Há almas eternas, outras imortais e talvez até mesmo outras confortavelmente emanentes sobre o Universo; cabe-nos a nós descobrir quais as que nós somos, por outras que andam por aí...
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sábado, 16 de junho de 2018
sexta-feira, 15 de junho de 2018
quinta-feira, 14 de junho de 2018
quarta-feira, 13 de junho de 2018
terça-feira, 12 de junho de 2018
A Esperança de Vida em Marte
Apetece dizer: «All aboard to Mars!» ou somente, que há «A Esperança de Vida em Marte» como num breve ou apelativo título do qual todos somos parte interessada; ou na ressalva - integramente activa mas ansiosa - sobre os futuros destinos interplanetários a que o Homem se propôs e, incentivou, libertando conhecimentos até aqui irreconhecíveis ou apenas tangíveis na imaginação científica de alguns.
Mais perto de haver vida, para além da matéria orgânica que agora se detectou, estamos perante uma das mais fabulosas descobertas da adorável Curiosity Rover, da NASA e do Centro Goddard de Voos Espaciais, que novamente nos surpreendeu após cinco longos anos de silêncio...
Vida em Marte?!
Temos de ser verdadeiros. Em 2014 já a Curiosity Rover nos tinha dado um ar da sua graça tecnológica aquando fez as primeiras descobertas sobre vestígios (ainda que mínimos) de matéria orgânica. A ela devemos a sua veemente perseguição - e por certo solidão na prospecção geológica - sobre tão intenso deserto sem vivalma por perto.
Dois anos após a sua entrada em Marte (2012), este poderoso veículo robótico de tanta apetência e igual persistência por terras marcianas, e que nos induz já numa certa ternura por si, veio revelar agora e em pleno mês de Junho de 2018, o que poderá vir a ser conotado como um dos factores primordiais - a nível molecular - sobre a existência de vida em Marte.
Os Sinais de Actividade Biológica agora detectados sobre a Superfície de Marte (a 5 centímetros desta, ou da sua profundidade na base do Monte Sharp dentro da cratera Gale, considerado agora pelos cientistas como um antigo ou ancestral lago), vem dar assim um maior empurrão na esperança de se encontrar vida sobre este planeta vermelho.
E isto, baseado nas amostras de material orgânico recolhido pela Curiosity em rochas antigas (Lamito ou «Mudstone», ou seja, sedimentos geológicos que se formam através de pequenas partículas de argila muito refinadas, depositadas na água) com aproximadamente 3500 milhões de anos.
A Sonda Curiosity teve a ajuda preciosa do SAM ou «Sample Analysis at Mars», um instrumento que analisa as amostras de e em Marte, depois da Curisoity ter perfurado a pedra (até alcançar uma camada que tinha aproximadamente esses tais 3,5 biliões de anos), resultando numa poeira.
Diligentemente o SAM aqueceu depois esta amostra a 500ºC, iniciando então o estudo sobre cada uma destas moléculas de gás que foram surgindo - ou se volatilizaram devido ao calor havido.
Segundo o que os cientistas determinaram, os actuais resultados contêm 100 vezes mais concentração de Carbono Orgânico do que as amostras de solo que ficam na superfície do planeta.
(Parabéns então à Curiosity pela sua tão abnegada função e, ao SAM, pela sua não menos aferição sobre o que executou nas amostras de Marte. Estamos no bom caminho, portanto!)
(Imagem da NASA/MRO): A Impressionante geografia de Marte. Desde 2005 que a NASA recebe estas fantásticas imagens captadas pela sonda Mars Reconnaissence Orbiter, no que foi investigando entretanto sobre alguns processos que sucediam na superfície de Marte, como jactos de gelo seco nas regiões polares e novos eventos de impacto.
Por exemplo: Na Cratera Gale, os cientistas encontraram restos minerais que então sustentaram a ideia de que Marte já possuiu água subterrânea. Segundo um estudo realizado após esta descoberta, concluiu-se de que a água se teria possivelmente evaporado, formando subsequentemente esses minerais ricos em Silício.
A Vida Cósmica
O Conhecimento da Composição dos Planetas ajuda os cientistas a possuírem uma percepção mais exacta - ou mais correspondente - sobre a compreensão de como eles evoluem.
Os Elementos Químicos são assim, os ingredientes fundamentais para se entender toda (ou parte dela) da existência do Universo. Todos os cientistas são unânimes em considerar de que, pela extrema simplicidade e abundância dos átomos de hidrogénio no cosmos, os restantes elementos ter-se-ão formado primordialmente a partir de Átomos de Hidrogénio que foram criados no decurso do tão famoso Big Bang.
Foi então que acrescentaram ao nosso conhecimento geral, de que, Tudo à Nossa Volta é Feito de Combinações de Elementos Químicos - substâncias que consistem apenas num tipo de átomos e que não podem ser decompostas em nada mais simples.
Em virtude de os átomos serem as unidades mais simples de um Elemento Químico que retêm as características de um elemento, constituem assim as unidades de construção de tudo o que existe - no que a Química abarca todos os aspectos da nossa existência.
É reconhecido então que - Muitos Elementos Químicos - se associam para formar moléculas. Entre elas, contam-se as moléculas muito móveis que se denominam por voláteis. A água, o dióxido de carbono e o dióxido de enxofre, sendo voláteis importantes também se encontram sobre Marte.
Em particular o CO2 (95,32%) e água em pequenas quantidades, exceptuando a dos pólos pelo que se presume actualmente na existência de possíveis grandes concentrações de água gelada.
Estas Moléculas Voláteis tendem a constituir gases estáveis a temperaturas bastante baixas (menos de 300ºC). Outras combinações de elementos produzem minerais como aqueles que compõem as rochas, a maioria dos quais são silicatos. Tendem a solidificar a temperaturas bastante elevadas (450-1200ºC).
Há ainda a registar que - As Calotes Polares de Marte - variam de tamanho consoante as estações;e praticamente desaparecem no Verão marciano. É reconhecido hoje pelos cientistas de que, os Efeitos da Precessão em Marte, são muito mais significativos e podem provocar variações climáticas importantes.
No Passado, ou naquele ancestral tempo de há milhares de milhões de anos, este planeta vermelho gozava de um clima muito mais ameno durante o qual havia cursos de água e mares. A Precessão, segundo os cientistas, explica essa alteração havida. Ou outros factores que entretanto vão sendo descobertos pelos especialistas.
(Foto da NASA/JPL/-Caltech): A Magnífica Curiosity Rover na superfície marciana desvendando grande parte dos mistérios de Marte. Além da complexa matéria orgânica agora descoberta, a Curiosity revelou-nos também as provas de variações sazonais nas emissões de Metano, indicando que a fonte desse gás (muitas vezes um sinal de actividade biológica), exultam do próprio planeta.
