Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 15 de setembro de 2015
Genética: A Evolução III (Em Busca do Passado)
Baleia no Oceano
Sabendo-se do extermínio e abate (ao longo dos séculos) deste potencial mamífero que dá pelo nome de Baleia, poder-se-à admitir que na mais profunda ravina do mar ou na mais tangencial superfície marinha e oceânica, ainda existiria a espécie primordial destes tão exuberantes cetáceos e senhores dos mares???
Havendo hoje a técnica científica (paulatinamente creditada sobre os estudos bioquímicos que expõem a sequenciação do ADN) - assim como os estudos comparativos de Exões de ADN - chegar-se-à ao melhor indício ou pista para as relações evolutivas. Mas terá havido ao longo desse percurso de diversidade e adaptabilidade das espécies na Terra, algo que as tenha sequencialmente quebrado, modificado ou mesmo transmutado numa outra via, terrestre ou aquática?
Se tudo foi pensado ao pormenor, se tudo foi reequilibrado (ou calibrado) num sentido de monitorização estelar ou interestelar no planeta azul que habitamos e, sobre todas as espécies vivas e não vivas, supõe-se, qual o futuro destino de todas elas, inclusive o do Homem por mares, terras e céus nunca antes percorridos, nunca antes conhecidos, nunca antes admitidos...???
Baleia Branca - Beluga (a baleia que imita a voz humana)
Em Busca do Passado
Indícios, vestígios ou muitas pistas das relações evolutivas entre as espécies - a sua filogenia - podem ser encontradas estudando a sua Anatomia.
Animais que parecem muito diferentes podem possuir o mesmo plano básico de construção. As Baleias, os Cães e os Seres Humanos são um bom exemplo disso mesmo. Todos eles são mamíferos e partilham muitas características, como um mesmo plano de esqueleto, com uma espinha dorsal óssea e cinturas peitoral e pélvica que ligam os membros à coluna vertebral.
No caso das Baleias, os membros reduziram-se muito, por adaptação à forma hidrodinâmica necessária a uma existência aquática, mas as estruturas ósseas básicas ainda lá estão.
Os mesmos ossos básicos encontram-se nos Anfíbios, nos Répteis, nas Aves e nos Mamíferos. A sua presença sugere então que, estes Animais, partilham um antepassado comum!
Uma Baleia não possui membros inferiores, mas a cintura pélvica ainda está presente, embora muito reduzida. Os Ossos Pélvicos são utilizados para suportar os órgãos sexuais da Baleia.
Órgãos reduzidos e que actualmente não possuem nenhuma função óbvia ou que têm uma função diferente da original, chamam-se então: Órgãos Vestigiais.
As Cobras também possuem cinturas peitorais e pélvicas reduzidas. Pensa-se que descendam de ancestrais semelhantes a Lagartos.
Há a registar também que o Cóccix humano é homólogo da cauda de outros mamíferos e, o Apêndice Humano (que não tem nenhuma função óbvia), é homólogo do apêndice dos Animais Herbívoros, que contém bactérias para a decomposição das fibras vegetais.
Cobra em posição de ataque
Mudanças Evolutivas
Indícios da história evolutiva passada ou assim registados, podem efectivamente encontrar-se na Anatomia dos Animais Modernos.
As Cobras surgiram há milhões de anos a partir de répteis com quatro patas. As Jibóias, que são cobras relativamente primitivas, conservam vestígios dos membros dos seus ancestrais e possuem uma pélvis Vestigial e garras diminutas - usadas pelos machos para acariciar as fêmeas durante a corte nupcial. As Jibóias também possuem dois pulmões; as espécies mais evoluídas de cobras, que representam a maioria, possuem apenas um.
Muitas das Mudanças Evolutivas que levam ao aparecimento de Novas Espécies, têm lugar durante o crescimento e o desenvolvimento; por esta razão, o desenvolvimento embrionário pode ser muito semelhante em grupos que partilham um antepassado comum.
A Comparação dos Embriões das principais classes de vertebrados mostra que os primeiros estádios são quase indistinguíveis uns dos outros: todos apresentam uma grande cabeça, cauda, um coração simples e fendas branquiais. Em geral, quanto mais tempo persiste a semelhança entre dois embriões durante o desenvolvimento, tanto mais próximo é o seu parentesco.
Representação de 6 grupos de espécies (semelhanças/diferenças embrionárias)
As Semelhanças Embrionárias
Alguns Cientistas defenderam que as Fases de Desenvolvimento Embrionário imitam por conseguinte as Fases da Evolução, no que teorizam de que, como os ancestrais destes grupos se assemelhavam mais aos embriões das formas modernas - por exemplo, os Anfíbios descendem dos antepassados dos Peixes - esta conformidade deu-lhes razão. Contudo, existe também uma outra explicação (mais simples) que determina de que é a Selecção Natural que actua mais na Fase Adulta de maturidade sexual do que no Embrião, de modo que as alterações mais importantes afectam a forma adulta.
