Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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terça-feira, 31 de maio de 2016
O Vasto Mundo Planetário (dentro ou fora do Sistema Solar...)
Outra Terra, outras almas...? Este, o «primo» da Terra em toda a sua imponente evasão de vida que o Kepler descobriu. Imagem da NASA/SETI/ (a possível ilustração artística do planeta 186f).
Sondáveis são os caminhos do Senhor, segundo as homilias bíblicas de teor cristão. Incontornáveis são as estradas do Céu que o Kepler tem descoberto, revelando ao mundo a incomensurável - e admirável - profusão estelar de mundos ainda por nós desconhecidos.
Irmãos, primos ou simplesmente a sintonia sideral com o que se estabelece na Terra, o Homem tenta aventar e, alongar-se, a mais, muito mais para lá do Universo. Mas, perante essa dulcífera agonia de querer ambicionar mais, ir mais longe e, se possível, conquistar novos espaços ao Espaço, para onde caminhará este, se entretanto tal lhe for vedado em circunstância e acatamento sob parâmetros de uma hegemonia estelar? Estaremos preparados para isso? Saberemos acatá-lo...?
Que fará o Homem então? Haverá revolta ou submissão, subserviência ou escravidão, se a evolução da Humanidade se não propagar mediante outros critérios, outras avenças superiores que não as nossas de, tal como planetas de pequena e grande dimensão se sujeitaram (provavelmente) à global e planetária jurisdição cósmica de outros que não conhecemos, de outros que não entendemos, mas, tentamos a todo o custo que nos surpreendam e nos consolidem esta louca vontade de tudo perfurar, de tudo colonizar...?! Colidiremos com a nossa própria ambição humana...?
E que tempo haverá para isso, para nos confrontarmos com a realidade ou deparar com o ostracismo de um tempo sem tempo que até aqui nos trouxe? Tempo que escasseia, tempo que se reparte, tempo tridimensional que nos leve a repor outros tempos no tempo e, sobre este viajemos, sobre este voaremos - ou sonhemos - na grande e final revelação dos tempos e, sobre uma magia que ainda não compreendemos?! E se a resposta for sim, até onde isso nos levará...???
Pequenos e Grandes Planetas (fora e dentro do nosso sistema solar): o grande mistério de outros mundos, outras formas de vida que ainda não entendemos...
Pequenos e Grandes Planetas
No Princípio era o Verbo, segundo os teólogos. Mas, também segundo o que nos dita a ciência cosmológica, a Nebulosa Solar estava provavelmente bem misturada, atingindo uma temperatura de cerca de 2000ºC e era sobretudo gasosa. Ainda antes de tudo ser ou poder ser divino, é a mais pura ciência que nos relata o que dos céus vem...
À medida que arrefecia, a Nebulosa separou-se então nas matérias que eram (ou seriam) física e quimicamente diferentes. As Temperaturas seriam logicamente mais elevadas na proximidade do proto-Sol, assim como as primeiras partículas a formar-se seriam, por sua vez, constituídas por elementos refractários como o Tungsténio, o Alumínio e o Cálcio - que constituíram óxidos. Com o arrefecimento subsequente, estes reagiram com os gases da nebulosa para assim formar os Silicatos.
Os Planetas Interiores, que se formaram nas proximidades do Sol, são compostos - em grande parte - por silicatos minerais ricos em elementos tais como o Magnésio, o Alumínio, o Cálcio e o Ferro, sendo portanto, relativamente densos. Há que referir por mera curiosidade de que, muitos Meteoritos e Asteróides compõem-se efectivamente destes minerais.
Planetas do nosso Sistema Solar
Formação/Processo/Desenvolvimento
Sabendo-se de que mais longe do Sol, as temperaturas da Nebulosa rondariam os 50ºC, ter-se-ão cristalizado compostos ricos em carbono.
A Água Gelada pode de facto ter existido na forma de flocos de neve e ter sido assim incorporada nos sólidos que se formaram.
Nas Regiões mais Distantes, a temperaturas ainda mais baixas, ter-se-ão cristalizado elementos voláteis como o Árgon ou compostos como a Amónia e o Metano.
Os Elementos mais Leves, como o Hidrogénio e o Hélio, provavelmente nunca se chegaram a condensar. Sabe-se então de que os Elementos Voláteis eram muito mais abundantes do que os elementos refractários, que provavelmente representavam apenas ou somente 0,5% da massa total da Nebulosa. Assim que os planetas se começaram a condensar, o crescimento acelerou, com uma acreção muito rápida de matérias carbonadas, silicatos ricos em elementos voláteis e gelos de compostos como a Água, o Metano e a Amónia.
A Abundância de Matéria Gelada explica, em parte, as grandes massas de Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Esta matéria volátil também deu origem aos Cometas - corpos gelados mais pequenos que se acumularam a uma distância ainda maior do Sol!
A Velocidade a que ocorreram estes desenvolvimentos pode ser estimada a partir de Meteoritos Condríticos que contêm isótopos radioactivos. O decaimento desses Isótopos dá então origem a uma sequência de desintegração a uma taxa designada por: Semivida do Isótopo.
Meteorito de Nahkla: a existência comprovada cientificamente por análise forense de compostos de ADN e ARN. Este Meteorito revelaria dados surpreendentes e equivalentes aos encontrados pelas sondas da NASA, em Marte.
A Formação de há 4600 milhões anos...
Um dos Isótopos encontrados nesses Meteoritos é o Al-26 (um isótopo do alumínio de massa 26); a sua semivida é de 720.000 anos. Um outro, é o iodo isótopo I-128 (semivida de 16 milhões de anos).
Nenhum destes isótopos é nativo do Sistema Solar e tem quase obrigatoriamente de ter vindo de Estrelas Supernovas longínquas.
Desta forma, foram então capturados pela Nebulosa Solar e, aprisionados nos Meteoritos, que se formaram no início do nosso Sistema Solar. Este facto prova assim que, a Acreção, teve mesmo de ser rápida, talvez alguns milhões de anos após a emergência do proto-Sol.
Os proto-Planetas estavam formados de forma reconhecível, pelo que se insta hoje no mundo dos Astrónomos e dos Astrofísicos, há cerca de 4600 milhões de anos. Um feito cósmico deveras surpreendente, reconhece-se!
Há ainda que referir em jeito de curiosidade de que, representado à escala, o maior planeta do nosso Sistema Solar - Júpiter - podia conter em si mais de 1300 Terras, ou seja, 1300 vezes o suporte e dimensão do nosso planeta em si!
Do grupo dos Grandes Mundos Gasosos Exteriores, Saturno é conhecido há muito por possuir um sistema de anéis compostos por pequenas partículas de gelo e de rocha.
O Planeta Gigante ou... o grande mistério do seu desaparecimento do nosso sistema solar?
As Descobertas...
As Naves Espaciais da Terra descobriram entretanto novos anéis semelhantes em torno de Júpiter, Úrano e Neptuno, assim como dúzias de pequenos satélites.
o Satélite Natural da Terra - Lua - é muito maior, sendo ligeiramente mais pequena do que o planeta Mercúrio. Como é o planeta mais perto do Sol (Mercúrio) é um lugar quente e rochoso; a sua superfície está pejada de crateras, apresentando ainda outras características da paisagem que podem ser devidas ao arrefecimento do planeta e consequente enrugamento.
Quanto ao planeta mais distante do nosso sistema Solar - Plutão (e o seu companheiro Caronte ) - é um corpo pequeno, frio e rochoso. Plutão revela em si uma camada de Metano gelado. Já em relação a Caronte - que tem cerca de metade das dimensões de Plutão - está coberto de água gelada, ou seja, um local nada convidativo para o ser humano habitar, se fosse caso disso...
Os cientistas, em particular os Astrónomos e Astrofísicos que estudam estas matérias de planetas que terão vagado pelo nosso Sistema Solar, aventam a hipótese de um ou dois grandes planetas já se terem feito pertencer a este sistema, na companhia de Júpiter, Saturno, Neptuno e Úrano.
Aferem os cientistas que, os planetas presos ou interligados uns aos outros de modo gravitacional no Espaço, só estabeleceram as suas órbitas actuais ao longo de biliões de anos.
Um Quinto Planeta que foi expulso do sistema solar...?
O Planeta Desaparecido...
Este misterioso planeta que provavelmente foi expulso ou irradiado do nosso Sistema Solar (como o quinto planeta gigante), teve um desfecho inevitável de ejecção planetária por parte de Júpiter, na sua interacção gravitacional, expulsando-o para fora deste; e, além do mais, dispersando as órbitas dos outros quatro gigantes sobreviventes para posições semelhantes às actualmente observadas. Daí o registo de impactes brutais em Mercúrio e na Lua (até à actual configuração da cintura de Kuiper), revelando de que o nosso sistema solar deve ter passado por momentos deveras caóticos nos primeiros 600 milhões de anos após o seu nascimento, segundo o determinam os cientistas.
Estudos da interacção dos Gigantes Gasosos com o disco proto-planetário mostram que estes quatro planetas (Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno) deverão ter migrado para as suas posições actuais devido a instabilidades dinâmicas nas suas órbitas, que terão emergido de ressonâncias orbitais entre os pares mais próximos. O resultado terá sido a dispersão de Planetesimais para o interior e exterior do Sistema Solar, em que alguns terminaram em rota de colisão com os pequenos planetas interiores, incluindo a Terra e o seu satélite natural, a Lua (ainda que estes tivessem sido poupados, os pequenos planetas interiores, à capital destruição).
Os modelos de formação do Sistema Solar actualmente aceites sugerem que, no início, as órbitas dos quatro planetas gigantes se encontravam mais perto do Sol (a menos de 15 UA).
A distinta amostragem ilustrativa de Kepler 186f e a Terra. Tão iguais ou nem tanto, se as distâncias não fossem de facto astronómicas...
«Home» ou o Planeta Alienígena recém-descoberto...?
Este fantástico exo-planeta do tamanho da Terra, determina perante toda a comunidade científica actual de que pode, eventualmente, sustentar vida tal como a conhecemos.
A 490 anos-luz de distância da Terra - sendo 10% maior do que esta, traçando uma órbita de 130 dias em redor do seu Sol e, a uma distância de 0,35 UA - o Kepler 186f, podendo ser considerado hipoteticamente mais um «primo» do que um irmão-gémeo em avença idêntica na sua totalidade, reportar-se-à por um ambiente e compleição atmosférica inversos aos da terra, no que supõem os cientistas.
Por meados de 2014, Elisa Quintana - astrónoma do Instituto SETI, da NASA Ames Research Center - revelou à revista Science e ao mundo:
«Esta descoberta confirma que planetas do tamanho da Terra existem nas zonas habitáveis de outras estrelas». Kepler gira em torno de uma estrela anã do tipo M que é menor e mais fria do que o nosso Sol, mas ele orbita muito mais perto da sua Estrela-Mãe do que o que a Terra faz (dentro do que seria a órbita de Mercúrio do nosso próprio sistema solar). Estes dois factores combinam-se assim para produzir um ambiente que poderia (ou poderá...) permitir a água líquida na superfície, partindo do princípio de que o planeta tem efectivamente uma atmosfera que retém calor, acrescenta.
