Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
Translate
terça-feira, 26 de novembro de 2019
As Memórias do Medo e não só...
A Terapia Celular Inovadora. É este o fulgurante título de mais uma descoberta científica (publicada na «Nature Communications» no dia 15 de Novembro de 2019) que afere tentar recuperar/melhorar a memória e prevenir convulsões após a situação de lesão cerebral traumática.
Mas vamos também falar de medo; de «Neurónios da Extinção do Medo» que é o mesmo que se dizer que existe uma fortaleza de neurónios (populações de neurónios distintas) que tanto nos pode fazer fortalecer as conexões da memória de extinção como enfraquecê-las de medo. Ainda que hajam muitas questões em aberto e sem resposta, urge insinuar: Quem tem medo disso???
Os Maravilhosos Neurónios
Sabendo-se hoje que possuímos cerca de 86 mil milhões de neurónios - sendo que a densidade dos neurónios varia consoante as regiões cerebrais em que estão inseridos - os neurocientistas não descurando qualquer pormenor tornando-se mais diligentes e consequentemente mais incisivos, consideram que mais nenhum outro ser vivo produz tamanho potencial de neurónios.
Somos portanto uma espécie valorosa e vangloriosamente emanentes dessa celular substância neuronal que nos faz ser tão inteligentes quanto influentes (ainda que nem sempre conscientes) dessa portentosa realidade.
Actualmente, a tecnologia ao serviço da saúde e do desenvolvimento médico criou a primazia - e por vezes até a ousadia - de se ir mais longe: um exemplo disso foi a capacidade que os especialistas da neurociência encontraram para mimetizarem (imitarem) totalmente as funcionalidades orgânicas de uma célula do cérebro - incluindo a capacidade de traduzir sinais químicos em impulsos eléctricos e comunicar com outras células humanas.
Temos assim um dos maiores avanços no campo da Medicina de igual dinâmica e grandiosidade semelhante ao feito do Homem na Lua, que fulcral para a qualidade da vida humana, nos transporá barreiras e outras fileiras até aqui nunca consentidas.
Estes Neurónios Artificiais que imitam, plagiam ou simplesmente agem como os originais, as células do cérebro humano, irão servir de futuro em cada um de nós como um ou mais substitutos das células nervosas danificadas, desenvolvendo assim novos tratamentos em face aos distúrbios neurológicos, lesões na medula espinal ou mesmo na doença de Parkinson.
Em 2015, a revista científica «Biosensors and Bioelectronics» expunha com grande garbo mas certamente também grande rigor, os resultados desta experiência (testada em vários ensaios laboratoriais para o efeito), afirmando então de que o desafio seguinte seria o de utilizar esse tão Maravilhoso Neurónio Artificial.
(E que, de acordo com a opinião dos autores do estudo, em teoria poderia ser integrado num sistema biológico complexo; sobre algo a que deram como exemplo o nosso corpo, permitindo-lhes assim substituir ou criar um bypass em células nervosas danificadas.)
De 2015 até 2019. Primeiro a grande invenção do neurónio artificial - agora, as novas terapias acrescidas a essa descoberta, a essa experiência que nos abrirá futuras portas mais vastas que o céu.
Pacientes paraplégicos ou com danos neurológicos poderão finalmente sorrir perante esta inovação tecnológica que os cientistas hoje reproduzem como pãezinhos quentes; ou seja, num afã deveras complexo mas que a nossos leigos olhos (e concepção) se afigura de trato leve.
Estaremos a ficar cyborgues...? Muito possivelmente, mas haverá o endossamento necessário para se voltar atrás?... Penso que não. Em frente é que é o caminho, se não o da perfeição pelos menos os da recuperação e aprimoramento - algo perceptível também para Elon Musk ou não se teria envolvido num dos seus futuramente mais lucrativos negócios empresariais que dá pelo nome de Neuralink...
Ontem e Hoje
Todos sabemos de que os Neurónios desempenham uma tarefa de grande importância no nosso corpo, uma vez que formam uma complexa e intrincada rede neuronal que transmite todo o tipo de informação pelo Sistema Nervoso. E isto, na interacção mais que perfeita entre o nosso «computador central» (cérebro) e o nosso corpo físico.