As Semelhanças entre Embriões de Vertebrados revelam uma ancestralidade comum: genes muito aparentados especificam o desenvolvimento de partes do corpo ao longo do eixo vertical. Todos os embriões possuem uma cauda segmentada, um coração com duas câmaras e fendas branquiais.
Nos Peixes, as fendas branquiais formam guelras. Nos outros grupos (ex: galinha, coelho, humano), desenvolve-se uma fenda no canal auditivo e no canal do Eustáquio.
Em algumas espécies, e em certas circunstâncias, a forma juvenil pode tornar-se sexualmente matura, um fenómeno a que se dá o nome de: Neotenia.
Os Axolotles mexicanos - espécie de Salamandra - e, em certos lagos, não sofrem normalmente as transformações que os tornam Salamandras Adultas, com respiração por pulmões. Em vez disso, atingem a Maturidade Sexual mantendo características larvares como as guelras, barbatanas caudais e coloração clara. Este facto deve-se à segregação insuficiente de hormona estimuladora da Tiróide pela glândula pituitária, devido a baixos níveis de Iodo na água do lago.
A Adição de Tiroxina à água induz os Axolotles a tornar-se...Salamandras Adultas! Pensa-se então que muitas espécies surgiram pela retenção permanente da forma larvar ou juvenil. Os próprios cordados - o filo a que os seres humanos e outros mamíferos pertencem - poderão descender de formas Neoténicas de Tunicados: Animais cujos girinos apresentam uma espinha dorsal cartilaginosa.
As Aves Insulares podem perder a capacidade de voar ao conservarem a forma juvenil que não voa. Há mesmo quem sugira que os Insectos descendem de Miriápodes - diplópodes e centopeias - que nasceram apenas com seis patas.
A Neotenia permite assim que a formar larvar relativamente pouco especializada se diversifique e adquira novas características que não podiam facilmente evoluir a partir da forma adulta já especializada.
Golfinhos - Uma espécie inteligente
Estudos Bioquímicos
As Sequências de Aminoácidos das proteínas complexas necessárias a processos celulares básicos apresentam pequenas diferenças entre as Espécies.
Quanto mais próximo for o parentesco entre as espécies, tanto menores são as diferenças entre as proteínas. Essas relações são estudadas pela Imunologia. Plasma Sanguíneo de um Animal A é injectado num animal da Espécie B. B forma então anticorpos contra as Proteínas do Plasma de A.
Quando o Plasma de B é misturado com o plasma de uma terceira espécie - C - os anticorpos combinam-se com as suas proteínas específicas, fazendo com que estas precipitem (saiam da solução). Se C tiver proteínas idênticas a A, todas elas precipitam. Quanto menos proteínas semelhantes houver, menor é a precipitação.
Os Estudos Bioquímicos mais precisos são a sequenciação do ADN, a determinação do Plano Genético em si. Os estudos comparativos de Exões de ADN (sequências codificadoras que são essenciais para a síntese das proteínas) proporcionam a melhor pista para as relações evolutivas.
Os Golfinhos Falam...?
Etologistas do Aquário de Golfinhos do «Planeta Selvagem» em Port-Saint-Père, em França (UE), fizeram uma minuciosa pesquisa - realizando gravações durante a noite - identificando então uma série de sons que os Golfinhos emitiam. Nesses sons, reproduziam cânticos ou uma espécie de melodia que entretanto teriam ouvido às Baleias com que privam entretanto naquele espaço.
É sabido que os Golfinhos imitam sons. Mas de entre estes sons, existe uma multiplicidade não identificada dos mesmos, pelo que se torna difícil essa destrinça. Como refere Peter Tyach, da Universidade de St. Andrews, no Reino Unido, há que aguardar por mais dados e mais resultados provenientes destes estudos (e investigação) sobre os sons que os Golfinhos produzem, pois segundo ele, os Golfinhos emitem tantos sons diferentes que é extremamente difícil saber quando estão a imitar outros animais. Contudo, novos dados se aguardam em ansiosa expectativa do que futuramente revelarão - e nos reportarão - da sabedoria dos Golfinhos ou da certeza de que «falam» durante o sono, reproduzindo o idioma das...Baleias!
Baleia Beluga ou Baleia Branca (Delphinapterus leucas)
A Baleia - Um ser especial!