Sabe-se que - o Metano ou CH4 - pode ser armazenado em camadas de gelo sob a superfície; daí poder estar no subsolo marciano. Poderá haver um imenso reservatório, mesmo que sob uma forma mais simplificada e metanogénica de vida. Investigar as origens deste «Misterioso Metano» é urgente (em princípio a partir de 2020, nas próximas missões da NASA/Space X)
E que, além disso, possui padrões cíclicos e consistentes na atmosfera de Marte; a sua presença aumenta durante o Verão (cerca de 20 graus Celsius ou pouco mais no equador), atingindo os 140 graus negativos no Inverno em declínio acentuado. Por enquanto, Marte ainda não está preparado para nós, humanos, ou nós para ele, acredita-se. Mas vamos dar luta científica: «Em Busca do Metano Perdido»...
"É um avanço significativo, pois indica-nos que o Material Orgânico é preservado em ambientes de Marte que nos desafiam." (Afirmação de Jennifer Eigenbrode, a prestigiada cientista da NASA que ainda nos refere em jeito explicativo: "A descoberta desta matéria complexa pode permitir encontrar algo mais bem preservado que contenha uma assinatura da vida.")
O «Lago Azul» - invisível hoje - mas que já existiu sobre Marte. Próximo à Cratera Gale (local onde a sonda Curosity aterrou por meados de 2012), a surpresa não se fez rogada, anunciando-se aos cientistas da existência de um lago com capacidade para abrigar vida no passado. A formação tem aproximadamente 150 quilómetros de diâmetro, tendo surgido após o impacto de um asteróide há pelo menos 3,5 biliões de anos. Segundo a NASA, a sonda Curiosity encontrou à época amostras de rochas sedimentares que indicam que o lago existiu nesta cratera por dezenas ou mesmo centenas de milhares de anos.
De baixo nível de salinidade - e um PH relativamente neutro - exibia elementos-chave em termos biológicos como Carbono, Hidrogénio, Enxofre, Nitrogénio e Enxofre. Para os cientistas, a presença destes elementos terá criado o lago perfeito para abrigar vida numa variada gama de micro-organismos procariontes (organismos maioritariamente unicelulares e que não têm material genético delimitado por membrana)
A Complexa Matéria Orgânica
Todos temos conhecimento de que as condições necessárias para a vida tal como existe na Terra terão de possuir: A Ausência de Hidrogénio livre na Atmosfera, Água com abundância, e a presença de Hidrocarbonetos; além do que se supõe o planeta que queira albergar vida ter de estar suficientemente protegido da Radiação Solar nociva para que a vida possa surgir. Em Marte seria igual.
Sabendo-se que os cientistas não estão ainda hoje completamente de acordo quanto às origens da vida na Terra, o mesmo se passa com Marte. Algumas experiências demonstraram que Moléculas Complexas - incluindo Aminoácidos e Ácidos Gordos - podiam ter sido construídas a partir dos gases que se encontravam na Atmosfera primitiva, através de reacções activadas pela energia eléctrica cósmica.
Registe-se ainda que - a Guanina e a Timina (duas das 4 bases do ADN) - naquela que é considerada como a molécula que se encontra em todos os seres vivos que codifica as instruções para a Replicação e para a Criação de um pequeno número de Aminoácidos (incluindo o Ácido Glutâmico, que se pode combinar em moléculas complexas que formam as estruturas dos organismos vivos) são as sustentáveis bases da vida.
Segundo a NASA - referente a este recente estudo sobre a Matéria Orgânica descoberta em Marte - estas moléculas contêm Carbono e Hidrogénio, podendo inclusive haver a presença de Oxigénio, Nitrogénio e outros elementos que geralmente estão relacionados com a presença de vida.
A Agência Espacial Norte-Americana ressalta também de que, é muito possível que tenham sido criadas por outros processos que não são biológicos - ou seja, não-indicativos de vida.
Mas há quem tenha a maior esperança do mundo sobre esta descoberta. Segundo o cientista da NASA, Ken Williford em comunicado de imprensa:
"A descoberta realizada agora em Marte, é consistente com uma presença de biologia no passado", realçando também o acervo agora mais alargado e estabelecido sobre esta matéria orgânica marciana, na concebível e mais palpável esperança de ter havido vida num passado distante no planeta vermelho.
Entretanto existe igualmente a parte oponente de outros cientistas que, mesmo não crucificando esta descoberta (até pela circunstância de estarem envolvidos nela, segundo o estudo publicado na revista «Science»), se tornam talvez mais realistas afirmando:
"Este estudo mostra em detalhe a descoberta de Compostos Orgânicos Complexos - e distintos - no sedimento. Isto não significa que haja vida, mas os compostos orgânicos são os blocos de construção da vida." (Afirmação de Sanjeev Gupta, professor de Ciências da Terra no Imperial College de Londres, no Reino Unido, e também co-autor de um dos trabalhos agora realizados.)
(Imagem da NASA/MRO): A surpreendente beleza marciana! Na região noroeste de Marte, a MRO recolheu estas maravilhosas imagens sobre Nili Fossae, conhecido como um dos locais mais belos e mais coloridos do planeta que designamos por vermelho. Diferentes minerais são mostrados sobre a superfície marciana (Carbonato e Óxido de Ferro) que dão cor à crosta. Uma parte da Nili Fossae contém uma fissura enorme conhecida por «Nili Fossae Trough» Esta contém um depósito maciço de minerais de argila que contêm água e assim preservam os materiais orgânicos. Quem disse que Marte era estéril???
A Esperança nunca morre!
Tal como num velho provérbio português citado «A Esperança é a última que morre!»; ou seja, quase nunca morre, pelo menos, enquanto houver uma argumentação científica forte para tal se debater e fazer acreditar, no que os cientistas também resumem e sobre si afiançam do que vão entretanto descobrindo. E acreditando.
"Com essas novas descobertas, Marte está a dizer-nos para permanecer nesse caminho e continuar a procurar por uma evidência de vida. Estou confiante de que as nossas missões actuais (de agora) e de futuro, vão realizar descobertas ainda mais incríveis no planeta vermelho." (Afirmação e divulgação de Thomas Zurbuchen, investigador envolvido na Direcção de Missões Científicas, da NASA.
Jennifer (ou Jen) Eigenbrode - cientista/astrobióloga do Centro de Voo Espacial Goddard, da NASA - complementa este estudo dizendo taxativamente: "Seja um registo de vida antiga, alimento para vida - ou a ausência dela - a matéria orgânica encontrada em Marte dá pistas sobre os processos e mesmo sobre as condições químicas sobre o planeta."
Sendo esta descoberta o mais essencial passo da Humanidade em busca de vida - neste caso sobre Marte - os cientistas arrogam-se no direito de estar esperançosos, mesmo com altos e baixos em entusiasmo relativizado pelo tanto que ainda se desconhece sobre o planeta vermelho.
Futuramente existe a convicção, percepção e talvez mesmo a concepção generalizadas no meio de grande parte da comunidade científica que estuda Marte - e do que recentemente estas sublimes imagens nos mostram - de que, estas amostras sobre outras que se conheçam de futuro em novas descobertas, nos digam igualmente de que já houve vida sobre este planeta.
(Imagem da NASA/MRO): Outra magnífica imagem de Marte, da sua ainda enigmática superfície.
Material orgânico encontrado na argila da superfície marciana, estimula os cientistas na procura de vida passada sobre este planeta vermelho.
Cientistas da NASA acreditam que estas regiões, estes locais agora registados sobre Marte, poderão ter concebido vida há muitos milhões de anos, no que serão futuramente explorados (a breve prazo) em profusão de um maior conhecimento humano sobre este planeta vizinho. Não só a Curiosity nos merece os nossos parabéns, como também esta fabulosa Mars Reconnaissence Orbiter em reconhecida prestação e mérito de tão belas imagens obtidas.
O Futuro é azul, tão azul quanto a água dos mares encontrados!
A breve prazo a contenda científica não ficará de braços cruzados, acredito. Como acredito que a água será a fonte maior de vida em H2O miraculosa, nesta quase mágica fórmula química (além a do carbono nos elementos essenciais à vida) que tudo regem na Terra; e oxalá, em Marte também. No Passado ou no Presente, os cientistas estão optimistas.
O Estímulo é imenso! Acordados para esta nova realidade, os cientistas têm buscado respostas a cada dia mais passíveis e, presumivelmente mais construtivas, de se obterem também mais conclusões sobre o passado distante - e distinto! - de Marte. A sonda MRO foi prova disso. E agora todos o testemunhamos na Terra.
Seja na região de Nili Fossae (onde haverá certamente matéria orgânica de grande relevo sobre a argila), seja na região de Aram Chaos - as evidências são muitas. E que, tal como na Cratera Gale, também possui minerais (Hematita ou Hematite, ou ainda na designação de Óxido de Ferro/Óxido Férrico, de fórmula química Fe2O3, que emula uma cor vermelho-sangue, cinza-metálico ou mesmo de cor preta). Todas estas relevâncias indicam um ecossistema aquoso, das quais os investigadores acordam que já houve água, já houve possivelmente vida sobre Marte.
Ou sobre as Crateras e Encostas em Melas Chasma, no que em 2009 a sonda MRO da NASA evocou em extraordinárias imagens revelando Óxidos de Ferro, Enxofre, e sulfatos hidratados no seu canyon. Em particular neste último caso mineral (dos sulfatos hidratados), pelo que os cientistas advogam com toda a certeza tratar-se da mais clara evidência de que este local já deteve água em abundância no seu passado.
Uma depressão no noroeste da Cratera Nicholson - que fica localizada perto da linha do equador marciano - revela também aos cientistas de que essa arredondada montanha de características incomuns pode ter estado rodeada de água nos tempos passados.
Esta referência é registada pelos especialistas, pelo que esta cratera marciana apresenta em seu seio mostrando-se coesa ou cheia de canais formados pelo vento (ou pela água), sendo uma das mais impressionantes visões (observando-se o seu pico no centro em elevação de 3,5 quilómetros acima do chão da cratera), o que leva então os entendidos a dizerem com alguma reverência de que a Cratera Nicholson pode ter estado imersa em água efectivamente.
Em torno desta Esperança de Vida em Marte, em torno de tudo o que ela nos transporta de sua mais equilibrada e próxima revelação quanto ao seu passado geográfico e ambiental há aproximadamente três mil e quinhentos milhões de anos (ou há 3,5 biliões de anos, numa datação ainda não totalmente exacta que oscila entre os 3 e os 3,5 mil milhões de anos), reconhece-se poder ter existido Água Líquida em Marte.
E, em que os lagos marcianos, seriam porventura um manancial de grande biodiversidade planetária, cheios de matéria orgânica, cheios de vida portanto.
Marte possuía um extraordinário Campo Magnético (tal como na Terra). E que protegia a sua Atmosfera. E não (em início primordial na Terra) de Azoto e Dióxido de Carbono e todo o vapor de água - na decomposição rápida e factual em hidrogénio e oxigénio pela acção da radiação solar - de que agora se reveste; e na Terra se invectivou nos primórdios da História da Terra.
(Foto da NASA/GSFC) Marte: um planeta tão azul como a Terra. Será possível? Os cientistas dizem que sim. A NASA afirma que houve um oceano em Marte tão extenso quanto o Árctico. O Planeta Vermelho perdeu então 87% da sua água, no Espaço. Neste estudo de 2015, a NASA utilizou o telescópio infravermelho Keck 2, localizado no Havai (EUA) e o poderoso telescópio europeu ESO, no Chile, na América do Sul, por onde os cientistas puderam fazer a distinção entre a constituição química da água nos dois oceanos.
"O nosso estudo estima que havia uma alta concentração de água em Marte, ao determinar as quantidades perdidas no Espaço." (Afirmação de Gerónimo Villanueva, um dos autores de um estudo publicado em 2015 pela revista científica «Science», do que o envolveu como investigador também no Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA, em Greenbelt, nos EUA)
Uma História comum a ambos os Planetas: Terra e Marte!
Apesar da Terra Primitiva não ter possuído uma grande quantidade de Metano (CH4), o pouco que existia deve ter dado origem a moléculas de hidrocarbonetos. Havendo a probabilidade da existência de pequenas quantidades de compostos Metal-Carbono (carbonetos), embora não sendo abundantes no planeta Terra, a sua presença foi sugerida pelo facto de, esses compostos, se encontrarem nos Meteoritos.
E, por conseguinte, quando os Carbonetos reagiam com a Água formavam Hidrocarbonetos. Daí que em Marte essa realidade possa também estar subjacente, ainda que evaporada ou escondida em subterrâneos freáticos gelados (nos pólos e fora deles), naquelas crateras que já foram lagos, já foram grandes mares imersos de vida.
Quando Marte ainda era húmido, a existência de água neste planeta formava um oceano que cobria a metade do Hemisfério Norte do planeta vermelho, onde atingia até 1,6 de quilómetros de profundidade.
Dada a Formação Geológica em Marte, os cientistas consideram que talvez este se tenha estendido até cerca de 19% da superfície deste planeta vermelho. Por comparação com a Terra, há a observar que o Oceano Atlântico ocupa 17% do nosso planeta.
Tempestades Solares, Electromagnéticas, invasão meteorítica imensa ou mesmo em Mega-Meteoro, deflagração de Cometa destruidor ou outras semelhantes perturbações cósmicas vindas do seu exterior (não estando de parte a hipótese deste planeta ter sofrido uma guerra nuclear invasiva por parte de outras civilizações), poderão ter matado este planeta que também já foi belo, tão belo quanto a Terra. E agora, desértico, gelado e seco, parece fenecer a nossos olhos...
Só nos resta esperar que um dia, Marte, se possa revigorar. E que a sua temperatura fique amena, fique parecida à da Terra. Se pudéssemos «exportar» os gases com efeito de estufa, os gases que hoje nos são nocivos na Terra mas essenciais à vida em Marte, talvez houvesse a ressurreição deste vermelho planeta que já foi tão azul (muito provavelmente) como o nosso.
Talvez que o Aquecimento Global Terrestre tão prejudicial para a vida na Terra, fosse uma espécie de bênção para Marte. Eclodi-lo aí, é que seria um dos maiores feitos do Homem, se para tal, outros seres viventes do cosmos nos deixassem fabricá-lo. Por enquanto, vamos esperando que os cientistas não esmoreçam e possam, finalmente, encontrar a solução ideal para que Marte floresça em planeta triunfal.
Até lá só nos resta esperar que «A Esperança de Vida em Marte» não nos morra, a todos nós - expert cientistas - mas também em cidadãos comuns envolvidos, pois que um planeta se não recupera só pelos homens da Ciência mas por todos aqueles que um dia podem ter indefectivelmente de buscar uma nova terra, um novo mar, e um novo sonho planetário por continuar...
Até lá, continuaremos a sonhar com um planeta azul que hoje se diz vermelho e foi tão mártir quanto infeliz de se ver perder vidas biológicas por todo o seu manto marciano sem esperança alguma de algo ou alguém que o tivesse ido salvar. Estará a Terra em vias desse mesmo destino???
Só os Deuses o saberão... Só aos Deuses a verdade caberá sobre Marte, sobre a sua morte planetária, sobre o seu derradeiro fim - orando Eles (acredito eu) - na esperança de que nada volte a suceder - identicamente - em total desapego, em total desesperança...
sábado, 9 de junho de 2018
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Guerra ao Plástico!
A Ilha do Lixo. A Ilha de Plástico. A Ilha da Vergonha de todos nós! Qualquer que seja o nome dado a esta imensa e necrófila ilha de todos os despojos, de todos os excrementos em que o plástico é rei e senhor, além de comendador sobre a morte que causa sobre peixes e aves, é a ilha do rosto humano, da sua não-consciência e da sua contínua ignomínia sobre o planeta que o viu nascer e tudo conspurcar à sua volta.
"O Planeta não é infinito e não tem uma capacidade de suportar as nossas pressões infinitamente; já está a dar sinais de alarme em alguns aspectos, e essas coisas que fazemos ao planeta, destrói a economia." (declaração à agência Lusa, da investigadora portuguesa Isabel Domingos da Universidade de Lisboa, Portugal)
- A Ilha da Vergonha! -
Esta ilha no Oceano Pacífico (que já tem quase três vezes o tamanho de França) e se intitula «Great Pacific Garbage Patch», situada entre o Havai e o Estado da Califórnia (EUA), é o espelho da imundície humana que, criada e exacerbada em ilha, se tornará a curto prazo na futura metástase que se disseminará por todo o planeta.
E o mundo assiste, gritando impropérios contra o plástico, diabolizando-o a cada dia que passa (emotivamente em dias comemorativos sobre os oceanos) mas nada fazendo sem ser através da já habitual retórica ambientalista - mas pouco realista - com o tanto que há por fazer...
Na revista Scientifics Reports foram divulgados os dados (em 2018) sobre o mapeamento/estudo desta ilha do Pacífico que se realizou durante três longos anos, tendo sido conduzido por uma equipa internacional de cientistas filiados à «The Ocean Cleanup Foundation» e, à conjunta colaboração de seis universidades e uma empresa de sensores aéreos.
O que se descobriu foi aterrador: Mais do que uma vergonha mundial, a certeza de se estar perante um dos maiores crimes ambientais de que há história de há 50 anos para cá, desde os anos 70 do século passado. A conclusão não deixou ninguém indiferente:
1,8 triliões de peças de plástico (pesando 80 mil toneladas) estão actualmente à deriva na área - o que, segundo os especialistas, equivale ao peso de 500 aeronaves Boeing 747. Uma calamidade!
Albatroz morto por ingestão de lixo plástico. Uma imagem arrepiante (Foto do cineasta e fotógrafo norte-americano Chris Jordan, na ilha do Pacífico de Midway Island). Uma foto que nos é um murro no estômago, nesse mesmo estômago ou similar órgão anatómico desta infeliz ave que pereceu - como se observa na imagem - carregada de plásticos criados pelo Homem. Hoje foi esta ave, amanhã seremos todos nós.
Depósitos Flutuantes de Plástico
É reconhecido por todos a fantasmagórica visão do entulho, a indissociável observação que todos fazemos sobre a urgência de se criarem medidas eficazes que não matem o planeta, que o não sufoquem, que o não extravasem do nosso lixo humano; em particular, os tão nocivos plásticos que, a não haver reciclagem e uma maior consciência sobre o aumento desmesurado que deles se faz, o planeta em breve se revoltará.
(Aliás, como parece estar já a suceder com a pronunciada actividade vulcânica no Havai sobre o Kilauea, e na Guatemala sobre o Fuego ou vulcão de Fogo, em erupção e possivelmente explosão telúrica do tanto mal que esta civilização terrestre lhe faz. Mesmo que não haja interligação científica, haverá pelo menos a certeza de que algo tem mesmo de mudar!)
Na «Ilha do Lixo» ou «Ilha do Plástico», como por vezes é chamada, a realidade supera todas as nossas piores expectativas: Este flutuante depósito de lixo plástico, que mede 1,6 milhões de metros quadrados (quase 3 vezes o tamanho da República Francesa, na Europa), possui em si um inacreditável montante de plásticos que ultrapassa em larga escala o inimaginável.
(1,2 milhões de amostras de plástico foi «apenas», o que esta equipa internacional detectou em 300 quilómetros quadrados da superfície do oceano e no estudo por ela apresentado sobre essa pequena parte oceânica), sendo os maiores detritos estimados em 92%, e apenas 8% de massa de detritos formada por microplásticos - definidos como peças menores que 5 milímetros de tamanho.
O imenso aglomerado de centenas de milhares de toneladas de detritos plásticos neste oceano tem feito mudar consciências por outras que nem tanto. Vários corpos de aves em decomposição são por vezes captadas, observando-se o irrefutável atentado ambiental sobre a fauna existente nesses mares, nesses oceanos que não se limitam ou restringem ao Pacífico.
Sabe-se que, a Poluição Plástica, é a grande responsável pela morte de milhares ou mesmo milhões de albatrozes e outras aves. Mas, em Midway Island onde esta imagem foi registada por Chris Jordan - ilha esta que fica a 3,2 mil quilómetros do continente mais próximo (a oeste dos Estados Unidos) - a realidade está à vista.
Os Plásticos chegam a esta ilha pelas correntes marítimas, sendo a mais que evidente consequência da irresponsabilidade humana na má gestão de resíduos que faz, assim como na banalização sobre os mesmos sem se preocupar com o futuro extermínio das espécies.
A População de Albatrozes em risco de extermínio. No Reino Unido, a consciência ambiental falou mais alto: Anunciou recentemente uma aliança internacional com diversos países com o objectivo comum de se combater a Poluição Plástica. Para muito contribuiu o documentário videográfico de Chris Jordan que se não absteve de focar as exorbitantes quantidades de plástico que estas populações de aves se vêem envolvidas e, o impacto que esse lixo, esses resíduos plásticos, lhes provocam na continuação da espécie; neste caso Albatrozes e suas crias.
"Qualquer pai ou mãe albatroz quer sustentar o seu bebé, a sua cria, e por esse facto, os albatrozes chegam a ir longe para alimentar os seus filhos. Mas eles estão a alimentá-los com plástico tóxico e afiado, porque eles o confundem com as lulas ou chocos multicolores perto da superfície do oceano. É horrível!" (A impressionante afirmação de Rebecca Hosking para a BBC, na sua visita ao atol)
O The Daily Mail (Reino Unido) divulgou então em relato exemplificativo do que Chris Jordan captou sobre a lha, referenciando alguns dos tipos de plásticos encontrados: Escovas de dentes, isqueiros, brinquedos, garrafas de cerveja, e todo um absurdo acervo de objectos mundanos utilizados pelo ser humano sem contenção ou sequência ambiental de reutilização, fazendo assim desta ilha um cemitério de detritos e albatrozes mortos.
Desde Setembro de 2009 que Jordan assim o denunciou nas imagens que foram gravadas para o seu documentário «Albatross». Relatou então de forma directa mas certamente triste pelo que então constatou, lamentando o alto consumo de plástico por parte do ser humano:
"O Plástico dura para sempre no que todos nós deitamos fora por um único uso ou utilização. Não é tão simples inspirar indivíduos a fazer pequenas mudanças. Temos que reconhecer que os indivíduos (por si só) não podem fazer a diferença. Quando 100 milhões de pessoas resolvem fazer algo de diferente, é quando as mudanças reais acontecem."
Com a Esperança no Olhar - Chris Jordan - espera que haja o incentivo global na substituição do Plástico por outros recursos/hábitos pessoais - mas generalizados à escala planetária - no consumo humano. O Reino Unido está motivado nesse sentido, acrescenta-se.
Existe agora o melhoramento em Gestão de Resíduos, Investigação Científica e efectiva redução no uso dos utensílios de plástico, num planeamento futuro que visará diminuir o Impacto Humano na vida de animais ou aves tais como os Albatrozes, entre outras inúmeras espécies que sofrem com o Lixo Plástico.
Em Portugal, também há muito que se começou a ter uma maior consciência ambiental, ainda que persistam alguns erros, algumas anomalias de origem antropológica que a todos afectam.
A Redução dos Plásticos nos supermercados (substituídos por outros de menor impacto ambiental), a reciclagem/reutilização dos produtos, em particular a dos plásticos (mas também de papel, cartão, matéria orgânica, óleos e pilhas), assim como a limpeza dos mares, são fomentados e incentivados através da informação pública aos consumidores e população em geral.
No caso do lixo que dá à costa, as campanhas têm sido numerosas e a participação audaz; em alguns casos. Ou seja, na contribuição das populações quanto à recolha de resíduos na orla costeira marítima portuguesa (em recolha de resíduos nocivos, de plásticos e não só), assim como toda e qualquer acção ou evento reportados em informação pública - mobilizando a população no sentido de adquirir novos hábitos e novas consciências, contribuindo assim para esta causa do não-desperdício ou mesmo reciclagem do que utiliza.
São as medidas até agora implementadas num projecto de utilização sustentável que não danifique tanto os nossos mares, os nossos oceanos. Consegui-lo, isso já é uma outra história...
Um Caranguejo na Ilha de Andersen (situada entre o Chile e a Nova Zelândia). Um caranguejo muito especial: converteu o seu habitat até aí natural numa tampa de plástico azul que, por ser um «T0», apenas deu para enfiar parte de si. Se sufoca ou não, é algo que já não sabemos mas, impressionante e perturbavelmente registamos, como um dos muitos ciclos anómalos desta e de outras espécies que acabam por se adaptar a tão tóxico revestimento.
"A quantidade de plástico é verdadeiramente alarmante!" (Afirmação de Jennifer Lavers da Universidade da Tasmânia, na Austrália, à The Associated Press, sobre um estudo do qual foi autora num grupo de cientistas que juntou investigadores britânicos e australianos no alerta mundial para que o ser humano possa repensar o seu relacionamento com o plástico)
Outras Ilhas de Plástico
Na Ilha de Andersen - pertencente ao grupo das ilhas Pitcair do território britânico - a realidade produz-se fatidicamente igual à de tantas outras na autenticidade de detritos em que se envolve. Neste caso, 38 milhões de detritos, muito deles tóxicos!
Esta ilha que se encontra desabitada de qualquer alma humana - e que tem cerca de 37 quilómetros de área, possui exactamente o número de 37,7 milhões de detritos, segundo o divulgou a revista científica «Proceedings of the National Academy of Sciences».
Ficando no caminho de uma corrente marítima - o que faz com que receba os lixos dos navios que vêm da costa oeste da América do Sul - a quantidade de lixo e de resíduos tóxicos é tanta que os cientistas admitem a continuar-se assim, o mundo marinho acabará de vez.
Note-se que, Uma Garrafa de Plástico, demora uma média de 450 anos a degradar-se. Uma «simples» linha de pesca tem a durabilidade de 800 anos; um saco de plástico entre 20 a 1000 anos a desaparecer por completo. E uma garrafa de vidro ultrapassa um milhão.
Tal como o incauto caranguejo que se vê na foto acima referida, talvez todos nós e em breve, estejamos a sufocar dentro de um habitat que moldámos, transformámos e até incentivámos a criar neste planeta como a oitava maravilha no mérito da utilização dos plásticos e outros materiais igualmente nocivos.
Cientificamente, foram-nos de grande utilidade. Conscientemente, ser-nos-ão em futuro próximo a nossa mortalha, a nada se fazer em oposição a tudo o que já se falou.
Reciclagem: uma via mas não a solução. Por enquanto, a reciclagem, é apenas uma das muitas vias na contenção/diminuição dos excedentes plásticos que utilizamos e deitamos fora. Medidas urgentes estão a ser agora implementadas pelos diversos países do mundo nesta contenda que nos empesta os mares - mas também os solos já de si tão martirizados nos desperdícios plásticos (mais de 85% no total) que são actualmente enterrados em aterros ou queimados. A indústria transformadora tenta dar uma ajuda mas não chega.
Reciclar: a via mas não a solução
O enorme volume de lixos plásticos coloca um grande problema a toda a nossa comunidade global no que fazer com eles. Como o descartar, como o fazer desaparecer como num passo de mágica que não possuímos nem encontrámos ainda, por muito que a reciclagem seja um meio para atingir um fim.
Por outros que entretanto vêm a público mostrar que se pode manipular e até converter estes noutros utensílios. No entanto, também estes são por si um obstáculo, já que acabam invariavelmente por nos vir a soçobrar sem que haja uma solução para a sua completa eliminação.
Queimar ou incinerar os plásticos traz algumas vantagens porque, os Lixos do Plástico, contêm sensivelmente a mesma quantidade de energia que o Petróleo, a partir do qual é produzido, sendo que essa energia pode ser reutilizada. No entanto, a combustão tem de ser cuidadosamente controlada para evitar a libertação de poluentes tóxicos como as Dioxinas.
Os Plásticos Degradáveis - que se decompõem em moléculas mais pequenas após o seu uso - constituem um método possível de resolver o problema dos lixos. Outros pensam que a resposta está na Reciclagem dos Plásticos. No entanto, ao contrário do Papel e do Vidro, os lixos do plástico são difíceis de reciclar porque este não é uniforme - há muitos tipos diferentes de plástico em circulação.
As Misturas de Plástico tendem a ser bastante mais fracas que os plásticos individuais e, requerem assim, estabilizadores para evitar que se decomponham.
Todavia, alguns plásticos, como o Tereftalato (TPE), que se utiliza para fabricar garrafas, mostraram possuir boas potencialidades de reciclagem em fibra de Poliéster, que podia ser utilizada no forro das colchas, almofadas e casacos ou como guarnição para tapetes.
Existe assim um manancial de possibilidades nessa reutilização. Pode não ser a solução total, mas contribui em muito para a diminuição deste enorme mundo plástico em que vivemos.
O Processo de Reciclagem aqui instituído como normativa global em indústria transformadora de plástico. Sabe-se que, os plásticos misturados são sempre de difícil reciclagem, mas, por intermédio de scanners ópticos (ou mesmo escolhidos/seleccionados manualmente), eles podem ser reciclados; ainda que seja pela primeira via que a reciclagem se torna menos dispendiosa. Muitas comunidades e cidades do planeta possuem actualmente centros especiais de recolha e selecção destes plásticos para uma futura entrada no mercado em completa renovação.
Os Processos: Biodegradação e Fotodegradação
Reconhecem-se hoje dois processos (os principais) de degradar os plásticos para a sua decomposição - a Biodegradação e a Fotodegradação.
Os Plásticos Biodegradáveis (como o Poli-hidroxibutirato produzido com o nome comercial de «Biopol») são feitos com materiais que os microrganismos poderão degradar. Outros Plásticos Biodegradáveis incluem o Polímero Biológico Amido, numa matriz de polímero sintético como o Polietileno.
Quando se deita fora um plástico, os microrganismos digerem o Amido e deixam o esqueleto de um Polímero que se decompõe facilmente.
Os Plásticos Fotodegradáveis contêm moléculas cujas ligações se quebram quando o material é exposto à luz do Sol. Alguns Polímeros Fotodegradáveis incorporam uma unidade carbolino na cadeia do polímero, que absorve a energia dos fotões de luz. Quando se acumula energia suficiente para romper as ligações químicas - e a fractura da cadeia do polímero - o plástico é então degradado.
A Pirólise - o processo de decomposição pelo calor - pode ser utilizado para transformar Lixos Plásticos misturados nas suas moléculas constituintes, que podem ser reutilizadas.
A Pirólise efectua-se geralmente a temperaturas situadas entre os 400 graus e os 800 graus Celsius num reactor de leito fluidizado (ou seja, um leito de sólidos finamente divididos através dos quais se passa um gás ou um líquido).
Neste Tipo de Reactor, um gás é forçado a subir atravessando um leito de partículas sólidas.. Isto faz com que as partículas fluam de um modo semelhante a a um líquido e melhora a eficiência da transferência de energia entre o sólido e o gás.
Cerca de 50% dos gases produzidos pela Pirólise são reciclados de regresso à fábrica para fornecer e energia para o processo. Os gases restantes, a par dos Hidrocarbonetos Líquidos produzidos, podem ser separados numa coluna de fraccionamento.
A Maioria dos Produtos Resultantes da Pirólise dos Plásticos pode ser utilizada como combustível. Pode inclusive ser transformada em Monómeros para a produção de mais plásticos.
Um ciclo virtuoso, reconhece-se (ou nem tanto, uma vez que os problemas da sua degradação voltam a ser os mesmos) no que se tenta minimizar sobre o impacto ambiental da exaustiva fabricação tóxica dos plásticos a nível mundial.
Julho de 2017: uma baleia deu à costa numa das ilhas das Filipinas mostrando o mais óbvio horror impregnado de plástico, no que não estaria de todo na sua cadeia alimentar mas que, ingerido pelo que ao oceano vai parar, confunde os cetáceos. Tal como em 2017, há uma semana, a 2 de Junho de 2018, uma baleia acabou por morrer na Tailândia às mãos de quem a tentava socorrer. Esta, a actual realidade que deveria envergonhar a Humanidade, mas tal não acontece, infelizmente.
"As pessoas ficam chocadas com as imagens do plástico no Oceano e com os animais a morrerem por terem ingerido pequenas partículas de plástico, mas depois, no seu quotidiano, não alteram comportamentos." (disse à agência Lusa - em Junho de 2018 - Isabel Domingos, do Departamento de Biologia Animal da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (UL) e investigadora do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, em Portugal (UE).
Uma Maior Consciência
A investigadora da Universidade de Lisboa (Portugal), Isabel Domingos, esclarece-nos que, a Reciclagem, não resolve todos os problemas ambientais do Plástico, sendo necessário reduzir a sua utilização com uma - a cada dia maior - sensibilização dos consumidores; e regras, que levam à alteração de comportamentos e hábitos.
"Habituámos-nos a viver de uma forma que não é amiga do ambiente e no futuro vai trazer consequências, nomeadamente na saúde pública, e não é no futuro longínquo porque, a quantidade de plásticos nos oceanos já é enorme!" Mas diz mais:
"Não se trata somente de reduzir a quantidade de plástico libertado para o ambiente, mas também exigir que a sociedade actual não gire em torno do plástico. Enquanto consumidores, temos de modificar o comportamento para reduzir a quantidade de plásticos, mas este assunto tem de ser resolvido mais a montante. (...) Só se a reciclagem fosse 100% eficiente - e sabemos que está longe disso - é que poderíamos reduzir os danos." Sendo assertiva nas palavras, a investigadora Isabel Domingos continua:
"As Entidades Governamentais «têm de ser menos permissivas» e tem de haver regras. No entanto (admite em consciência), sei que as decisões políticas que afectem grandemente a economia não são fáceis. (...) O Plástico está disseminado por todas as actividades e não tem substituto."
Evidentemente que é necessário antes de mais, o Investimento na Investigação, sendo este decisivo no modo como vai apontar soluções sobre novos materiais e novas tecnologias, no que obviamente terá de haver um tempo de adaptação à mudança, no qual esta transição tem de ser feita.
A doutora Isabel Domingos reitera ainda que: "O tempo de transformação tem de ser adequado aos impactos que tem nas economias e, na sociedade, porque os efeitos sócio-económicos podem ser devastadores se forem regras muito radicais."
Pode ser, subscreve-se. No entanto, e apesar da Indústria estar já a começar a dar os primeiros passos nesse sentido (desperta que está agora para esta problemática e assim envolvida na procura de soluções, da abolição de micro-plásticos nos esfoliantes à substituição do plástico por algodão ou papel nos cotonetes), há a registar ainda uma enormidade de acontecimentos que chocam o mundo.
Tal como a existência destas já elencadas ilhas de lixo, ilhas de plástico perpetuadas por todo o globo, em detritos tóxicos que não têm para onde ir, que não têm como desaparecer. (A nada se fazer, em breve seremos um imenso planeta de plástico...).