O que os Neurocientistas actualmente nos revelam é de que, estes agora fabulosos Neurónios Artificiais (do tamanho de uma pequena impressão digital), não contendo partes vivas, poderão eventualmente vir a ser implantados no ser humano; isto é, se os cientistas conseguirem entretanto reduzi-los ainda mais numa escala mínima para tal.
"O nosso neurónio artificial é produzido de polímeros transmissores, e as suas funções são iguais à de um neurónio do ser humano." (Afirmação de Agneta Richter-Dahlfors do Karolinska Institutet, na Suécia, Europa).
Richter-Dahlfors e a sua equipe criaram estes neurónios artificiais com base na utilização e ligação dos bio-sensores, baseados ou consistentes estes em enzimas a bombas electrónicas de iões orgânicos, que vão desta forma imitar - ou tornarem-se de facto muito idênticos na forma e acção - com as nossas originais células cerebrais.
Até aqui, os cientistas só tinham a capacidade de estimular as células cerebrais usando impulsos eléctricos - que, como se sabe, é o meio de como eles transmitem a informação para dentro das células. No entanto, estas são estimuladas por sinais químicos, sendo desta forma que existe a tal comunicação com os outros neurónios.
Richter-Dahlfors admitiu neste estudo de então de que o seu maravilhoso «Neurónio Artificial» poderia comunicar com células cerebrais orgânicas - mesmo a grandes distâncias - num feito revolucionário e tão entusiasmante que em breve se poderia mesmo ter a ambição da criação e, substituição, não só de um bypass em células nervosas danificadas, como por vias de um dispositivo de implante no corpo humano.
"O componente de detecção do neurónio artificial detecta uma mudança de sinais químicos num prato, e traduz isso num sinal eléctrico. Este sinal eléctrico é depois traduzido para libertar Acetilcolina neurotransmissora num segundo prato, cujo efeito em células humanas vivas pode ser monitorizado. (A explicação de Agneta Richter-Dahlfors ao «press release»)
Como Implante no Corpo Humano (depois de diminuído consideravelmente, de acordo com a investigadora), este poderá ou terá a capacidade de transmitir informações, utilizando para isso recursos sem-fios que servirão posteriormente (ou em alguns casos) como um gatilho ou ignição para que se inicie a libertação dos neurotransmissores em diferentes partes do corpo.
Monitorizados ou controlados remotamente, estas ferramentas farão com que de futuro as oportunidades de tratamentos de distúrbios possam ser de grande êxito - ou de exponencial expansão sobre terapêuticas inovadoras também de grande e motivador sucesso, pelo que a biotecnologia hoje presente se faz realçar num avanço sem precedentes.
Todavia, haverá a tendência para nos mecanizarmos, para que fiquemos menos humanos, mais robotizados e menos emocionalmente originais com o que sempre nos definiu...? Estaremos a hibridizar-nos como homens e mulheres-máquinas, homens e mulheres robôs de alto controlo e monitorização?... Não acredito, mas só o futuro o dirá...
(Dezembro de 2018): Investigadores do Centro Champalimaud, em Lisboa, Portugal, concluíram de que «A Morte de Neurónios na Doença de Alzheimer» poderá ser benéfica (ao contrário do que se pensava até aí) ao eliminar dos circuitos cerebrais, os neurónios disfuncionais. Este estudo foi publicado na revista científica «Cell Reports».
Este referenciado estudo com cunho português em que estiveram envolvidos vários investigadores - de entre eles a primeira autora do estudo, Dina Coelho, mas também Christa Rhiner e Eduardo Moreno - vem sugerir de modo taxativo (após elaborados testes feitos em moscas transgénicas), de que a morte de neurónios era de facto benéfica. E isto porque, de acordo com Eduardo Moreno:
"Remove dos circuitos cerebrais os neurónios afectados por agregados tóxicos de beta-amiloide, e que manter esses neurónios disfuncionais, é pior do que perdê-los."
Neste caso, e para os autores do estudo, os resultados poderão ter implicações no tratamento da Doença de Alzheimer, uma vez que, de acordo com a opinião científica de Eduardo Moreno: "Algumas substâncias experimentais que bloqueiam substâncias inibidoras da morte celular - acelerando a morte de neurónios - existem e estão a ser testadas."