A maravilhosa NOC. A Baleia Beluga (sendo uma parente próxima do Golfinho) é, nessa mesma linhagem marinha, um ser excepcional! Tal como os Golfinhos que já nos demonstraram toda a sua capacidade de compreensão ou potencial de relacionamento com o ser humano, esta baleia (em particular, a Beluga) revela-nos uma existencialidade que vai muito para além do que até aqui o Homem supunha de entendimento, inteligência e correlação entre esta e o ambiente que a move, assim como em relação a si; ou seja, em relação ao ser humano.
Habitante de águas frias em torno do Círculo Polar Árctico, esta simpática e hábil baleia é, lamentavelmente, uma espécie em vias de extinção; aliás, como tantas outras pelos nossos oceanos, afere-se acrescentar. Mas esta, em especificidade sua de mimetização humana (ou seja, na imitação que faz da voz ou língua humanas) revela-se como um quase exemplar único - com excepção dos papagaios e dos golfinhos - em traquejo muito próprio.
Um Estudo realizado pela Fundação Nacional de Mamíferos Marítimos de San Diego, nos EUA e, publicado posteriormente no jornal científico «Current Biology», veio revelar ao mundo o quanto as Baleias e Golfinhos são extraordinariamente precisos, atentos e cientes de uma super-inteligência que os distingue dos demais. Algo que este intenso estudo de quase 20 anos de pesquisa (através dos sons recolhidos destes animais), veio assim reportar tratar-se de uma semelhança impressionante às conversas entre humanos. Os sons recolhidos de tanques onde Baleias e Golfinhos haviam estado e permanecido nesses longos anos, detectaram que, tal como os humanos, estes seres marinhos se entretinham a «falar» entre si, como que imitando os sons que entretanto iam ouvindo e, memorizando.
Mas o mais hilariante e verdadeiramente fantástico, proveio desta bela baleia NOC, em sua designação, num episódio contado por um mergulhador que jamais julgou tratar-se de algo real, como o ter sido mandado embora do tanque onde estava com ela.
- «Out!» - Terá sido a expressão dita. O mergulhador atónito não acreditou de imediato. Mas, perante a insistência dos investigadores que o rodearam, acabou por admitir que ouvira perfeitamente este som de: «Out» que significa «Fora» (ou seja, fora daqui, rua (em português)...) o que não deixa margem para dúvidas que, sendo este som repetido várias vezes, determinaria a aferição da baleia, não em imitação ou papagueada (como se diz na gíria) mas, a sua consciência e determinação de raciocínio em querer o mergulhador fora dali. Algo que espantou os biólogos e demais cientistas.
Já se sabe que tanto Golfinhos como Papagaios imitam os padrões da fala humana, sendo contudo muito raro (ou completamente inusitado até agora...) que outro animal o fizesse espontaneamente!
No caso da Baleia NOC, foi-o sem dúvida alguma, sendo um objectivo primordial (em futuros estudos), estabelecer-se um maior contacto entre estas baleias e os seus tratadores, assim como investigadores que tentarão por todos os meios descobrir e saber mais das NOC.
Com este estudo, os Investigadores da Fundação esperam futuramente influenciar a maneira de pensar (retrógrada e incorrecta) do ser humano em relação a estes mamíferos marinhos e, de alguma forma, demonstrar veementemente a importância da conservação da espécie nos oceanos. O que se lamenta contudo, é que se tenha de chegar a estes parâmetros científicos para se aludir a uma causa e a um rastreio de sobrevivência - e não eliminação ou extinção da espécie - por tal se ter descoberto sobre estes animais marinhos.
A perseguição e morte com que esta espécie é acometida, fará o ser humano repensar o que tem andado a fazer nos mares e oceanos da Terra em total genocídio marítimo e aquático de espécies tão ou mais inteligentes do que si próprio. Algo que, muitos de nós, ainda o não compreendem...nem os que se limitam a imitar o seu semelhante...
Nada mais a profetizar que não seja uma redimensionada consciência humana de querer e, sentir, que se tem (obrigatoriamente!) de preservar as outras espécies, tal como a sua, no que de maior e melhor valor teremos a acrescentar também em nós próprios, se quisermos que haja ainda vida; seja na terra, seja no mar.
A Humanidade, provinda das estrelas, dos espaços interplanetários e de toda uma força cósmica interestelar, terá de ser mais sapiente e sabedora em criar (ou fazer criar) vida e não o contrário, na pungente destruição maciça de valores e espécimes terrenas que se vão extinguindo à medida que a sua negligência vai aumentando ou...a sua estupidez humana de sentir que é superior aos das outras espécies, mitigando estas. Urge mudar mentalidades e aperfeiçoar o que de melhor o ser humano ainda possui: sentir que é tão e somente uma outra espécie na Terra e fora dela!
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