(Foto de 2 de Junho de 2018) A inglória batalha da equipa de salvamento tailandesa que se propôs auxiliar este infeliz cetáceo que acabaria por morrer devido à exuberante ingestão de plástico (no seu todo 80 sacos plásticos) que mantinha no estômago. Durante as frustradas tentativas para salvar este animal marinho, foi com surpresa e estupefacção que a equipa de salvamento viu o animal vomitar 5 sacos de plástico numa agonia sem fim. Um especialista da Marinha da Tailândia disse à BBC que, os sacos pesavam cerca de 8 quilos, impossibilitando a baleia de se alimentar.
"Num cenário em que nada se faça, espera-se que os oceanos contenham uma tonelada de plástico por cada três toneladas de peixe por volta de 2025, e pelo ano de 2050, mais plásticos do que peixes (considerando o peso de ambos)."
Este, o posfácio publicado de um estudo efectuado no ano de 2017, e que de acordo com a Fundação da ex-navegadora Ellen McArthur - que se foca em termos de regeneração e economia ambiental: «A cada minuto, a carga de um camião (ou caminhão) cheio de plásticos é largada no oceano.
Em 2030 estima-se que, em média, duas cargas de camião sejam largadas e, em 2050, que este valor atinja os quatro depósitos de plástico nos mares a cada minuto. Ainda e em relação à Tailândia, no continente asiático onde ocorreu este incidente último com um cetáceo cheio de plásticos, as autoridades estatais pensam tomar medidas em breve, tendo anunciado já no mês passado (Maio de 2018) que está a pensar taxar a utilização de plásticos.
O que sucederá noutros países, supõe-se, tal como previsivelmente se irá anunciar em Portugal (em taxa/tara anunciada) e já foi estabelecido na Noruega (em reciclagem total), ambos países da União Europeia; e que, neste mesmo mês de Junho de 2018, Bruxelas já veio anunciar medidas no combate ao plástico. A Comissão Europeia lançou há pouco algumas medidas que irão ser debatidas - de entre elas, a recolha de 90% das garrafas de bebida de plásticos descartáveis até 2025, assim como novas obrigações para os fabricantes.
Voltando à Noruega, este país parece ser o exemplo-mor do que se deve ou não fazer - pelo que os especialistas já vieram advogar tratar-se do «melhor sistema de reciclagem de garrafas de plástico do mundo», segundo a BBC.
Outros se lhes seguirão, acredito, nesses mesmos e iguais processos de reciclagem (ou taxação fiscal) mesmo que esta taxa não esteja de acordo com todos os visados, todos os utilizadores, que pensam tratar-se apenas e somente de mais um imposto encapotado (por outros que aferem uma menor carga fiscal).
Seja como for, há que começar por algum lado, no que no caso da Noruega (um caso feliz, portanto), a taxa de reciclagem foi feita a 100%, sobre dados do ano de 2016. Como sempre a Escandinávia, em solo europeu, no topo do mundo.
Pela Escandinávia ou pela Península Ibérica (em Portugal e Espanha), ou pelo resto do mundo, exige-se uma Mudança de Mentalidade e de Cultura no Consumo. Para já, a Comissão Europeia está a dar o seu melhor, do qual todos temos de contribuir com a nossa parte.
(Foto do fotógrafo português Nuno Sá, em 2015) Uma imagem inédita: o Tubarão e o Homem no meio do Oceano Atlântico (nos Açores). Este, um excelente espécime - Tubarão Azul - que pode atingir aproximadamente de 1,5 a 3 metros de comprimento. No Dia Mundial dos Oceanos, é bom lembrar que este e outras espécies marinhas só vivem (ou sobrevivem) se evitarmos os plásticos, se evitarmos a sua morte que será a nossa também, caso se não aja rapidamente, se não proteja directamente e, se não se valorize concretamente tudo o que há a fazer para que os plásticos nos não matem os oceanos!
Mergulhar com Tubarões já não é uma novidade. Pelos menos, há cerca de meia dúzia de anos em que o passeio subaquático se encontra estipulado segundo as mais consagradas regras desta prática submersa que se traduz por ser «corajosa», autêntica e inolvidável, caso se regresse com vida à superfície depois de ter «passeado» com Tubarões e Jamantas em mar aberto - bem no meio do «meu» arquipélago português que um dia já foi de Atlântida...
- 8 de Junho: Dia Mundial dos Oceanos -
Agir/Proteger/Valorizar (os oceanos)
Entre o Dia Mundial dos Oceanos (8 de Junho) e um mar aberto, um Oceano Atlântico que alberga um dos mais perigosos animais marinhos - o Tubarão - sob o atento olhar de quem o segue e corajosamente o persegue apenas para constatar de toda a sua beleza aquática, situa-se um arquipélago verde de nove ilhas que neste famoso dia (ou noutro qualquer) fará as delícias de visitantes e mergulhadores profissionais que não têm medo de tubarões...
Daí que seja nos Açores, no meio do Atlântico ou no meio de outro qualquer oceano, «Prevenir a Poluição com Plástico» e, encorajar soluções para «Um Mar Mais Saudável», é o que se pretende especificamente neste dia, neste inolvidável Dia Mundial dos Oceanos (8 de Junho de 2018), que se assinala por todo o globo e, a cada ano que passa.
As Nações Unidas (ONU) lembram neste dia, que 80% da poluição dos oceanos provém das pessoas que estão em terra. Na sua página oficial, a ONU reitera que oito milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos a cada ano que passa, prejudicando enormemente a vida selvagem mas igualmente a pesca ou o turismo; ou seja, adversamente também sobre as actividades económicas da população humana.
Recorda ainda que a Poluição provocada pelo Plástico, custa a vida a um milhão de Aves Marinhas e a 100 mil Mamíferos, identicamente por cada ano que passa. E é exactamente também em cada ano que passa, que se estima que o Plástico cause 8 mil milhões de dólares (ou 6,8 mil milhões de euros) de danos nos Ecossistemas Marinhos. Uma Calamidade Mundial!
Do Oceano Pacífico, ao Atlântico ou Índico: a idêntica realidade perturbante. Que teremos de fazer, de invocar ou sequer de agilizar para estancar tamanha ignomínia humana que nada sustém, nada pára e nada reflecte sobre o que nos nossos mares infecta, perturba e injecta sobre a inocências das espécies marinhas, sobre a vivência peculiar dos seres subaquáticos que emanam dos oceanos?!
Para quando uma medida eficaz e, global, que sobre a terra e sobre o mar se edifiquem, na limpeza e na renovação energéticas sobre criaturas que apenas querem viver em paz?! Para quando essa consciência mundial de se alterarem comportamentos, hábitos nocivos que utilizamos quotidiana e negligentemente sem consequência alguma?!
Para quando uma medida que ponha fim a estes dislates planetários de origem antropogénica, de origem tão pouco romântica quanto saudável de nadarmos com eles e sabermos que só por eles vivemos, pois um dia fomos como eles, esses seres dos mares...