Assim como Novas Terapias Celulares que, segundo vem expresso na «Nature Communications» de 15 de Novembro de 2019, podem inclusive melhorar a memória e evitar ou interromper convulsões após TCE (traumatismo cranioencefálico).
Investigadores da Universidade da Califórnia (Irvine) vêm-nos dizer hoje de que desenvolveram uma terapia celular inovadora para melhorar a memória - e prevenir convulsões - sobre as experiências por eles realizadas em ratinhos (camundongos) após lesão cerebral traumática.
Transplantar Novos Neurónios Inibitórios pode efectivamente reparar circuitos cerebrais danificados, segundo nos reporta o Science Daily de 15 de Novembro de 2019. O estudo intitulado: «Interneurónios Transplantados Melhoram a Precisão da Memória após Lesão Cerebral Traumática» vem assim desbloquear de certa forma o mito e, a subversiva analogia, de que nada se pode recuperar, inverter ou até evitar, segundo nos divulgam os especialistas que estiveram envolvidos neste estudo.
No estudo, a equipe da UCI dos Estados Unidos, transplantou células progenitoras embrionárias capazes de gerar Interneurónios Inibitórios - um tipo específico de célula nervosa que controla a actividade dos circuitos cerebrais no cérebro dos ratinhos com lesão cerebral traumática. Os investigadores visaram então o Hipocampo - uma região do cérebro responsável pela aprendizagem e memória.
(Em registo: Um Interneurónio, neurónio de associação ou neurónio de circuito local, é um neurónio multipolar que se conecta a um neurónio aferente e a um neurónio eferente num caminho neural; o corpo celular dos interneurónios localiza-se sempre no sistema nervoso central ou SNC.
Encontram-se em circuitos reflexos, oscilações neuronais e noutras redes neuronais também. Tem função integradora: a informação sensitiva trazida ao SNC é então processada ou interpretada por ele. A Interacção entre os Interneurónios pode permitir assim que o cérebro realize funções complexas tais como a aprendizagem e tomada de decisão).
O Transplante de Novos Neurónios Inibitórios: a solução na reparação dos circuitos cerebrais danificados. O estudo «Interneurónios Transplantados Melhoram a Precisão da Memória após Lesão Cerebral Traumática» vem agora colocar uma meta muito mais próxima de se criarem Interneurónios a partir de células-tronco humanas.
Daí a pertinente questão: Estaremos a desafiar o poder de Deus...? (para quem acredita no poder omnipotente do divino ou dessa força maior inacessível e ainda incompreensível para muitos de nós). E para os cépticos, essa outra interrogação: Estaremos a utilizar convenientemente todas as ferramentas da ciência de forma correcta e ajustada?...
Talvez sim ou talvez não, no entanto recuar não é o mote nem a liderança ou tão-pouco a sequência de todas estas descobertas, pois o Homem sonha e a obra nasce, quase sempre assim... em modo natural.. ou artificial... que importa?...
Combater a Perda de Memória e não só...
Reconhece-se por estatística e evolução dos acontecimentos de que - As Lesões Cerebrais Traumáticas - afectam grande parte da população mundial. Só nos Estados Unidos esta realidade reflecte-se em dois milhões de norte-americanos a cada ano que passa, causando sofredora e inevitavelmente a infecção celular e consequente morte.
Pacientes que sofram lesões cerebrais traumáticas, em geral, queixam-se de perda de memória (algo que permanece ao longo da vida) e que não raras vezes acaba por desenvolver Epilepsia. Tudo isto gera transtorno e muita preocupação como é evidente, tanto para os pacientes como para a comunidade médica que tenta colmatar todos estes efeitos o melhor possível.
Daí que esta equipe da UCI dos Estados Unidos tenha feito esta pesquisa em bom rigor com toda a veemência possível também, de poder encontrar uma melhor solução para estes casos. Não sendo fácil nem sequer ainda extensível ao ser humano certas descobertas postas em prática, o objectivo não se deixa esmorecer, pelo que os cientistas não desarmam e continuam em persistente luta de concretização.
Nessa contenda, os investigadores descobriram então que - Os Neurónios Transplantados - migravam para a lesão formando assim novas conexões com as lesões cerebrais lesionadas, observando-se também que iam prosperando a longo prazo.
