Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 13 de setembro de 2016
O Geológico Colapso da Terra
Cratera Gigante na Sibéria (Rússia) em Julho de 2014.
Enormes crateras ou extensas línguas territoriais (em comprimento e profundidade) numa dimensão atroz que esventra a superfície da Terra e lhe ostenta ou devassa a interioridade, deixa-nos à mercê da fatídica e imprevisível convulsão deste nosso mártir planeta, aquando estas ocorrências geológicas sucedem por todo o globo - dos Estados Unidos à Grande China.
Sabendo-se que a fusão progressiva dos solos faz ocorrer estes fenómenos estando em risco a sustentabilidade das populações (como por exemplo, na Sibéria), estará a Terra a dizer-nos - em choque e total visibilidade - o que há muito o Homem se nega a admitir (ou tenta em vão recordar) de que, a Terra, é apenas e tão-só um vértice de cumprimento de vida física em passagem e sentido, que não de apropriação ou mesmo usurpação, que tantas vezes se esquece ou tenta renegar?!
«Sinkhole» ou Sumidouro (escoadouro) de aproximadamente 15 metros, na Florida (EUA).
Há muito que se sabe que os fenómenos de origem vulcânica, o movimento das placas tectónicas e ainda os fenómenos atmosféricos, pressupostos das inevitáveis alterações climáticas que entretanto se reproduzem no planeta, vêm dar seguimento a todo este mecanismo activo terrestre - imparável e quiçá desmesurável - no contínuo movimento da Terra. A influência do Movimento de Rotação da Terra está assim directamente ligado com este surgir de fenómenos por todo o globo.
Chamados por alguns de «Sinkholes» ou Sumidouros, seja em áreas rurais ou urbanas, estes fenómenos traduzem-se nos solos por diversos factores já geologicamente estudados como normais, em consequência da acumulação de águas, na erosão dos solos, na dissolução das rochas, assim como no já referido movimento de rotação da Terra em factores determinantes sobre estas ocorrências; contudo, há que instar: Estar-se-à perante a iminente ruptura da crusta terrestre em processo geofísico (e científico) explicável ou, como muitos advogam, a caminhar abrupta e velozmente para o Final dos Tempos...???
Foto da enorme cratera exposta sobre a Cidade da Guatemala (2010). Um buraco de grandes dimensões que se abriu após as fortes chuvas que se abateram sobre esta cidade do Continente Americano. Registou-se então possuir uma profundidade de 60 metros por 20 de diâmetro.
O que será que a Terra nos esconde...? Estará o planeta de forma algo súbita - ou vorazmente - a entrar em ruptura, a entrar em colapso, sem que nada possamos fazer em sentido contrário? Desintegrar-se-à, e nós, comuns cidadãos terrestres (ou simples terráqueos, na analogia, observação e talvez consignação cósmica dessa outra abrangente «ou exígua» visão de vida interestelar), a dissolver-se, a anular-se com ela...?
Se houver efectivamente o verdadeiro e factual Colapso da Terra - ou este em curso - em perfeita ignição e desenvolvimento processual dessa execução planetária, que poderá o Homem buscar para tal travar? A existir já esse Colapso Geológico da Terra, não serão infundados todos os esforços ou todos os passos futuros da Humanidade, se tudo desaparecer, se tudo se mumificar além os tempos...? Poderemos ficar sossegados - ou amainados - com a liminar explicação científica sobre estes fenómenos ou, ao invés disso, irmos gradualmente consciencializando de que, a nossa civilização, tem de facto os dias contados...???
Um observador chinês ante a espectacularidade mórbida de um camião engolido pela inusitada cratera, na localidade de Changchun, na província de Jilin, na China (2011).
O Fim anunciado...?
Talvez para se entender melhor o que motiva todos estes fenómenos geológicos da Terra se tenha de empreender que, estando tudo em movimento e transformação, o planeta nos vá dizendo de que chegou ao seu limite energético ou de sustentação para a vida na Terra; e isso, assusta-nos.
Sabe-se que o abatimento das terras é devido à presença de aquíferos nas áreas vegetais ou rurais do planeta e que, nas áreas urbanas, se traduz pela captação e retenção de águas que provocam esse abatimento. A fusão progressiva do solo torna-se assim uma consequência inevitável sobre estas ocorrências, deixando as populações algo incrédulas mas efectivamente em risco na sua sustentabilidade futura.