O maravilhoso mundo de Kepler! Que mundos nos trará ele para o nosso mundo...?
Kepler: o mais fantástico telescópio!
O Telescópio Espacial Kepler tem visado, captado e mostrado à Terra, mais de 150.000 estrelas num pequeno pedaço de Céu, olhando para o escurecimento revelador da luz das estrelas como planetas passaram sobre o Disco das Estrelas. Cerca de 1000 Planetas foram entretanto confirmados, usando os rigorosos dados do Kepler (em que aproximadamente 3000 candidatos planetários estão aguardando confirmação). Por aqui se vê, o quanto ainda estamos no berço (ou mesmo no mais embrionário processo) de uma longa e complexa escadaria planetária estelar.
Segundo Quintana e os seus colegas que o mesmo corroboram, assevera que, levando anos de observação para formar o padrão de escurecimento e brilho que está associado com Planetas Alienígenas (particularmente se os planetas são pequenos e estão distantes da sua Estrela-Mãe), haverá ainda muito por confirmar. Todavia, e em relação ao planeta recém-descoberto Kepler 186f, confirma-se já a existência deste como o quinto planeta mais exterior do mundo na facção exo-planetária até aqui.
Os Mundos que ainda não conhecemos...
Descobrir-se-à o «El Dourado» estelar...?
Nestes últimos anos os Astrónomos têm vindo a confirmar com mais insistência mas também mais rigor, a existência de outros planetas em zona habitável de suas estrelas; todavia, as perspectivas apesar de enfáticas e deveras excitantes em super ou megalomania de descobertas exo-planetárias estrondosas, têm de ser refreadas pelo tanto que ainda destes (planetas fora do nosso sistema solar) se desconhece. Há ainda pequenos ou planetas menores que carecem de confirmação, do que se vai sabendo pelas hostes científicas no mundo da Astronomia e Astrofísica.
Existirá sempre a indubitável questão se, a breve ou a curto prazo, se poderá encontrar vida ou poder-se realmente detectar vida nestes planetas, em particular no Kepler 186f pelas altas expectativas (e estimativas) que entretanto gerou aquando a sua descoberta. Não se sabe.
Estando muito longe para tal se estudar em acompanhamento ou supervisão, este distante planeta aprimorado da Terra, revela a impotência (ainda) do Homem para tal fazer. No entanto, não se desistindo dessa ânsia de conhecimento e sugestão de se ir mais além, aventa-se a hipótese de se estabelecer a eventual comunicação entre ambos: Terra e Kepler 186f.
SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por Inteligência Extraterrestre)
SETI: a imparável busca de Vida Extraterrestre!
O Instituto SETI tem-no feito e aplicado, indo à procura de sinais de rádio a partir do sistema Kepler-186, com mais de uma ampla faixa de frequência (de 1 a 10 GHz), mas até ao momento nada foi detectado. E, sendo-o, nada para o nosso mundo transpirou de então para cá em divulgação ou revelação maior que nos faça prever - ou entrever - que algo de muito profundo e conciso está para acontecer...
Havendo desta forma grandes e não oníricas esperanças - mas putativos objectivos e efectivos desenvolvimentos quanto ao que Kepler poderá entretanto descobrir ou aprofundar em mais dados sobre estes exo-planetas - todos os cientistas envolvidos esperam, pacientemente, que haja assim continuados recursos para tal não deixar esmorecer ou definhar nesta tão aclamada incursão espacial.
Produzindo excelentes e não goradas expectativas nesse aprofundar de conhecimento ou mesmo até de inter-comunicação eventual que entretanto possa surgir através do Instituto SETI, os cientistas vão apostando também em missões futuras da NASA (através do telescópio espacial James Webb e do trânsito e levantamento exo-planetário por satélite), da Agência Espacial Europeia - ESA (sondas PLATO e CHEOPS) e do Magellan Telescope (Gigante), no Chile. Segundo os cientistas, todos estes instrumentos de observação podem indefectivelmente observar, ouvir e registar, todas as potenciais assinaturas de vida em ambientes extraterrestres.
Kepler: a missão imbatível e nunca impossível perante tantos e tantos obstáculos...
2016 (Abril): O Mundo em suspenso...
Talvez não tenha tudo passado de um grande susto cósmico - e terrestre - que a NASA sentiu ao registar o estonteamento da sonda Kepler e sua prestigiada missão espacial, agora recuperada e devolvida, à Missão K2.
A Missão K2 empreende o objectivo e finalidade de procurar exo-planetas na esfera espacial exterior ao nosso Sistema Solar, ou seja, fora deste.
Oficialmente, a sonda foi agora registada como pronta e apta para esta nova missão de quase um salteador de uma arca perdida estelar em que se pretende captar exo-planetas no vasto mundo de um Cosmos tão surpreendente quanto magnânimo.
Esta sonda ou especial nave espacial - Kepler - tem praticado absoluta magia ao revelar ao mundo dados de rigorosa ciência cosmológica com instruções precisas para onde olhar em percussão-alvo. Confirmando «logs» e contadores de bordo que foram redefinidos, sendo também que uma nova sequência de comandos foi então criada, testada e enviada para explicar os muitos atrasos do início da campanha ou missão acoplada, tudo está finalmente a postos e de acordo o previsto.
A Sonda está agora pronta para futuras operações científicas, oficialmente iniciando agora uma nova campanha Microlente Gravitacional do K2, conhecida como Campanha 9 ou C9.
A Equipa K2 Microlente e os observatórios terrestres que colaboram numa experiência global da C9, na procura e observação de exo-planetas (através dos dados recolhidos a partir dos telescópios terrestres), serão possíveis os eventos adequados para as observações sobre telescópios maiores, como os telescópios de 10 metros no Observatório VM Keck, no topo do Mauna Kea, no Havai. Espera-se então que, muito em breve, os cientistas possam ter a oportunidade ou chance de ver a visão de K2 dos mesmos eventos vistos ou observados do chão.
O Período de Observação de C9 será concluído a 1 de Julho de 2016, no corrente ano portanto, quando se estima que o Centro da Galáxia já não pode ser observada do ponto de vista da nave espacial K2 (para onde foi ultimado e apontado o telescópio e por conseguinte a nave espacial, mediada e super-vigiada pelos engenheiros de operações de voo na Ball Aerospace e do LASP - Laboratório Atmosférico e Físico-Espacial, da Universidade do Colorado (EUA). E tudo isto durante o contacto DSN (Deep Space Network) efectuado com a nave espacial, em que a moveram, fazendo girar na direcção do centro da Via Láctea, para assim iniciar a recolha de dados para a C9.
K2 começará então a Campanha 10, que vai continuar a investigar um novo conjunto de metas astrofísicas interessantes.
Nada mais a confirmar - ou desdizer - que não seja a absoluta verdade interestelar de vida que possivelmente o Universo emana, mesmo que ainda não tenhamos a completa e indesmentível certeza da existência de outras formas de vida; pelo menos, oficialmente...
Havendo milhares de milhões, biliões ou triliões de estrelas e quiçá planetas no Cosmos, quem o poderá negar, sonegar ou meramente esconder, ante toda a omnipotência que sobre as nossas cabeças paira em absoluto êxtase de brilho, matéria, energia e luz...? Ninguém, presumo.
Somos Humanidade; somos o que de nós «eles» (a existirem, no que acredito piamente!) fizeram que nós fôssemos ou desejaram que atingíssemos; senão o Nirvana, pelo menos aquela resquícia magna carta estelar que nos dita que somos ou deveremos ser todos iguais à semelhança do próximo... mesmo que esse «próximo» - ou o mais distante ser civilizacional estelar - nos seja tão amistoso quanto paciente para nos compreender as desgraças humanas...!
segunda-feira, 23 de maio de 2016
A Admirável Formação Planetária
Formação de Planetas (no sistema solar e extra-solares).
Conceptualizando que uma força matriz ou um Deus maior do Universo comanda e replica todo um vasto manancial planetário, sabe-se hoje, no que muitos cientistas defendem, haver dois processos cósmicos que assim o determinam: Nada é divino; tudo é ciência. Ou não.
Pelo método de acreção ou da divisão e separação da Nebulosa no Seio Estelar, reporta-se que tudo está envolvente e prenhe de vida. Todavia, conhecendo-se na actualidade o que Astrónomos e Bio-astrónomos, Astronautas e Bio-astronautas, Astrofísicos e demais cientistas que estas matérias estudam, revelando-nos de suas teorias, suas argumentadas aferições sobre o Cosmos, haverá, remotamente, alguma suspeita, alguma pequena fresta ou contingência de dúvida que nos inste a acreditar que tudo é movível e sequenciado - substancial e unicamente por essa força maior indescritível - e não, por aquela figura superior do mundo teológico e religioso que nos induz na circunstância de toda a nossa pequenez humana...?!
Haverá ainda tempo e espaço para se acreditar em Deus...? Ou, à margem quântica de supras inteligências, criar a disruptiva certeza de que tudo foi inventado e manobrado por uma só supremacia técnica e científica de um mundo que ainda não conhecemos ou de uma filosofia que ainda não aprendemos...? E, se assim for, que nos restará que não seja apelar aos ventos e às poeiras cósmicas que nos dêem forças para tal desacreditar, para tal desdenhar - ou esquecer - que um dia fizemos parte desse Todo em planeta e estrela, em gás e energia, em tudo e nada que nada somos e ao pó voltamos; Haverá maior submissão...? Penso que não. Mas posso estar errada...
Acreção e Corpos Planetesimais: os dois processos que os cientistas defendem na formação dos planetas do nosso Sistema Solar.
Acreção e Corpos Planetesimais
Há muito que os cientistas se debatem entre o que pode ser ou não questionável sobre a Formação dos Planetas em dois processos por eles reconhecidos no vasto mundo cósmico.
A maioria das descrições da emergência dos planetas na Nebulosa Solar Original, descrevem o crescimento desses corpos grandes a partir de corpos mais pequenos por um processo de acreção, à medida que as suas órbitas os colocavam em colisão ou à medida que a Força da Gravidade atraía os corpos mais pequenos para os corpos maiores.
Como se referiu, existem então dois processos possíveis pelos quais esse crescimento pode ter-se iniciado e ter motivado assim toda a actividade cosmológica planetária.
Alguns Cientistas defendem acirrada e concisamente que as partículas do tamanho de grãos de poeira de Matéria Quente - que se tinha condensado na Nebulosa - se foram gradualmente agregando (por acreção) até formarem os corpos grandes que hoje designamos por Planetas.
Outros consideram que a própria Nebulosa se separou em áreas discretas que arrefeceram para dar lugar a um grupo de corpos relativamente grandes denominados: Planetesimais. Teorizam desta forma que, terão sido as colisões entre os Planetesimais que provocaram a Acreção dos Planetas.
Novos planetas em formação ou discos proto-planetários...? Algo que os cientistas actuais estudam e tentam por todos os meios concluir neste afã de busca incessante com a verdade cósmica.
(Na Imagem): Enormes discos de gás e poeira ao redor de várias estrelas jovens. Alguns contêm lacunas circulares (provavelmente o resultado da formação de planetas), esculpindo cavidades ao longo das suas trajectórias orbitais.
A Defesa de ambas as Teorias...
A Primeira Teoria parte do princípio de que as várias matérias que constituem os planetas se condensaram da Nebulosa Gasosa em alturas diferentes e a distâncias diferentes do Sol, à medida que as temperaturas da nebulosa desciam. No entanto, se assim tivesse acontecido, os Meteoritos - pequenos corpos rochosos que se formaram nos primeiros tempos do Sistema Solar e que emanaram da região a que se dá hoje o nome de Cintura de Asteróides - ter-se-iam formado em todo o período de arrefecimento da nuvem e durante toda a existência da nebulosa.
Segundo esta teoria e pensamento científicos, esperar-se-ia então que alguns se compusessem de Silicatos (que se condensaram a temperaturas elevadas) e outros se compusessem de voláteis de temperaturas mais baixas. De facto, os Meteoritos mais antigos que se conhecem são efectivamente misturas de ambos os minerais, de baixas e altas temperaturas de condensação, o que nos sugere que o processo tenha sido bem mais complicado...!
A Maioria dos Cientistas Actuais pensa que os Planetas se formaram por Acreção - a partir de corpos originais maiores - denominados então de Planetesimais ou Proto-planetas.
As unidades de construção dos Planetas Modernos incluem certamente fragmentos bastante maiores do que partículas de poeira, visto que enormes crateras de impacte pontilham as superfícies mais antigas da maior parte dos corpos sólidos do Sistema Solar. Tiveram de ser produzidas pelo impacte de corpos com um diâmetro de até um quilómetro.
Recriação artística ou imagem ilustrativa de como se retrata a eventual Colisão entre Planetas.
Em 2010, os cientistas depararam-se com uma descoberta impressionante: A detecção de poeira planetária resultante de colisões de planetas embrionários! Tudo isto, na observação do sistema HD 131488.
Colisão entre Planetas
As Colisões entre Partículas de Movimento Rápido, tanto grandes como pequenas, eram certamente muito frequentes na Nebulosa Solar. No decurso de algumas colisões, um fragmento pode ter-se desfeito completamente ou até mesmo vaporizado; outras colisões - em particular colisões entre um corpo grande e outro bastante mais pequeno - parte do corpo mais pequeno pode ter-se incorporado no corpo maior, fazendo assim aumentar a sua massa.
Deste modo, os Corpos Maiores cresceram à custa dos mais pequenos, numa indubitável hegemonia ou superioridade estelar de Golias sobre David. O modo exacto como os fragmentos se aglomeraram (acreção) não está, ainda hoje, inteiramente compreendido; todavia pensa-se que a formação de uma superfície de solo poeirenta, chamada Rególito, possa ter facilitado então este processo.
Cada Colisão fez com que a enorme quantidade de energia associada ao movimento rápido fosse instantaneamente transferida de uma partícula para outra. Uma parte desta Energia Cinética foi então convertida em Energia Térmica, gerando assim um calor intenso.
Quando os Fragmentos eram pequenos, este calor perdia-se desde logo para o Espaço, mas, no caso de fragmentos maiores, acumulava-se gradualmente no interior a grandes profundidades. Em consequência disso, os Planetesimais Maiores, aqueciam lentamente à medida que iam crescendo por Acreção.
O nosso Sistema Solar em redor da anã amarela: o Sol!
Tipos de Planetas do Sistema Solar
Em jeito de conclusão, afere-se então que acabaram por se formar três tipos distintos de Planetas, associados a regiões do Sistema Solar: os Planetas pequenos, rochosos, interiores; os Gigantes gasosos, e os Gigantes gelados. Todos eles, juntamente com milhões de corpos mais pequenos - Asteróides, Meteoritos e Cometas - formaram-se então na Nebulosa Solar à medida que esta arrefeceu e, evoluiu, até chegar à sua configuração estável actual.
Júpiter - o Gigante gasoso - cresceu até às suas dimensões relativamente enormes; porém, a sua massa permaneceu muito menor do que a da estrela mais pequena.
As Regiões dos Núcleos dos Planetas Exteriores compõem-se de hidrogénio metálico, que se aglutinou muito rapidamente no processo de Acreção. Crê-se então que o Núcleo de Júpiter (10 a 30 vezes a massa do núcleo da Terra) pode ter crescido em apenas 300.000 anos.
Os Componentes Gasosos e Gelados foram assim atraídos para o núcleo pela acção da Gravidade, formando o manto e a atmosfera. Os gases foram expulsos dos Planetas Interiores pela acção do Vento Solar.
Cada Planeta descreve uma órbita levemente eclíptica em torno do Sol, estando as órbitas planetárias, todas elas, compreendidas no plano da Nebulosa Solar Original.
As Atracções Gravitacionais mútuas do Sol e dos Planetas - devido às suas várias massas - mantêm a coesão do sistema.
O Nascimento de um Planeta: A primeira foto de um planeta em formação, revelada ao mundo através da revista Nature em parceria com a Universidade do Arizona, nos EUA. Foto obtida através do espectacular e Grande Telescópio Binocular (localizado em Mount Graham, no Arizona) e do Telescópio Magellan, localizado no Chile.
As Descobertas, além o Sistema Solar...
Em 2011, um grupo de cientistas relatou ter descoberto a formação de um planeta extra-solar, através do ESO Very Large Telescope, num intenso estudo que foi elaborado a partir do disco de poeira e gás em torno de uma estrela próxima: T, Chamaeleontis.
De acordo com as observações de estudos recentes, os investigadores chegaram à conclusão de que existe um grande intervalo/espaço nesse disco, o que poderá significar ou uma outra estrela ou um novo planeta extra-solar.
Uma outra equipa de Astrónomos do Harvard-Smithsonian Center of Astrophysics observou uma Formação Planetária em redor de estrelas maciças - mais especificamente estrelas de classe espectral A e B, através do Spitzer. Esta observação detectaria uma região de formação estelar a cerca de 6500 anos-luz na Constelação da Cassiopeia.
Exo-planetas ou planetas fora do sistema solar já não são novidade, mas admiráveis fotos como a que se refere acima, dá-nos a sensação do quanto pode ser mágico este surpreendente Cosmos em que nos inserimos.
Foto do recém-descoberto LKCa 15 (imagem do planeta em formação) através do «Large Binocular Telescope (EUA) e Magellan Telescope» (Chile). Os cientistas captaram assim o alfa do hidrogénio do planeta através do sistema de óptica adaptativa do Telescópio Magellan.
A Fantástica Captação!
O Nascimento de um Planeta e, neste caso, de um exo-planeta (LKCa 15), a que nos relata uma prestigiosa equipa de investigadores da Universidade do Arizona, nos EUA, vem assim dar emoção e deslumbramento ao que entretanto conhecemos na localização e distância a cerca de 450 anos-luz, da Terra. Os Astrónomos conseguiram assim capturar a primeira foto de um Planeta em Formação em torno de uma Estrela (apesar da separação considerável e da forma gasosa do seu disco).
Os Cientistas advogaram de que o LKCa 15 está rodeado por um tipo especial de disco proto-planetário, que contém uma compensação interna, ou seja, um buraco.
Os Discos Proto-planetários formam-se em torno das estrelas jovens, com detritos que sobraram da Formação dos Astros. Há então a suspeição de que os planetas se formam, em seguida, no interior dos discos, usando a poeira estelar e os detritos. Criam-se assim Buracos onde os Planetas residem!
Planeta em Formação: a primeira imagem obtida e captada por Astrónomos na observação de planetas em formação em torno da estrela HD 169142.
A Majestosa Imagem!
Investigadores de duas equipas de pesquisa independentes acreditam piamente terem captado e observado pela primeira vez, esta autêntica raridade em redor de uma estrela: a HD 169142.
Esta Jovem Estrela tem um disco que se estende até cerca de 250 unidades astronómicas (UA/AU - astronomical unit), o equivalente a cerca de 6 vezes mais do que a distância média do Sol a Plutão.
Marya Osorio - investigadora do Instituto de Astrofísica da Andaluzia (IAA-CSIC) e principal autora de um dos artigos (em comunicado divulgado à Imprensa), explicaria sem redundâncias:
«Esta estrutura já sugeria que o disco estava sendo por dois planetas ou objectos sub-estelares, mas, além disso, os dados de rádio revelam a existência de um amontoado de material dentro da abertura externa, localizado a aproximadamente à distância da órbita de Neptuno, o que aponta para a existência de um planeta se formando».
Já em relação a Maddalena Reggiani e componentes colegas do Instituto de Astronomia de Zurique, na Suíça (em seguida) tentaram procurar fontes de infravermelho nas lacunas utilizando o prestigiado Very Large Telescope. Reggiani e a sua equipa conseguiram então observar e, encontrar, um sinal luminoso na abertura interna, o que provavelmente corresponde a um planeta em formação ou, a uma jovem estrela anã castanha (marrom) - um objecto ou corpo celeste que não é grande o suficiente para iniciar uma Fusão Nuclear.
Apesar dos esforços desta brava equipa de cientistas não se conseguiu confirmar a presença ou existência de um objecto na segunda abertura, provavelmente devido a limitações de ordem técnica. Qualquer corpo ou objecto com uma massa inferior a 18 vezes a massa de Júpiter permanecerá no segredo dos deuses, ou seja, escondido ou sonegado ante o olhar e dados recolhidos dos cientistas.
Observações futuras irão trazer então mais esclarecimentos relacionado com todo este sistema exótico, segundo os cientistas, na probabilidade e potencialidade de permitir num futuro próximo aos Astrónomos e todas as equipas envolvidas nestes estudos, a melhor compreensão de como se formam os planetas em torno de jovens estrelas. Estes eminentes estudos dos não menos eminentes cientistas em questão, foram publicados e divulgados - e revelados ao mundo - pela revista «Astrophysical Journal Letters».
ALMA (Atacama Large Millimeter Array) - A Observação de Estágios Iniciais da Formação de Planetas (em sistemas estelares binários).
Formação Planetária em Sistemas Estelares Binários
A observação que os Astrónomos e Astrofísicos têm feito ao longo destes últimos anos sobre a Formação de Planetas, é que de facto estes se formam mantendo-se surpreendentemente em órbitas estáveis ao redor das estrelas duplas; contudo, há ainda insuficiente informação no que se relaciona com a formação dos mesmos mas em sistemas estelares binários.
Para melhor compreensão de como esses sistemas se formam e, evoluem, imbuiu os cientistas a utilizarem o já tão criterioso e eficaz Telescópio ALMA, para olhar de forma incisiva e, pormenorizada, o disco de formação de planetas ao redor do Sistema Binário HD 142527, localizado a cerca de 450 anos luz de distância da Terra - num aglomerado de estrelas jovens conhecido como Associação Scorpius-Centaurus.
Imagem de Alta Resolução (através do ALMA) do Sistema Estelar Binário, HD 142527.
O Sistema Estelar Binário HD 142527
O Sistema HD 142527 inclui uma estrela principal com aproximadamente um pouco mais de massa (duas vezes mais a massa do nosso Sol), e uma companheira menor com apenas um terço da massa do Sol. Elas são separadas em cerca de um bilião de milhas - um pouco mais do que a distância entre o Sol e Saturno. Anteriores estudos (também através do telescópio ALMA sobre esse mesmo sistema), revelaram detalhes surpreendentes sobre a estrutura dos discos internos e externos do sistema.
Como já se referiu, os Planetas formam-se de discos expansivos de gás e poeira que circundam estrelas jovens. Pequenos grãos de poeira e pacotes de gás que se juntam pelo factor-Gravidade, vão formando aglomerações cada vez maiores e, eventualmente, Asteróides e Planetas.
Até ao tempo presente, este processo ainda não é totalmente compreendido pelos cientistas, no que em futuro a curto prazo (espera-se!) e, com a prestativa ajuda do telescópio ALMA (no que se tenta estudar uma quantidade de discos proto-planetários), os Astrónomos confiam então poderem proximamente compreender melhor as condições que existiam no momento da Formação de Planetas pelo Universo!
Nestas novas imagens de alta resolução captadas através do ALMA, sobre o HD 142527, estas revelam um vasto anel elíptico em redor da estrela dupla. A maior parte do disco consiste em gases (incluindo duas formas de monóxido de carbono, 13CO e C180), existindo todavia uma notável escassez desses gases dentro de um grande arco de poeira que se estende por cerca de quase 1/3 do caminho ao redor do Sistema Solar.
Essa Nuvem de Poeira em forma de Lua Crescente pode ser o resultado de forças gravitacionais únicas a Estrelas Binárias - e pode também ser a chave para a formação de planetas.Essa falta de gases flutuando livremente, é provavelmente o resultado do congelamento e da formação de uma fina camada de gelo nos grãos de poeira, afirmam os cientistas.
Andrea Isella - Astrónoma da Rice University em Houston, no Texas (EUA) - afirma peremptória:
«As novas imagens do ALMA revelam detalhes anteriormente não observados sobre o processo físico que, regula a formação dos planetas ao redor desse e, talvez, de muitos outros sistemas binários. Acrescenta ainda em relação à formação de camadas de gelo nos grãos de poeira:
"A Temperatura é tão baixa que o gás se transforma em gelo e palitos nos grãos. Esse processo, acredita-se que potencie ou aumente a capacidade para que os grãos de poeira se unam novamente, fazendo deles um forte catalisador para a Formação de Planetesimais e, no final, em Planetas".
Isella vai ainda mais longe ao rematar:
"Nós temos estudado Discos Proto-planetários por, no mínimo, 20 anos. Existem entre poucas centenas ou alguns milhares de discos que nós possamos observar novamente com o ALMA, para encontrar novos e surpreendentes detalhes. Essa é a beleza do ALMA. Cada vez que você adquire um novo dado, é como se estivesse abrindo um presente. Você não sabe o que tem dentro do embrulho".
O mais belo presente de enfeite cósmico que a nossos olhos se depõe nos enxames de estrelas, planetas, galáxias e toda a profusão interestelar.
- Vós sois deuses e sois todos filhos do Altíssimo (Salmo LXXXI); Deus criou o Homem à Sua imagem e à Sua semelhança (Génesis I, 26).
Deus, ou simplesmente a Ciência Original?
O Homem (homem e mulher, microcosmos construídos à imagem do Universo) e no geral o Macrocosmos, é constituído por sete princípios ou veículos, expressáveis em sete mundos ou planos energéticos de existência - tendo os planos mais elevados e mais subtis, uma maior frequência vibratória do que os mais densos. Tudo é energia e esta, ao adquirir uma maior densidade, desce estes sete planos.
Se obstarmos a concretizar estes mesmos planos de uma cosmogonia infindável e simplificarmos toda a substância estelar, «reduzimos» os veículos humanos a três, do mais subtil ao mais denso: Espírito (mónada ou substância simples, algo), o Eu divino ou a Essência divina, que se expressa através da Alma e através da qual recolhe as impressões dos mundos mais densos; Alma (ego ou eu superior,a sede da consciência, mediadora entre a mónada, eterna, e a personalidade) e Personalidade - a natureza inferior, externa e mortal.
Assim, o ser humano tem uma individualidade ou natureza superior, imortal, segundo alguns historiadores e filósofos do nosso tempo.
O Ser Humano possuindo um corpo astral ou emocional, pelo qual expressa desejos, emoções ou sentimentos pessoais - e um corpo físico, com uma contra-parte etérica (a matriz do corpo mais denso e que tem uma correspondência com o genoma do indivíduo) e outra densa (composta por elementos sólidos, líquidos e gasosos), no mundo, ou plano que melhor conhecemos.
Segundo Platão, a Alma habita no «mundo das ideias», da abstracção, que se contrapõe ao «mundo das emoções» ou das coisas ilusórias e passageiras (...). Em suma, Platão via na morte a glorificação da vida, pela transição da Alma deste lugar para outro e pela libertação do espírito. Ou seja, uma roupagem nova para um outro lugar. Tal como no Cosmos, em que tudo inspira, expira e se espalha em profunda e profusa certeza de uma continuação sem limites...
Um Deus que tudo reúne, ou a endémica vontade de se acreditar Nele...?
Deus, ou simplesmente a vontade de ser como Ele...?
Deus ou força matriz cosmológica que tudo une, afecta, incentiva, explora e dissemina por todo Ele, fará do Homem e, por conseguinte de toda a Humanidade, os servos mais fiéis deste e de outros mundos ainda desconhecidos em que a Alma, corpo e espírito se unificam, restabelecendo uma nova ordem cósmica ou estelar em sintonia com o mesmo. Se é um Deus de barbas brancas ou um pulsar intermitente - e assaz luminoso - ou transbordante de alegria e energia tanto faz, desde que seja justo, correcto, inamovível e credível ao ponto de, por muitos e muitos séculos ainda, continuarmos a acreditar Nele.
E isso, sendo mais factual do que filosófico, fez-nos a nós, Humanidade, acreditar que era possível ser igual ao próprio Cosmos; às estrelas e aos planetas, e a toda a conjunta e certificada condição interestelar que nos conecta, correlaciona e mesmo interage na sequência morfológica e molecular de nos perpetuarmos no tempo e no espaço. E de evoluirmos. E, de corrigirmos os nossos defeitos e falhas pessoais - até atingirmos a perfeição humana de uma inolvidável ciência universal que nos toma a todos. Recordando Lavoisier que afirmou que nada se perde, nada se cria, tudo se transforma, há que suscitar a amplitude maravilhosa que é esta vida planetária de todos nós, em maior consciência, atrevimento e ênfase de conhecimento, num aperfeiçoamento que das estrelas nos veio e para as estrelas nos eleva, na mais bela manifestação cósmica de gás, poeira e beleza incomensuráveis.
Sejamos justos então até a nível individual e oremos para que assim seja - em crença ou descrença - mas sempre em uníssono de tentarmos não o sermos perfeitos, mas o tentar chegarmos lá... até às estrelas, aos muitos outros planetas que entretanto se vão formando em Proto-anunciações de Muitas Outras Vidas, Outras Almas.
E sejam felizes no vosso planeta, porquanto a vida vos der uso de todas as faculdades e felicidades nessa vida. E sim, é essa a mais admirável das coisas: Sentir em paz o que o Universo nos dá em formação, continuação e... perfeição. Ser feliz, seja lá qual for o planeta em que nos encontremos...
domingo, 22 de maio de 2016
quarta-feira, 18 de maio de 2016
O Inferno na Terra
Os Grandes Incêndios, no Canadá (Maio de 2016). E outras calamidades/catástrofes naturais...
Que exércitos humanos, que glórias vigentes - que não pungentes - por esta mesma mão humana que tanto liberta como seduz e sequestra este seu berço planetário em Inferno na Terra, poderão servir, combater, liderar e comandar as grandes catástrofes que entretanto se abatem e se não debelam ante toda a nossa ignominiosa impotência ou deliberada consternação sobre destroços que jamais se reedificam, sob escombros que jamais se metamorfoseiam em luz, verde e vida...?!
Neste Inferno, na Terra, somos todos refugiados ou quiçá reféns da nossa própria miséria humana. Nós, Humanidade, fugimos da Fome, da Guerra, da Violência, das Sevícias, e até das sombras calcinadas que nos perseguem no embutir de todas as desgraças terrenas que um dia incitámos, orquestrámos e deixámos lamentavelmente suceder, no nosso planeta Terra.
Fugindo sempre, acabámos por nos encontrar com a nossa deplorável condição de despojos terrestres que, levados por cataclismos inclementes (de tempestades, jorros vulcânicos, terramotos, chuvas diluvianas, incêndios ou mesmo impactes de meteoritos no solo que tudo devassam) nos arrastam no tempo e no espaço sem tempo para grandes filosofias ou dogmas teológicos que, tal como Stephen Hawking agora profere destas inócuas e mortas serem (relativos à Filosofia, devido ao que se explana na actualidade sobre o mundo físico e todas as suas ferramentas em aprendizagem e novos conhecimentos científicos), talvez não haja mesmo tempo ou espaço para onde mais se fugir...!
Fugindo nós, Humanidade, de Grandes Cataclismos - naturais ou não - poderá, de igual forma, a Terra fugir de nós...? Poderá a Terra cuspir-nos, vomitar-nos, fazer-nos implodir ante tantos dislates solvidos nela? Não o sabemos. Mas continuamos a fugir; só não sabemos para onde...
Vulcão Nevada del Ruiz, situado na cordilheira central, na Colômbia (América do Sul).
Catástrofes Naturais
Em Armero, na Colômbia, América do Sul, ocorreu uma sequência de abalos sísmicos em Novembro de 1984. As emissões de vapor aumentaram um mês depois; mais tarde, a 11 de Setembro de 1985 (premonitória data de desgraças...?), uma pequena explosão lançou para o ar cinzas e rochas - fragmentos da velha cratera do vulcão Nevada del Ruiz.
Ninguém pareceu até à data particularmente preocupado, apesar de as autoridades locais terem sido alertadas para o facto de, a cidade de Armero, estar construída em cima de uma torrente de lama que cobriu a região em 1845, causando dessa forma a morte de mil pessoas na época. O risco era evidente mas nada foi feito para tal evitar em tempos próximos.
No final do dia 13 de Novembro de 1985 tinham falecido 22.000 habitantes da região. Uma calamidade! Uma erupção relativamente pequena ejectara um lençol quente de pedra-pomes e de cinzas que provocou a fusão de campos de neve situados no cume do Vulcão.
A Água em Fusão desceu a vertente a uma velocidade superior a 35 quilómetros por hora, recolhendo solo, rochas e árvores à sua passagem, dando assim origem a uma torrente de lama devastadora que invadiu toda a mártir cidade com uma frente de 30 metros de altura. Espalhou-se então pelos terrenos mais baixos numa série de ondas quentes, transportando consigo blocos de 10 metros de altura.
Na sua força máxima, calcula-se que desceu a encosta com um caudal de 47.000 metros cúbicos de detritos por segundo - cerca de um quinto da descarga do poderoso Amazonas!
Falha de Santo André (San Andreas Fault), no Estado norte-americano da Califórnia. Terramoto de 1857: Magnitude 8,0; San Francisco, em 1906, magnitude: 7,2; em Loma Prieta, em 1989, magnitude: 7,1.
Desastres Naturais
Os desastres naturais a grande escala são raros mas efectivos e não displicentes quando sucedem vertiginosamente e sem se fazerem anunciar.
Ironicamente, a escala do desastre causado pela torrente de lama na Colômbia, podia pelo menos ter sido atenuada se tivessem sido tomado medidas para o efeito.
A previsão do comportamento dos Vulcões tornou-se desde há um tempo até esta data, um assunto muito sério a ser debatido e, eventualmente, a ser executado sem morosidade ou complacência devido às mortes que entretanto se evitam. Tudo isto e, em grande parte, devido também à sequência das erupções do monte Santa Helena e do El Chichon, no início da década de 80, do século XX.
Vulcão Pinatubo, nas Filipinas (1991). Não houve perda de vidas porque a área foi evacuada a tempo, felizmente! Sempre impressionante é a espectacularidade da imagem apresentada...
O Pinatubo, nas Filipinas...
Em 1991, as lições aprendidas com esses tristes mas factuais acontecimentos foram aplicadas então com substancial êxito em relação à tal erupção maciça do vulcão Pinatubo, nas Filipinas, de modo que a evacuação em massa dos habitantes das regiões circundantes pôde ser efectuada antes de a torrente ardente começar a descer, formando uma coesa camada com 15 centímetros de espessura.
Os Vulcões apresentam-se assim à escala planetária como a representação mais fantástica mas também a mais diabólica das Catástrofes Naturais em espectacularidade temerosa.
Espessas nuvens de cinza podem inclusive subir a 20 quilómetros de altitude, impregnando o ar e toda a atmosfera. As cinzas podem ser depositadas no solo até a uma profundidade de 15 centímetros, em geral. Num raio de alguns quilómetros de erupção, a destruição é total; as cinzas podem ser transportadas a distâncias de várias centenas de quilómetros e desregular os sistemas meteorológicos em todo o mundo. Podem sucumbir neste processo muitos milhares de árvores, o que por si só, é uma tragédia imbatível e tristemente assistida por todos nós numa impotência global.
Foto/Imagem de Arquivo de 1906, aquando o terramoto do início do século XX, na cidade de São Francisco, originado pela falha de Santo André.
Os Temíveis Terramotos...
É do conhecimento geral de que, os Terramotos, também têm causado ao longo da nossa História Universal um autêntico terror e bulício urbano e rural sem precedentes, originando subsequentemente uma elevada perda de vidas humanas (e não só, pois os animais acabam por morrer também debaixo de escombros sem que alguém se preocupe muitas das vezes em resgatá-los...), revelando-se tudo isso em grandes prejuízos materiais nas propriedades e nas comunicações.
A Cidade de São Francisco, na Califórnia e sob os domínios da tão falada e terrífica Falha de Santo André, assim como as localidades vizinhas que se situam ao longo desta, constituem zonas de franco risco. Em 1989, esta falha sofreu uma ruptura, reactivando assim antigas fracturas que se tinham aberto em 1906. O Sismo de 1989, que atingiu o valor de 7,1 (na escala de Richter), colheu 62 vidas e destruiu um milhar de casas. Efectivamente muito menos perda de vidas do que em 1906 que se exibiram por 225 mil habitantes... mas ainda assim lamentável, no que se tenta a todo o custo evitar-se uma a mais que seja.
Em Janeiro de 1994, um abalo originado numa falha associada provocou danos semelhantes em Los Angeles, outra cidade da zona oeste norte-americana. Esta região é uma das zonas sísmicas mais vigiadas de todo o mundo. Embora as autoridades locais e estaduais nada possam fazer para evitar um Terramoto, os seus efeitos catastróficos podem ser atenuados mediante a imposição legislativa de medidas rigorosas quanto à construção de edifícios. O saldo em perda de Vidas Humanas de outros Terramotos, em todo o mundo, aponta textualmente para a importância deste factor: um Sismo de potência semelhante matou 20.000 pessoas, na China, em 1974...
Foto oficial de cratera originada por meteorito caído na Terra (15 de Fevereiro de 2013), nos Montes Urais, sob a cidade de Chelyabinsk, na Rússia.
O Estrondoso Impacte que vem de fora...
Todos sabemos, ou pelo menos especulamos, segundo alguns cientistas que nos arrogam ser essa a existencial verdade histórico-científica, de que a Extinção dos Dinossauros sucedeu devido ao impacte de um ou mais meteoritos de grande impacto, na Terra. Há provas disso mesmo, na ocorrência de um Desastre Natural que teve, como se sabe, uma importância global que mudaria para sempre o rumo planetário; sobretudo, sobre os seres viventes deste planeta.
Nas últimas décadas aventou-se então a possibilidade a cada dia mais densa e, verídica, de que a queda e extermínio dos Dinossauros, espécie gigantesca de há cerca de 65 milhões de anos, ter sido provocada por um enorme impacte, na quase total probabilidade de ter sido através de um meteorito com 10 quilómetros de diâmetro que colidiu com a Terra (e que outros teóricos ainda mais avessos à mera hipótese natural de ocorrência e sugestão planetárias, vêm aludir ter-se tratado de algo há muito projectado por mãos alheias exteriores à Terra e, de origem estelar, que assim determinaram a irreversibilidade ou não continuação destas espécies).
Mas, voltando à ocorrência em si, tudo isto fez com que a sua temperatura subisse (do planeta) em enorme tormento de altíssima temperatura, causando um horror de crateras vulcânicas, chuvas ácidas e trevas imensas durante várias semanas ou até infindáveis meses de autêntica tortura planetária. De facto, talvez um dos primeiros «infernos na Terra»...!
O esventre planetário de um Meteorito, na Terra. Hoje, como há 65 milhões de anos... mas felizmente para nós, seres humanos, sem iguais repercussões... até agora...
Acontecimento Fronteira K/T
Designou-se por Acontecimento de Fronteira K/T, a partir de vestígios descobertos numa camada de rochas na fronteira entre o Cretácico e o Terciário.
Os Investigadores e demais cientistas enunciam de que se trata aí de quantidades superiores à média de Irídio, que se crê ter origem num Meteorito, Quartzo de choque abundante, Feldspato e Stishovite (formados a pressões muito elevadas), restos de Fuligem (possivelmente de fogos florestais causados pelo impacte) e taxas anormalmente elevadas de isótopos de Estrôncio, em resultado do desgaste acrescido devido às tais chuvas ácidas já mencionadas, ou mais especificamente de Ácido Nítrico, formadas a partir do Azoto da Atmosfera durante o impacte.
Este acontecimento (ou outro desastre natural) preparou o palco para que a Evolução dos Mamíferos prosseguisse. Sendo ou não questionável e até polémico que algo exterior inteligente tivesse interferido de facto neste outro rumo planetário, o certo é que, mudaria por completo esta ingerência na proliferação dos Dinossauros, abrindo caminho e alas, novas alas, para o futuro da Humanidade.
Acabou por permitir assim, seja lá qual tiver sido a proveniência que isto fez suscitar, a entrada e disseminação do Homo sapiens em igual continuação e proliferação mas sempre em processo evolutivo das espécies, sem competição por parte dos seus predecessores altamente bem sucedidos que tinham governado o planeta durante milhões de anos.
Fragmento de Meteorito, na Rússia, em 2013: algo que assustou o mundo...
A Inevitável Realidade...
Se recuarmos no tempo, aproximadamente dois séculos, avistamos o que a memória nos dita em registo e ocorrência, sobre o sucedido em Tunguska, nos Montes Urais, na Sibéria.
Em 1908, este inexplicável acontecimento (para a época) abateu uma profusão de árvores assim como muitos animais que encontraram a morte de uma forma absolutamente aterradora. Esta estranha ocorrência projectada no início do século XX, quedar-se-ia de enorme susto e pânico entre as suas gentes, uma vez que poucas ou nenhumas explicações eram dadas à data pelas entidades oficiais.
Tunguska pode ter sido um fenómeno que hoje, à luz dos novos conhecimentos obtidos, se evidencia por uma explosão do núcleo de um Cometa na Atmosfera por cima da Sibéria - e não a entrada abrupta profunda e real de um meteorito nesta zona gélida.
Ao contrário dos Impactes de Meteoritos, o acontecimento não deixou qualquer cratera nem como ocorreu com o Acontecimento Fronteira K/T - um impacte ocorrido há cerca de 65 milhões de anos que, nesse caso sim, de muitas extinções das espécies.
Em relação ao Meteorito dos Montes Urais, na Rússia, em 2013, verificou-se as ondas de choque causadas pelo meteorito em questão (percorrendo 85.000 quilómetros, o equivalente a duas voltas sobre o planeta), assim como o registo da explosão que os cientistas advogaram tratar-se da segunda maior em libertação de energia - dados agora analisados em relação ao acontecimento de Tunguska, em 1908.
Esta ocorrência divulgada na revista «Geophysical Research Letters» evocou em 2013 que, a onda de choque, feriu cerca de mil pessoas (entre outras afectadas), causando trinta milhões de dólares de prejuízo. Esta então, a sempre e inevitável realidade aquando estas ocorrências...!
Incêndios: a tragédia anunciada que mata vegetação, animais e pessoas, impregnando de cinzas e morte tudo em redor. A actual calamidade que se vive no Canadá, na América do Norte.
Calamidades que se não estancam...
Se por vezes nos afligimos com as imagens que nos chegam de inundações e desflorestação ou desmatamento sobre florestas e sobre quem sofre que nelas vive, em particular as ocorrências de cheias em regiões costeiras de terras baixas, como no caso do Bangladesh, já os incêndios nos fazem temer (talvez ainda mais...) pela devastação acometida sem piedade alguma sobre terras e bens.
Em 1988, uma Inundação no Bangladesh, deixou literalmente 30 milhões de pessoas sem lar, o que se traduziu numa tragédia humana nunca vista. Apesar de comuns, as inundações nesta região acabam sempre, invariavelmente, por reproduzir uma grande calamidade em custos financeiros e perda de vidas humanas, assim como grande parte da actividade económica das suas gentes que vivem sobretudo do que os campos agrícolas lhes dá.
Em contrapartida, nos países mais desenvolvidos, como no caso da Grande América do Norte, em particular nos danos provocados por um Sismo como o de Los Angeles, na Califórnia, em 1994, que, parecendo à priori muito severos e extensos esses danos, tal não se registou devido à perda de vidas humanas não se ter evidenciado em larga escala, tendo sido muito inferior ao previsto (na casa das centenas). No que entanto se lamenta, pelo facto óbvio de se ter de melhorar as infraestruturas e condições para tal não vir a suceder de novo, mesmo que na orla de poucas baixas humanas. Uma que seja, já é motivo de preocupação. E, solução!
O Maior Incêndio de Sempre, segundo alguns comentadores. Um desastre ambiental e, humano, sem precedentes (à semelhança dos já ocorridos na Califórnia, nos EUA, na Austrália, e agora no Canadá).
«Um Monstro de Muitas Cabeças!»
Nas palavras ditas pela Mayor de Fort McMurray em pronúncio do inferno que está a viver no seu país e na sua terra sofrida por chamas - e altas temperaturas - devido ao inclemente incêndio que parece imparável (até ao momento a lavra de 40 fogos florestais activos, em Alberta, dos quais 5 estão fora de controle), esta exclama: «É um Monstro de Muitas Cabeças!».
Desmotivada e algo incrédula, esta Mayor Canadiana - ou Governadora de Alberta de seu nome, Rachel Notley - afere tratar-se de algo completamente fora de controle, já que está sendo combatido por cerca de 1200 bombeiros em acirrado ataque às chamas, muitos deles sem descanso ou paragens prolongadas, auxiliados por 110 helicópteros, 27 aviões de combate a incêndios e 295 escavadoras. Um luxo que só os países ricos possuem mas que, aqui, parecem ser insuficientes, tal a demanda deste demónio que tudo arrasa em solos e céus empestados de ar tóxico.
Fort McMurray possui a terceira maior reserva do mundo de Petróleo, sendo a província de Alberta o grande centro produtivo desta matéria-prima em que, cerca de 25% das reservas de petróleo foram afectadas devido aos incêndios, devendo ter inevitáveis consequências não só para a economia local como para o resto do país. Segundo o Governo Canadiano, custará aos cofres do Estado do Canadá, cerca de 6 mil milhões de euros a reconstrução de toda a região de Fort McMurray e tudo o que lhe está associado que entretanto foi destruído e consumido pelas chamas.
Fort McMurray é assim, tristemente, desde as últimas horas, uma cidade fantasma (dados recolhidos até ao dia 8 de Maio onde se estima que, estando exactamente agora no dia 18 de Maio, a calamidade seja ainda de maiores proporções) tendo o fogo começado no dia 1 de Maio, consumindo vorazmente milhares de quilómetros quadrados de área florestal, obrigando à evacuação em larga escala dos cerca de 100 mil habitantes da cidade (sendo que alguns destes tiveram apenas menos de uma hora para fugir, tal a velocidade das chamas que rapidamente se estenderam a toda a região).
Neste momento, a área afectada pelos incêndios é tão vasta quanto a área comparável da cidade de Nova Iorque, nos EUA (sugerindo-se já a duplicação e extensão territorial da área ardida que se verificaria nos próximas dias), só para se ter a noção precisa do que tudo isto envolve em recursos humanos e materiais; além tudo o resto que, como se sabe, vai ter repercussões imediatas não só na economia do Canadá - como já se referiu - como, a nível global, a certeza de mais um enorme impacto ambiental em atentado e distúrbio das espécies vigentes em seu redor.
Tendo ardido já mais de 1000 quilómetros quadrados de área florestal (o equivalente a 10 vezes a área da cidade de Lisboa, a minha cidade, em Portugal), pode-se imaginar em saudade e dor, muita dor, o que este terrível incêndio vai ainda provocar nas próximas horas... o que se lamenta desde já. Aqui fica a minha solidariedade e comoção, pois nem imagino o que seja combater-se tal vilão rubro de fagulhas imensas, tal Lúcifer indomável...
A espera e a consternação evidentes sob uma chuva que se faz esperar...
Um drama ingovernável...
Incêndios em rescaldo ou não... O Governo de Alberta decretou entretanto o Estado de Emergência, ante o horror das chamas e da sua disseminação por uma vasta área atingida. Em plena região de areias betuminosas, coração da produção petrolífera do Canadá, a capacidade dessa produção foi reduzida em pelo menos, um terço. O Incêndio obrigou ao fecho de alguns Oleodutos e à evacuação/fecho das instalações de várias Companhias Petrolíferas.
Não havendo ainda certezas sobre a causa ou causas deste monstruoso incêndio no Canadá, os especialistas admitem poder tratar-se de algo unicamente de âmbito ambiental (em manancial exclusivo da Mãe-Natureza), relacionadas com as alterações climáticas e com os nocivos efeitos do fenómeno El Nino que, segundo estes mesmos entendidos, compenetra a criação de «uma tempestade perfeita».
A província de Alberta, tendo já sofrido um exponencial de 330 fogos florestais (o dobro da média anual registada até ao ano passado), tem sido de facto uma cidade-mártir se se tiver em conta todos os prejuízos e danos morais que tal acarreta em bens, pessoas e animais, trasladados e desnorteados para outras cidades, outros locais.
O mundo inteiro está solidário com o Canadá e com as suas gentes, em especial pelo carinho que lhes devotamos por serem um povo solidário, afectuoso e acolhedor, em especial de povos e etnias de outras regiões, outros pontos do globo em berço de emigração constante em si.
Pelos Portugueses falo; pelos Portugueses me rego mas também em preocupação e desvelo para com todos os outros povos deslocados em refúgio e guarida, eu me submeto na total e idêntica simpatia articulada em auxílio e prestação aos que agora sofrem longe das suas casas, habitats ou residuais locais de permanência. A todos, os meus votos sinceros de que este Inferno na Terra acabe e tudo volte ao normal, ao bom funcionamento das instituições e aos lúdicos prazeres da vida, ainda que haja muito trabalho pela frente... Desistir não é a solução, Recuar não é o caminho.
Hoje e sempre, no Canadá ou noutra qualquer parte do mundo em que se soltem as catástrofes planetárias, a Humanidade tem de dar as mãos e ser solidária, honesta, íntegra - e amiga - ou então de nada valeu a pena termos sido escolhidos para aqui habitar e, pernoitar até aos longos dias mais escuros, dias negros ou de iguais trevas destes mesmos monstros à solta... Fiquem bem e sejam solidários com quem nada tem por tudo ter perdido. Amanhã, poderemos ser nós... Amanhã, poderá ser connosco o chão que nos falta, o Céu que se não vê e o desamparo que se sente... Sejam felizes e façam o Céu na Terra que não o Inferno...! Paz para Todos!
terça-feira, 10 de maio de 2016
O Maravilhoso Cosmos (e seus fantásticos neutrinos...)
Supernova (SN) 1987A (próximo da Nebulosa da Tarântula), captada pelo Observatório de Astronomia Anglo-Australiano.
Elementos cósmicos, combinações entre si e toda a sequencial energia que envolve estes elementos num vasto e algo complexo processo pelo qual esses elementos foram criados, infere que todo o Cosmos é perfeitamente um manancial de vida em supra inteligência de força matriz acima de todas as coisas. Algo o move, algo o induz e projecta em fusão nuclear atómica impressionante. Quem o fez, quem o liderou, quem o motivou ou mesmo quem o iniciou, são questões ainda por responder. Ou não. Indomável é a mente que assim pensa...
Suspeita-se então de algo muito superior, de algo muito intransponível ou quiçá transcendente às nossas tão distantes mentes ou ignotas sapiências de ciências ainda por inventar.
Nós, Humanos, homens e mulheres que tentam a todo o custo saber mais ou chegar mais longe nessa distinta aprendizagem sobre de que é feito o nosso maravilhoso Cosmos (fazendo-nos reduzir não só a nano partículas subatómicas ou a microrganismos terrenos de insignificância comprovada...) temos também a audácia - e talvez o deslumbramento - de tentar descobrir mais, observar mais, reconhecer e regurgitar em nós um pouco dessa tão eloquente magia cósmica que nos rodeia. E mesmo que nesta não toquemos nem alcancemos tão rapidamente quanto o desejaríamos em séculos próximos, haverá sempre a ambição, a elevação ou o sopesar de todas essas condições sobre o que ainda não compreendemos. Mas não desistimos de lá chegar, se não em viagem, pelo menos em estudo e análise e cumprimento de fazermos parte deste grande todo que é o Universo. E que, desde a mais bela estrela ao mais ínfimo neutrino, todos, mas todos, são elementos principais de um Todo do qual também nós, Humanidade, fazemos parte. Ou não será...???
Galáxia mais brilhante até hoje descoberta: Galáxia CR7.
Ingredientes Cósmicos
O conhecimento da composição dos Planetas ajuda a compreender como evoluem. Os ingredientes fundamentais de tudo o que existe no Universo, incluindo as Estrelas e os Planetas, são os elementos químicos. Cada Elemento é composto por um único tipo de átomos, eles próprios compostos de Protões (partículas de carga positiva), Electrões (partículas de carga negativa) e Neutrões (partículas electricamente neutras).
Os Neutrões situam-se no interior do núcleo de um átomo, mas não determinam a sua identidade química. Todavia, quando presentes em números diferentes nos átomos do mesmo elemento, dão lugar a diferentes Isótopos.
O Número de Protões e de Neutrões de um elemento determina assim a sua massa atómica. O Hidrogénio é o elemento mais simples, consistindo normalmente num Electrão e num Protão. É também o elemento mais leve, com uma Massa Atómica de 1. Se houver números diferentes de neutrões nos núcleos, resultam daí Isótopos com diferentes números de massa. Por exemplo, o Deutério, é um isótopo do hidrogénio com um protão e um neutrão no seu núcleo; tem portanto uma Massa Atómica de 2.
Big Bang: a controversa teoria da criação do Universo...
A Criação do Universo
A extrema simplicidade e a abundância dos átomos de hidrogénio no Universo, terão levado os Físicos a concluir que todos os restantes elementos se formaram primordialmente a partir de átomos de hidrogénio que foram criados no decurso do tão falado Big Bang. Para que isso acontecesse - isto é, para os átomos de hidrogénio sofrerem as transformações nucleares adequadas para dar origem a elementos com massas atómicas maiores - foram necessárias temperaturas e pressões muito elevadas.
O Processo pelo qual esses elementos foram criados envolve a Fusão dos Núcleos Atómicos Leves para criar núcleos mais pesados. De cada vez que se dá a Fusão Nuclear, é libertada uma grande quantidade de energia; também se podem produzir outras partículas como Electrões ou Núcleos de Hidrogénio.
Sabe-se que existem estas condições nas profundezas de certos tipos de Estrelas, e que é aí que novos elementos estão então a ser efectivamente criados. Numa estrela com uma massa equivalente à do Sol, o elemento-Hidrogénio pode «entrar em combustão» para formar Hélio, que tem dois protões e dois electrões. Isso exige temperaturas da ordem dos 10 milhões de graus K.
Estrelas mais Maciças apresentam temperaturas e pressões ainda mais elevadas nos seus núcleos e nelas o Hélio funde para formar Carbono (6 protões e 6 neutrões); este, por seu turno, pode combinar-se com mais Hélio para formar Oxigénio (8 protões e 8 neutrões) e assim sucessivamente.
Deste modo, podem produzir-se vários elementos. Se uma Estrela for suficientemente maciça, pode eventualmente tornar-se instável reflectindo-se numa gigantesca explosão - Supernova - podendo inclusive ejectar os elementos para o Espaço Interestelar.
Os Elementos muito Pesados, como o Chumbo, também se formam no interior das estrelas por uma série de processos ainda não inteiramente compreendidos.
O Misterioso Anel da Supernova 1987A... (imagem da NASA/ESA/HST/STSnI, captada pelo telescópio espacial Hubble).
Associações e Combinações
Muitos elementos químicos associam-se para formar moléculas. Entre estas contam-se moléculas muito móveis que se chamam: Voláteis.
A Água, o Dióxido de Carbono e o Dióxido de Enxofre são voláteis importantes! Tendem assim a constituir gases estáveis a temperaturas bastante baixas (menos de 300º C).
Outras Combinações de Elementos produzem minerais como aqueles que compõem as rochas, a maioria dos quais são Silicatos. Tendem então a solidificar a temperaturas bastante elevadas (450-1200º C). Elementos como o Alumínio ou o Cálcio (que se combinam com o oxigénio para formar silicatos), chamam-se: Litófilos.
O Zinco, o Chumbo e a Prata são litófilos. Elementos como o Ouro e o Níquel, que tendem a não formar compostos, chamam-se: Siderófilos.
Os Voláteis e os Silicatos encontram-se nos meteoritos, pequenos corpos cósmicos que podem apresentar grandes similaridades com os primeiros corpos sólidos que se desenvolvem na nebulosa solar. Isto sugere que, numa fase muito precoce da História do Sistema Solar, havia uma grande variedade de matéria disponível para a formação dos Planetas e que, tanto as partículas de temperatura elevada como as de temperatura baixa, estavam (ou estariam...) muito bem misturadas.
Na imagem acima referida, observa-se a Supernova (SN) 1987A. Captada pelo prestigiado telescópio espacial Hubble, da NASA, a imagem revela-nos um anel de gás em expansão em redor dos restos da Supernova. A Estrela Gigante Azul Original estava a 155.000 anos-luz da Terra.
Os Resíduos muito juntos deixados pela catastrófica explosão, surgem então na área avermelhada no centro do anel. Contudo, ainda se regista um certo mistério e subsequente desconhecimento do que leva a originar estes ímpares anéis no centro da Supernova. Tem-se gerado uma certa especulação também sobre os mesmos, na inclusa referência de jactos que emanam de uma estrela densa que sobram da Supernova, assim como vigas em super-posição de dois ventos estelares, ionizados pela Explosão da Supernova. Há ainda a referir que, muitos dos elementos que compõem os Planetas, foram formados neste tipo de explosões.
A Maravilhosa Imagem que Hubble nos dá sobre a SN 1987A.
Para melhor compreensão (e mnemónica) em esquema:
1 - Nebulosa Proto-Estelar.
2 - Fase Luminosa de uma Estrela com a massa do Sol.
3 - Fase na Sequência Principal.
4 - Fase de Expansão.
5 - Fase de Gigante Vermelha.
6 - Fase de Contracção.
7 - Fase de Anã-Branca.
8 - Estrela de 10 Massas Solares.
9 - Fase de Supergigante.
10 - Supernova.
11 - Estrela de Neutrões.
12 - Estrela de 30 Massas Solares.
13 - Fase de Supergigante.
14 - Supernova.
15 - Buraco Negro.
O Mundo Fantástico do Universo...
Os Neutrinos e as recentes descobertas...
Estes nossos amigos cósmicos têm dado muito que falar ultimamente. Sabendo-se que se trata de Matéria Escura Exótica Quente (porque viaja a uma velocidade próxima da luz) - os Neutrinos - são deste modo compostos de partículas que certos cientistas defendem possuírem massa e outros não.
O Neutrino é referenciado como Partícula Elementar com massa negligenciável ou ausente e sem carga. Prosseguindo as investigações destinadas a esclarecer se os neutrinos possuem ou não massa, empreende-se que a Matéria Escura Fria compreende partículas maciças de fraca interacção (PMFI). Estas possuem massas relativamente grandes, viajam relativamente devagar e interagem francamente com a Matéria Bariónica «normal».
Muitas experiências entretanto foram efectuadas neste contexto na tentativa de detectar a Massa do Neutrino e das PMFI, sem resultados concludentes; até ao momento em que dois eminentes Físicos por tal se debruçaram com evidente êxito, reivindicaram que sim, os neutrinos possuem de facto massa! São eles: o Japonês, Takaaki Kajita (n. 1959), da Universidade de Tóquio, no Japão, e o Canadiano, Arthur Mc Donald (n. 1943), professor emérito da Queen`s University, no Canadá.
Cosmos: um todo que é mais, muito mais do que se imagina à priori...!
Os Neutrinos têm Massa!
Os Neutrinos são produzidos nas reacções que envolvem a Interacção Nuclear Fraca e transportam o excesso de energia da reacção. Praticamente não reagem com as Partículas Bariónicas e postulou-se que são efectivamente Matéria Escura.
Sendo então verdade que se identificam como Matéria Escura do Universo, foi necessário reconhecer no mundo da Física e da Astrofísica (por parte de todos estes cientistas) que de facto podia ser substancial a afirmação - e prova - de que os Neutrinos teriam massa. Algo que não escapou a estes dois prestigiados Físicos do planeta que entretanto se viram galardoados (em 2015) com o Nobel da Física em prémio e prestigio máximos de ambos terem feito a «Descoberta das Oscilações dos Neutrinos que possuem uma massa», tendo este sido revelado ao mundo pela Real Academia das Ciências Sueca, em Estocolmo (Europa).
Surgidos então do Big Bang - os Neutrinos - acontecem sempre que uma estrela morre numa grande explosão (Supernova), provindo outros da Interacção de Radiações Cósmicas com a atmosfera terrestre, de reacções das Centrais Nucleares ou ainda de Desintegrações Radioactivas Naturais.
Contudo, a maioria dos que chegam à Terra, são criados nas Reacções Nucleares que decorrem no interior do Sol!
O Modelo-padrão das Partículas da Física estipula então que exista 3 tipos de Neutrinos. São eles: Os Neutrinos do Electrão, os Neutrinos do Muão e os do Tau. Segundo os teóricos, cada um tem uma partícula «parceira» com carga eléctrica - respectivamente, o Electrão, o Muão e o Tau, sendo estas duas últimas mais pesadas que o electrão e com um tempo de vida muito curto.
Neutrinos no Laboratório (simulação/ilustração) para melhor compreensão em descrição fantástica do Modelo-padrão.
Neutrinos no Laboratório...
O Departamento de Física e Astrofísica da Universidade de Northwestern, em Chicago, nos EUA, emoldurou com graça e distinção o Modelo-padrão (mais o gravitão) em que cada personagem-partícula ou desenho, reflecte o comportamento real da partícula representada.
As experiências agora efectuadas pelo mundo inteiro (neste caso específico pelo Grupo Figueroa, da Universidade de Northwestern), derivadas da descoberta das Oscilações dos Neutrinos que possuem massa, revelam que uma nova perspectiva da Física está já a ser executada em larga escala, supondo que não se possa ainda descriminar outras teorias concorrentes.
Este grupo refere ainda que existem provas da Física além do Modelo-padrão, estando já a aplicar esta nova tecnologia de Detector de Física de Neutrinos, numa espécie de novo canal de medição, especificamente para medir corrente elástica Neutrino-Núcleo de distensão (ou espalhamento - CEvNS). Sabe-se que esta equipa está já a desenvolver um intenso programa nesta área (sem se entrar aqui em grandes pormenores devido à complexidade da experiência) para que tal se possa efectuar.
O Cosmos e as experiências dos cientistas...
Os Nobel da Física e as suas experiências...
"Quando por acaso um Neutrino colide com um núcleo atómico ou um electrão nestas grandes massas de água (o que acontece muito raramente), isso gera um clarão de luz que pode então ser detectado pelos milhares de «olhos» electrónicos que estão à espreita - dia e noite - em redor destas piscinas.
- Afirmação dos cientistas Takaaki Kajita e Arthur Mc Donald -
Retornando aos medalhados e honradamente notificados com o Nobel da Física no ano 2015, Kajita e Mc Donald reportaram-se por duas grandes experiências que tinham por fundo objectivos diferentes: A do Super-Kamiokande, tanque com 50.000 toneladas de água muito pura e 11.000 detectores de luz a toda a volta, construído a 1000 metros de profundidade numa antiga Mina de Zinco - a 250 quilómetros de Tókio, no Japão (em 1996); o outro, o Observatório de Neutrinos de Sudbury (SNO), sendo um tanque com 1000 toneladas de água pesada (variante química da água) rodeada de 9500 detectores e, situado a 2000 metros de profundidade numa antiga Mina de Níquel, em Ontário, no Canadá.
Juntas, estas duas experiências permitiriam confirmar a Mudança de Identidade dos Neutrinos, com profundas ou quiçá revolucionárias implicações para o mundo da Física! (Alegação dos cientistas em questão). E, como já se referiu, tendo estas duas grandes experiências objectivos diferentes, a do Super-Kamiokande em detectar Neutrinos do Electrão e Neutrinos do Muão, vindos das interacções dos raios cósmicos com a atmosfera e, a do SNO, no Canadá, no detectar Neutrinos vindos do Sol, ambas permitiriam mostrar que os Neutrinos mudavam efectivamente de tipo no seu percurso até aos detectores.
No caso do Super-Kamiokande, no Japão, os cientistas constataram que o Número de Neutrinos do Muão detectados variava, em função da direcção da qual provinham essas partículas. Mais precisamente, o Número de Neutrinos do Muão detectados que vinha da atmosfera, logo por cima da Mina, era duas vezes maior do que o número vindo do outro lado da Terra (correspondendo, no primeiro caso, a uma viagem de umas dezenas de quilómetros e, no segundo, de quase... 13.000 km)!
Que futuro para a Humanidade no profundo Cosmos...?
Para onde seguirão as Estrelas...?
Saberemos disso um dia...? Não o sei. Mas gostaria. De seguir caminhos, estradas do Céu ou trilhos não terrestres sobre este magnânimo e frutuoso Cosmos de todos nós; terrestres e não só. Ser-se único, ser-se solitário na crença, na ideologia ou mesmo na abordagem que se faz sobre estes temas é, antes de mais, ser-se incauto ou autista em maior escuridão do que a a intensa e quiçá infindável massa escura do Universo, incluindo os Neutrinos - com massa ou sem ela.
Somos todos feitos de luz. Somos todos feitos de estrelas, tal como tantos cientistas já o admitem na mais interior essência cosmológica que faz de nós, humanos, apenas um, de outros tantos que de energia, partículas e vida bacteriana se compõem, na Terra e fora dela. E o Cosmos é disso cúmplice. E o Cosmos é o nosso berço, a nossa enxada e a nossa meada de vida, aqui, na Terra. O Céu espera por nós e nós, só temos de nos deixar conduzir...
Cientificamente, nada mais a acrescentar por hoje, por muito que ainda haja a dizer sobre este fantástico e mui maravilhoso mundo cósmico que só agora se nos abre como flor em estação primaveril, num acordo de entendimento, compreensão, estudos e descobertas que o Universo nos sugere.
A Humanidade florescerá, se o souber merecer e engrandecer com experiências, análise - e se possível conclusões - sobre o mundo que nos rodeia além a Terra, além o próprio Cosmos. Como diria Carl Sagan: « A Vida é apenas uma visão momentânea das maravilhas deste assombroso Universo, e é triste que tantos se desgastem sonhando com fantasias espirituais».
Talvez seja verdade... talvez seja apenas a sua verdade, ainda que fantasiar seja bom, pelo tanto que do Cosmos nos vem e nos dita um dia o irmos encontrar...!
domingo, 1 de maio de 2016
Eu, Mãe
A parte de mim que dei ao mundo, no Todo que este me devolveu...
O dia em que tudo mudou...
Se eu soubesse a tragédia desse dia, ou a glória incomensurável que me duraria toda a vida, não sei se o rejeitaria se o abarcaria como a mais pura essência, devaneio ou missão, que jamais se pode negar como a um rei, como a um senhor maior de ímpios feudalismos e não contrariedades. Ou seja, a irrefutabilidade de sentirmos, a partir dai, que somos só um mas, uma parte de nós que anda à solta e faz o que quer sem nos dar contas de nada, sem de nós fazer mais parte, por muito que sintamos que sim, que são nossos, que são poder ou propriedade que de nós veio mas de nós se apartou.
Não há livro de instruções, códigos morais de honras ou desonras ou sequer manual certeiro que nos ditem que, desde o primeiro momento que os concebemos, que os geramos e os sentimos dentro do nosso ventre, refiram que tudo vai mudar, que tudo já mudou, e nós, simples e meros espectadores em género feminino de transmutação imediata, de barriga e pés inchados, humores e hormonas descontroladas, a tudo ripostamos, enaltecemos ou repudiamos, consoante o estado de espírito ou situação acomodada que entretanto lá vamos aceitando, não sem algum pranto e devassadas lágrimas - muitas - de sentirmos que o mundo nos cai aos pés ou nos desaba em cima, só porque, simplesmente (novamente) estamos a criar vida, estamos a criar um milagre...
Ser Mãe é ser Tudo! Ser Mãe... é assim como uma folha de serviço em branco que, ao longo da vida, se vai enchendo de coisas boas e más em fenómeno natural e conciso do qual jamais se pode fugir e, fugindo, este nos bate à porta tal ceifeira da morte ou cruel destino que nos grita o tão caprichoso ou maldito acto de o não termos aceite, de o não termos considerado em nós. E esse lato poder da Humanidade (bendito ou benfazejo que a natureza humana nos oferece) é só nosso, das mulheres, daqueles dicotomizantes seres - de pensamento, filosofia e estados de alma controversos - que tendo ovários, útero e um coração cheio de alegrias e tristezas, tudo lhes perdoamos, aos filhos, aos que de nós saíram, sem que para para tal lhes fosse concedida licença ou permissão, pois que são independentes e parte única de si próprios que não nossos. E que nós, muitas de nós, não compreendemos nem correspondemos minimamente que seja, nesses gritos de Ipiranga de libertação e soltura de cordões umbilicais há muito cortados, há muito afastados de nós. Só temos de o aceitar, ou apenas sofreremos em vão e na longitude dos tempos que nos amordaçam a dor e a solidão de os não termos por perto (por vias de emigração forçada, desejada ou versejada pela descoberta de novos horizontes, novos rumos e novas experiências) sobre tempos que se não compadecem com a nossa galinácea condição de «mães-galinhas»...
Desde o primeiro segundo, o primeiro batimento do seu tão ténue coração latejante que em nós se faz ouvir (sob parâmetros clínicos das ecografias/ultrassons) que a nossa vida, tal como a conhecemos, parou, estancou - ou, prosaicamente falando, esbarrou na contemporaneidade de uma divisão molecular (mais de alma do que de corpo) que jamais inferimos como verdade absoluta.
São os nosso meninos. São nossos, e pronto! E isso, por si só é uma lástima, uma contradição e uma catarse, se tivermos em conta o mal-estar que criamos nos nossos parceiros, nos nossos companheiros, maridos, parceiros ou simplesmente pais ou progenitores que lhes dão o ser e o sexo em sémen em nós espalhado - e algumas vezes ramificado ou replicado - sem que os julguemos parte integrante, parte edificante, pois que só em nós eles (os filhos, fetos em desenvolvimento) se sentem, alimentam e recrudescem, e de nós se libertam em mil agonias de infernos dolorosos que de imediato se esquecem, assim que lhes pomos a vista em cima. Ou não. Há dores piores; as outras, as que ficam eternamente...
Ser Mãe, é muito difícil! Quem disse que o não é...? Ninguém. Ou então mentimo-nos à descarada, quando os nossos filhos partem para longe como se fossem para a guerra (ou literalmente o fazem em serviços prestados à nação) ou quando fazem a primeira comunhão, passam o primeiro exame escolar ou nos trazem o diploma de honra e brio de uma sua arrevesada ou incólume licenciatura tirada anos a fio, em prolongamento de um nosso intrínseco sofrimento que os continuamos a ver - e a sentir - como os nossos meninos e meninas de colo, de insegurança ou protecção que ainda mal sabem voar, que ainda mal sabem dar os primeiros passos...
Sufocamo-los e angustiamo-nos. Ser Mãe é isso. Ser Mãe é tanto, que não dá para descrever: os dias e noites à cabeceira (por doença ou apenas vigília), outros dias e outras tantas noites em que, levando o automóvel do pai ou da mãe em carta de condução tirada há escassas horas, nos coloca débeis e malucos, de vela na mão e insónia permanente, sentindo que o nosso rebento se vai esbardalhar ou enfiar ravina abaixo sem que os possamos amparar, sem que os possamos segurar nessa estouvada libertação do casulo ou deste nosso tão confortável e fiável ninho de nenhum perigo.
Se um dia me dissessem que tudo isto viveria, sofreria, repartiria em mil vigências com outras tantas mães, talvez não acreditasse, mas jamais repudiaria ou renegaria essa aferição de mil afeições, de mil sujeições, prerrogativas ou submissões, sufragando tal condição.
Ser Mãe é tanto, que só a palavra Mãe dói, numa dor amena, dócil e de enlevo angeológico (entre o endeusamento e a demonologia ou, naquele maniqueísmo do bem e do mal em que oscilamos, aquando os nossos meninos e meninas se escarrapacham por entre sedutoras e fatais provações de vida sobre toxicodependências ou adições). E a tudo suportamos e, comportamos, numa resiliência extrema que só Deus sabe, com um estoicismo de matar à paulada, de calar à dentada ou sequer de sofrer em silêncio, porque já nada nem ninguém nos ouve nessa dor dilacerada, magoada no tempo e na distância do que desejámos para eles - para os nossos meninos e meninas - desta desenfreada e inclemente vida de Anjos e Demónios em que estamos inseridos. E a tudo acorremos, de braços abertos ou fechados, de coração aberto ou cerrado, mas não desistimos; não... quando se é Mãe e se sabe sê-lo sem fugas para a frente...
Meu Deus, como dizer o que é ser Mãe...? Como explicá-lo... como ensiná-lo ou como designá-lo ante tanta displásica situação vivida por que uma mãe passa??? Não o sei nem o quereria aqui fazê-lo. É muito difícil e de uma complexidade tal que jamais alguém o poderá esmiuçar ou esmifrar.
Ser Mãe é ser um farol (que nunca avaria) sempre alerta; no melhor e no pior, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza e, do nascimento à cova que, Deus (para quem é crente) ou o Universo, na melhor das hipóteses, nos concede. E que nunca nos dá descanso. Ou sossego, de darmos por finda a nossa tarefa, a nossa missão na Terra de ser humano que somos em género feminino como agora se diz.
Ser Mãe é ser Tudo! Tudo mesmo! Até o ser bruta, estúpida e por vezes muito intolerante. Só não maltratante; isso não! Ser Mãe, é ser assim uma espécie de saco de boxe mas também o contrário, o oposto disso, sentindo que temos sempre um colo ou um ombro para chorar e receber as fragilidades, as deformidades ou apenas as «cataclísmicas» consequências do normal processo de desenvolvimento e acompanhamento desse seu crescimento. E choramos com eles e elas; e amamos com eles e elas (em versão dupla e intensa do que nos é devido) pois tanto os entendemos, quando entendemos, ou somente nos enganamos, tentando que eles e elas nos aceitem - no fundo, como também nós somos (Mães) apenas mães, com todos os nossos defeitos também...
Ser Mãe, meus caros, não sendo de todo fácil como já disse, é talvez a mais bela obra missionária, peregrina ou subtil que há no mundo em não cobrança (pelo menos assim deve ser...) em espaço-tempo do que nos é permitido auferir e conduzir na vida em espinhoso - mas identicamente maravilhoso - caminho de mães e filhos. Ainda hoje procuro saber, procuro descobrir ou desvendar (por atalhos ou caminhos há muito descobertos ou por outros ainda desconhecidos) o que é de facto ser-se Mãe, pois tanto há ainda por desbravar nesse percurso. Falhamos, erramos muito, mas com a certeza porém, de estarmos a fazer ou a buscar o nosso melhor para com quem demos a vida, trouxemos ao mundo e fizemos ver a luz do dia. Não somos perfeitas nem o queremos ser, somos apenas Mães. Só isso. E tanto que isso já é...!
Um Muito Feliz Dia da Mãe para todas as Mães do Mundo! Na Terra e fora dela... pois que haverá mães por todo este Cosmos que, paralela e similarmente, se nos compreenderá ou aceitará sem fazer julgamentos ou punição de maior - num Universo que expeliu o que é ser-se Mãe. E como isso é bom... sentirmos que tudo valeu a pena quando a alma não é pequena como diz o poeta. E Vivam as Mães da Terra! E Vivam as Mães do Universo, pois que acredito que hoje é mesmo o seu universal dia...! Sejam então felizes Mães de todas as Galáxias, de todas as Estrelas e, de todos os Universos, que hoje, só hoje, é o vosso dia. O meu também. Um dia muito feliz!
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