos saibamos das nossas origens, da nossa evolução humana; mesmo que estas tenham, muitas vezes, tido mão não-humana, não-terrestre...

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