Após um mês de tratamento, verificou-se de que os ratinhos começaram a mostrar sinais de uma melhoria de memória, no que revelaram serem capazes de distinguir a diferença entre uma caixa onde eles tiveram uma experiência desagradável e uma onde a não tiveram. Fizeram-no tão bem quanto os ratos que nunca tiveram uma lesão cerebral.
Segundo os especialistas, os Transplantes de Células também evitaram que os ratinhos exibissem Epilepsia. - estado alterado esse que afectaria mais de metade dos ratinhos ou camundongos que não foram tratados com os novos interneurónios.
"Os Neurónios Inibitórios estão criticamente envolvidos em muitos aspectos da memória e são extremamente vulneráveis à morte após uma lesão cerebral. Embora não possamos impedir que os Interneurónios morram, foi emocionante descobrir que podemos substituí-los e reconstruir os seus circuitos." (Afirmação de Robert Hunt, professor assistente de anatomia e neurobiologia da UCI School of Medicine que liderou o estudo)
Desde 2018 que esta equipe da UCI tem usado esta abordagem de forma algo semelhante (no uso da terapia de transplante de interneurónios para restaurar a memória em ratos com um distúrbio genético), sem contudo ter chegado tão longe como actualmente na melhoria da memória.
"A Ideia de Recuperar os Neurónios que morrem após uma lesão cerebral é algo que os neurocientistas tentam fazer há muito tempo. Mas, muitas vezes, as células transplantadas não sobrevivem ou não conseguem migrar ou se transformar em neurónios funcionais.
Para testar estas observações, Hunt e a sua equipe silenciaram então os neurónios transplantados com uma droga, o que causou inevitavelmente o retorno dos problemas de memória.
"Foi emocionante ver de volta os problemas de memória dos animais, depois que silenciámos as células transplantadas, porque mostrou que os novos neurónios eram realmente o motivo da melhoria de memória." (Reiteração de Bingyao Zhu, especialista júnior e primeiro autor do estudo que também contou com a participação/colaboração de Jisu Eom, investigador graduado)
Actualmente não existem tratamentos para pessoas que sofrem deste tipo de lesão; ou seja, nesta mesma circunstância sobre lesões cerebrais traumáticas. Contudo, e de acordo com os especialistas, se estas experiências, estes resultados até aqui confinados em ratos poderem ser replicados em seres humanos, isso poderá ter um tremendo impacto para os pacientes.
Assim sendo, o próximo passo será o de criar Interneurónios a partir de células-tronco humanas, ao que Hunt especifica:
"Até agora, nunca ninguém foi capaz de criar de maneira convincente os mesmos tipos de interneurónios a partir de células-tronco pluripotentes humanas. Mas acho que estamos perto de poder fazer isso." Assim sendo, só poderemos aplaudir.
As Memórias do Medo: uma investigadora portuguesa descobriu que, escondidos no Hipocampo, existem neurónios que inibem o medo. Ou seja, forma-se nesta região do cérebro, uma população específica de neurónios que se designa por «Neurónios da Extinção do Medo» que passam a codificar as novas memórias criadas nessa terapia.
Este estudo foi publicado em Abril de 2019 na revista científica «Nature Neuroscience» que de modo irrefutável irá contribuir para a compreensão e o tratamento de fobias, assim como em relação à ansiedade e ao stress pós-traumático. Quem está envolvido neste estudo...? Uma Portuguesa, com certeza!!!
Neurónios da Extinção do Medo
Explanado pelo jornal Público em divulgação de 27 de Abril de 2019, está este agora grande feito atribuído a uma cientista portuguesa, de seu nome, Sofia Leal Santos - aluna de doutoramento da Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Portugal, e da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos - que nos arroga com toda a sua simplicidade:
"Uma resposta de medo exagerada está presente em patologias como as fobias ou a perturbação de stress pós-traumático."
Nos Estudos Anteriores era comum observar-se de que os neurónios activos no Hipocampo - a parte do cérebro essencial para formar memórias complexas e de longo prazo - agiam de modo curioso. Ou seja, que esses neurónios activos nessa região (hipocampo) durante uma situação em que se sentiu medo, se mostravam reactivados - ou são reactivados mais tarde, quando volta a haver uma exposição a essa «memória de medo».
Conclui-se assim que «Algum componente dessa memória é armazenado nessas células», na fiel descrição da cientista portuguesa Sofia Leal Santos.