(ONU, sobre o Dia Mundial dos Oceanos)
"Celebramos o Dia Mundial dos Oceanos para lembrar a todos o importante papel que os oceanos têm no dia a dia. Eles são os pulmões do planeta, fornecendo a maior parte do oxigénio que respiramos." (Comunicado das Nações Unidas em relação ao dia 8 de Junho de 2018, Dia Mundial dos Oceanos)
Celebrar um Dia Mundial dos Oceanos
No dia 5 de Junho de 2018, a ONU falava de de um desafio sem precedentes e, com uma amplitude assustadora e até «desencorajante», no reverter de uma situação que consiste em se consumirem no mundo, a cada ano, 5 mil milhões de sacos de plástico no seu todo global. E isto, com apenas uma ínfima parte registada em reciclagem considerada.
«São quase 10 milhões de sacos por minuto» acrescentam, »Muitos deles a cobrirem os mangais do Vietname, a matar animais marinhos, como uma baleia há poucos dias, a acabar com as praias paradisíacas das ilhas da Indonésia.»
Segundo a organização não-governamental «Ocean Conservancy» só 5 países asiáticos - China, Indonésia, Filipinas, Tailândia e Vietname - lançam anualmente mais de 4 milhões de toneladas de resíduos plásticos.
Celebrar o Dia Mundial dos Oceanos é necessário, útil e mesmo urgente, intui-se das palavras ditas e proferidas em comunicado da ONU, pelo que acrescentam:
"O Objectivo do Dia é informar o público do impacto das acções humanas no Oceano; desenvolver um Movimento Mundial de Cidadãos pelos oceanos, e mobilizar e unir a população mundial para um projecto de utilização sustentável dos mares do Mundo."
Da Era Glacial à actual e idêntica realidade (mas sem plásticos!). Os Oceanos foram a nossa fonte primordial de nascença e vivência. Esquecer isso, é o mesmo que cuspir na mão de quem nos amparou, no prato que nos alimentou, no berço que nos abraçou e finalmente no grande banho oceânico que nos limpou a alma para que fôssemos, todos, essa mesma luz de evolução e agradecimento pela qual a civilização humana lutou, almejou e finalmente alcançou.
Esquecer tudo isso, é o mesmo que ter degenerado em regressão e nenhuma sublimação, aquilo que o Deus-criador para nós desejou, tenha sido Ele o Cosmos, os outros deuses, esses outros seres inteligentes do seio interstelar infinito, ou essas outras almas que em nós acreditou. Não os decepcionemos mais por favor.
Seja quem for que nos criou, a Ele lhe devemos a certeza de merecermos este chão e este céu, sobre terras e sobre mares, e jamais sobre plásticos ou outras indecências que proliferam ainda sobre um planeta que um dia nos embalou e jamais nos abandonou...
Um Final que é apenas um Início...
O Final, é tudo aquilo que temos em realidade e em premissa de voltarmos a conquistar - ou a reconquistar - sobre os nossos mares, os nossos oceanos, livres do plástico, livres de tudo o que o infecta e contamina. O Início, o primeiro dos muitos subsequentes dias em que teremos de aprender ou reaprender a ser mais cordatos e, empenhados, com o Meio Ambiente e com todo um Ecossistema que se deseja equilibrado, reforçado por todos nós.
Nada mais a dizer então que não seja, visitem os mares dos Açores. Visitem a ainda selvagem fauna marítima que encanta e seduz mergulhadores e simpatizantes da causa dos ambientalistas ou de um ecossistema mais pleno e mais justo em todos os nossos mares, em todos os nossos oceanos. Visitem os vossos mares, os vossos oceanos também, em mergulho ou apenas contemplação, tanto faz.
Invistam numa nova tomada de consciência e reduzam o que até aqui consideravam importante ou mesmo urgente ou insubstituível - mas displicente em face aos plásticos, aos resíduos tóxicos que penetram por todo o nosso planeta sem piedade alguma de se fazerem evaporar, de se fazerem degradar miraculosamente, uma vez que foi o Homem o causador de tal.
Amplifiquem conhecimentos e, anseios, de voltarem a identificar - ou a tipificar - aquele que já foi o vosso berço iniciador de todas as vontades, de todas as verdades, sobre um ciclo de vida biológica embrionária que começou nos mares. E dos mares se fez vida, sob as mais variadas formas do que hoje já nem reconhecemos ou não queremos viabilizar.
Daí que haja que instituir uma Guerra ao Plástico, e substituí-lo por outros materiais, outras conjunturas que não façam mal aos nossos animais, a toda uma espécie vivente que navega pelos nossos mares mas também pelas nossas terras que jamais ou tão depressa demais se fazem degradar; ou desintegrar, sobre tão vil matéria que um dia foi uma das nossas mais fervorosas descobertas.
Sejam felizes então, mas sem Plástico. Pelo menos, na sua moderada utilização ou requisição sem reutilização, pelo que todos ganharemos em espaço limpo, em espaço aproveitado por todos nós e por todo um planeta que antes de ser nosso era seu por direito próprio.
Talvez que saibamos aprender a curto prazo, ou em cruel caminhada, o que o planeta nos dita, se tivermos em conta que o plastificámos e para sempre conspurcámos sem que houvesse a mais nítida consciência disso; a mais pálida ideia do mal que lhe conferíamos.
Se um dia retornarmos às origens, aos mares e oceanos de onde todos viemos, que diríamos e que sentiríamos de ver a essa nossa casa marinha tão suja quanto inabitável - ou humanamente insanável desses outros males sobre o plástico - sobre todos os resíduos infectos que lhes despejámos?!
(Talvez nem seja bom saber da resposta... E bem melhor começarmos a compreender que todos nós somos essa mesma espécie que também está em vias de extinção. Para todo o sempre! Pensem nisso.)
Os Oceanos morrendo, morreremos todos nós com eles; algo que jamais alguém nos perdoará, esse tão grande Alguém que nos vigia e lá do alto nos assiste, pois que os mares e oceanos Ele criou e estimou, para que agora nós, humanos, tão hedionda e inescrupulosamente, o tenhamos morto de uma facada só, de um golpe só, como final estucada de fiel toureiro (perdoem-me a triste comparação).
E, passivos ou não, é preciso lutar, empenhando-nos nessa missão; naquela que é a actual e acirrada Guerra ao Plástico que, mesmo não vencendo totalmente, também nos não acabará por glorificá-la.
E, sendo nós seres humanos, essa presa fácil de prisioneiros inactivos que todos somos em parte ou alguma vez na vida - em subserviência máxima de uma modernidade que o não é - nos não concebamos decepar depois em morte final. Fazendo-o, ou seja, continuando com os velhos hábitos e comportamentos, seremos nós que sufocaremos debaixo de um longo plástico irrespirável.
Viver ou morrer, é apenas a questão - nossa e de toda a nossa civilização, além as outras espécies que também possuem alma e nós lhes não damos aceitação...
Se não por nós, por eles então, essas outras espécies que também connosco vieram ao mundo em total e humilde condição de seres viventes, de seres que merecem aqui, na Terra (tal com nós), continuar a viver que não a sobreviver por entre plásticos, borrachas e tóxicos letais. Amanhã podemos ser nós... num amanhã bem perto de nós!
quarta-feira, 6 de junho de 2018
segunda-feira, 4 de junho de 2018
sábado, 2 de junho de 2018
sexta-feira, 1 de junho de 2018
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