Estes Sinkholes ou Sumidouros são muito nefastos para o ambiente, uma vez que se libertam para a atmosfera grandes toneladas de Metano e CO2 (dióxido de carbono) - vulgo gases - criando um atentado ambiental gravoso de danos sempre irreparáveis.
Daí que não seja de somenos importância questionar toda a comunidade científica (mas começando por nós próprios) de que, a breve trecho, poderemos estar a lidar com algo muito sério. Polémico ou não segundo essa mesma base científica, seduz-nos mais - em tragédia e confusão latentes sobre estas ocorrências - perguntarmos então:
Estaremos todos a ser sugados, espoliados, ou quiçá obliterados de todas as intenções terrenas, de todas as ambições terrestres ou estelares, de todas as convenções galácticas (e não, não estou a falar de ficção!) se sumirmos também nós, como civilização que somos, num grande e profundo ou ocluso buraco negro - versus crateras - além de toda a escuridão, além de toda a revolta, indignação ou postergação de qualquer medida a reiterar ou a activar no planeta - além o Tudo ou o Todo que nos é expectável ou mesmo observável...?! Eu não sei. Mas gostaria. Talvez estudando outras matérias lá cheguemos em pequenos passos - que gigantes serão para a Humanidade, se a Terra no-lo permitir...
Belíssima Foto/Imagem do Arco Natural em lava basáltica da Fajã da Ribeira da Areia, na ilha de São Jorge, Açores (Portugal).
A Compreensão Geológica: A Ascensão dos Magmas
Para tudo na vida há que haver estudo, análise e compreensão. É assim há milénios, tal como a morfologia geológica da Terra. Se recuarmos às Primeiras Crustas e depois ao estudo e sequencial desenvolvimento procedido sobre a Ascensão dos Magmas, talvez compreendamos melhor o porquê de certos fenómenos e ocorrências instaladas na Terra.
A Temperatura no interior da Terra - próximo da superfície - aumenta, em média, 3ºC por cada 100 metros de profundidade; a cerca de 50 quilómetros abaixo da superfície atinge aproximadamente 1000ºC. O Gradiente diminui a profundidades maiores e o núcleo provavelmente não excede os 4300ºC. Apesar destas temperaturas, existe apenas uma pequena zona na Parte Superior do Manto, chamada Astenosfera (que se estende de 70 a 250 quilómetros abaixo da superfície) onde se encontra Rocha ou Magma fundidos.
Abaixo desta zona temos uma região sólida de Manto - Mesosfera - onde pressões enormes impedem a rocha de se fundir. O Núcleo Exterior também está em fusão, a temperaturas que se situam entre os 3700ºC e os 4300ºC, mas as elevadas pressões do Núcleo Interior fazem com que também esteja no estado sólido.
A Rocha Fundida pode assim ser forçada a subir à superfície na forma de lava. Pode fluir lentamente ou explodir, formando uma nuvem de erupção. Há a consideração de, a lava ser ou não explosiva, dependendo em larga medida da profundidade da sua formação, do tipo de Vulcão em causa, da viscosidade do Magma, dos elementos voláteis que contém, além de muitos outros factores.
Foto de lava cordada/encordoada (crusta fendida de lava) ou «pahoehoe» (foto de Ana Profundo).
Os vários tipos de Magma
Muitos tipos de Magma são Silicatos e dão por conseguinte origem a rochas ígneas compostas de minerais que contêm a molécula de Sílica (SiO2). À medida que sobem à superfície, expandem-se e arrefecem e, eventualmente, começam a cristalizar. Para além da Sílica, os magmas terrestres contêm elementos como o Alumínio, o Ferro, o Magnésio, o Cálcio, o Titânio, o Manganês, o Fósforo, o Sódio e o Potássio. Estes combinam-se com a Sílica para formar então os Silicatos.
A Sílica representa entre 35 e 75% dos magmas terrestres. Os Magmas com um teor pouco elevado de Sílica são básicos, enquanto aqueles com um teor elevado se chamam Ácidos ou Silícicos. Também presentes em pequenas quantidades estão elementos como o Rubídio, o Estrôncio, o Zinco, o Enxofre e o Cobalto. por fim, há muitas substâncias voláteis. As mais importantes são a Água, acompanhada de elementos como o Boro, o Cloro, o Flúor e compostos contendo Enxofre, Hidrogénio, Oxigénio e Azoto.
Quando o Magma se encontra sobre pressão nas profundidades da Terra, estes elementos e compostos estão nele dissolvidos. À medida que o Magma sobe a pressão desce, os componentes mais voláteis expandem-se, sendo então libertados na forma de gases. Assim, quando uma massa em fusão chega à superfície da Terra, consiste numa mistura de cristais - líquidos e gases.
Na realidade, a expansão da componente gasosa é, em larga medida, responsável por forçar o Magma até à superfície, causando possivelmente uma erupção explosiva!
Cratera do Vulcão Nyiragongo, em África. Em Junho de 2010 uma equipa de bravos cientistas e intrépidos exploradores aventuraram-se na garganta desta cratera (nos Grandes Lagos de África). Esta espectacular foto da autoria de Olivier Grunewald que das entranhas do lago (a um metro dentro deste) nos deu a visão única da sua matéria fundida.
Pesquisas Sísmicas
Os Cientistas e demais estudiosos admitem de que, a Temperatura, sobe efectivamente muito depressa nos primeiros 100 quilómetros abaixo da superfície da Terra como já se referiu, mas, aferem também, a curva atenua-se na fronteira entre o Núcleo Exterior e o Núcleo Interior - a cerca de 5000 quilómetros da superfície.
Os Cientistas terão calculado essas temperaturas por efectivos estudos dos pontos de Fusão do Material do Manto e do Ferro, a pressão equivalente ás que se pensa existirem a várias outras profundidades.
Pesquisas Sísmicas indicar-lhes-iam então as circunscritas zonas onde se encontrava a matéria em Fusão. Estas Zonas são assim associadas a temperaturas que dão origem a mudanças de estado (de sólido para líquido ou de líquido para sólido).
Os Cientistas terão por conclusão arrogado também de que, na base da Crusta, a densidade possa atingir algo como 3000 quilogramas por metro cúbico, a pressão de 200 quilobares e a temperatura de 1000ºC.
Na Base do Manto, os valores equivalentes são: densidade 5500 quilogramas por metro cúbico, pressão 1400 quilobares e temperatura 3000ºC.
Mais uma belíssima mas reverencial foto sobre a investida dos cientistas na cratera Nyiragongo (num extenso e profundo lago de lava fervente), nos Grandes Lagos de África. A vista da borda do vulcão, a 11.380 pés acima do solo e, a 1300 pés de profundidade, criaria assim neste exuberante lago de lava, uma das pontificadas maravilhas do Continente Africano.
Astenosfera/Litosfera
Os Cientistas referem que a convecção da maior parte do Manto Sólido, os materiais quentes sobem e os frios afundam-se. Explicam além disso que, o material semifundido da Astenosfera, é menos denso do que do que a Litosfera que assenta sobre ela. O material quente e menos denso concentra-se então em bossas locais (as instabilidades de Raleigh Taylor) e forma diápiros (corpos bulbosos) ou «plumas» que se tornam fontes de Magma!
Há a registar também de que mesmo às enormes Pressões e Temperaturas que se encontram na Astenosfera onde se formam os Magmas, os materiais do Manto «Seco» não podem, de facto, fundir-se. Os elementos voláteis, no entanto, podem fazer baixar o ponto de fusão dos Silicatos Minerais em 500ºC e a água desta região do Manto permite que se dê a Fusão. A este processo dá-se o nome de: Fusão Parcial.
O Estudo de Silicatos - como as Anfíbolas e as Micas - que surgem muitas vezes à superfície na forma de blocos envolvidos nos magmas originários dos mantos, indica que contêm quantidades significativas de água. A Água que chega ao Manto, assim como a Crusta da Terra, incluindo sedimentos depositados pela água, é reciclada e incluída no Manto através de processos tectónicos.
Os materiais em Fusão Parcial são menos densos do que o manto circundante, sendo que tendem muitas vezes a subir à superfície na forma de corpos bulbosos chamados Diápiros.
Quando começa a cristalização no seio dos Diápiros, os primeiros cristais que se formam são menos densos do que o líquido circundante e tendem a afundar-se nesse líquido. Se a parte mais profunda dum diáspiro - repleta de cristais - for sacudida, a massa em fusão que sobe tem uma composição diferente da região superior maioritariamente liquida. Este processo, chamado Cristalização Fraccionada, explica como, da mesma região do Manto, podem surgir tipos diferentes de Magma.
Voltando às Crateras Gigantes na Sibéria: sete gigantescos buracos foram descobertos no solo gelado siberiano em menos de um ano. Que factores o determinaram...? Sismos, tsunamis, inundações, alterações climáticas ou mesmo a resultante de múltiplos testes nucleares executados pelo Homem...?! Estar-se-à perante a iminente ruptura da Terra???
O Grande Mistério das Crateras...
Se existe a estupefacção pela formação geológica da Terra de há 65 milhões de anos (como por exemplo, os grandes volumes de lavas basálticas que surgiram à superfície por extrusão, no Noroeste das Ilhas Britânicas), entre outros locais do globo onde se evidencia esta mesma formação geológica, que dizer então, em relação ao esventre súbito e abrupto de crateras por todo o globo sem explicação imediata para tal...?
É certo que os cientistas ou investigadores há muito que o analisam e se intensificam em mostrar essa realidade de fenómeno natural em ocorrência terrestre - inevitável é certo - mas também dita normal, em consequência de grandes inundações, tsunamis, sismos (ou terramotos) ou ainda, provavelmente, dos muitos ensaios e testes nucleares efectuados pelo ser humano, na Terra.
O Colapso Geológico que a Terra tem vindo a sofrer tem explicação plausível por parte dos especialistas que entendem que, a cumulação de águas ou a existência de aquíferos, erosão dos solos, dissolução de rochas e, no fundo, o Movimento de Rotação da Terra que tudo muda, altera e possivelmente transmuta, dá-nos a percepção de toda a actividade terrestre como um ser vivo no seu todo.
Futuramente, nada escapará a essa fúria dos solos, a essa garganta aberta da Terra que, em científica amostragem, nos dá a realidade dessa Fusão Progressiva do Solo que faz com que surjam a cada dia mais estes fenómenos por todo o planeta, mesmo que isso vá contra a nossa humana sustentabilidade. Será então mera ocorrência geológica que desde sempre se pronunciou ou, como muitos especulam, a implacabilidade planetária que nos desfere um golpe de mestre - assertivo e fatal - a continuarmos assim, autistas e , irreflectidos, sobre esta causa maior???
Um maravilhoso buraco azul: «The Great Blue Hole» (a 100 km mar adentro) da Cidade de Belize.
Desvendado o Mistério ou nem tanto...?
Havendo autênticas maravilhas por todo o planeta de profundos e belos buracos abertos nas profundezas da Terra (como este da imagem acima referida em beleza deslumbrante perto da Cidade de Belize), há outros que se abrem perante os nossos pés e, observação catatónica, do que não sabemos evitar em espanto e certo receio de ficarmos sem chão para pisar.
Na Sibéria temos disso registo em total estupefacção nessa tão gigantesca dimensão de sete buracos/crateras que entretanto se descobriram no gelado solo siberiano, pertencente à Rússia.
Em Julho de 2014, os cientistas tiveram conhecimento desta nova realidade sobre uma remota região siberiana conhecida como: «O Fim do Mundo...»
Os Geólogos Russos prontificaram-se desde logo a esclarecer a opinião pública, dizendo tratar-se de fenómenos ocorridos devido ao Aquecimento Global, após terem sido localizadas idênticas estruturas noutras localidades.
Vasili Bogoiavelenski - vice-director do Instituto de Investigação do Petróleo e do Gás da Academia das Ciências Russa - afirmou que as filmagens já realizadas sobre o fenómeno e consequentemente sobre as sete crateras, as poderia assim identificar, não colocando de parte a possibilidade da existência de muitas outras mais. Inclusive, a existência de uma cratera gigante com 1 quilómetro de diâmetro!
«O fenómeno é semelhante à erupção de um vulcão!» determinou então Bogoiavelenski. Acrescentou ainda que, à medida que o gelo no «permafrost» (a camada de solo permanentemente gelado daquela região) derrete, vai sendo libertado Metano e a pressão deste Gás aumenta até causar uma explosão que leva à formação da cratera.
Todas as Crateras foram descobertas na região de Iamalo-Nenetski, rica em recursos energéticos, no Noroeste Siberiano, alocaram os cientistas. Sendo que, segundo os mesmos, ainda estão a analisar e a estabelecer convenientemente todo o potencial de perigo que possa emanar destas profundas crateras, uma vez que, o Metano, é extremamente inflamável. Além de que um destes sete buracos ou crateras siberianas está situada perto de um Reservatório de Gás em exploração, sendo evidentes os perigos que isso acarreta.
Antes que se tornem lagos, pelo que de seguida se enchem de água, explicam em pormenor, sendo o seu estudo depois muito mais difícil, como é óbvio, os cientistas pretendem objectivar se, entretanto, as mais recentemente descobertas serão iguais ou similares na formação e sob as mesmas condições.
Imagem da NASA sobre a Gronelândia (imagem do mar de gelo na costa leste da Gronelândia), em língua natal da Gronelândia (gronelandês) «Kalaallit Nunaat» ou seja, «nossa terra».
Aquecimento Global/Alterações Climáticas
Estaremos então perto do fim...? Que fazer para tal reverter...? Esta soberba e majestosa imagem que a NASA gentilmente nos concede e por sua máxima cortesia nos permite vislumbrar, de longe (o que só os astronautas têm por hábito observar), dá-nos a contenção ou, o subliminar dever, de sermos ou tentarmos ser melhores para com o ambiente terrestre que nos rodeia.
Sendo nós ofuscados por tamanha beleza que só dos ares se pode visualizar, em mestria e altruísta generosidade do que a NASA nos oferece, há que ter em conta todos os estragos e todos os nefandos actos impróprios que o ser humano empreende sobre si mesmo, além o meio ambiente e todo um ecossistema há muito debilitado.
Terramotos, Sismos, Inundações, Tsunamis ou mesmo a repercussão instada na Terra através dos nocivos testes nucleares que se fecundam e dejectam nos subterrâneos do planeta, tudo é uma evidência factual e científica de um mundo em constante e, talvez, imperfeita mudança.
Sendo inquestionável que tudo é mutável, além o ser humano, além a Terra, os factores predominantes do vulcanismo, do tectonismo ou das alterações atmosféricas e climáticas, impostas agora de forma muito mais acirrada no planeta, dá-nos a certeza da nossa finitude. Mas também a da Terra, a nada se fazer nesse sentido.
O degelo glaciar, o aquecimento global, todas as alterações climáticas entretanto sofridas e tudo o mais, está posto em causa. Temos de arrepiar caminho e ser obreiros de um mundo que ainda nos queira abraçar e não sugar nestas crateras gigantes. Sendo nós, humanos, totalmente impotentes para tal estacar, só nos resta compreendê-lo. E, aceitá-lo.
Câmaras instaladas na ISS/EEI (Estação Espacial Internacional) dá-nos uma outra perspectiva sobre o planeta Terra. Algo que devemos, todos, sentir a gratidão desse acto, sentindo que lhe devemos mais a ela, à Terra, do que ela a nós; quanto aos astronautas da ISS um bem-haja, além NASA, ESA e outros que tão fantásticas imagens nos dão sobre o nosso tão lindo planeta azul!
O Primeiro Dia do Fim...
O Primeiro dia do resto das nossas vidas começará, no mesmo dia em que antes mesmo de qualquer juízo terreno, saberemos enfrentá-lo, assim, lesta e assumidamente, como um dos muitos desafios que a Terra nos propõe em fenómenos «naturais» sobre a inversa «in inatura» ou fatal admoestação do que nós lhe fazemos.
Tentemos então interiorizá-lo mas comungá-lo na parte exterior do que nos envolve, em chão e em Céu, em solo e em Atmosfera, sem fugas para a frente ou sem obstáculos de maior, seja em futuras emissões de calamidades não anunciadas, seja em profecias vãs e nulas, arrogadas de uma natureza indómita que apenas e unicamente nos relata que está viva e se transforma; ainda que doente ou quase morta por tão mal a tratarmos. Cabe-nos agora a nós, seres humanos, nesta era actual que vivemos de todos os receios mas, esperemos, de todas as esperanças também, de nos não deixarmos engolir pela Cratera do Desespero e da Ignorância, sabendo nós - todos! - do quanto ainda há por explorar e por desbravar neste planeta (sempre no bom sentido)!
Por muito moribunda ou ferida que a Terra esteja e nos faça isso reconhecer, fazer-se-à sobreviver, pois que morta ainda não está; Não, para todos aqueles que acreditam e se forçam nesse sentido a acreditar que ainda há tempo para a curar, ou para a fazer voltar a rejubilar em verde dos prados, em azul dos oceanos, em branco dos gelos ou em carmesim de quando o Sol nesta se deita ou pela manhã se levanta. É nesse maravilhoso arco-íris que eu quero acreditar e não sentenciar o meu próprio féretro de vida física ou alma elevada a uma terra sem nome, sem glória, e sem merecimento de quem a habita, de quem a pisa e a respira; só isso. A Terra merece-nos mais, muito mais!!!
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