No Novo Estudo, há que registar, houve então uma outra abordagem em exploração do que acontece verdadeiramente no cérebro em relação às «Memórias de Medo» durante a terapia de exposição (ou treino de extinção, no caso dos ratinhos), e o que de facto ocorre quando a resposta ao medo reaparece, segundo vem relatado neste periódico.
São então utilizados ratinhos transgénicos com duas proteínas para marcação dos Neurónios Activos no Hipocampo: uma fluorescente e outra sensível à luz, permitindo desta forma utilizar uma técnica chamada de «optogenética» para se inibir ou estimular esse conjunto de neurónios, e assim, compreender melhor o seu papel. Daí que a investigadora portuguesa nos afiance:
"Pela primeira vez este estudo mostra que, com o treino de extinção, surge uma população de «Neurónios de Extinção» que é diferente da população dos neurónios da aquisição do medo (que já se sabia que se formava no Hipocampo). Ou seja, há neurónios que vão codificar as Novas Memórias Formadas durante o treino de extinção e que são necessários para a redução da resposta de medo."
A Investigadora Sofia Leal Santos analisou e, observou, de como o treino de extinção nos ratinhos afectava indubitavelmente a reactivação dos «Neurónios de Extinção do Medo» no Hipocampo.
Esta investigadora portuguesa refere ainda que a actividade dessa população de neurónios é necessária para que os ratinhos mantenham assim a supressão da resposta de medo, pelo que especifica:
"Quando (a actividade dessa população de neurónios) é silenciada, a resposta de medo regressa, salienta Sofia. Mas acrescenta: "Já quando é estimulada, é suficiente para contrariar a recuperação espontânea, mantendo a resposta de medo baixa."
A Investigadora assinala entretanto de que neste estudo também se conclui que o Hipocampo cria duas memórias opostas das experiências: Uma para relembrar de que o contexto (conjunto de características visuais ou tácteis a que os ratinhos foram expostos e que associam ao medo) foi assustador; A outra, para recordar que esse contexto se tinha tornado seguro durante o treino de extinção.
"Este estudo mostra que estas Memórias de Medo e de Extinção (de medo) podem competir entre si para determinar se a resposta de medo exagerada vai ser inibida ou se vai reemergir, acentua Sofia Leal Santos. Já Michael Drew, da Universidade do Texas (EUA), e coordenador do estudo resume por sua vez num comunicado da sua instituição:
"Este tipo de estudos pode ajudar a compreender as potenciais causas de desordem como a ansiedade e a perturbação do stress pós-traumático, e ajudar a conceber potenciais tratamentos."
Havendo ainda muito por saber sobre esta «competição» entre os neurónios para a Reactivação do Medo e a sua Inibição no Hipocampo, a investigadora portuguesa em jeito de desafio ou remate final ainda questiona deixando em aberto:
"Por exemplo, porque é que a Memória do Medo «vence» quando há recuperação espontânea?... O facto de, este estudo mostrar que há populações de neurónios distintas, dá-nos dois alvos possíveis: Fortalecer as conexões da memória e/ou enfraquecer as memórias de medo." (O que sem medo a cientista portuguesa aferiu sem contemplações)
Sem mais assunto de momento, pelo que indissociavelmente aqui se tentou traduzir sem competir entre uns cientistas e outros em espaço global de um mundo o qual todos fazemos parte, de que havendo ou não «Memórias do Medo» - o saibamos todos compreender.
E liberalmente, ainda que em consciência, o possamos todos afluir sobre uma nova verdade neuronal que nos faça mais felizes e saudáveis. Sem medos. Sem constrangimentos. E isso, para que possamos ser todos iguais e fluentemente disponíveis para o melhor entendimento do que nos limita ou excede; do que nos constrange ou expande, ou mesmo do que nos recordamos ou não queremos lembrar em explicação científica totalitária.
Fortalecer ou apagar memórias não será fácil. Mas é viável, se entretanto enrubescermos outras vontades, outros quereres (como diria a minha santa avó), pelo que todos os dias os cientistas trabalham para nos mostrar que vale mesmo acreditar, sem medo algum de errar; e errando, se fará o sucesso de um amanhã por chegar. É nisso que devemos acreditar. Sem medos!!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário